Capítulo 13
Zoraida: E então? – olhando o cardápio da cantina. – O que você vai querer comer Dulce?
Dulce: Não sei, na verdade eu estou muito enjoada para comer. – suspirou entristecida.
Zoraida: O que acha de eu ir pedir um sorvete de chocolate? – sugeriu, fechando o cardápio. – Tenho certeza que depois de tomar você vai melhorar do enjoou. – se levantou e Dulce assentiu. – Já volto! – se afasta em direção ao balcão. Assim que ela saiu, Carla se aproximou.
Carla: Ora. – parou na frente dela. – Vejam se não é a nova oxigenada da classe? – Dulce fez uma careta aborrecida.
Dulce: Você é muito chata e irritante Carla. – suspirou pesadamente, deixando Carla irritada.
Rachel: Você não vai falar assim dela! – se interpôs, para defender a outra. Dulce olhou para ela.
Dulce: Você é feia assim mesmo ou está do lado do avesso? – deu um risinho, lembrando-se do que Christian tinha dito a Christopher outro dia. Rachel a olhou, chocada.
Sabrina: Escuta aqui sua idiota, você não vai falar assim das minhas amigas... – é interrompida.
Dulce: Antes me diz se você é homem ou mulher? – a olhou chocada, ela tinha um caroço na garganta, igual os homens. – Se você não me disser eu não vou saber se você é intrometida ou intrometido. – pensativa, coisa que deixou Sabrina perplexa e irritada.
Sabrina: Sou mulher, filhinha! – enfatizou, verde de raiva.
Dulce: Não parece! – a analisou. Sabrina cerrou os punhos de raiva e até as amigas estavam com vontade de rir.
Zoraida: Ei, o que vocês estão fazendo aqui? – pôs os sorvetes na mesa e as olhou.
Carla: Não te interessa! – cruzou os braços.
Zoraida: É claro que interessa, você está aqui só enchendo o nosso saco! – grunhiu.
Carla: Olha aqui... – colocando o dedo na cara dela.
Zoraida: Tira essa salsicha enrugada da minha cara! – a interrompeu, tirando o dedo dela de seu rosto com brutalidade.
Carla: Ah sua infeliz! – furiosa, pega o suco de Rachel e se prepara pra jogar em Zoraida.
Dulce: Carla! – entrou na frente da colega e seus olhos brilhavam tão intensamente que Carla não pôde evitar olhar. – Você não vai fazer isso. – Carla continuava olhando nos olhos dela.
Carla: Eu não vou fazer isso. – disse colocando o suco na mesa. – Eu não vou fazer isso. – repetiu, negando com a cabeça.
Dulce: Você não vai fazer nada contra mim e nem contra a Zora. – sem deixar de olhar.
Carla: Eu não vou fazer nada contra você e nem contra a Zora. – repetiu.
Rachel: Carla, o que você está fazendo? – disse sem entender o comportamento obediente da amiga.
Sabrina: Pirou amiga? – olhando ao redor, Carla estava mesmo obedecendo àquela imbecil?
Dulce: E vocês se calem. – também olhou as duas, que também se encontraram com o brilho de seus olhos vermelhos.
– Sim, nos calamos. – disseram em um uníssono.
Dulce: Entendeu Carla? – Carla assentiu. – Você tem a bunda mole! – enfatizou, prendendo o riso.
Carla: Eu tenho a bunda mole. – repetiu, sem hesitar e todos riram. Ela estava totalmente hipnotizada, afinal Dulce tinha o poder de hipnotizar, apesar de não gostar desse poder.
Dulce: Agora vá e leve essas puxa saco junto. – Carla assente e sai arrastando as amigas.
Zoraida: O que fez com essas idiotas? – rindo muito, sem acreditar no que tinha acabado de presenciar.
Dulce: Ah. – deu um sorrisinho amarelo. – Eu hipnotizei elas. – murmurou, se sentindo mal, como sempre se sentia quando usava esse poder.
Zoraida: Ai fala sério! – riu, achando que a ruiva estava brincando. – Seja o que for, foi ótimo! – deu uma piscadela, tratando de fazê-la tomar o sorvete, que já estava começando a derreter.
Na hora da saída, Dulce tinha acabado de ligar para Christopher vir lhe buscar.
– E aí gatinha. – um garoto se aproximou. – Tem como você me dar o seu telefone?
Dulce: Ah moço, me desculpa, mas eu não posso. – suspirou. – Eu acabei de ganhar ele de presente. – olhando o telefone rosa.
– Que graça. – rindo. – Eu quero apenas o número meu bem.
Dulce: Ah. – franziu a testa. – Mas eu não sei o número. – mordeu o lábio, deixando o sujeito louco.
– Beleza, mas eu não vou desistir viu? – deu uma piscadela e Jack se aproximou.
Jack: Sai fora! – o empurrou.
– Desculpa, não sabia que ela tinha caso com você! – saiu, com o rabo entre as pernas.
Jack: Rala! – rolou os olhos e o cara saiu. – Então gata, não quer que eu te leve para casa?
Dulce: Não, o Chris vai vir me buscar. – sorriu, simpaticamente.
Jack: E quem é Chris? – deu um sorriso de lado. – Seu irmão?
Christopher: Não, eu sou o namorado dela! – chegando por trás e beijando o pescoço de Dulce, que se arrepiou.
Dulce: Bebê. – sorriu arrepiada. – Esse é o Chris, ele é meu namorado. – contou. Jack ficou decepcionado ao saber que ela já tinha dono. Que merda!
Jack: Ah, desculpa. – disse, engolindo o seco. – Eu não sabia que você namorava. – sai dali apressado.
Christopher: O que estava conversando com ele? – apontou ciumento. – Quem era esse otário? – quis saber.
Dulce: Ele é um amigo de curso. – sorriu, beijando-o. – Só isso.
Christopher: Esse palhaço que continue dando em cima de você, viu? – disse aborrecido. – Vamos indo, por que o doutor Moretti já nos aguarda! – Dulce assentiu e os dois saíram.
Mais tarde, no consultório. Dulce tinha acabado de fazer um exame de sangue e estava muito assustada com o procedimento médico.
Dulce: Eu não quero mais Chris... – negava com a cabeça, chorando.
Christopher: Meu amor, foi apenas uma furadinha minha linda! – dizia paciente.
Dulce: Mas doeu. – fungou.
Christopher: Olha princesa, eu vou dar um beijinho pra ver se passa certo? – ela assentiu e ele dá um beijinho no braço dela. – Passou?
Dulce: Não. – disse enxugando as lágrimas e ele rolou os olhos. Logo a enfermeira volta.
Enfermeira: O resultado do exame sairá dentro de três horas. – comunicou sorridente.
Dulce: Chris eu quero ir pra casa. – coçou o olho. – Eu estou com sono.
Christopher: Então, mas tarde eu venho buscar. – disse e a enfermeira assentiu, se retirando.
Christopher leva a namorada para casa e aproveita para almoçar com ela. Três horas depois ele volta ao consultório, para buscar o exame.
Christopher: Ai meu senhor, é agora... – suspirou, assim que estava com o envelope amarelo pastel nas mãos. – Vamos lá. – abre e lê os papéis, ficou branco ao ver o que estava escrito. – Deu positivo. – se senta, chocado. – Ah merda, isso não está acontecendo. – fechou os olhos com força. – A Dulce está mesmo esperando um bebê, meu filho. – passou a mão no rosto. – Deixa eu ver de quanto tempo ela está... – volta a ler o papel. – Um mês. – sorri de lado. – Eu vou ser pai... – dizia pensativo. – Eu vou ter um bebê. – alguns minutos depois ele estava rindo sozinho. Viu um dos enfermeiros de Moretti passando e parou na frente dele. – Eu vou ser pai! – contou, voando em cima do homem. – Eu vou ter um filho!
Enfermeiro: Meus parabéns rapaz! – sorrindo de lado.
Christopher: Eu te amo! – falando para o homem, que ficou chocado. – Eu amo a minha vida! Eu amo meu filho que vai nascer! – beijando o exame.
Enfermeiro: O senhor está bem? – perguntou confuso.
Christopher: É claro que sim, eu vou ser pai! – sai correndo, deixando o homem sem entender nada.
Dentro do carro, Christopher estava pensativo.
Christopher: Agora o problema é: como eu vou explicar para a Dulce que ela vai ter um bebê? – coçou a nuca. – Dá-me uma luz! – pediu, com a mão para o alto, o celular toca e ele viu que era a mãe. – Rápido hein?! – olhando para o céu, satisfeito. – Fala mãe.
Alexandra: Filho? – sorriu ao ouvir a voz dele. – Tudo bem meu amor?
Christopher: Tudo mãe. – coçou a nuca. – Na verdade eu estou com um pequeno problema, preciso conversar com você e é urgente!
Alexandra: Filho, você está me assustando. – falou, preocupada. – Aconteceu alguma coisa com a Dulce?
Christopher: Aconteceu.
Alexandra: Meu Deus! – se preocupou. – Mas o que aconteceu com ela?
Christopher: Não posso falar por telefone, mas tem que prometer que não vai me matar. – sorriu, nervoso.
Alexandra: Ora Christopher, vá direto ao ponto! – pediu, afinal não gostava de rodeios.
Christopher: Eu estou chegando e quando eu chegar nós conversamos! – desliga. – Ótimo, eu vou pedir para a minha mãe explicar tudo para a Dulce, com jeitinho, assim talvez ela entenda... – pensativo. – E talvez minha mãe me mate também. – rolou os olhos e seguiu para a casa da mãe.
Assim que chega, ele vai direto para a cozinha, pois sabia que a mãe adorava cozinhar, sorriu ao encontra-la botando uma lasanha no forno.
Christopher: Mamãe. – chamou, se aproximando.
Alexandra: Oi meu amor. – dá um beijinho no rosto dele. – Está tudo bem? – suspirou, afinal estava preocupada.
Christopher: Mais ou menos. – sorriu de lado.
Alexandra: Vem filho, vamos para a piscina. – disse tirando as luvas térmicas. – Tomamos um suco e você me explica o que está acontecendo certo? – ele assentiu. – Simone, minha linda, prepare um suco de goiaba bem saboroso e leve até a piscina, por gentileza?
Simone: Claro que sim dona Alexandra! – sorriu e foi preparar o suco.
Alexandra e Christopher foram para o deck da piscina e ao chegar lá, os dois se sentam.
Alexandra: Então meu amor? – o olhou. – O que está acontecendo?
Christopher: Eu fiz uma coisinha mãe. – olhou o relógio de pulso. – Eu fiz aquilo que você sempre pediu para eu não fazer, pelo menos não agora...
Alexandra: Eu já até sei o que aconteceu, filho... – sorriu, suspirando. – Eu vejo isso na sua cara Christopher... – o analisou. – É um misto de felicidade, preocupação e medo. – decifrou, fazendo-o sorrir de lado, confuso. – Quanto tempo de gravidez?
Christopher: Um mês. – respondeu, com a cabeça baixa.
Alexandra: E o que ela achou disso?
Christopher: É aí que está o problema. – respirou fundo e a mãe o olhou, sem entender. – Ela ainda não sabe.
Alexandra: Como assim ela não sabe?
Christopher: Acontece que eu fui pegar o exame sozinho. – coçou a nuca. – Estou voltando de lá agora.
Alexandra: Ai meu filho, e agora hein? – tocando nas mãos dele.
Christopher: Agora já está feito não é? – suspirou, com um leve sorriso. – Eu não tenho coragem de pedir para a Dulce tirar o meu filho, além do mais eu não sei qual vai ser a reação dela.
Alexandra: Acha que vai conseguir explicar toda essa situação a ela? – o indagou, preocupada.
Christopher: Não. – negou certo. – Por isso que eu estou aqui, por que eu preciso que você dê essa noticia a ela. – a olhou, com um sorrisinho amarelo.
Alexandra: Eu por quê? – perguntou espantada.
Christopher: Por favor, mamãe! – pediu, com carinha de cão sem dono. – A Dulce é muito inocente, ela não entende nada disso, eu não sei como explicar que ela vai ter um bebê daqui a oito meses.
Alexandra: Ai meu filho... – dizia agoniada, Christopher fazia uma carinha fofa na tentativa de convencê-la. – Está bem! – vencida. – Eu explico toda essa situação pra ela.
Christopher: Obrigado mamãe! – sorriu aliviado e abraçou a mãe. – Você não sabe o quanto vai me ajudar.
Alexandra: Que coisa Christopher, você me mete em cada situação. – soltou o ar. – Por que não se cuidou meu filho?
Christopher: Aconteceu mamãe. – franziu a testa.
Alexandra: Tudo bem. – deu de ombros. – E então, quando vamos contar a ela?
Christopher: Agora mesmo, pode ser? – indagou, se levantando.
Alexandra: Por mim tudo bem. – também levantou e foi a cozinha, pediu para Simone guardar o suco e cuidar da lasanha que ela estava preparando e saí com o filho.
¨¨¨¨
Fuzz: Mamãe, eu acho que vou trocar de nome! – tagarelava, olhando as unhas, porém Blanca estava perdida em pensamentos. Como sempre estava ultimamente, parecia que estava sempre no mundo da lua. – Mamãe! – rolou os olhos ao notar a distancia de Blanca na conversa. – Mãe! – gritou, fazendo a mãe se assustar.
Blanca: Mas o que foi minha filha? – espantada.
Fuzz: Estou dizendo que quero trocar de nome!
Blanca: Mas não vai mesmo! – negou com a cabeça. – Esse nome foi escolhido especialmente para você meu amor!
Fuzz: Ai mãe, essa historia de Maria me dá nos nervos!
Blanca: Maria era o nome da sua avó, meu amor! – explicou, de maneira paciente. – Seu pai fez questão de colocar esse nome em você e na sua irmã... – Fuzz arregalou os olhos e Blanca engoliu o seco ao ver que tinha falado demais.
Fuzz: O que mamãe? – franziu a testa. – Mas que história é essa de irmã? Que irmã?
Blanca: Maria Fernanda, eu não disse nada! – olhou a filha, como se ela estivesse louca. – Você está bem?
Fuzz: Mamãe, eu posso ser loira, mas eu não sou idiota! – se levantou. – Eu ouvi muito bem você falando que tanto eu, como a minha irmã temos o nome Maria! – grunhiu, sem paciência. – Quero saber que irmã é essa?!
Blanca: Não tem irmã nenhuma, você escutou mal minha filha. – negando com a cabeça. – Preciso levar você ao consultório da doutora Regina!
Fuzz: FALA LOGO MAMÃE! – gritou.
Blanca: Olha o tom de voz menina! – a olhou, perplexa. – Eu ainda sou a sua mãe!
Fuzz: Mães não mentem para os seus filhos! – enfatizou furiosa. – Ainda mais você, que sempre contou tudo pra mim! – bufou.
Blanca: Já chega Maria Fernanda! – se levantou. – Você está louca, isso sim! – disse correndo para o seu quarto.
Fuzz: Ah, mas eu vou descobrir, ah se vou! – rolou os olhos.
Alexandra e Christopher chegaram ao apartamento e viram Lurdes limpando os móveis com um espanador.
Christopher: Tia, onde está a Dulce? – perguntou, dando espaço para a mãe entrar.
Lurdes: Está dormindo desde que você saiu. – os olhou. – Ela disse que estava com muito sono, acho que foi por que acordou cedo. – sorriu. – Oi Alexandra! – acenou, a loira sorriu, acenando de volta.
Christopher: Bem, eu vou acordá-la! – vai para o quarto.
Lurdes: Me deixa adivinha... – viu Christopher sumir pelo corredor. – Dulce está grávida?
Alexandra: Sim Lurdes. – assentiu, respirando fundo. – De um mês.
Lurdes: Eu sabia que isso iria acontecer. – coçou a nuca, preocupada.
Ao entrar no quarto, Christopher viu que a ruiva dormia profundamente. Parecia cansada.
Christopher: Dulce... – sussurrou no ouvido dela. – Amor, acorda... – a cutucou, mas nada dela acordar, por que tinha que ter um sono tão pesado? Desceu os olhos em direção à barriga dela, ainda tão pequenininha, era praticamente impossível de acreditar que ali estava o fruto do amor dos dois, acariciou o ventre ternamente e acordou de seus pensamentos quando sentiu Dulce se mexendo. – Dulce minha princesa, acorda... – chamou e ela foi acordando.
Dulce: Chris... – bocejando, cansada. – O que foi?
Christopher: Precisamos conversar. – falou, com o olhar apreensivo.
Dulce: O que é Chris? – o olhou atenciosa. – Você está me assustando. – o analisou. – O médico disse que eu vou morrer não é? – perguntou chorosa, enquanto sentava na cama.
Christopher: Não, por favor. – arregalou os olhos. – Não é para se assustar desse jeito, acontece que a minha mãe quer conversar com você.
Dulce: Sua mãe? – o olhou, sorrindo confusa. Ele assentiu. – Então vem Chris, vamos ver ela! – se levantou empolgada, afinal gostava demais de Alexandra.
Ao chegarem a sala encontraram Alexandra e Lurdes conversando.
Dulce: Oi tia Alexandra! – sorriu, dando um abraço apertado na mãe de Christopher.
Alexandra: Oi linda! – dando um beijinho na bochecha dela. – Você está cada dia mais bonita! – analisou sentando-se.
Dulce: Você é bem mais bonita! – sorriu insistente.
Alexandra: Claro que não. – riu. – Mas agora sente aqui meu bem. – apontando o lugar ao seu lado. – Nós precisamos conversar sério. – olhando seriamente para ela.
Dulce: Sobre o que tia? – franziu a testa, sentando onde ela tinha pedido.
Christopher: Amor, é uma coisa muito séria, mas eu acho que você vai gostar. – sorriu de lado.
Dulce: Fala logo! – pediu, roendo a unha.
Alexandra: Muito bem. – respirou fundo, com vontade de dar umas palmadas em Christopher, por estar lhe fazendo passar por uma situação tão complicada daquelas. – Sabe esses enjoos que você vem tendo ultimamente
Dulce: Ah sei... – assentiu confusa. – O que têm eles?
Alexandra: Sabe quando uma moça fica com a barriga grande, assim... – disse esticando os braços. Dulce negou confusa. – Bem... Eu vou te mostrar. – levanta e pega uma revista sobre de grávidas, que tinha trago na bolsa. – Olha essa. – mostra uma mulher com gravidez avançada.
Dulce: Ela engoliu um melão foi? – curiosa e achando graça ao mesmo tempo. – Que barrigona!
Alexandra: Não meu amor, ela está esperando um bebezinho. – explicou.
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