| Capítulo 18 | Deixe chover sobre nós, eu estarei aqui para você
Sua tempestade estava bem ali. Ela permanecia imóvel, e somente as lágrimas davam continuidade à melancolia. Minhas palpitações eram constantes; aquela cena comoveu tanto minhas emoções que senti os respingos me atingirem.
Àquela altura, eu também estava inclusa no seu céu acinzentado.
E meu interior também chovia.
Meus movimentos resolveram tomar uma atitude, e cada passo se moveu lentamente. Aproximei-me de sua imagem e tudo que restou foi acolhê-la em meus braços. Elisa retribuiu o gesto e, aos poucos, sua respiração controlada indicou que sua crise havia amenizado.
— Agora pode me contar o que aconteceu? — murmurei.
Nos desvencilhamos e ela fungou. Depois, secou o canto dos olhos com a manga da blusa do uniforme.
— Como conseguiu me encontrar aqui? — indagou, com a voz embargada.
— Foi por acaso. Fiquei muito preocupada com sua demora. Te mandei mensagem, mas você nem respondeu, então resolvi te procurar em todos os cantos do colégio — expliquei. — Até que decidi cortar caminho pelo auditório e acabei ouvindo sua voz vindo do banheiro... Chorando e dizendo coisas horríveis para si mesma — a última frase soou entristecida.
Ela suspirou e abaixou a cabeça.
— Eu não queria que você me visse assim.
Pousei minha mão em seu ombro direito, num gesto de apoio.
— Está tudo bem. Às vezes precisamos disso. Não conseguimos ser fortes o tempo todo.
— Mas não é sobre ser forte o tempo todo, Lana... É fingir ser o que não se é o tempo inteiro! Eu não aguento mais isso — desabafou. Suas mãos foram ao encontro dos olhos, a fim de impedir que as lágrimas escorressem.
— Vamos sentar em uma das poltronas da plateia — sugeri.
Elisa respirou fundo e concordou com a cabeça. Nos acomodamos no estofado das cadeiras, situadas na última fileira. A luz do sol invadia as janelas, o que não deixava o ambiente totalmente escurecido.
— Sei que você já deve ter percebido algumas coisas. Meu jeito envergonhado, minha dificuldade em me comunicar com as pessoas... Mas é que tudo isso foi causado por danos que sofri um tempo atrás.
Encarei sua face, os olhos com lágrimas retidas.
— Que danos são esses?
— Bullying, baixa autoestima e decepção amorosa — confessou.
Naquele instante, me vi caminhando por minhas próprias linhas temporais passadas, adoecidas pelo mesmo motivo.
— Então temos algo em comum — revelei.
— Você?! Lana, tá brincando, né? — Deixou escapar um leve riso abafado, como se não acreditasse no que ouviu.
— Sei como você se sente, até porque eu já passei por coisas horríveis. Agora você vê a atual versão da Alana, mas não sabe o quanto foi difícil conquistar uma nova imagem — rebati. — De voltar a ser inteira e renovada novamente.
— É que eu sempre te vejo como referência da garota perfeita... Corpo delicado, sorriso lindo e cabelo bem cuidado. Já não bastava estar com a Lívia e a Dani, que são magníficas, e ainda te conheci e me senti ainda mais deslocada, como se eu fosse um monstro perto de vocês — admitiu.
Neguei com a cabeça.
— Isso não é verdade! — protestei. — Você também tem sua essência e é admirada por nós três.
— Sabe por que sou amiga delas? Porque eu menti! — berrou a última frase. Estremeci com sua atitude. — Menti sobre meus gostos pessoais, menti que não sou insegura, menti que estou satisfeita com a minha aparência e menti sobre meu relacionamento — declarou. — Eu tive que fazer isso, caso contrário, ficaria sozinha e voltaria a sofrer humilhações. A Lívia e a Dani são incríveis e me acolheram, até me questiono se mereço a amizade delas. É difícil ser uma pessoa que você não é só para agradar os outros — desabafou.
Lamentei mentalmente cada palavra.
— Então esse foi o motivo do seu choro? — questionei.
— Também, mas na verdade foi outra coisa. — Ela olhou para o teto e fez esforço para conter as lágrimas. — O que me doeu hoje foi sobre meu ex-namorado — murmurou, olhando para baixo. — A Lívia e a Dani só sabem da minha versão, a qual eu menti, dizendo que ele era meu príncipe encantado e que era o namorado dos sonhos. Só fiz isso porque não queria ser excluída dos assuntos de namoro e não queria que elas me taxassem de fracassada.
Gesticulei para que ela continuasse com o relato.
— O conheci no oitavo ano. Ele não era de falar comigo, até que um dia mandou mensagem e começamos a conversar diariamente. Ficávamos horas no chat e nossos assuntos eram variados; também descobri que gostávamos das mesmas coisas. Até que um dia, ele me chamou para sair e dei meu primeiro beijo no cinema. Eu me sentia tão especial perto dele. Quando estávamos no nono ano, ele me pediu em namoro, mas teria que ser uma relação secreta, pois seus pais não iriam permitir. Então eu aceitei. Não anunciamos o relacionamento nas redes sociais, só contei para meu irmão e pedi pra ele ficar de bico fechado.
Elisa entrelaçou os dedos e suspirou.
— Ele disse que não podíamos levantar suspeita no colégio, então, quando ele estava com os amigos, eu não podia me aproximar. Quando íamos ao shopping, ele preferia ficar em lugares mais reservados, pois queria mais privacidade comigo. Eu sempre tive medo de confrontá-lo, com receio de levar um pé na bunda, então aceitava seus argumentos. Os meses se passaram, até que, em nosso outro encontro, ele me pediu para diminuir no lanche, pois se eu engordasse, ficaria ainda mais feia. Aquilo me magoou, mas não consegui dar uma resposta à altura. E não parou por aí...
— Cretino — resmunguei.
— Ele fazia comparações: "Você ficaria mais linda se emagrecesse", "Você ficaria atraente se pintasse o cabelo de loiro", "Se você não se esforçar, nosso relacionamento não vai durar"... Eu não consegui mudar por ele, então nosso namoro de seis meses acabou.
Cruzei os braços.
— Isso foi um livramento — admiti.
— Eu não vejo isso como livramento, mas como minha culpa. Se eu fosse mais atraente, ainda estaria namorando e com direito a declarações fofas. Eu perdi aquele amor. Ele não falou mais comigo e me excluiu de todas as redes sociais. Tentei conversar com ele no intervalo, mas ele se fez de desentendido e ainda debochou com os amigos, dizendo que eu estava louca e que nunca namoraria uma gorda desengonçada como eu. Sei que isso já faz mais de um ano, mas eu não consigo esquecê-lo. Aí, durante a aula do Gael, fui checar o perfil dele e vi sua postagem assumindo relacionamento com outra garota, pesquisei a conta dela e as fotos eram uma mais bonita que a outra. Ela era completamente perfeita. Enquanto eu... sou uma insuficiente e descartável. Foi então que saí da sala, pois não queria que ninguém me visse chorando.
Minha mão foi ao encontro da sua, que estava em repouso no colo.
— Elisa, não é sua culpa. Ele que é um mau-caráter. Dane-se o amor desse idiota! Aliás, nem era amor, era manipulação! — falei, com um tom de voz mais irritado.
Ela afastou a mão da minha e se levantou.
— Mas era aquele amor que me acolhia, aquele amor que jamais pensei que poderia vivenciar. Você não sabe o quanto era difícil aturar comentários de parentes e colegas que diziam que uma garota como eu nunca conseguiria um namorado, pois era acima do peso e desleixada. Na escola, sempre fui ridicularizada e sofria ameaças por causa da aparência. E minhas tias diziam que se eu não me cuidasse, teria o mesmo destino que minha mãe. — Ela me encarou, entristecida. — Lana, eu guardo cada palavra ofensiva desde os meus dez anos. As provocações pararam no ensino médio, quando perdi um pouco de peso e conheci as meninas, mas ainda estou numa batalha que não tenho forças para vencer e não sei quando terá um fim.
Levantei-me para me aproximar dela.
— Sinto muito por tudo o que aconteceu com você. Não merecia passar por essas situações desagradáveis — lamentei.
Elisa gesticulou para que saíssemos do auditório. Aos poucos, nossa caminhada simultânea deixou o local.
— Lana, por favor, não conta para ninguém o que eu te disse — pediu.
— Tudo bem, eu prometo. Mas você não deve esconder isso por muito tempo.
— Vou esperar a hora certa pra falar.
Chegamos ao corredor e nos aproximamos das escadas.
— Eu também ouvi você regurgitando enquanto chorava.
— Foi só um desconforto no estômago, mas agora já melhorou.
Elisa aparentava ter acolhido a calmaria, com as tonalidades avermelhadas do seu rosto desaparecendo pouco a pouco, e seus olhos limpando qualquer vestígio de lágrimas.
Depois de alguns minutos, nosso retorno à sala de aula foi interrompido por Gael, que se aproximou rapidamente em busca de respostas sobre nossa ausência. Com agilidade, eu criei uma explicação: Elisa precisava ir à enfermaria devido a fortes dores na cabeça e eu fiquei para acompanhá-la. Por sorte, ele não quis prolongar o assunto e agradeceu o esclarecimento.
Faltavam quinze minutos para o final da aula. Nos acomodamos nas carteiras e Elisa olhou para trás, sussurrando um agradecimento. Respondi com uma piscada rápida, acompanhada de um sorriso singelo.
Em poucos segundos, meus pensamentos me transportaram para um cenário que já não me pertencia mais, mas cuja imagem suplicava para ser recordada. Era apenas um eco das minhas ruínas. Revivi a cena composta por pedaços retorcidos, respingos de melancolia e tonalidades sombrias. Embora eu tivesse novas estruturas, aquela imagem ainda provocava angústia, libertando lembranças adoecidas que antes estavam aprisionadas. Respirei fundo. Aos poucos, o cenário foi coberto por uma nebulosidade, até se dissipar por completo.
Cada palavra permanecia na minha memória. Era impossível desconsiderar tudo o que ouvi no dia anterior. As páginas que tanto almejei ler revelaram um enredo que não correspondia às minhas expectativas.
O turbilhão de lembranças me fez desconcentrar durante a aula de química no laboratório. Apenas observava as cores preencherem cada tubo de ensaio, sem compreender totalmente a mudança das tonalidades à medida que Lu adicionava novos componentes e Marcelo fazia as anotações.
— Ô, Lana. — Marcelo estalou os dedos na minha frente para chamar minha atenção.
Chacoalhei a cabeça para interromper o fluxo dos pensamentos.
— O que foi? — indaguei.
— Amiga, tá tudo bem? — Lu perguntou, suspendo o experimento. — Você está tão quietinha hoje.
— Tá tudo certo, é que esse negócio de química ainda é meio difícil de aprender — falei.
— Então me acompanhe nas anotações, vou explicar pra você — Marcelo propôs.
Arrastei a banqueta alta para ficar próxima dele, me acomodei no assento e ajeitei os óculos de proteção.
Com o passar dos minutos, meu empenho fez com que eu deixasse de lado qualquer devaneio. Aos poucos, consegui compreender o conteúdo, e Marcelo me deixou responsável por registrar a reação das substâncias.
Enquanto ele cuidava da limpeza dos materiais, notei o cuidado dele ao apoiar os tubos de ensaio no suporte de acrílico. Poucos segundos depois, o vibrar do seu celular chamou minha atenção. Ele removeu a luva para pegar o aparelho do bolso lateral do jaleco e desbloqueou a tela. Sussurrou para nós, dizendo que seria algo rápido. Para evitar uma possível advertência do professor, ele ficou ao meu lado e virou de costas.
Eu e Lu retomamos a atividade, que estava quase concluída. Logo, a reação estupefata de Marcelo chamou nossa atenção. Sua expressão boquiaberta e os olhos arregalados pareciam acender uma chama de entusiasmo prestes a explodir em cores radiantes.
— Amigo, conta agora — Lu ordenou, curiosa.
Ele guardou o celular, agitou as mãos e murmurou um grito de empolgação para não atrapalhar a aula.
— O e-mail que recebi é uma proposta para estudar na universidade em Portugal. Mesmo que o semestre comece em setembro, ainda tenho uma chance. Estou pensando em embarcar em fevereiro do ano que vem, assim terei mais tempo para providenciar um emprego e moradia. Também será um pouco mais complicado me ingressar na universidade, pois precisarei do reconhecimento do ensino médio, exames de admissão e visto de estudante. Se tudo der certo, estarei lá no ano que vem! — contou, animado.
Eu e Lu nos entreolhamos sorridentes e ela comemorou com um grito eufórico, não se importando com os olhares dos colegas.
A novidade não fez uma passagem repentina pelos meus ouvidos, pois acabou se misturando com o dilema que constantemente me atormentava. O confronto entre a situação de Elisa e a mudança de Marcelo tornou-se uma sinfonia de desagrado, com notas agudas e intensas que não consegui ignorar. Era impossível não permitir que minhas emoções fossem atingidas.
E, a partir do primeiro golpe, o tormento clamou, rompendo a barreira de melancolia.
As primeiras gotas se acumularam e transbordaram dos meus olhos.
— Não chora, Lana — Marcelo falou, com um semblante comovido. — Vai ficar tudo bem.
Inesperadamente, senti os braços de Lu envolverem meu corpo.
— Eu sei que mudanças assustam, mas é para o bem dele — ela argumentou, tentando tranquilizar o momento.
Marcelo também se juntou ao nosso abraço coletivo, num gesto de alento.
Me desvencilhei de ambos, funguei e respirei fundo. Tirei os óculos de proteção e limpei o canto dos olhos com a manga do jaleco. Não podia mencionar os dois motivos, então optei por mostrar apenas um.
— Já sabia que isso iria acontecer. Afinal, estamos na reta final do ensino médio, então é normal que mudanças ocorram... — Fiz uma breve pausa. — Eu só me emocionei com a notícia. Estou muito feliz por você, amigo, e saiba que sempre vou te apoiar — declarei, sorridente, embora a última lágrima escorresse vagarosamente pela minha bochecha.
Marcelo apoiou a mão em meu ombro.
— Eu também torço muito por você e sei que encontrará seu caminho para o futuro o mais breve possível — ele me consolou.
Sussurrei um agradecimento. À distância, notei que o professor ainda estava instruindo outra equipe, o que me deu a oportunidade de pedir permissão para ir ao banheiro.
Ao chegar, me aproximei da pia de mármore e acionei a torneira. Juntei as mãos até que se enchessem de água, despejando-a no meu rosto repetidamente. Depois, retirei algumas folhas do porta-papel para secar a pele e joguei o papel úmido na lixeira.
Por um momento, encarei minha imagem no espelho, analisando cada rastro de aflição no meu semblante. O dilema envolvendo Elisa se propagou. Desde que conheci suas ruínas, isso se tornou um tormento, com meus pensamentos repetindo a mesma imagem: uma paisagem deplorável, abrigada em meio aos escombros, coberta por uma escuridão densa que talvez nunca veja a luz. Essa visão foi a base para descrever seu cenário interno, pois só vivenciando isso individualmente pude compreender o outro lado.
E como já estive nesse lugar, restou-me apenas mostrar o caminho para a renovação.
Só não sabia como e por onde começar.
Durante a aula de pilates, os exercícios ajudaram a dissipar qualquer vestígio de imaginação desagradável. Assim que a aula terminou, vesti o tênis e peguei a mochila. Alcancei minha mãe, que estava à certa distância, para finalmente irmos para casa.
Saímos do local e caminhamos vagarosamente em direção ao carro. Em seguida, ela destravou o veículo e entramos quase simultaneamente. O silêncio ainda predominava entre nós. Ela girou a chave para ligar o motor, e o rádio acionou-se automaticamente, sintonizando uma estação que tocava músicas antigas.
Durante o percurso, meus olhares estavam concentrados na paisagem urbana diante da janela.
— Aconteceu algo para você ficar tão quieta e abatida? — sua pergunta rompeu o silêncio.
Cruzei os braços e olhei para frente. Estava relutante em revelar o verdadeiro motivo, então optei por mencionar meu dilema que tinha menos preocupação, algo que seria mais fácil de resolver.
— É que ontem, o Marcelo recebeu uma proposta para estudar em Portugal no ano que vem, e a Lu já está pesquisando as melhores universidades para cursar Direito... Aí bateu o receio de como vai ser meu futuro depois de concluir o ensino médio. Eu vejo tanta gente segura com suas escolhas, enquanto eu me sinto perdida — desabafei.
Ela freou por conta do sinal vermelho.
— Não adianta você se desesperar só para querer ser igual a todo mundo. Lembre-se de que sua aptidão sabe o caminho para te encontrar. Tudo tem seu tempo — aconselhou.
Assenti com a cabeça.
— Tem razão. Enquanto isso, vou continuar me empenhando nas aulas de orientação vocacional. Uma hora eu descubro.
A luz verde indicou a passagem dos veículos. Minha mãe acelerou sutilmente.
As primeiras palavras se instalaram nas minhas cordas vocais, mas impedi que qualquer letra ousasse escapar. Não podia buscar conselhos sobre a situação de Elisa. Suspirei e voltei a apreciar o horizonte, que começava a ser coberto por raios cintilantes que anunciavam o final da tarde.
No entanto, a distração não foi suficiente para imobilizar o agito que me consumia. E o primeiro indício de uma ideia começou a se expandir. Já que não poderia comentar sobre o conflito, preferi continuar com o assunto, pois dessa forma poderia recolher alguma sugestão que pudesse me guiar.
— Mãe, o que você faria no meu lugar, caso estivesse com dúvidas sobre qual área seguir? — indaguei.
Ela tateou o volante, em busca de respostas.
— Ah, eu pesquisaria melhor sobre alguns cursos e procuraria estabelecer relações com meu gosto pessoal. Assim, entenderia mais facilmente qual área se encaixa no meu perfil — respondeu, os olhos concentrados no trânsito.
Assenti com a cabeça. Reparei que a música A Kind of Magic, da banda Queen, estava nos autofalantes.
Memorizei a primeira palavra: pesquisar.
Considerei aquecer a ideia, no intuito de acendê-la.
— Vamos supor que você gostou de um curso. O que faria nessa situação?
Ela acionou a seta e virou à esquerda.
— Iria participar de uma feira de profissões. Assim, conseguiria tirar dúvidas com alguém que já atua na área, para investigar melhor.
Captei outro termo: investigar.
— E a última pergunta. Caso você encontrasse sua vocação, mas houvesse obstáculos, como iria agir?
— Pergunta bem realista. — Ela riu. — Eu iria encarar e dar o meu melhor.
O terceiro item se agrupou: encarar e dar seu melhor.
— Adorei as respostas. Obrigada, mãe. — Sorri.
O acúmulo de cada termo trazia consigo uma luz que acendeu minha ideia. Seu brilho ficava cada vez mais radiante e intenso. Os acordes e trechos da música também contribuíam com leves faíscas de incentivo.
(...) "One shaft of light that shows the way" (Um facho de luz que mostra o caminho).
(...) "The bell that rings inside your mind" (O sino que toca em sua mente).
(...) "It's a kind of magic" (É um tipo de magia).
O alvoroço provocou a expansão da luminosidade onde habitavam meus pensamentos. E, quando menos esperei, as respostas se consolidaram em forma de um guia, anunciando que já estava preparada para enfrentar as adversidades que me esperavam. Minha reação escapou das cordas vocais.
— Meu Deus! É isso! — exclamei, impressionada.
Era a expansão de luz que eu precisava, projetando uma decisão extraordinária.
A decisão que iria mudar a vida de Elisa.
Notas da autora: Finalmente Elisa receberá ajuda. Alana precisava mesmo de ideias para começar o plano.
Já estou animada para escrever essa aventura!
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