Capítulo 46
Lurdes: Você consegue sim meu bem! – a olhando com o coração apertado.
Any fazia força, mas de nada adiantava, a neném não se movia nem um centímetro.
– Que você tenha uma boa hora menina. – desejou, beijando a mão de Any e seguida se afasta, deixando-a confusa.
Any: Uma boa hora? – retrucou sozinha.
Não tinha entendido o que aquela senhora quis dizer, mas agora entendia, sorriu de lado e tirou uma força tão grande, que nem ela sabia explicar de onde tinha saído.
Any: AAHHH! – gritou alto, empurrando a pequena inteira para fora, a criança começou a chorar.
Doutora: Olha só quem chegou! – cortando o cordão umbilical e pegando a pequenina no colo. – E ela tem belos pulmões. – sorrindo, ao analisar que o choro era bem alto.
Josh: Você conseguiu meu bem. – dá um beijo na testa dela, que estava quase desmaiando de alivio.
Any: Já? – sorrindo exausta. – Eu consegui? – perguntou, com os olhos quase se fechando.
Lurdes: Meu Deus, que linda que ela é! – elogiou a pequena, com os olhinhos brilhando. – Uma princesinha!
Agora a enfermeira estava limpando a pequena, que continuava chorando sem parar, tinha uma garganta e tanto.
Doutora: Você foi incrível, Any. – sorrindo a ela, que ainda estava fraca.
Any: Obrigada doutora. – apertando a mão da mulher. – Se não fosse a senhora, eu não teria conseguido.
Doutora: É claro que teria conseguido meu bem. – franziu a testa.
Any sorriu.
Any: Eu quero ver a minha bebê. – pediu, estendendo os braços, um pouco grogue.
Doutora: Oh, claro! – assentiu prontamente. – A enfermeira está limpando o umbiguinho dela e já te entrega a sua filha.
A enfermeira termina de limpar e trás a bebê para os pais, a pequena ainda chorava, chorava não, gritava. A menininha era bem escandalosa, essa com certeza teria um gênio forte.
Enfermeira: Olha aqui querida. – colocando-a no colo de Any, que sorriu encantada ao ver que sua cria era perfeita e saudável.
Any: Ai meu Deus... – chorando emocionada. – Olá bebê! – pegando a mãozinha dela. – Você é tão pequenininha. – sorrindo em meio as lagrimas.
A bebezinha logo parou de chorar, sentindo o colo da mãe. Josh estava sem palavras, àquela era a cena mais linda que ele podia ver um dia, a mulher que ele amava, segurando a filha dos dois, que acabara de nascer.
Lurdes: Fala alguma coisa, babão. – lhe deu um tapinha, lhe tirando de seus devaneios.
Josh: Ela é perfeita. – soltou o ar, encantado.
Any: Que segurar amor? – perguntou.
Josh: Não, eu tenho medo de machucá-la. – negou receoso.
Any rolou os olhos.
Any: Pega ela logo Josh. – fez um bico, estendendo a pequena.
Ele sorri e pega a menina com cuidado, ela olhava para o pai com os olhinhos arregalados.
Josh: Olá? – balançando a pequenina que olhava pra ele curiosa. – Eu sou o papai. – pegando a mãozinha dela. – Você é linda. – sorrindo babão. – Minha princesa. – dá um beijinho em sua testa.
Lurdes: Como vai se chamar?
Josh: Eu ainda não sei, mas ela é tão branquinha, tem a pele tão clarinha, vai ser leite azedo igual eu. – riu, segurando a mãozinha dela. – Poderia se chamar Clara. – sorrindo para ela, que ainda o olhava com curiosidade. – Não é gatinha? – beijou a mãozinha dela, que pôs a língua para fora, deixando o pai encantado. – O que achou amor?
Any: É lindo Josh. – sorriu, com os olhinhos brilhando.
Lurdes: Eu adorei seu nome, Clara. – disse com voz de bebê, apertando a mãozinha dela. – Bem vinda meu amorzinho!
Josh: Obrigado por isso amor. – dá um selinho na noiva, que estava bastante sonolenta.
Any: Eu não sei por que está me agradecendo, mas de nada. – sorrindo fofa, com os olhos quase fechando.
Doutora: Josh. – o chamou. – Sinto muito, mas nós temos que levá-la. – sorrindo.
Josh: Mas já? – fez um bico.
Doutora: Sim mocinho, ela precisa banhar. – pegando a neném no colo com cuidado. – Vem comigo, meu amor. – falando com voz de bebê. – Ninguém me deixa quieta, eu acabei de nascer tia, quero sossego. – se colocando no lugar da pequena e fazendo todos rirem. – Você trouxe as coisinhas dela?
Josh: Sim, minha mãe trouxe. – assentiu, ainda olhando a filha. – Ela entregou para uma das suas enfermeiras, é uma bolsa branquinha.
Doutora: Certo, então nós vamos levá-la para banhar e tomar as vacinas necessárias. – beijou a mãozinha minúscula. – Ainda bem que a Any dormiu. – entregando a pequena a uma enfermeira.
Josh: Doutora, ela está bem? – colocando a mão na testa de Any.
Doutora: Sim Joshua, não se preocupe, é normal a mulher dormir quando acaba de dar à luz, ela está muito fraca, vou fazer os procedimentos pós-parto e depois nós vamos transferi-la para um quarto.
Josh: Certo, vamos tia. – sorriu. – Cuida bem da minha filha. – ia saindo, mas para de repente. – Obrigado por tudo.
Doutora: De nada. – sorriu abertamente e Joshua saiu da sala junto com Lurdes.
¨¨¨¨
Úrsula: Meu bem! – assim que o viu, sorriu. – Meus parabéns filho! – falou com lágrimas enquanto abraçava o filho. – Lurdes disse que é uma menininha linda. – com os olhos brilhando.
Josh: Ela é linda mãe! – sorriu, também com lágrimas. – Minha filha é a coisa mais perfeita do mundo.
Ron: Aee filhão! – bateu nas costas dele. – É papai agora, bem vindo ao clube! – abraça o filho. – Parabéns!
Josh: Valeu pai. – com isso todos o parabenizam.
Silvio: E a Any como está? – perguntou, o olhando preocupado. – Minha filha está bem?
Josh: Sim tio, não se preocupe. – o tranquilizou. – Ela está muito bem e foi incrível. – todo bobo.
Priscila: Podemos vê-la? – perguntou com a mão no peito.
Josh: A doutora está fazendo os últimos procedimentos e depois que ela vai ser levada para o quarto, só aí poderemos vê-la.
Savannah: Onde está minha sobrinha? – perguntou empolgada. – Eu quero ver ela e dar uns beijos.
Josh: Está no berçário, pirralha. – a abraçou de lado. – Eu ainda não tive a oportunidade de agradecer a você por ter protegido a Any. – mordeu o lábio e Savannah sorriu. – Obrigado.
Savannah: Ah, de nada Joshua. – dá um abraço no irmão. – Apesar de ser um idiota, eu gosto de você.
Josh: Eu também gosto de você. – bagunça o cabelo dela.
Úrsula: Que bonitinhos. – disse com os olhinhos brilhando. – Enfim estão tomando juízo e se comportando como dois irmãos descentes. – riu, junto com o marido.
Silvio: Queria que a Maria Gabriella também tomasse juízo. – suspirou tristemente. – Infelizmente essa menina não tem jeito. – olhou Priscila, que suspirou.
A mulher estava se sentindo muito mal pelo que tinha se passado.
Bailey: Como está a minha irmã? – chegou apressado, junto com Joalin, coisa que deixou Savannah bolada.
Silvio: Ela já deu à luz e está muito bem. – comentou.
Bailey: E como está a neném? – sorriu por fim.
Úrsula: Está melhor do que nós! – gargalhou e todos a acompanharam nos risos.
Joalin: Ai, ela já foi para o berçário? – perguntou sorrindo, Joshua assentiu. – Mal vejo a hora de conhecer essa princesinha!
Sina: Eita Joshua, agora você vai saber o que é trabalho! – cruzou os braços, rindo.
Josh: Nossa, valeu sininho. – coçou a nuca. – Eu já estou tenso aqui, suas palavras me ajudaram muito. – riu irônico.
Sina: Fico feliz em ter ajudado. – dando de ombros. – Onde estão Sabina e Noah hein? – olhou ao redor, confusa.
Sofya: Foram tomar algo na cafeteria. – jogando no celular.
Sina: Desliga esse celular, Sofya! – rolou os olhos, irritada.
Sofya: Eu já estou quase pulando de fase meu! – dando língua. – Não torra.
Savannah: Eu vou dar um rolé. – estourou sua bola de chiclete. – Volto daqui a pouco para ver minha sobrinha. – se afasta.
Joalin: Essa menina não vai com a minha cara mesmo. – cochichou para Bailey, enquanto observava Savannah sumir corredor afora.
Bailey: Esquece ela. – deu de ombros, sorrindo. – Como se chama a bebê? – indagou a Joshua e ficaram conversando sobre a pequena Clara.
¨¨¨¨
Enquanto isso, na cafeteria do hospital, Sabina e Noah conversavam.
Noah: Sabina. – chamou, comendo uma colherada de pudim. – Eu queria conversar com você.
Sabina: Pode falar capitão. – o olhou, tomando um gole de suco.
Noah: Você pode me achar maluco e tal, mas eu quero te fazer um pedido muito especial. – deu um sorrisinho pensativo.
Sabina: Nossa... – ergueu a sobrancelha. – Você está me deixando curiosa. – sorrindo de leve. – Fala logo!
Noah: Sabina, eu nunca me imaginei falando isso para uma mulher, mas aconteceu tão de repente. – sorrindo de orelha à orelha. – Eu te amo muito! – beijando a mão dela.
Sabina: Eu também bobinho! – dão um selinho. – Mas conte uma novidade, porque eu já sei que você me ama! – retrucou, se achando.
Noah: Desculpe senhora modéstia. – ironizou, rolando os olhos.
Sabina: Era só isso que você tinha para me dizer? – riu debochada.
Noah: Não, mas você sequer me deixa falar. – disse bolado.
Sabina: Certo, então fale senhor Urrea! – falou de propósito e cruzou os braços.
Noah: Eu vou ignorar isso. – rolou os olhos. – Bem, eu não sei se você vai aceitar, mas eu vou arriscar. – pega uma caixinha de veludo do bolso da calça. – Sabina Hidalgo, você quer casar comigo? – perguntou, sorrindo de orelha a orelha.
Sabina ficou branca, ela estava alucinada ou Noah a estava pedindo em casamento em uma cafeteria de hospital? Meu Deus, se não estivesse sentada com certeza cairia na hora.
Sabina: Eu... Eu não sei o que dizer. – gaguejou, ainda pasma.
Noah: Diga que sim. – apertou a mão dela, lhe olhando apaixonado. – Eu sei que não é o local, mas eu ia pedir naquela hora e aconteceu aquilo com a Any, daí não deu. – se explicou alvoroçado, fazendo Sabina sorrir. – E eu te chamei aqui só pra isso.
Sabina: O que você acha? – apoiando a cabeça nas mãos.
Noah: Eu acho que você não vai ser burra de dar um fora no papai aqui. – disse se achando.
Sabina: Seu bocó! – dando língua. – É claro que eu aceito! – deu um pedala nele. – Eu te amo, meu amor!
Noah: Minha durona! – sorri abertamente e a beija. – Aqui está o seu anel. – coloca a aliança no dedo dela. – Agora você é a minha noiva! – dá mais um beijinho na morena.
Sabina: E você é o meu noivo. – apertou as bochechas dele. – E se me trair eu corto seu pau! – ameaçou e Noah arregalou os olhos. – Brincadeira, meu bem. – sorri e ele respira fundo. – Mas se me trair você vai se arrepender da mesma forma. – disse entre dentes.
Noah deu um sorrisinho amarelo.
Bailey: Até que enfim achei vocês. – se aproximou.
Sabina: O que aconteceu? – o olhou. – O bebê já nasceu?
Bailey: Sim, a neném já está no berçário, parece uma princesinha. – roubou um pouco do pudim de Noah. – É muito linda, puxou para o tio! – se achou.
Sabina: Ah claro. – se levantou, rolando os olhos. – Então vamos que eu quero vê-la! – esticou sua blusa. – Pague a conta amor! – piscou a Noah.
Noah: Só sobra pra mim! – reclamou, pagou a conta a saiu com Bailey e Sabina.
¨¨¨¨
Enquanto isso, no berçário. Todos olhavam bobos para a pequena Clara, que chorava de maneira escandalosa.
Sofya: Onw, a pobrezinha deve estar com fome. – sorriu de lado, a admirando. – Não tira a mãozinha da boca.
Úrsula: Acho que é isso mesmo Sofya. – sorrindo orgulhosa, olhou Priscila que estava ao seu lado e notou que a amiga estava bastante abatida, desde cedo. – O que houve Priscila, você está tão calada?
Priscila: Não é nada. – forçou um sorriso. – Eu estou com um pouco de dor de cabeça, vou tomar um pouco de ar. – arrumou sua bolsa. – Vai ver é apenas a emoção pelo nascimento da minha neta. – se afasta.
Úrsula achou estranho, mas deu de ombros. Joshua se aproxima com os outros.
Úrsula: Josh, olha ali meu bem. – apontando a pequena. – Ela se parece muito com você.
Josh: Ela é linda não é? – sorriu de canto. – Mas está chorando de novo? – ergueu a sobrancelha, lhe observando fazer um escândalo no berçário. – Moça. – bateu no vidro e logo a enfermeira se aproximou. – Ela é minha filha. – apontou.
Enfermeira: A escandalosa? – brincou e Joshua assentiu sorrindo. – Você não quer entrar para tentar acalmá-la?
Josh: Sim, eu gostaria. – assentiu prontamente e entrou.
A bebê continuava fazendo escândalo, a enfermeira a pegou com cuidado e a colocou no colo do pai, que a balançou e conversou um pouquinho com ela.
Josh: Eita! – ergueu a sobrancelha, vendo que não tinha lhe feito parar de chorar nem um pouquinho. – O que ela tem? – perguntou, segurando a mãozinha babada da filha. – O que você tem meu amorzinho? – dando um cheirinho, ela estava com aquele cheirinho delicioso de bebê. – Calma minha filha.
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