SEGUNDA-FEIRA
Começamos o nosso primeiro projeto UMA SEMANA COMIGO. Espero que durante esses dias vocês se divertam comigo, por que eu vou fodidamente me divertir com vocês. (Não esqueçam da live as 22 horas.. fui!) Amo vocês!!
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Capítulo 01
Segunda-feira nunca é o melhor dia da semana para as pessoas, e eu posso dizer com certeza que não é o melhor dia da semana para mim. Para falar a verdade, nenhum dia da semana está sendo consideravelmente bom para mim. E sabe por que? Por que aquele idiota me deixou, Kennedy — o cuzão de merda — Gales terminou o nosso namoro de 2 anos, por um pedaço de bunda mais nova que a minha. Não que eu seja velho, estou no auge dos meus 27 anos, mas Kenny tinha outra coisa em mente. Por que ele estava dormindo com o merdinha do meu primo Jake, de 20 anos. Eles que se fodam! Que se fodam bem fodidos, e que vivam felizes, para o inferno, de sempre. Morram, seus desgraçados traidores!
Chuto o chão com força, a ponta da minha bota, bate tão duramente em uma pedra que eu fico zonzo. Caralho Cayden, não se mutile assim seu desgraçado! Me xingo mentalmente, enquanto pulo em um pé só, segurando o meu pé maltratado. Eu estou cansado, muito cansado mesmo, porque além de me sentir um lixo por ser trocado pelo meu primo, eu estou voltando de um turno na boate, onde eu trabalho. Essa noite foi turbulenta demais, e depois que o lugar fechou, eu ainda tive que ficar lá com o meu chefe, o ajudando. E agora, que eu finalmente saí de lá, tudo o que quero é tomar um pouco de café, comer algumas panquecas de mirtilo com bastante xarope, e ir dormir.
Tenho que dormir um pouco, eu necessito. Por que assim que acordar eu ainda tenho que resolver o problema da minha dívida. Dívida essa, que herdei de forma fodida e sangrenta do meu ex-namorado. Kenny tem um problema sério quando se trata de entrar em enrascadas, junte isso ao seu vício ferrado por cocaína e vamos ter ingredientes agradáveis para um bolo infernal. Kenny é tão sujo que me colocou como fiador da sua dívida. E será que eu sabia disso? Claro que não! Vim saber disso a poucos dias, quando tive o desprazer de receber um recado de um membro dos Hangman's.
Mas eu não quero essa merda para mim, eu tive um treco maldito quando soube dessa dívida gigantesca. Mas agora eu sei, depois da ameaça que recebi no trabalho, que eu não teria como correr disso. Kenny está de parabéns, ele deveria ganhar um prêmio de melhor ex-namorado de merda, de todos os tempos. Ele é um covarde, que além de me trair com Jake, fugiu com a vadia para evitar de pagar o que deve. Cara, o quão ruim será que isso ainda pode ficar para mim?
Tento tirar isso da minha mente e sigo o meu caminho até o meu flat caindo aos pedaços. Ando pesadamente com os ombros curvados, dormindo em meus pés, até a porta do flat. Contudo quando vou colocar a chave na fechadura, vejo que a porta está aberta. Meu corpo fica paralisado,e no mesmo instante sinto todo o meu sangue gelar nas minhas veias. Alguém invadiu a porra da minha casa! Aperto a alça da minha mochila no meu ombro, e mesmo com um medo aterrorizante, empurro a porta.
— Que bom que você chegou, Cayden, eu estava ficando preocupado com a sua demora. — Um tom barítono, rouco e provocativo chama a minha atenção.
— Oh merda! — exclamo nervoso dando um passo para trás.
— Se eu fosse você, não me mexeria, ou tentaria correr, porra! — Olho para o lado para dar de cara com outro homem parado ali, que é a porra do maior cara, caralho. Ele está com a mão na cintura, e isso me faz abaixar os olhos para encontrar uma arma ali.
— Cross, você pode ir, creio que o senhor Mannon não irá é louco, para fugir de mim. Estou certo? — O primeiro homem fala e eu assinto apressadamente, engolindo em seco.
— Sim, merda! — falo rapidamente e o homem com barba escura e tatuagens aparentes no pescoço, solta um som irritado.
— Estarei esperando do lado de fora, prez! — resmunga o homem ao passar por mim.
— Certo! — responde tranquilamente, enquanto eu acompanho a saída de Cross com os meus olhos amplos. — Entre para que possamos conversar, Cayden — fala me fazendo engolir em seco.
Eu os conheço, eu queria não conhecer, mas eu os conheço. Esse que está invadindo o meu flat, acomodado de forma tranquila no meu velho sofá de couro marrom, é Asher King, também conhecido como "Big King" o Presidente da Gangue de motoqueiros Hangman's. A figura grande, imponente, com uma máscara fria e relaxada ao mesmo tempo, faz jus aos comentários soltos por toda a cidade. Não existe uma pessoa por aqui que não conheça, mesmo que seja algum dos boatos, sobre os hangman's, principalmente o líder deles. E é por saber de tudo isso que agora, eu me encontro estático, com medo até mesmo de respirar forte e o homem à minha frente interpretar de um jeito errado.
— Você sabe por que eu estou aqui, Cayden? — questiona King, abro a boca, mas nenhum som sai. — Diga-me, Cayden — pede e eu engulo em seco.
— Eu posso ter uma suspeita — respondo rapidamente com o fio de voz.
— Uma suspeita? Hum... — Ele para e passa a mão na barba loira espessa. — Fale-me sobre a sua suspeita — pede e eu solto um som fraco, através da garganta.
— Você veio saber sobre seu dinheiro — falo e ele arqueia a sobrancelha com uma surpresa fingida.
— Oh, Cayden, meu garoto! Você sabe sobre a dívida? — King pergunta fingindo interesse. Eu podia ver o aço duro dos seus olhos, sendo escondidos pela malícia da sua voz.
— Sim, eu sei, mas essa dívida não é minha! — Tive uma coragem repentina, e eu não faço ideia de onde veio.
— Ela não é sua? — King pergunta fechando totalmente sua expressão.
— Não! Eu nunca faria isso, eu trabalho, eu ando certo, com as minhas coisas. — Eu gesticulo em desespero, quando sentia o meu corpo inteiro tremer.
— E daí? — pergunta ele de modo frio e despretensioso.
— Como? — questiono confuso.
— Sim, eu quero saber, o que é que eu tenho a ver com suas coisas? — King indaga com aço na voz.
— Eu só... eu só... — Tento falar, mas quando o vi levantar a toda a sua altura, com couro revestindo seu corpo largo, eu simplesmente travei.
— Onde está, Kennedy Gales? — pergunta e eu tenho que me curvar um pouco para poder olhar diretamente no seu rosto.
Porra, eu sou alto, mas esse filho da puta, é um fodido gigante de merda. Inferno!
— Ele foi embora! Ele saiu com o meu primo e deve estar fodendo a bunda dele agora. — Mesmo com medo, eu não pude deixar de cintilar o meu ódio pelos dois traidores.
— Então, isso é simples, Cayden, a dívida de 200 mil dólares de Kennedy é sua. Ele te deu como garantia, e eu não sou um homem de perder. — Eu estou preso nos seus olhos estranhamente azuis. — Para falar a verdade, eu detesto perder, e sempre consigo o meu caminho...De algum jeito. — Sua voz rouca saiu de um modo que fez os pelos do meu corpo se arrepiarem.
Agora eu entendi, entendi que esse homem na minha frente jamais ouvirá qualquer um dos meus apelos. É tão errado que eu tenho que pagar pelas merdas dos outros, mas eu terei que fazer isso. Tenho que fazer isso, para que a vida continue pulsando no meu corpo. Eu serei morto, não há qualquer outra coisa que eu possa fazer, se por algum acaso eu não pagar essa dívida. Eu sei disso, eu vejo isso na postura que grita "assassino" de King. Ele vai me matar. Mas a pergunta que não quer calar... onde diabos eu vou arrumar 200 mil dólares. O que diabos, aquele filho da puta traidor, estava pensando?
— Eu não tenho dinheiro, senhor King! — Eu estou pronto para chorar de frustração. E eu odeio chorar, porra!
— Não me interessa, a dívida tem que ser paga. Eu não posso perder tanto dinheiro. — Eu consigo sentir o seu cheiro, e é tão delicioso que começo a pensar que estou enlouquecendo.
— Se o senhor me dar uns dias eu... — Começo a falar, mas o motoqueiro me interrompe.
— Não, eu não te darei mais alguns dias, eu quero agora. Eu vim cobrar minha dívida hoje, Cayden — diz entre dentes e eu arregalo meus olhos.
— Hoje? — pergunto e ele assente soltando uma respiração forte.
— Sim, hoje! — responde dando um sorriso de lado.
— Mas eu não sei como, eu não... — Paro de falar quando seu corpo avança no meu.
Dou um grito pelo susto que levei, mas o corpo de King, colocado contra o meu, fez com que eu engolisse minha língua e não pronunciasse o som. Ele é um homem alto, de ombros largos, e eu já sabia disso, mas agora com ele tão próximo, eu vejo que é muito mais do que eu pude observar a pouca distância. Sinto a mão de King prender os meus cabelos ruivos da nuca, enquanto sua outra mão apertava com força ao redor da minha cintura. Eu estava paralisado totalmente, a dor do seu aperto no meu corpo ao invés de me amedrontar, causou arrepios de excitação. Eu poderia sentir o seu hálito através de uma respiração pesada cheirando a tabaco e menta. Uma mistura inebriante, que estava me deixando desnorteado.
— Eu tenho uma proposta para te fazer, Cayden. Na verdade, não é bem uma proposta, é uma solução. — King fala com a voz rouca, e eu não falo nada, a não ser confirmar. — Você ficará comigo por uma semana. Eu te darei uma semana, para quitar sua dívida. — Suas palavras me causaram estranheza.
— Como assim? O que eu irei fazer nessa uma semana? — pergunto sem conseguir me conter.
— Você será meu para fazer o que eu quiser, na hora que eu quiser, da forma como eu bem entender. — diz com um aço na voz, me olhando nos olhos. — Nessa uma semana você me pertencerá, em todos os sentidos. — Engoli em seco arregalando os olhos com suas palavras extremamente possessivas e loucas.
— Mas que merda! — digo assustado, tentando me soltar, mas o motoqueiro desgraçado não me solta de forma alguma.
— Não, você não vai a lugar nenhum, porra! — diz ele, entre dentes, apertando mais ainda o seu controle nos meus cabelos.
— O que você quer dizer com ''você será meu"? — pergunto com medo e furioso ao mesmo tempo.
— Isso mesmo que você está pensando, querido. — King aproxima mais seu rosto do meu, até sua boca estar colada na minha orelha. Porra, essa barba desgraçada faz cócegas.
— Foda-se, eu não vou foder com você! — digo entre dentes e ele começa a rir.
— Você vai, querido, você vai chorar para que eu enterre o meu pau tão fundo em você. Você vai querido, terei uma semana com você e farei o que eu quiser. Lembre-se disso! — King diz, como se fosse a porra de uma promessa velada.
— E se eu não quiser isso? — pergunto como um último recurso, e seu sorriso de predador fecha no mesmo momento.
— Se você não aceitar minha solução, você terá que conseguir os 200 mil, até a noite de hoje. Se não conseguir o dinheiro... — King deixa as palavras soltas, mas eu sabia o que ia acontecer.
— Entendo. — Eu estou tão desnorteado que não percebo quando ele me solta.
— Lembre-se, Cayden, se você não for meu durante uma semana, você terá que me pagar todo o dinheiro. — Ele estava impassível quando disse isso.
— Foda-me! — Sussurro, cambaleando para trás.
— Ah Cayden, eu pretendo fazer isso. — diz King, me fazendo puxar o ar com força. — Hoje à noite, eu esperarei você. — King paira seu corpo sob o meu novamente.
— Eu trabalho hoje à noite. — Conto rapidamente e ele fez um som de desgosto.
— Não me importo, estarei te esperando. — Sou surpreendido quando King deixa um selinho punitivo nos meus lábios. — Até mais tarde, querido! Não se atrase! — Diz se afastando de mim, para ir até a porta.
— Onde te encontrarei? No clube? — pergunto desnorteado, piscando várias vezes.
— Sim baby, no meu clube. Onde mais séria? — King responde, virando o rosto com um sorriso malicioso.
Com isso, ele sai porta a fora me deixando sozinho e sem saber o que pensar ou a quem recorrer para pedir ajudar. Eu não tinha ninguém, eu tinha o Allan. Meu amigo de adolescência, que é um tatuador, mas que já tem seus próprios problemas para lidar. Ele não precisa de uma dívida a um clube de motoqueiros, para adicionar a sua mesa. Eu estava fodido! Fodido em tantos sentidos, que não sei nem por onde começar a contar as dimensões. Porra, porra, porra! O que diabos eu vou fazer da minha vida agora?
Passei o dia inteiro na maior merda de todos os tempos. Eu pensei muito, pensei tanto, que o meu cérebro quase saiu do meu crânio e gritou comigo para parar. E foi exatamente por pensar demais em toda a situação, que tive a certeza que não haveria outra alternativa, a não ser aceitar a proposta de King. Eu não tenho toda essa grana, apesar do que a minha família de bosta possa pensar, eu sou organizado com as minhas coisas. Minha vida financeira é equilibrada, consigo me manter tranquilamente com o meu trabalho e alguns bicos que faço no estúdio de All.an. Mas fora isso, eu não tenho de onde tirar 200 mil dólares, e eu não quero tentar a sorte com os Hangman's.
Sei das histórias soltas e terríveis que contam por aí, eu sei muito bem o que pode acontecer com as pessoas que pensam que são mais espertas que eles. Merda! Estremeço só de imaginar o que pode acontecer comigo. Estou muito novo para morrer, porra! E se eu tiver que virar prostituto do presidente gostoso, feito o fodido inferno, eu serei com todo o meu ódio e tesão. Prefiro ser um prostituto vivo, com uma dívida esquecida, do que um prostituto morto, por uma dívida que nunca foi minha. Eu odeio o desgraçado do Kennedy! Nunca odiei tanto uma pessoa quanto ele, e tenho certeza, que jamais irei odiar. Por que é sua culpa, que agora eu esteja parado em frente um clube de motoqueiros. Tremendo até a alma, pelo que poderá acontecer comigo, a partir do momento que cruzar a porta.
— Vamos lá, vamos fazer isso! Será somente uma semana, eu posso lidar com isso. Eu sei que posso.— digo em forma de oração, fazendo de tudo para me dar coragem, e assim poder entrar no lugar.
Com a confiança renovada, eu solto uma forte respiração e continuo a caminhar. Posso sentir as minhas botas de couro mais pesadas a cada passo que dou em direção a porta. A alça da bolsa de couro presa no meu ombro está em um aperto tão forte, entre meus dedos, que tenho medo que minha mão caia por falta de circulação sanguínea. O nó que insiste, em permanecer no meu intestino, está mais apertado e doloroso que a foda. Engulo em seco e balanço a cabeça quando a minha mão pausa na maçaneta. Quando empurro a porta sou recebido pela forte mistura de cheiros entre maconha e álcool no local e a música de Rock estourando meus ouvidos.
Esse lugar é muito mais do que eu poderia imaginar, a mistura entre preto, madeira e vermelho borgonha é estranhamente homogênea. Consigo ver uma parede repleta de bebidas, com um enorme balcão de madeira na frente. Onde tem um homem loiro tatuado do outro lado, sorrindo para duas mulheres. Observo algumas mesas feitas de madeiras, com homens usando coletes de couro com o enorme brasão dos Hangman's, atrás das costas. Eles fumam, bebem tranquilamente e fazem questão de se exibirem com os seus casos de uma noite ou suas senhoras.
— Está perdido, filho da puta? — ouço uma voz ao meu lado, me fazendo tirar os olhos do lugar e olhar para o lado com os olhos amplos.
— Eu vim aqui para ver King! — falo após adquirir um pouco da minha coragem. Oh foda-se se eu vou ficar aqui e ser intimidado por esse idiota, ele não é a porra do Asher King.
— O que deseja com o Prez? — pergunta o idiota careca, com algumas tatuagens pequenas nas bochechas.
— Não é da sua conta, porra! — digo com irritação.
O homem fecha mais ainda sua expressão, se isso for humanamente possível, e avança na minha direção. Eu já me movo do lugar, eu serei um fodido se ele conseguir me fazer abaixar a cabeça.
—Como é? Você não tem medo de morrer, seu desgraçado. — Vejo o homem puxar uma arma da parte de trás da cintura.
—Eu disse que queria ver o King, seu merda. — Digo não me mexendo quando ele me mostra sua Beretta. Sim, porra eu conheço sobre armas.
—Olha aqui... — O homem começa, mas uma voz o interrompeu.
— O que está acontecendo aqui, Em? — O outro cara pergunta, e ao ver que o rosto do cara a minha frente perde a dureza ao perceber que não estamos mais sozinhos, eu olho na direção da voz.
— Temos um merdinha aqui, que deseja ver o nosso Prez, Mors. — O homem acena com a cabeça na minha direção e eu continuo a encarar o recém chegado.
Ele é um homem bonito devo admitir, com cabelos nitidamente tingidos de branco platinado, olhos azuis gelo e tatuagens coloridas por todos os braços. Exótico, bom visual.
— Interessante. — Mors fala me olhando de cima a baixo, me analisando descaradamente. — Qual o seu nome? — pergunta e eu mordo minha mandíbula com força.
— Mannon, Cayden Mannon — respondo e os olhos de Mors adquirem um ar conhecedor, mas isso não me incomodou, o que me incomodou foi o seu sorriso malicioso.
— Você conhece o merdinha ruivo estúpido? — Em fala e eu olho para ele, desejando automaticamente que saiam lasers dos meus olhos.
— Merdinha ruivo é... — Meu xingamento para quando os meus olhos são atraídos para a figura intimidante atrás do embuste, que acabou de me chamar de merdinha ruivo.
— Então você aceitou a minha proposta, eu vejo. — King fala friamente, enquanto se aproxima de mim.
— Chefe? — Em fala, visivelmente confuso. — Você conhece esse invasor? — pergunta, apontando para mim por cima do ombro com o polegar.
— Guarde sua merda, Em! — King fala seriamente e Em fica visivelmente confuso. — Agora! — King fala, de repente friamente, fazendo o homem saltar no lugar.
— Sim Prez! — Ele diz rapidamente, enquanto guarda a arma novamente.
— Você! — Ele aponta na minha direção. — Venha comigo, Cayden! — Manda, me fazendo passar pelo Mors e pelo Em, para chegar até King.
Assim que chego perto o suficiente do líder perigoso da gangue, ele me arrasta abruptamente para os seus braços. Sem que eu pudesse me recuperar do susto de estar preso nele, quando me dei conta os seus lábios, recheados por um bigode grosso e uma barba loira e grande, estavam invadindo os meus. Ao perceber que eu estava sem reação, Asher — maldito gostoso do inferno — King mordeu os meus lábios inferiores com força o suficiente para fazer o meu corpo vibrar de excitação e um gemido escapar dos meus lábios. Maldição! Como ele sabe que gosto de uma picada de dor no beijo?
Sem que eu me desse conta eu estava deixando sua língua grossa e grande invadir minha boca. Me fazendo sentir o melhor beijo, que já dei na minha vida. Era tudo tão gostoso, que eu poderia sentir os dedos dos meus pés curvarem dentro da minha bota. Seu beijo, além de gostoso feito o inferno, era selvagem demais, intenso demais. E eu me vi de pau rígido, querendo escalar nesse homem como um trepa do mal. Merda, o que diabos eu estou fazendo? Ele não é meu amante, porra, ele está mais para o meu algoz infeliz. Esse pensamento fez a minha mente clarear, me fazendo empurrar King para longe de mim.
— Porra! — murmuro tentando sair dos seus braços, mas ele não me permite sair de forma alguma. Esse homem é forte pra caralho!
— Não tente se afastar, doce Cayden. Eu não vou deixar você ir, querido. — King fala com a voz rouca, descendo a sua mão que estava na minha cintura, para apertar minha bunda. Diabos! — Você me pertence, não se esqueça disso. Uma semana, Cayden, você me deve uma fodida semana — diz as palavras com sua boca pesa no meu ouvido.
— Eu entendi, merda! — digo sem muito calor. Eu posso não ter medo dos outros, mas esse homem me causa um certo desconforto. — Eu estou aqui, não estou? — pergunto corajosamente, fazendo com que ele dê um sorriso de lado.
— Sim, você está. E isso é perfeito! — diz ainda sustentando o seu sorriso malicioso. — Agora vamos, tenho coisas para tratar com você. A sua semana começa agora mesmo, meu Cayden. — Isso era a porra de uma possessividade.
É isso, agora não tem mais volta. Agora eu seria de Asher King por uma semana, e sabe-se lá Deus, o que esse homem fará comigo nessa semana. Eu só espero poder proteger o meu coração no processo.
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