29


Ben

Cruzo pela área de Tana. À tarde, quase noite, está com ventos fortes e sinto a areia bater de leve no meu rosto. Mas, não pestanejo em ir na direção de quem Lupe me indicou que estaria ali.

— Rosa piorou? — indaguei a Theresa, quando a vi parada perto de um dos galpões que servia de dormitório aos guardas.

— Não. Apenas, precisava falar com você — ela disse.

Era sempre muito gentil na forma de conversar. Não era das minhas favoritas, bem da verdade, eu mais a tive para mim porque tê-la como minha mulher era uma das maneiras que tive para protegê-la. Theresa vinha de uma vila pobre. O pai e a mãe morreram quando ela era criança. A avó a criou até um tempo, depois morreu também. Ela viveu no casebre de pesca da família, até que alguns homens da vila começaram a fazer-lhe visitas não desejadas.

Acho que todas as mulheres que eu já tive vieram quebradas, cada qual a sua maneira.

— Ouvi o que disse para Rosa — ela comentou. — Sobre dispensá-la. Não foi claro comigo, então quero ter certeza.

Inclinei a face, concordando.

— Obrigado por tudo, Theresa — disse, encerrando o tópico. — O que precisar, eu estou a sua disposição.

— Eu sei — ela ergueu o braço e me deu um tapinha de leve no ombro. — Nunca pensei que o veria assim.

Não entendi a colocação, então inquiri:

— Assim?

— Quando alguma das mulheres, em especial Mercedita, achava que era especial, seus olhos não escondiam o tom de deboche, quase escárnio. Mas, hoje, pela primeira vez, eu realmente o vi admirando uma mulher.

Não posso negar que fiquei em choque pela colocação. Como assim? O que ela viu?

— Não sei do que está falando...

— Você está apaixonado, Beniamino. — O tom de Theresa não era jocoso. Era simplesmente amigável. — Seus olhos brilham quando olham para ela. Quando ela o enfrentou lá na casa, você travou, não teve coragem de se impor.

— Mas, isso... eu...

— A senhora é adorável — apontou. — Uma mulher de valor não se encontra em qualquer esquina. Ela tem um coração tão generoso, e ela estende a mão não importa quem esteja ali. Você tinha que ter visto como ela tratou Rosa. Ela não teve nojo de examiná-la. Eu teria, e Rosa é minha amiga a anos. Ela simplesmente a tocou, mesmo sabendo que Rosa era uma das suas mulheres. Me diga, que outra esposa faria isso?

Meu coração estava disparado. Não consigo evitar de pensar como me sinto quando estou com Chiara.

— Ela tem um ar maternal — Theresa prosseguiu. — Acho que todo mundo quando olha para ela a vê como uma mãe. Não deixe que ela fique sem filhos. E seja feliz com ela, Ben... Não estrague as coisas. Você não vai encontrar uma mulher assim de novo.

Quando Theresa se foi, fiquei parado um tempo perto do alojamento, meus olhos perdidos na sua figura bonita, sumindo no horizonte. Suas palavras cravaram em mim. Uma parte inconsciente estava assustada, desesperada, porque cada vez que eu olhava para Chiara, e ela sorria, meu coração quebrava e minha alma era absorvida por sentimentos que nunca senti antes. Mas, outra, só estava feliz. Eu sabia, estava completamente apaixonado...

O quarto estava escuro. Uma das janelas estava meio aberta, e o ar noturno e úmido do mar adentrava, balançando as cortinas. A lua era cheia, e iluminava o quarto.

Eu gostava daqui. Mas, queria chamar Chiara para o meu próprio quarto. Queria dizer a ela que desejava dividi-lo com ela, que nunca mais dormíssemos uma noite um longe do outro. Mas, não disse nada. Ainda não consigo. Ainda estou assustado com todos esses sentimentos desconhecidos.

Então, venho ter com ela nesse lugar. Um quarto qualquer. Já faziam algumas noites que durmo aqui.

Lentamente, ela se aproximou, selando seus lábios nos meus. Deixei que ela explorasse por alguns segundos, suas pequenas descobertas e atrevimentos. Ela estava, dia a dia, tendo impulsos e fazendo coisas que tinha vontade.

Era um longo caminho, mas eu gostava de cada avanço. Recostado na cabeceira, eu apenas a vi, com seus longos cabelos pretos caindo sobre meu peito, sua boca beijando lentamente a minha. Ela era tão deliciosa e delicada. Eu tinha medo de quebrá-la.

Inclinei minha cabeça e a beijei em retorno, assumindo o controle. Deslizei meus lábios sobre os dela. Eu queria invadir com força, mas nessa noite ela estava buscando um carinho gentil, e eu decidi que daria exatamente aquilo que desejava.

Deslizei minha língua em sua boca e Chiara me aceitou. Seus quadris começaram a se mover em cima de mim. Ela estava só de calcinha e eu sentia o tecido esmagado entre nós enquanto ela moía em meu pau duro.

Peguei sua bunda em minhas mãos e a ajeitei melhor, encaixando-a certo. O movimento acariciou meu pau. Ela gemeu baixinho enquanto me pediu para tomá-la.

Era bom ouvi-la dizendo as palavras.

— Diga de novo... — pedi, meus lábios colando em sua orelha. Nós dois ofegamos. — Diga...

— Eu quero você dentro de mim — ela disse, e era tão doce. Mas, não bastou para mim.

— Diga: "Me foda, meu marido". Quero ouvir. Quero ouvi-la pedir meu caralho na sua bocetinha.

Ela jogou a cabeça para trás enquanto se apertava contra mim. Seu corpo teve espasmos apenas com a minha voz. Uma vez Nico disse que o ponto G de uma mulher ficava nos ouvidos. Entendi exatamente isso agora.

— Ah, Ben...

— Você é tão gostosa... Eu poderia gozar só de ver você rebolando no meu pau desse jeito.

Consegui puxar a calcinha, removendo-a. Depois disso, sua bocetinha pingando estava ali, aberta, esperando meu pau. Eu o deslizei facilmente entre suas paredes, bombeando algumas vezes, até ela se sentir confortável para sentar-se em mim de novo.

Quando ela enfim fez o movimento, foi uma sobrecarga para meus sentidos. Inevitavelmente, perdi o controle, e segurei seu corpo, ditando a forma como ela sentava e batia em cima de mim. Chiara começou a cavalgar irracionalmente, nossas terminações nervosas batendo uma contra a outra, enquanto nossos corpos perdiam totalmente o com trole.

Em algum momento, ela gritou, agarrando-se a mim. Suas paredes internas convulsionando enquanto meu cacete batia e batia. Tudo girou, e eu vi o orgasmo me atingir com força. Eu a segurei nos ombros, empurrando-a para baixo, enquanto acelerava.

— Me fode... mais rápido — implorou.

Fiz isso, e explodimos em gozo e desespero. Ela se afundou no meu peito, enquanto se recuperava.

O cheiro dela invadiu meus sentidos. Não era delicado como das outras mulheres. Era uma mistura de jasmim e canela. Eu adorava senti-lo misturado a suor e sexo.

Ela caiu para o lado na cama, suas mãos ainda no meu peito. Aparentemente estava cansada, mas eu sabia que em algum momento ela se levantaria para se lavar. Chiara não dormia suja. Eu apenas sorri, enquanto a observava repousando.

Era a hora de dizer a ela como eu me sentia, não é?

Mas, não conseguia falar nada. De repente, falar, me colocaria em tal estado... como seu não houvesse mais defesas.

Então simplesmente me deitei ao seu lado e me entreguei ao sono.


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