29- Em família

Com o clima de alegria e celebração ainda pairando no ar após o anúncio de Dona Antonella, Enzo sentiu uma onda de nervosismo e excitação ao mesmo tempo. A conversa animada se acalmou gradualmente, enquanto ele preparava suas palavras. A sala estava iluminada pela luz suave do entardecer, e a lareira crepitava, criando um ambiente acolhedor e íntimo.

Ele levantou-se devagar, chamando a atenção dos membros da família, que olhavam para ele com expressões curiosas e encorajadoras. Luna estava ao seu lado, com um sorriso tímido, seus olhos brilhando de expectativa.

— Pessoal, eu também gostaria de compartilhar uma novidade — começou Enzo, sua voz firme, mas com um leve tremor. Ele respirou fundo, sentindo a energia da sala se concentrar nele. —  Desde que Luna entrou na minha vida, tudo mudou para melhor. Ela me faz feliz de uma forma que eu nunca imaginei ser possível.  Luna é a mulher com quem quero passar o resto da minha vida. —Os olhares de sua família se suavizaram, e a emoção começou a preencher o ar enquanto Luna se encontrava sentada ao lado de Milena, que  apertou sua mão, mostrando apoio e entusiasmo.— Eu pedi Luna em namoro — anunciou Enzo, sentindo seu coração acelerar. — E ela aceitou!

Um silêncio instantâneo caiu sobre a sala, seguido de uma explosão de aplausos e gritos de alegria. 

— Você está falando sério?! — perguntou Matteo, com os olhos arregalados para o irmão que acenou com a cabeça. 

A reação foi imediata, e o rosto de Luna se iluminou como um sol radiante, enquanto um grito de surpresa escapuliu de Alice, que imediatamente se levantou da poltrona, seu rosto iluminado por um sorriso.

— Uau! Isso é incrível! — exclamou Alice, pulando de alegria e dando um abraço na amiga. — 

—Você estava demorando para fazer isso, Enzo! — Falou Gabriel se levantando para parabenizar o primo.—

As reações foram rápidas e cheias de alegria. Os membros da família se levantaram de suas cadeiras, aplaudindo e celebrando a notícia. Dona Antonella não pôde conter as lágrimas de felicidade enquanto observava seu neto, orgulhosa por sua coragem e amor.

A avó, Dona Antonella, sorriu com orgulho do neto, seus olhos marejados enquanto observava o neto e a nova integrante da família.

— Oh, como estou feliz por vocês! — disse ela, levantando-se para envolvê-los em um abraço caloroso. — O amor é uma bênção, e estou tão contente que vocês encontraram um no outro.

— Um brinde ao casal mais romântico de San Tarantino! — disse Rafael, erguendo um copo imaginário, enquanto a sala ecoava com risadas e alegria.—

Luna, um pouco corada, olhou ao redor, percebendo o calor e o amor que cercavam aquele momento. Ela nunca se sentira tão aceita e amada.

— Eu estou tão emocionada — admitiu ela, sorrindo para Enzo. — Mal posso acreditar que estou aqui com todos vocês.

Enzo pegou a mão de Luna, segurando-a firme.

— Eu sabia que precisava compartilhar isso com todos vocês, porque vocês são uma parte tão importante da minha vida — disse ele, sua voz sincera. — Luna é especial para mim, e eu mal posso esperar para construir um futuro juntos.

— Que lindo, Enzo! — exclamou dona  Francielle, sua mãe, envolvendo-o em um abraço apertado. — Você fez a escolha certa. O amor verdadeiro é um presente precioso.

Luna, visivelmente emocionada, olhou para Enzo, seus olhos brilhando. Ela não tinha ideia de que ele iria dar esse passo tão significativo, e a surpresa a deixou sem palavras.

— Eu não sei o que dizer... — começou o senhor Lorenzo abraçando o filho logo em seguida, de forma carinhosa. — Estou tão feliz!

— Você se tornará parte da nossa família, Luna — disse Antonella, com a voz cheia de emoção. — E eu não poderia estar mais empolgado com o que o futuro os reserva.

O entusiasmo na sala era palpável, a energia vibrante que acompanhava a revelação de Enzo e Luna ecoava em risadas e sorrisos. Enquanto todos se deliciavam com a novidade, Milena, com um brilho nos olhos, não perdeu tempo em expressar seus pensamentos.

— Quando vocês marcarem a data do casamento, eu definitivamente quero ser a madrinha! — proclamou Milena para a amiga, com um entusiasmo contagiante. A sala se encheu de aplausos e murmúrios de aprovação. Era um momento especial que fazia parte da rica tradição da família De Lucca, onde cada celebração se tornava uma ocasião memorável.

— Eu também quero ser madrinha! — disse Alice, piscando para Luna. — Isso é apenas o começo! Eu estou tão animada por vocês dois.

— Espera um pouco, Alice! Você ainda não tem um namorado! Como vai ser madrinha de um casamento?

— Ela não precisa de um namorado, afinal de contas ela já tem o Alessandro. — falou Matteo divertidamente se lembrando que sua prima tinha uma amizade colorida com o seu melhor amigo.—

O grupo caiu em risadas, e Alice fez uma careta para o primo, e irmão.

— Ei! — respondeu ela, tentando manter a pose. — Um dia, eu terei um namorado! E quando isso acontecer, ele vai ser tão incrível que nem vai acreditar na sorte que teve de me conhecer... E pode ter certeza, que se eu não tiver, eu irei arrastar sim o Alessandro comigo... E se ele não quiser, tem quem queira.

Enzo não pôde deixar de sorrir ao ver a interação entre os irmãos, e primos. Era essa dinâmica de amor e brincadeiras que tornava a família De Lucca tão especial. A tradição e a alegria que envolviam cada celebração eram transmitidas de geração em geração, como um legado valioso.

— Primeiro termine a faculdade de medicina, e depois pode pensar em um namorado. — falou o senhor Leonel para a filha.— Nada de me apresentar um namorado antes de terminar sua  faculdade mocinha... Eu não quero qualquer babaca cortejando a minha linda filha.

— Qual é pai, eu tenho 23 anos, não sou mais nenhuma criança. mas pode ficar tranquilo, que se isso acontecer, o senhor será o primeiro a saber... Pois nesse momento eu só quero curtir, não quero nada serio com ninguém.

— Isso inclui Alessandro também! — Falou Matteo tirando sarro da prima.— Todos do hospital falam que você adora trabalhar com ele.

— Isso não é da sua conta Matteo... 

A sala se encheu de risadas e sorrisos enquanto Leonel ficava atordoado com a ousadia da filha. Julia, com um sorriso cúmplice, apenas deu um leve tapinha no braço do marido, enquanto a dinâmica divertida entre pais e filhos preenchia o ambiente. A família De Lucca era conhecida não apenas por seu sucesso e tradição, mas também pela leveza e brincadeiras que mantinham a chama da união acesa.

— Essa menina tem o seu gênio, Julia!

— Não Leonel, ela tem o seu! — insistiu Julia, rindo, o que fez todos caírem em mais gargalhadas.—

Dona Antonella, que até então observava a interação calorosa da família, tomou um momento para refletir. Sua voz, sempre calma e cheia de sabedoria, cortou suavemente o burburinho.

— Vocês todos estão tão animados! Isso é maravilhoso. — Ela olhou com carinho para cada um dos seus netos e filhos. — Mas lembrem-se, o que mais importa é o amor que vocês compartilham. O casamento é uma celebração, sim, mas a verdadeira união vem do respeito e da compreensão mútua... Vocês precisam encontrar sua outra metade da laranja... Assim como eu encontrei o avô de vocês... — Sua voz ficou mais suave ao lembrar do falecido marido. — Ele era um homem bom e justo, e juntos construímos esse legado que vocês continuam a expandir.

As palavras da avó ressoaram na sala, enchendo o ambiente com um calor familiar e uma leve melancolia pelas memórias do passado. Enzo e Luna se entreolharam, sentindo o peso e a beleza daquele momento. Era a tradição da família, o amor, e as raízes profundas que faziam da história dos De Lucca algo tão especial.

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