Capítulo 5
Havia uma coisa que incomodava Christian, não era só o facto de gostar de estar com Jamie, e sim como a deixava dormir na sua cama e perambular por sua casa com facilidade. Seria empatia? Não conseguia tira-la de lá por saber do relacionamento difícil que teve com aquele jornalista ou era uma simples desculpa para poder justificar o quanto ficava bela, deitada nua dentro dos seus lençóis. Nunca antes alguma mulher tivera a mesma oportunidade. Nunca.
— Que horas são? — Ela despertou assustada, talvez por sentir-se ser observada ou por não saber onde se encontrava de momento. Pestanejou e procurou se esconder com o cobertor pois tinha o corpo despido.
— Não precisa esconder, não tem nada que não tenha visto — falava num tom monocórdico, o mesmo que usara após a última vez em que estiveram juntos. Era como se quisesse reprimir algum sentimento estranho. — Já é tarde. E era suposto irmos jantar.
— Olha Christian, nós os dois sabemos que não vai rolar nada para além de sexo e prefiro não estender a nossa convivência, pois é melhor evitar qualquer tipo de aproximação que possa vir. — Foi clara e objetiva, confusa demais para proibir seus pensamentos de desejarem aquele homem, ciente de já ter sofrido o bastante na sua relação passada. Era tudo muito recente e precisava colocar a cabeça no lugar. — Não sou mulher de casos, mas sei estar ainda muito fragilizada para vir a ter uma relação tão cedo.
Estava a ser sincera e era preciso deixar tudo muito bem esclarecido. O coração era um grande traidor, e se não colocasse rédeas, poderia patinar em direção aos braços de quem só queria sexo. E isso, não se ia permitir.
— Uau! Não pensei que soubesses ser sincera — ironizou, fingindo não se importar com as palavras desta. Jamie revirou os olhos e desceu da cama ainda a se esconder por trás dos panos. — Mas minha casa não é nenhum hotel para vir dormir e sair assim.
— Se houver uma próxima, já sabes onde deves-me levar — respondeu sem receio, os olhos distantes do rosto masculino procuravam suas roupas que só poderiam estar na cozinha.
Se houver, Dash repetiu aquelas palavras nos pensamentos e quase sem acreditar que ouvia aquilo. Estaria a Johnson ainda ligada ao estúpido sentimento pelo namorado? Não é de minha importância! Garantiu para si e saiu do quarto em busca das roupas dela. Ouviu-a se aproximar.
— Você precisa de alguma coisa? — Não resistiu a perguntar e sentiu o esgar vindo dos lábios da sua companhia.
— Preciso de ir para casa. — Não se irrite. Não se irrite.
— Lembra que pode sempre contar comigo? — Virou-se para entregar as roupas e sentiu seu membro reagir assim que Jamie deixou o corpo livre para se vestir. Chris amaldiçoou-se por dentro, queria tê-la naquele momento.
— Não somos nada e cada um tem a sua vida. — A resposta veio com dureza e sequer o olhava, apenas se vestia com pressa e nem viu que usou a blusa ao contrário.
— Mas vais ficar com o carro pelo menos? — Insistiu, se aproximou para mais perto e sentiu o vazio ao imaginar-lhe partir. Queria que ela ficasse mais um pouco, pois apesar de tudo, tinham muita coisa em comum, e um deles era o medo de amar. — Foi de coração. Prometo.
— Guarde suas promessas. — Era sempre rude, não sabia mais como não o ser. Por muito tempo se deixara enganar por acreditar em juramentos bestas e agora era como se usasse uma capa invisível para se proteger. — O combustível daquele carro é meu mês de custos do hospital. Por muito que eu quisesse, não tenho como...
— Espere. — Dash correu até ao quarto, o cabelo bagunçado esvoaçava no processo e voltou com um punhado de pequenas folhas. — São senhas de combustível que a empresa nos dá. Não é dinheiro e nem sequer uso, mas só queria que ficasses com o carro, comprei pensando em ti toda bonita lá dentro.
Jamie conseguiu sorrir e concordou com a cabeça recebendo as senhas.
— Tudo bem. — Procurou a bolsa para guarda-las e soltou um suspiro profundo. — Então até um dia.
O maxilar dele se retesou, se perguntando como podia ser tão fria e decidida. Quantas coisas se passariam na cabeça daquela mulher? Estaria a sofrer e a usa-lo como um alívio para toda sua dor? A ideia o magoou.
— Quando precisar de conforto, sabe onde me encontrar. — Era tudo o que poderia dar.
Quando saiu do prédio de Dash, seus pensamentos vagueavam por mil e uma coisas e a principal era o motivo que não demorara a trair Lorenzo se o amava tanto como pensava. Se primeiro era por raiva, agora continuava a ceder aos encantos do psicólogo por que razão? Preferiu se livrar daquelas ideias, parando o carro para abastecer nas bombas de gasolina mais próximas e rumou para a sua casa.
Assim que se preparava para subir, foi intercetada pelo seu maior demónio, pois Lorenzo estava bêbado e parado junto ao próprio carro e veio na sua direção. A sacudiu pelos braços com força.
— Onde você estava? Tenho telefonado e fiquei aqui feito um tonto a tua espera! — Salivou mesmo na sua cara, e a cheirou reconhecendo a fragrância masculina cara.
— Não combinei nada contigo. Penso que fomos claros na nossa última conversa! — Ripostou a tentar se soltar de seus braços e quando este tentou beijar sua boca, o mordeu com força.
— Vaca! — Insultou com o lábio a sangrar e se afastou a cambalear sem nenhum equilíbrio. — Viraste prostituta? Que carro é esse? Cheiras a homem e tens a blusa ao contrário!
Jamie engoliu em seco, sentiu suas mãos ficarem geladas mas manteve a compostura o suficiente para não se deixar ir abaixo. Respirou fundo.
— É melhor você ir embora — sugeriu com uma calma que não lhe conferia, mas as ofensas cravaram em sua alma como um gume afiado.
— Eu gosto de você, nunca tive outra mulher. Me sinto só e desamparado, por favor volta para mim — implorou mancando na sua direção e a abraçou com força pela cintura, encostando a cabeça no peito dela. — Vamos tentar de novo.
— Quanta controvérsia! — Murmurou Johnson de forma impaciente e o abraço lhe pareceu distante do que costumava ser. — Eu comecei a esquecer-te, e é melhor que faças o mesmo!
Sentiu a firmeza nas suas palavras e um orgulho se alojou em sua barriga por saber que pela primeira vez se dava valor diante de quem sempre a desprezou. Afastou-se de Lorenzo com força.
— Vacas! Decidiram se envolver com milionários? Ouvi que a tua prima agora trabalha na Beauchamp e nem um curso completo fez, por que será? E esse carro vale mais que essa espelunca onde vivem! — Começou a provocar, descontrolado e a estudante de medicina se apressou em afastar à passos largos, sem querer ouvir o que o idiota iria continuar a falar. — VÃO PAGAR CARO! VAIS-TE ARREPENDER!
Subiu as escadas a correr, pois um e outro vizinho já começavam a espreitar e a acender as luzes das casas. Não queria ser alvo de comentários e ao chegar na sua entrada, foi recebida com outra pessoa a quem não queria ver.
— Alda? — Trincou os dentes e viu sua mãe sentada no chão e a tremer. Não era frio, disso podia ter certeza. Os cabelos todos desgrenhados e a aparência acabada como nunca. E ainda diziam que a beleza estonteante veio dela.
— Meu amor. — Levantou com dificuldade e a abraçou. O cheiro era nojento e o bafo da sua boca também. Jamie recuou e procurou as chaves da casa, para abrir e entrar com Alda lá dentro, antes que algum vizinho aparecesse. Já não bastava o escândalo de Lorenzo.
Quando acendeu a luz, se sentiu ainda pior com a figura fantasmagórica a sua frente e disfarçou a dor absoluta.
— Eu preciso de sua ajuda. — Os lábios estavam secos e insistia em molha-los com a língua. Sorriu amarelo. — Eles vão-me matar, tenho uma dívida grande.
— Já me pareces morta de qualquer jeito — declarou mas se arrependeu em seguida e olhou para os lados a fim de não acordar Darcelle. — Quanto?
— Eles me enganaram, disseram que eram mil e quinhentas libras mas eu sei que não e...
— Estás maluca? — Cortou a mentira e levou as mãos a cabeça. — Onde vou arranjar esse dinheiro todo?
As palavras de Dash lhe vieram a cabeça como um relâmpago num dia de chuva, mas nunca ia fazer isso, não pediria a ninguém. Andou de um lado para o outro, e acabou por partir o seu mealheiro, encontrando quase quinhentas libras em poupanças e levou alguns livros caros de medicina que comprara a muito custo, os óculos que Lorenzo lhe oferecera certa vez. Não tinha mais nada.
— Leva isso, vai ter que dar. Vende e faz o que quiser, mas some. — Sabia que era errado, mas seria muito pior descobrir a mãe morta em alguma vala comum.
— Eu vou pagar e depois vou para uma clínica de reabilitação. Prometo meu amor e eu tenho muito orgulho de você. — Alda juntava tudo numa sacola, eufórica demais para poder sair dali a correr. Sequer quis ficar pois a ansiedade era máxima.
— Devias tomar um banho e comer qualquer coisa — ofereceu a filha, preocupada demais para fingir indiferença. Várias vezes a tinham internado, mas tudo sempre se repetia. Sabia que a mãe costumava se prostituir várias vezes, e não queria imaginar o risco que corria de apanhar doenças.
— É melhor eu ir. — Correu até a porta, os olhos estavam dilatados e estava levemente agitada.
Assim que fechou a porta, Jamie se sentou no sofá e lágrimas caíram de seus olhos, pois sabia ter feito algo errado em lhe dar dinheiro e bens materiais, mas fazia muito tempo que deixara de saber o que fazer. Todos tinham desistido de Alda.
***
Ir a festa na Beauchamp era sinónimo de duas coisas: Rever Christian e se cruzar com Lorenzo. Tanto um como outro não a animavam de todo.
Passara o dia nas compras com Darcelle e ambas escolheram vestidos vermelhos embora de estilos diferentes. Havia um brilho diferente no olhar da prima, mas como precisava evitar certas perguntas, preferiu deixar conversas pessoais sossegadas. Aceitou que lhe pagasse o vestido, se arrumaram em casa e saíram para a comemoração.
— Que conforto, não é? — Darci não resistiu a espicaçar assim que entraram no Porsche em direção a mansão. Já sabia de onde vinha o carro, mas custava-lhe entender ainda o elo de ligação entre aqueles dois.
— É. — Curta e grossa como sempre, aumentou o volume da música e por um hábito procurou os óculos que tanto gostava, lembrando-se do destino destes e preferiu não comentar nada com a prima para não a preocupar. Alda costumava sumir por muito tempo, mas quando aparecia gerava sempre uma comoção ao redor de todos.
A mansão não passou despercebida aos olhos dela, admirando-se por todo o esplendor e o movimento de um noivado que mais parecia uma festa de casamento. Foram encaminhadas para o salão todo bem decorado, com música ao vivo e profissionais com bandejas e requinte.
— É demais para os meus olhos — confessou e não deixou de reparar na multidão rica e bem-parecida que ocupavam algumas mesas e círculos de conversas. Reconheceu algumas figuras ilustres, mas desviou os olhos ao ver o jornalista e sua equipe de trabalho que se preparavam para cobrir o evento, embora que este foi exímio em ignora-la como sempre fazia quando estavam rodeados de pessoas.
Os noivos também apareceram seguidos da irmã mais velha, Joanne. Jamie observou Damien com a mesma cara de poucos amigos e uma máscara a cobrir parcialmente o seu rosto, até tinha estilo, mas os olhos estavam gélidos.
— Damien? — Darci não escondeu o espanto e seu ar alegre se desvaneceu em frações de segundos. Jamie pestanejou ao avaliar a cena.
— Como assim, Damien, querida? Quem lhe deu essas intimidades? — Joanne a repreendeu de imediato e nem com a roupa azul impecável, pareceu bonita.
— Eu dei. — Beauchamp respondeu para o espanto de todas, sua expressão era assombrosa, mas seguiu em frente de braços dados com Emma, sua noiva, deixando as Johnson para trás.
Alguma coisa estava errada, isso Jamie podia afirmar, pois a prima ainda tinha a boca aberta e seus olhos transpareceram dor.
— É sinistro olhar assim para o homem cuja festa de noivado foi você que ajudou a organizar. — A voz da prima era clara como uma flecha certeira, astuta demais para ler o desapontamento no rosto da outra.
— O que quer dizer com isso? — Questionou de cenho unido, a tentar a todo custo disfarçar o embaraço.
— A forma como olhas para o senhor Beauchamp, prima.
— Não percebo. — Darcelle desviou o olhar e demonstrou certa insegurança. — E ainda não me disseste onde passaste a noite e que manchas vermelhas são essas no teu pescoço.
Pela primeira vez Jamie levantou os olhos para longe, avistando Christian Dash empolgado a conversar com convidados de nomes conhecidos.
— Eu posso garantir uma coisa, não é o Lo.
Como por magia as duas se viraram para ver o jornalista que vagueava entre os convidados a filmar e a fazer perguntas, fingindo não as conhecer e quando parava ficava junto de William Solis, seu amigo e colega e que parecia só ter olhos para a noiva.
O bufete foi servido a uma da tarde, com direito a ementas e pratos preparados ao gosto dos convidados. O salão estava cheio de pessoas distintas e ricas, conversavam e bebericavam, cada um a desfilar sua própria elegância. Um cantor famoso subiu ao palco para uma hora de música soul, e alguns conhecidos próximos se uniam para comentar sobre situações engraçadas, especialmente trabalhadores de alto escalão da Beauchamp e suas filiais espalhadas por todo mundo.
Todos pareciam se divertir, menos Damien sempre com o ar soturno, falava uma ou duas palavras e se mantinha no mesmo lugar, compenetrado em esperar o tempo passar. Já Emma distribuía sorrisos maravilhosos e demonstrava ser a anfitriã perfeita, sempre sob a supervisão da irmã.
Quando a tarde deu lugar a noite, a festividade ganhou outro tom: Luzes suaves acenderam pelas flores na mesa, e a música se tornou mais badalada. As pessoas bebiam e conversavam mais descontraídas, tomando conta da pista de dança e deixando as mesas mais vazias.
O Monstro du Camp se levantou um tanto impaciente, dava para ver a irritação nos seus olhos. Não quisera dar entrevistas e nem ser filmado ou fotografado, algo complicado por se tratar do seu noivado. Deixou o salão, caminhou com pressa para fora e Darci num impulso correu a sua trás, deixando Jamie sozinha.
— Para quem conhece o Christian Dash, não o vi chegar perto, parece que não sou o único a ter vergonha de você. — Lorenzo apareceu para a provocar, passando de lado com um sorriso maldoso no rosto e encarando a ex namorada.
— Preferia que continuasses a ter vergonha e que desaparecesses da minha vista. — Redarguiu de queixo erguido e tentou disfarçar para não deixar aquelas palavras afetarem seu coração. Bebeu o seu copo com voracidade, a fingir ter um interesse na festa.
Minutos depois, Beauchamp apareceu sem máscara e junto de sua prima, falavam algo e logo em seguida segurou a mão escura e pequena e a puxou até ao centro da pista. Os murmúrios se espalharam por todos lugares, enquanto Damien colocava uma mão ao redor da cintura fina e a outra permanecia unida à de Darcelle. Esta parecia estar sem graça por ser o alvo da atenção dos demais, e quase tropeçou sob os próprios pés.
Os dois tinham os olhos fixos, um no outro, como se estivessem a ver-se pela primeira vez. Conversavam num tom abafado pela música, mas havia ali um entrosamento fora do normal, e Jamie assistia a cena com descrença. Não conseguia entender o que estava a acontecer naquele momento. As vozes comentavam e apontavam, mas aqueles dois pareciam estar em algum lugar que não fosse um noivado! Damien sequer tinha dançado com Emma, mas nos braços de sua prima parecia se sentir em casa.
— Hum. Hum! — Christian pigarreou por trás e o seu alvo olhou por cima do ombro para o encontrar. — Não vais-me conceder a honra de uma dança?
— Não. Eu não sei dançar.
— Deixa de ter inveja da tua prima e levanta daí. — Dash provocou. — Eu ensino. Ou não me digas que só sabes mexer quando...
— Tolo! — Ela se levantou com um sorriso e deu a mão a Christian. O atrito que lhe correu nas veias apenas pelo toque lhe deu a certeza de algo que já não podia negar.
Lorenzo pestanejou quando viu o jovem Dash dançar com sua ex-namorada e cogitou na veracidade das palavras da mesma. Uma raiva encheu o peito, deixando de prestar atenção na novidade da noite que dançava ao lado.
As Johnson se olharam e trocaram sorrisos cúmplices o suficiente para dizer em silêncio tudo o que sabiam sentir.
— Não via a hora de ter-te em meus braços. — Dash confessou com os lábios muito perto de seu ouvido, arrancando um leve tremor do seu par. Queria dizer que ficara a olha-la durante toda festa, desejando-a em silêncio.
Jamie se assustou ao ver Emma se aproximar com um meio sorriso disfarçado pela confusão e interromper a outra dança. Começaram a trocar palavras as quais não ouviu e pensou se a prima precisaria de alguma ajuda, mas ver o rosto frio de Damien, foi suficiente para perceber que este não deixaria nada correr mal.
— Deixa-os que se mordam! — Chris procurou chamar a atenção para si novamente. Quase a beijou ali no meio da pista, mas achou melhor não, ainda mais quando a noiva passou por eles, bruscamente e foi seguida pela irmã pelo salão a fora. — Tive uma ideia, vou ali anunciar o brinde e você vai chamar essas duas lá fora. Assim despacho o meu papel e podemos sair daqui.
— Quem disse que eu quero sair com você? — Retorquiu de forma malandra, perdendo a compostura como sempre que estava com o psicólogo. Podia jurar que não cairia nas suas conversas, mas era só este se aproximar que derretia como manteiga no deserto.
— Não posso acreditar que usaste esse vestido curto, com essa racha sensual e esse decote só para vir aqui sentar. — Apertou a cintura com pujança. — Diz que não foi para me provocar?
— Não foi.
— Mentira! Mentes muito mal.
Jamie sentiu as pernas falharem quando foi libertada dos braços quentes e se recompôs para ir atrás das irmãs Charlton. O coração batia a mil e quase tinha a calcinha molhada.
— Hum. Hum! — Jamie apareceu do lado de fora, os olhos estreitos atentos nas Charlton. — Acho melhor entrarem, o Christian anunciou o brinde.
— Claro! — Emma se virou num passo rápido, a cobrir o corpo com os próprios braços pálidos para se proteger do frio.
— Eu a conheço? — A Johnson analisou a noiva com atenção e pestanejou. — Seu rosto não me é estranho!
— Mas o seu é estranho para nós. Agora com licença! — Joanne interveio como sempre, apoiando a mão no ombro da irmã, a conduzindo para dentro do salão de festas. Johnson fez uma careta e só mordeu a língua por se tratar de pessoas a quem prima não quereria faltar com o respeito. Mas ela queria e muito!
O noivado correu como esperado, a tensão criada pela súbita dança aos poucos foi dissipando e o brinde aos noivos feito por Christian, serviu para levantar os ânimos.
— [...] Os mais feios sempre se casam primeiro, mas por sorte escolheu a mais bonita das irmãs! — Provocador como sempre, arrancou risadas dos demais e quando terminou, todos aproveitaram ao máximo a festa.
— Vou ao banheiro. — A Johnson mais velhamentiu para a prima, sem contar que esta estava entretida a beber seuscocktails e nem reparou quando Jamie fugiu para fora do salão seguindoChristian Dash.
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