11:52 Pm

Sunny ri, enquanto caminha para fora do bar, desviando de algumas pessoas.

-Essa cantada funciona sempre? -Ela pergunta, ainda de costas.

-Não é uma cantada. -Falo.

-Ah, tá. -Ela dá um gole na garrafa e entra pelo meio da multidão.

Fico parado. Assistindo-a sumir. E só então me dei conta de que estou teoricamente perdido e ela era a única que, teoricamente, eu conhecia.

-SUNNY! -Grito, pedindo passagem às pessoas. -Com licença.

Havia mais pessoas ali, do que eu podia imaginar e, hora ou outra, eu era empurrado. Estavam me esmagando e, em outra ocasião, aquilo seria motivo para prisão. Mas ninguém deveria imaginar que eu estaria ali naquela noite.

Encontro Sunny, um pouco mais longe, falando com alguém. Ela o abraça e seu olhar felino percorre todo o homem. Corro até lá e, acabo por atrapalhar a conversa.

-Oi. -Digo.

-Oi. -O cara arqueia a sobrancelha.

-Sunny precisa me ajudar. -Falo.

-Preciso? -Ela retruca.

-Sim. Estou um pouco perdido. Tenho que voltar para casa. -Explico.

-Você já é bem grandinho. -Ela fala, se inclinando para cima do homem, que envolvia a cintura dela com suas mãos.

Não estava com ciúmes. Nem deveria. Apenas desesperado. Era quase meia-noite! Foi quando tive a brilhante ideia.

-Então o senhor está de gracinha com a minha namorada? -Falo alto e duro. -Pois eu sou oficial e pelo que eu saiba...

-Vo-você é oficial? -O cara retruca, se afastando de Sunny. -Desculpa, mas eu posso encontrar outra.

E se vai.

-O que fez? -Ela grita.

-Precisa me ajudar!

235 Palavras.