Capítulo 35

Doutor: Sim claro, eu já vou assinar sua alta. – olhou Silvio. – Me acompanhe senhor Soares.

Silvio: Claro que sim. – olhou Any. – Eu já volto filha. – piscou e saiu com o doutor. 

Any tratou de se arrumar com a ajuda das amigas e logo os pais a levam para casa.


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Silvio: Muito bem filha. – sorriu, assim que chegaram em casa. – O papai tem que ir para a empresa agora! – dá um beijinho na cabeça dela. – Você está bem não é? 

Ela assentiu, com um lindo sorriso.

Priscila: Você não quer ver desenho filha? – perguntou, sentando ao lado dela.

Any: Quero sim. – assentiu sorrindo, com isso a mãe liga a TV no canal de desenho.

Silvio: Bom se é assim, eu vou indo. – dá um beijo na esposa e outro em Any. – Até logo. – acenou e saiu.

Priscila: Any, porque a Maria Gabriella queria o seu colar? – perguntou curiosa.

Any: Ela queria tomar ele de mim. – sem tirar os olhos do desenho. – Ela achou bonito.

Priscila: Sei... – analisou, encabulada. Toma um pequeno susto ao ouvir o seu celular tocar. Era Marlene, lhe convidando para tomar um café e lhe acompanhar em algumas compras. – Filha, a mamãe vai precisar sair, vou ao shopping com a Marlene. – informou.

Any: Ah, e eu? – a olhou, encabulada. – Posso ir com você?

Priscila: Acho melhor você ficar em casa filha, ainda está um pouco doentinha e mamãe tem medo que aconteça alguma coisa.

Any: Então tudo bem, eu fico vendo o Popeye. – sorriu de lado.

Priscila: Sendo assim eu vou indo. – lhe deu um beijinho. – Qualquer coisa você pode chamar a Jacinta, ela está lá atrás ajudando o jardineiro.

Any: E a Berê?

Priscila: Foi ao supermercado, já deve estar chegando. – pega sua bolsa, dando pouco caso. – Tchau. – abre a porta e dá de cara com um rapaz, coisa que a faz tomar um susto.

– Olá senhora. – ele cumprimentou, com um amplo sorriso.

Priscila: Olá. – ergueu a sobrancelha. – Eu acho que eu o conheço.

– Sim, eu sou Thor. – estendeu a mão. – Sou primo do Joshua.

Priscila: Ah, primo do Joshua? – sorriu abertamente. – Entre, por favor. – deu espaço e ele assim o fez. – O que lhe trás aqui?

Thor: Fiquei sabendo que a Any passou mal, então vim ver como ela está. – explicou, colocando as mãos nos bolso. – Isso é obvio se não tiver nenhum problema.

Priscila: Ah claro que não, ela está na sala de TV. – disse de pronto. – Eu acompanho até ela.

Thor: Eu a conheci na festa de noivado e daí ficamos muito amigos. – mentiu enquanto caminhavam até Any.

Priscila: Any meu amor, olha só quem veio visitar você. – mostrou sorrindo.

Thor: Oi Anyzinha. – acenou, sorrindo de orelha à orelha. 

Any o olhou, com a sobrancelha erguida.

Priscila: Pois bem, eu já estou de saída. – murmurou. – Qualquer coisa chamem as empregadas... – sai.

Any: Quem é você? – perguntou, por fim.

Thor: Ora, vai me dizer que não se lembra de mim? – perguntou, sentando ao lado dela.

Any: Eu não. – se afastando, desconfiada. – Ah, você é primo do Josh?

Thor: Eu mesmo. – sorriu abertamente, se aproximando mais. – Sabe, desde o dia do seu noivado com o idiota do meu primo, eu não paro de pensar em você. – confessou, a olhando de cima a baixo. – Os seus peitos... – olhando os seios dela por baixo da blusa. – São lindos. – disse de maneira grosseira, coisa que deixou Any incomodada.

Any: Por que está dizendo essas coisas? – se levantou nervosa.

Thor: Ora, fique calma gatinha. – indo até a porta e a trancando. – Eu estou dizendo isso porque não é justo o meu primo aproveitar tudo isso sozinho. – se aproximou novamente, a encostando na parede.

Any: Vai embora daqui! – pediu, se afastando. – Eu não gosto de você!

Thor: Calma gatinha! – a puxou novamente, levantando o vestidinho dela e acariciando as suas coxas grossas. – Nossa... – sorriu abertamente e lhe dá um nojento beijo no pescoço.

Any: Para, me solta! – gritou, começando a chorar. – Não faz nada comigo, por favor.

Thor: Cala a boca, que você fica bem melhor estando calada! – arranca o vestido dela, com brutalidade, fazendo-a gritar de pavor. – Ah tinha me esquecido que você vai ter um bebezinho. – olhando para a barriga dela. – Isso não me interessa sabia? – a olhou, cheio de tesão, não conseguia parar de pensar na noiva de seu primo desde o dia em que lhe pôs os olhos.

Any: Sai! – o empurrou, agoniada. – Não faz nada com o meu bebê. – chorando. – Não faz maldade comigo.

Thor: O meu priminho pode, por que eu não? – questionou, acariciando a intimidade dela por cima da calcinha. – Nossa, mas você é muito gostosinha. – lhe joga em cima do sofá.

Any: SOCORRO! – gritou. – ME AJUDEM, POR FAVOR! – pediu aos prantos.

Logo a porta se abre em um estrondo. Era Bailey, acompanhado de Joalin e das empregadas.

Bailey: O QUE VOCÊ PENSA QUE ESTÁ FAZENDO COM A MINHA IRMÃ, SEU FILHO DA PUTA? – parecia possuído e Thor saiu abruptamente de cima de Any, que respirou aliviada. – Infeliz miserável! – foi para cima de Thor e lhe deu um soco, coisa que o fez cair. – Como ousa se aproveitar dela?! – deu um chute em Thor.

Thor: Não estava fazendo nada que ela não goste. – grunhiu. – Ninguém manda ser gostosinha. – falando quase em um sussurro.

Bailey inflou de ódio.

Bailey: Como ousa?! – o puxou de volta e lhe deu outro murro.

Thor sentiu os dentes moles e também tentou acertar Bailey, mas o moreno era mais rápido e muito forte.

Joalin: Meu Deus! – desesperada, enquanto via Bailey e Thor rolando no chão. – Bailey, para com isso! – berrou.

Bailey nem dava ouvidos, estava possuído de ódio, como aquele desgraçado tinha coragem de tentar abusar de sua irmãzinha em sua própria casa? Ele iria pagar caro por isso e definitivamente tinha despertado o dragão! Any estava em choque, não conseguia acreditar no que tinha acontecido. Estava muito assustada.

Any: Joalin... – sussurrou aos prantos.

Joalin: Não se preocupe, está tudo bem Any. – ajudando-a a se cobrir. – Está tudo bem. – garantiu, a abraçando. – Jacira, chame o Cícero, por favor?! – pediu.

A empregada que também olhava a cena em perplexidade assentiu e se retirou. Alguns minutos depois, Cícero, um dos seguranças da casa aparece junto com um ajudante.

Joalin: Cícero ajude aqui! – os homens prontamente separam os dois. – Bailey, não é assim que você vai resolver as coisas!

Bailey: ELE QUERIA ABUSAR DA MINHA IRMÃ JOALIN! – gritou. – E O PIOR, AQUI DENTRO DA NOSSA CASA! – olhou Thor, que estava todo sujo de sangue, na boca e no nariz. – Nunca mais se aproxime da minha irmã e nem da minha casa, seu desgraçado! – furioso. – A próxima vez que se aproximar dela, eu darei um jeito de você apodrecer na cadeia. – ameaçou, com os olhos vermelhos. – Levem esse verme daqui e o joguem na rua! Está terminantemente proibida a entrada desse lixo aqui dentro! – enfatizou.

Cícero assentiu prontamente.

Cícero: Não se preocupe senhor, vou tomar as providencias para que ele nunca mais ponha os pés aqui dentro. – batendo nas costas de Thor, que estava quase desmaiando.

Any estava chorando no canto, enquanto olhava a cena.

Bailey: Any. – abraçando-a por trás. – Ele te machucou? – perguntou preocupado.

Any: Não. – negou, soluçando. – Mas se vocês não tivessem chegado, ele ia fazer uma maldade comigo Bailey. – o olhou, aterrorizada.

Bailey: Não se preocupe, está tudo bem agora. – dá um beijo na testa dela. – Você está passando mal? – a analisou.

Any: Não. – tornou a negar. – Mas eu estou com medo.

Joalin: Ele já foi embora e nunca mais vai voltar a te incomodar Any. – sorrindo docemente, enquanto lhe acariciava os cabelos. – Vem tomar um banho, você precisa dormir.

Any: Tudo bem, eu quero tirar esse cheiro do corpo. – coçou os olhos. – Vocês não vão embora certo? – perguntou, com medo de ficar sozinha e Thor voltar.

Bailey: Não maninha. – negou sorrindo. – Não vamos sair, fica tranquila. – piscou. – Agora vai com a Joalin. 

Any sorriu e saiu com Joalin.


Depois de vinte minutos, Joalin volta e vê que Bailey ainda estava na sala e parecia pensativo.

Joalin: Meu amor. – o chamou, com um sorriso. – Any disse que quer que você fique com ela até dormir. – ele sorriu, assentindo.

Bailey: Vou ligar para o Josh. – coçou a nuca.

Joalin: Eu não acho uma boa ideia. – se retesou. – O Joshua vai ficar furioso se souber disso, é melhor esquecermos esse assunto, pelo menos por enquanto. – pediu, tocando no ombro dele. – A Any ainda está muito assustada e não sei se seria saudável ficar tocando nesse assunto.

Bailey: Você acha? – ergueu a sobrancelha, Joalin assentiu. – Mas os meus pais tem que ficar sabendo.

Joalin: Sim claro. – assentiu prontamente. – Eles realmente precisam saber, mas o Josh eu não sei... – receosa.

Bailey: Vamos ficar com ela, depois eu vejo o que eu faço. – soltou o ar.

Joalin assentiu, os dois foram para o quarto.

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Any ainda estava muito assustada. Não queria ver aquele homem nunca mais, estava com muito medo. Secou as lágrimas e sentiu seu bebê chutar forte, sorriu de lado acariciando a barriga.

Any: Calma filha, está tudo bem agora. – sussurrou.

Bailey: Any? – abrindo a porta de repente, coisa que a assustou. – Te assustei? – ergueu a sobrancelha e ela assentiu. – Desculpa.

Any: Não tem problema. – sorrindo de lado. – Eu estou com muito medo Bailey!

Joalin: Não fica assim Any. – tocou a testa dela. – Isso não faz bem para a neném, deita e dorme um pouquinho... – a analisou. – Você vai se sentir bem melhor.

Any: Tudo bem. – Bailey a ajuda a se deitar e lhe cobre. – Obrigada. – agradeceu.

Joalin: Aprendeu a falar obrigada? – sorrindo e fazendo-a sorrir também. 

Any assentiu, dando um de seus primeiros sorrisos naquela manhã. 

Bailey: Dorme, nós vamos ficar aqui até você dormir. 

Any não respondeu, apenas fechou os olhos em um ato involuntário, logo adormeceu.


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Enquanto isso, no shopping. Priscila passeava muito animada com sua amiga, entretanto, sem que se desse conta, alguém a observava de longe.

– Hoje eu descubro onde você mora Priscila Soares. – sorria extravagantemente.


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Any já tinha adormecido, Joalin olhou Bailey e suspirou receosa.

Joalin: Bailey. – sussurrando, para não acordá-la. – É melhor eu ir amor, daqui a pouco a sua mãe volta e eu não quero mais problemas! – se levantando.

Bailey: Joalin, porque você dá tanta importância pra isso? – a segurou, fazendo-a sentar novamente.

Joalin: Bailey, eu apenas quero evitar confusões, é isso. – coçou a cabeça. – Eu sei que a sua mãe não gosta de mim, para que eu vou insistir em irritá-la?

Bailey: Amor, eu só quero que você esqueça um pouquinho a minha mãe e pense mais em nós dois, na nossa relação poxa! – a olhou, chateado.

Joalin: Desculpa amor. – sorrindo e acariciando o rosto dele. – Eu sei que a sua mãe quer que você fique com a nojenta da Savannah, eu apenas estou sendo realista!

Bailey: Eu nunca vou deixar você pela Savannah! – rolou os olhos. – Eu te amo independente do que a minha mãe fale!

Joalin: Você acha? – sorriu de lado. – Digo... Você acha que ela não influenciaria?

Bailey: Eu tenho certeza que não. – negou, com um sorriso enorme.

Joalin: Eu te amo. – lhe deu um selinho demorado.

Bailey: Eu também te amo e você não vai embora! – enfatizou.

Joalin sorriu, assentindo.


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Dois dias se passaram, Bailey resolveu não falar para Joshua a respeito do que passou com Thor, mas Silvio ficou extremamente chateado, afinal Celso era um de seus melhores amigos, como iria encará-lo agora? Contudo isso era o de menos, o infeliz do filho dele quase tinha abusado de sua filha!

Priscila também ficou surpresa, afinal estavam em sua casa, jamais imaginou que alguém tivesse uma cara de pau tão medonha a esse ponto. O aniversário de Silvio seria no próximo sábado e a mulher resolveu fazer um almoço para comemorar, o aniversario do marido.

Estava convidando alguns amigos pelo telefone, quando a campainha toca e Berenice corre para atender.

Berenice: Dona Priscila! – apareceu na sala, alguns segundos depois. – Este senhor deseja vê-la.

Priscila: Tudo bem. – respondeu sem olhar. – Pode se retirar, Berenice. – fazendo pouco caso.

– Saudades Priscila? – a visita cumprimentou e o coração de Priscila quase deu um salto do peito. 

Ela virou lentamente.

Priscila: Você? – arregalou os olhos, estática.

– Em carne e osso. – sorriu de lado. – Achou que eu iria embora para sempre?

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