21-Pegando estrada

Luna acordou lentamente com o barulho da chuva que caía lá fora. Levou um tempo para reconhecer o local. A loira havia viajado com Enzo até a pousada, onde desfrutaram de um dia bem agradável no dia anterior.
O casal tinha feito trilha, andado de jetski e a cavalo, e também aproveitaram para pegar uma piscina.
Havia sido uma tarde bem agradável e tranquila ao lado de Enzo De Lucca.
No final do dia, eles apenas jantaram um um restaurante local ao som de uma boa música e depois quando retornaram para o quarto da pousada, havia começado uma pequena garoa fina.
Luna sorriu ao se lembrar de cada momento agradável que passou ao lado do moreno. Foi realmente um passeio bem agradável.

A loira se sentou na cama olhando em volta, à procura de Enzo De Lucca, e o encontrou perto da sacada, observando a chuva cair. Andou até ele em passos lentos, de forma calorosa.

Enzo estava perdido em pensamentos, a expressão em seu rosto tranquila e contemplativa. Quando Luna se aproximou, ele se virou, oferecendo um sorriso caloroso que iluminou o ambiente.

—Bom dia!—  disse ele suavemente, estendendo a mão para ela. —Dormiu bem?

Luna sorriu de volta, aceitando a mão dele e sentindo o calor reconfortante.

—Sim, dormi muito bem. Este lugar é mágico.

Enzo puxou-a para mais perto, envolvendo-a em um abraço.

—Fico feliz que esteja gostando. A chuva traz uma paz especial, não acha?

Ela assentiu, encostando a cabeça no ombro dele e olhando para a paisagem úmida e verde lá fora.

—Sim, parece que o tempo desacelera aqui. É bom ter um momento para respirar.

O silêncio suave da manhã envolvia Luna e Enzo enquanto permaneciam abraçados, apenas o som rítmico da chuva caindo suavemente sobre as folhas e a terra ao redor os acompanhava. As gotas deslizavam pelas janelas da pousada, criando pequenos rios que refletiam o verde vibrante das colinas.

Enzo puxou Luna delicadamente para mais perto, seus corpos se moldando naturalmente um ao outro. Ele passou os dedos suavemente pelos cabelos dela, o toque gentil e reconfortante, enquanto o aroma fresco da chuva misturado ao perfume amadeirado da pousada enchia o ar. Luna fechou os olhos por um momento, sentindo-se completamente segura nos braços dele.

— Você faz tudo parecer mais bonito — sussurrou Enzo, sua voz baixa e suave como a chuva lá fora.

Luna sorriu, levantando o rosto para encontrar o olhar dele. Seus olhos se encontraram, e naquele instante, o mundo parecia suspenso, como se o tempo estivesse, de fato, desacelerando. As batidas do coração deles se sincronizavam, silenciosas, mas profundas.

— Aqui... com você — respondeu Luna, sua voz suave e quase num sussurro — tudo realmente é mais bonito.

Enzo abaixou a cabeça lentamente, seus lábios roçando de leve os dela, num beijo terno, cheio de carinho. O momento era tranquilo, sem pressa, como se quisessem prolongar cada segundo que passavam juntos. O beijo foi suave e reconfortante, trazendo uma sensação de pertencimento e amor.

Luna encostou a testa na dele, rindo baixinho ao sentir o toque quente e familiar.

— Acho que podemos descer para o café da manhã agora — disse ela, a voz carregada de contentamento.

Enzo sorriu, ainda segurando a mão dela com carinho. 

—Vamos descer para o café da manhã? Ouvi dizer que eles têm um bolo de cenoura incrível.

Luna riu, sentindo-se leve e contente.

—Parece perfeito, eu só irei fazer minha higiene matinal e depois vamos.

O moreno assentiu com a cabeça para a loira, e ela se apressou a fazer a sua higiene matinal e vestir uma roupa mais quente, pois juntamente com a chuva, a temperatura também havia caído um pouco.

Eles desceram juntos, de mãos dadas, sentindo-se gratos por aquele refúgio tranquilo. Na sala de refeições da pousada, o cheiro de café fresco e bolo recém assado os envolveu, prometendo mais um dia agradável e memorável.

O local era acolhedor, com mesas de madeira rústica e uma vista deslumbrante para o jardim. O cheiro de café fresco e pão assado preenchia o ar, trazendo uma sensação de conforto e familiaridade.

A mesa estava adornada com uma variedade de delícias da gastronomia local e culinária italiana. Sobre toalhas de mesa xadrez, destacavam-se cestas de pães frescos, croissants e brioches, alguns recheados com cremes suaves de chocolate ou geleias caseiras. Pratos de queijos regionais,  eram dispostos ao lado de fatias finas de presunto de Parma e salame italiano.

Pequenos potes de mel de acácia e compotas de frutas da estação eram colocados estrategicamente entre os queijos e embutidos, oferecendo um toque doce e natural às opções salgadas. Ao lado, uma variedade de frutas frescas, como morangos vermelhos e suculentos, fatias de melancia e uvas maduras, adicionavam frescor e cor à mesa.

No centro da mesa, uma seleção de bolos caseiros e doces típicos italianos esperava para ser degustada. Tortas de frutas frescas, tiramisù cremoso, cannoli recheados com ricota doce e sfogliatelle crocantes eram algumas das opções tentadoras disponíveis.

Além disso, não poderiam faltar as bebidas quentes tradicionais. Uma máquina de café expresso estava à disposição, produzindo xícaras de café forte e aromático, além de cappuccinos cremosos e macchiatos reconfortantes. Chás de ervas locais também eram oferecidos, proporcionando uma alternativa reconfortante para aqueles que preferiam algo mais suave.

Com essa ampla variedade de opções, o café da manhã no quiosque oferecia uma verdadeira experiência gastronômica italiana, celebrando os sabores e aromas únicos da região e proporcionando aos hóspedes uma maneira deliciosa de começar o dia.

Luna e Enzo escolheram uma mesa perto de uma janela grande, onde podiam ver a chuva ainda caindo suavemente. Eles se sentaram e logo uma simpática atendente apareceu com um sorriso acolhedor.

—Bom dia! — falou uma jovem muito simpática se aproximar segurando uma prancheta em mãos.— poderiam me dizer qual quarto estão hospedados?

Enzo sorriu, ainda segurando a mão de Luna.

— Estamos no imperial, no quarto 102.

— Senhor e senhora De Lucca? — disse a jovem e Enzo apenas confirmou com a cabeça, enquanto Luna permaneceu em absoluto silêncio.— vocês podem se servir e ficar a vontade. O café é por conta da casa.

Enzo assentiu de maneira calorosa e andou com Luna até a mesa onde se encontrava a variedade de alimentos.

Luna olhou para Enzo com carinho, sentindo-se grata por aquele momento de tranquilidade e proximidade.

—Estou tão feliz de estarmos aqui. Esse lugar é perfeito demais.

Enzo apertou suavemente a mão dela, concordando.

—Eu também estou feliz de estar aqui com você. Esse lugar realmente é mágico demais...

O casal se serviu antes de se sentarem à mesa para uma conversa agradável. Luna pegou um croissant recheado com creme de avelã e um pedaço de queijo pecorino, enquanto Enzo escolheu uma fatia de bolo de cenoura, algumas fatias de presunto de Parma e uma xícara de cappuccino fumegante.

Sentaram-se em uma mesa perto da janela, onde podiam ver a chuva suave caindo no jardim. O ambiente era aconchegante, com o som da chuva misturando-se ao murmúrio suave das conversas ao redor.

—Esse lugar é realmente especial.— disse Luna, mordendo seu croissant e saboreando o recheio cremoso. —Cada detalhe faz com que eu me sinta em casa.

Enzo assentiu, tomando um gole de seu cappuccino.

—Concordo. E a comida é incrível. Nada como começar o dia com essas delícias italianas.

Luna sorriu, pegando um pedaço do queijo pecorino enquanto Enzo saboreava o bolo de chocolate.

A conversa fluiu facilmente enquanto desfrutavam do delicioso café da manhã. O bolo de cenoura estava realmente incrível, e o café os aquecia por dentro. Com a chuva caindo lá fora, o ambiente era acolhedor e convidativo.

—Eu queria te levar para dar uma volta de balão, mas com esse tempo, vai ficar difícil.— disse Enzo, olhando pela janela para a chuva persistente.—

—Não tem problema, fica para uma próxima oportunidade.

Ele ergueu uma sobrancelha, um brilho esperançoso nos olhos.

—Então terei uma próxima oportunidade?

Ela riu.

—Claro que sim.

Enzo sorriu de volta, visivelmente aliviado.

—Fico feliz em ouvir isso.

—É uma pena que o clima tenha mudado drasticamente.— disse Luna, observando a chuva lá fora. —A tendência agora é só esfriar.

Enzo suspirou.

—É verdade. Mas sabe, há algo especial em dias frios e chuvosos também. Podemos aproveitar a lareira da pousada, nos aquecer com chocolate quente e simplesmente desfrutar da companhia um do outro antes de pegar estrada.

Luna sorriu, aquecida pela ideia.

— Por que será, que toda vez que saimos, sempre chove?

— Essa é uma boa pergunta. — falou o moreno de forma calma e tranquila.— a primeira vez que ficamos era exatamente um dia como esse.

O comentário do moreno pegou a loira de surpresa e Luna corou ao se lembrar da época, quando se entregou de corpo e alma.
Enzo percebeu isso e sorriu tocando na mão da loira.

—O que pretende fazer assim que voltar a San Lorenzo?

—Tenho que organizar o meu estúdio, e começar a preparar a festa de casamento de Samira.

Enzo sorriu, imaginando Luna imersa nos preparativos.

—Parece que você terá bastante trabalho pela frente. A festa de casamento da Samira vai ser incrível, tenho certeza.

—Sim, vai ser um evento especial. Quero que tudo seja perfeito para ela. E organizar o estúdio também é algo que estou ansioso para fazer. Preciso de um espaço inspirador para trabalhar nos meus projetos e o espaço da sua família, caiu como luva.

—Tenho certeza de que tudo vai ficar incrível. E se precisar de ajuda, estarei por perto.

—Obrigado, Enzo.

—Você já tem companhia para ir ao casamento?

— Como é?

— Ouvi minha irmã Milena conversando com minha mãe e minha nonna sobre o casamento de Samyra, e que a própria escolheu as amigas para serem suas madrinhas...

Enzo sorriu, inclinando-se um pouco mais para perto dela que retribuiu o sorriso antes de dizer.

—Bem, na verdade, estava esperando que você pudesse ser minha companhia. O que acha?

Enzo riu, sentindo-se lisonjeado.

—Eu adoraria! Vai ser uma honra acompanhar você e celebrar esse momento especial com a Samira e todos.

Os dois trocaram sorrisos cúmplices, felizes por saber que teriam mais um evento especial para compartilhar. Com essa nova expectativa, passaram o restante do dia planejando detalhes, rindo e aproveitando a companhia um do outro, cada vez mais certos de que estavam criando memórias preciosas juntos.

—Vamos pegar a estrada mais cedo.— disse Enzo, olhando para a chuva lá fora. —Não quero pegar chuva forte no trajeto de volta para casa.

Luna concordou com um aceno.

—É uma boa ideia. Quanto mais cedo sairmos, melhor.

Terminaram o café da manhã rapidamente, saboreando os últimos pedaços do bolo de cenoura com chocolate e terminando suas xícaras de café. Levantaram-se e, de mãos dadas, voltaram para o quarto para fazer as malas.

Em pouco tempo, estavam prontos para partir. Enzo fez o check-out na recepção enquanto Luna aguardava na entrada do quarto com as malas prontas, e observando a chuva que continuava a cair levemente.

—Pronta para ir?

—Prontíssima. 

Enzo sorriu para a loira de maneira intensa enquanto
se dirigia ao carro, guardaram as malas no porta-malas e se acomodaram nos assentos. Enzo ligou o motor e, lentamente saíram da pousada, pegando a estrada de volta para Gênova. O som do limpador de para-brisa e o ruído suave da chuva criavam um ambiente tranquilo dentro do carro.

—Com esse tempo, vamos chegar mais tarde em Gênova.— disse Enzo, concentrado na estrada. —Podemos fazer uma parada no El Touro, o restaurante dos meus avós.

Luna sorriu, animada com a ideia.

—Adoraria! Estou com saudades de uma boa comida mexicana, e a comida da sua avó Paola é maravilhosa.

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