Capítulo 01


— Lúcia, espere-me, preciso falar com você!

Falei para minha amiga que só andava como uma louca, sempre de olho em algum menino, pois era muito namoradeira.

— O que quer, minha amiga? Estou atrasada para um encontro com um carinha que conheci ontem naquela boate da qual te falei. É uma pena que você não tenha ido, estava cheio de gatinhos lá! — Fala minha amiga, virando os olhos e segurando o peito como se lhe faltasse o ar.

— Ora, Lúcia, você sabe que meu pai não me deixa sair. Só para a faculdade e para a igreja no domingo. Às vezes, acho que ele me queria uma freira, e não administrando suas fazendas futuramente.

— Um dia, você toma coragem e coloca em prática aquele plano da Karen. Mas me diga, o que queria falar comigo? — Pergunta minha amiga, toda apressada.

— Não era nada importante, depois falamos.

Despeço-me de Lúcia e saio, já avistando o carro que meu pai insistia em mandar para me buscar.

— Um dia, terei meu próprio carro, e assim poderei ir onde quiser — Falo em pensamento, e entro no veículo emburrada.

A tarde passa voando. Ao anoitecer, minha mãe avisa que devo descer em uma hora para o jantar, pois meu pai quer todos à mesa para uma conversa. Logo imagino o que mais ele poderia querer de mim, já que faço tudo como ele determina.

Espero pelo tempo necessário e me junto a meus pais à mesa. Dona Carmem serve o jantar, que estava muito bom como sempre.

— Está divino, Dona Carmem, acho que cometi o pecado da gula — Falo, e a senhora, que mora em nossa casa desde que nasci, me olha com muito carinho e agradece o elogio, já saindo em disparada para a cozinha. Meu pai olha-me sério e anuncia:

— Vou sair em uma viagem de negócios e, enquanto eu estiver fora, vocês duas ficarão na companhia apenas de Carmem e dos funcionários da fazenda. Koany, Jaime te levará pela manhã e te buscará no final da aula na faculdade. Espero que não me desobedeça.

Ele fala e levanta-se, indo em direção ao seu escritório. Mamãe olha-me com ternura, vendo em minha expressão o quão contrariada estou com a forma de meu pai me tratar.

— Não sinta raiva dele, querida, ele te ama. Do jeito dele, mas ama — Fala minha mãe com toda a calma do mundo.

— Mãe, a senhora não existe. Não sei como consegue viver com ele sem nunca reclamar de nada. Corro para o meu quarto e procuro desesperada pelo meu celular. Preciso ligar para a Karen, vou finalmente tomar coragem e colocar em prática aquele seu plano maluco.

—Alô! — Atende logo no primeiro toque.

— Karen, preciso muito falar com você. Meu pai vai viajar e eu não vejo hora melhor para...

— Ah, não acredito que vai tomar coragem e finalmente desobedecer as ordens do Sr. Robert — Grita minha amiga toda eufórica, me cortando.

— Estou decidida sim, mas com muito medo também! — Falo, já imaginando o quão ruim serão as consequências se eu for descoberta.

— Não se preocupe, Koany, dará tudo certo, desde que você faça tudo como eu planejei. E não esquenta com o gostoso do Jaime, pois dele cuidarei com prazer.
Karen sempre olhava com interesse para o nosso motorista. Tudo bem que ele não era de se jogar fora, mas não era o tipo que eu pegaria.

— Tudo bem, Karen, amanhã na faculdade nos reuniremos, eu, você e a Lúcia, para combinarmos os detalhes. Beijos!

— Combinado, Koany. Até amanhã, minha linda.

Assim que encerro a conversa com Karen, me jogo na cama com o coração aos pulos só de imaginar a loucura que pretendo fazer. Penso em como somos diferentes minhas amigas e eu.

Lúcia é uma morena linda, alegre e sentimental. Muito assanhada também, está sempre a ficar com algum garoto, mas nunca namora sério com nenhum deles. A Karen é loira, alta, magra estilo Gisele Bündchen, poderia até ser modelo, e adora uma balada. Vive dentro daquela boate da qual seu irmão é sócio. Já eu... Sou morena, baixinha e tenho os cabelos longos. Meu pai acha que, já que não nasci homem, tenho pelo menos que ser uma bela mulher, para conseguir um casamento com um homem que esteja à altura de sua posição social. E o pior de tudo, o mais deprimente: tenho 18 anos e ainda sou virgem!

Acordo cedo e saio para a faculdade, ansiosa para encontrar Karen e Lúcia. Quando chego, elas já estão me esperando. Abraço as duas e seguimos em direção à sala para a primeira aula do dia, já que as outras não assistiríamos. Precisávamos de tempo para acertar os últimos detalhes antes de seguirmos em frente com nossa pequena aventura.

— Tudo certo, meninas, ficamos assim.

Saio em direção ao estacionamento, onde Jaime já está à minha espera. Karen me segue, e percebo um olhar cúmplice entre ela e o motorista. Essa minha amiga é terrível!

Ao entrar em casa, sou recebida por minha mãe, que me avisa que meu pai viajara sem se despedir de mim, porque tinha que pegar o voo das doze horas (como se eu fosse me importar...)

— Tudo bem, mãe. Afinal, já estamos acostumadas, não é mesmo?

— Filha, não fala assim, seu pai é muito ocupado. Você sabe que ele gosta de estar sempre à frente de tudo no que diz respeito aos negócios.

Meu pai estava sempre muito ocupado e não dava a minha mãe a devida atenção que ela merecia. Ela disfarçava bem. Mas eu sabia o quanto ela sentia falta de atenção e carinho da parte dele.

— Mãe, vou subir e descansar um pouquinho, pois hoje a aula foi puxada.

Dou um beijo em minha mãe e me tranco em meu quarto. Preciso encontrar uma roupa bem bonita para vestir, pois hoje à noite eu finalmente me libertarei deste convento que é a casa de meus pais. Pelo menos por uma noite.

E finalmente anoitece...

Ao ouvir minha mãe chamar para o jantar, desço e me junto a ela rapidamente.

— Koany querida, você está impaciente. Aconteceu alguma coisa? Você é sempre tão quieta — Fala minha mãe, preocupada.

— Não, mamãe, está tudo numa boa. É que estou no meio de um trabalho para a faculdade e pretendo termina-lo ainda hoje.

Odeio mentir para minha mãe, mas não vejo outra forma de tranquilizá-la para que não se incomode comigo.

— Muito bem, minha pequena. Você não sabe o quanto me orgulho de você por ser tão estudiosa e obediente. Vou tomar meu remédio e subir para meu quarto. Se precisar de alguma coisa, como um lanchinho, mais tarde peça para a Carmen, pois sabe que depois que durmo nada me desperta facilmente.

— Tudo bem, mamãe, durma com os anjos.

Falo com certa excitação na voz, já sentindo a adrenalina em minhas veias pelo que vou fazer. Tomo um banho e me arrumo toda. Faço primeiro uma maquiagem leve, destacando apenas meus olhos castanhos. Modelo meus cachos e visto minha roupa: um pretinho básico rodado e um pouco acima dos joelhos, uma sandália bem alta e, para completar, passo um perfume forte demais para o meu gosto, mas que minha amiga Karen disse que deixa qualquer homem louco. Como se eu estivesse à procura de qualquer um...

Olho-me no espelho e me surpreendo com a mulher linda que está a minha frente. Sinto-me feliz com o resultado obtido através das dicas dadas por minhas duas amigas, e logo penso:

— Ah, se meu pai me visse assim...

Desço as escadas lentamente para não chamar a atenção de ninguém. Sei que minha mãe está dormindo e que Carmen também já se recolheu, depois de me fazer comer um sanduiche e tomar um copo de leite, pois foram ordens de minha mãe. Chego sorrateiramente na garagem, onde Jaime já está a postos para cumprir com a sua parte no plano.

— Boa noite, Jaime! Tudo pronto?

— Sim, senhorita Koany, podemos ir.

Entro no carro e Jaime dá a partida. Ao nos distanciarmos da fazenda, olho para trás e penso no quanto esperei por este dia. Eu finalmente vou ser eu mesma por algumas horas.

Ao chegarmos em frente à boate Malibu, as meninas já estão do lado de fora a minha espera. Desço do carro e vou ao encontro delas, que me abraçam todas animadas como sempre.

— Lúcia, entre e apresente Koany para a galera, mais tarde me juntarei a vocês.

Sei que Karen está aprontando alguma coisa e sei que isso envolve o Jaime, mas estou excitada demais com a situação para pedir que ela entre em detalhes. Entro com a Lúcia e nos juntamos à galera.

Lúcia me apresenta a todos os garotos, que estão reunidos em volta de uma mesa, que aliás está lotada de diferentes tipos de bebidas. Alguns com suas namoradas, outros à procura de alguma para azarar...

— Gente, esta é a minha amiga Koany Vasconcelos, e esta é a primeira vez dela na night. Sendo assim, sejam gentis e a tratem muito bem — Fala minha amiga, e sinto meu rosto corar de vergonha diante da situação, mas logo fico à vontade com a galera.

Todos vieram até mim e beijaram minha bochecha, dando-me boas vindas e oferecendo várias bebidas para que eu experimentasse.

Sigo para a pista arrastada por Lúcia e Rogério. A música muito alta, juntamente com os drinks que ingeri, me deixam levemente alterada. Começo a dançar timidamente sozinha, e logo me solto toda e deixo-me levar pela batida do som.

A música para. Eu abro os olhos, olho em direção ao bar e lá está ele...


KAREN E JAIME

Faço com que Lúcia leve minha amiga Koany para dentro e a apresente para a turma, pois estava ansiosa pela chegada do Jaime. Sigo em direção ao carro, já estacionado, e ele abre a porta para mim.

— Olá! — Falo, olhando-o com receio.

— Olá, gata! Estava a sua espera. Você quer ir para algum outro lugar?

— Não, Jaime. Acho que deveríamos entrar, pois esta é a primeira vez que a Koany sai sozinha e eu tenho que dar atenção a ela.

— Tudo bem. Faremos isso daqui a pouco, pois agora tenho algo que preciso fazer.

— E o que seria mais importante que curtir a noite conosco?

— Vou te mostrar.

Ele leva a mão até a minha nuca, me puxando para um beijo, enquanto a outra entrelaça minha cintura, puxando-me de encontro ao seu corpo. Retribuo o beijo vorazmente, pois há tempos esperava por esse momento. O beijo se intensifica e eu sinto sua ereção em minha perna. Agarro seus cabelos e me jogo em seu colo, pressionando seu membro duro com a minha bunda. Com apenas um movimento, ele desce o banco do carro e eu me posiciono em cima dele. Levanto a sua camisa e, em um movimento urgente, desabotoo sua calça, liberando sua ereção. Olho para ele e vejo um olhar muito sacana e cheio de desejo, acompanhado de um sorriso encantador. Tiro meu vestido, ficando apenas com minha roupa íntima. No mesmo instante, sinto uma boca quente e cheia de desejo tomar meu seio e chupá-lo com tanta urgência que chega a doer. Mas eu não me importo, pois o prazer que sinto neste momento é de fazer arrepiar. Ele leva uma das mãos até meu clitóris, massageando levemente e me levando à loucura.

— Ah, gata, como você está pronta para mim!

— Você não imagina o quanto...

Elevo um pouco minha bunda, dando espaço para que ele me penetre. Jogo minha cabeça para trás ao senti-lo todo dentro de mim. Ele segura-me pela cintura, auxiliando no meu movimento de sobe e desce, e eu me entrego completamente a ele. Começamos lentamente e logo aumentamos o ritmo, até que chegamos juntos ao clímax, explodindo um contra o outro no mais intenso e delicioso prazer.

Fico por alguns minutos deitada sobre seu peito ainda nu, enquanto ele acaricia meus cabelos.

— Gata, você é exatamente como eu imaginei. Essa foi, sem dúvida, a foda mais inesperada de toda a minha vida.

— Inesperada? Como assim inesperada? Repito pausadamente a palavra.

— Sim, pois não foi assim que imaginei te foder pela primeira vez, dentro do carro no estacionamento da boate. Iria te levar para um lugar mais romântico e menos público. Mas ao sentir seu perfume e olhar para essa sua boca maravilhosa, não fui capaz de resistir. Precisava possuí-la com urgência.

— Meu Deus! — Falo, levantando-me e já me vestindo novamente — Precisamos entrar, as meninas já devem estar preocupadas com a minha demora. E a Koany deve estar se sentindo perdida, pois a Lúcia é meio louca e se enrola com o primeiro carinha que joga charme para ela.

— Vamos entrar. Mas não pense que pretendo perdê-la de vista, minha gata, pois agora você é minha.

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