Capítulo - 11

Todos ficaram surpresos com o que aconteceu com o LH!

Menos  a Sarah, ela não demostrou nenhuma empolgação.
O LH estava visivelmente feliz e realizado, se sentindo a última "bolacha do pacote".

— Posso não ter o animal maior — olhou para Ane—, uma águia magnífica ou  gato falante — apontou para a Sarah e o Kwan—, mas eu tenho o maior objeto mágico! — gargalhou empolgado apontando para o cajado.

— Ainda falta o do Kwan LH, não fique tão animadinho — Brilho acabou com a festa do pobre coitado.

— Vem cá — disse Kwan pegando o gato no colo—, você sabe qual é o meu objeto mágico? — sussurrou no ouvido do gato.

O Brilho olhou nos olhos do rapaz e fez um sinal com a pata, para ela se abaixar. O Kwan abaixou a cabeça deixando o ouvido bem próximo.

— Sei mas não vou falar — susussrou o gato.

— Por que estão de segredinho? — Sarah fingiu estar brava.

— Estou dizendo para ele o motivo de eu não dormir no seu quarto — provocou.

— Você não ousaria — esbravejou brincando e saiu correndo atrás do Brilho.

— Pessoal, sei que devem estar adorando esse clima congelante — brincou Pollyane—, mas não acha melhor voltarmos, pode ser que os animais sintam nossa falta.

— Claro querida — respondeu o Brilho com voz delicada. — Pelo menos uma de vocês tem a mente madura — olhou para a Sarah  provocando-a.

Como das outras vezes o Brilho se preparou para abrir o portal, mas antes que o portal fosse aberto, o Luiz Henrique o pegou no colo.

— Pode deixar comigo Brilho, você já deve estar cansado pela idade — entregou o gato para a Sarah.

O Brilho o fuzilou com o olhar, mas preferiu ficar calado, simplesmente desceu dos braços da Sarah.
A Sarah no entanto não conseguiu segurar a língua.

— Essa eu pago pra ver — colocou as duas mãos na cintura e ficou batendo o pé.

— Afastem-se, deixe o mestre do tempo trabalhar — disse Luiz Henrique com o cajado na mão direita e a Estela na mão esquerda.

Ele colocou a Estela em cima dos seus pés, se posicionou concentradíssimo! fez um círculo no ar com o cajado, por incrível que pareça um portal foi aberto.

— Desculpe-me Luiz Henrique, mas eu não tenho coragem de entrar, não sei pra onde esse portal vai nos levar — Pollyane disse constrangida.

— Sério loirinha?

— Vou te ajudar LH — se aproximou o Brilho todo feliz. — Você precisa pensar no lugar que quer ir, aí depois se concentra no portal, foi assim que você fez?

— Na verdade não...

— Faça novamente, mas dessa vez pensa na casa da Sarah.

Ele mais um vez se concentrou, girou o cajado e o portal apareceu novamente.

— Vamos pessoal — chamou o Brilho.

— Eu é que não vou entrar nesse portal — disse Sarah com os braços cruzados diante do corpo.

— Então vai ficar aqui sozinha — respondeu o Brilho imitando sua postura.

Como o Brilho não estava com paciência para argumentar com a Sarah, ele simplesmente girou a pata e a trouxe para dentro do portal.

Assim que chegou em casa ela saiu pisando alto de raiva.
Ao ver a atitude infantil da sua humana o Brilho revirou os olhos e gritou.

— Está naqueles dias Haras?

Ela bateu a porta em resposta.
Quando o Brilho se virou os outros três humanos o encarava confusos, como se esperassem por resposta.

— Tá bom — deu uma limpada na garganta e continuou—, ela não está brava por eu ter forçado sua entrada no portal, mas sim, pela pressão na questão do meu humano.

— Ou pode ser por não fazer magia, ela foi a primeira a ser encontrada e até hoje, nada — disse o LH.

— Vou falar com ela — se prontificou a Ane.

Sarah estava sentada no chão do quarto encostada na parede.

— Sarah — chamou Pollyane—, não fica assim...

— Está tão perto Ane, você não faz ideia da pressão que estou sentindo — disse com voz chorosa. — Só falta um objeto para libertar o Anthony... e eu não sinto absolutamente nada por ele.

— Só tenta...

— Já tentou se imaginar beijando um homem que tenha mais de mil anos?  Eu sinto náuseas só de lembrar. Ele provavelmente está só o pó, deve estar caindo os pedaços, acho que nem dentes tem mais... 

— Serio que você imagina ele assim? — gargalhou — desculpe Sarah, mas não resisti — tapou a boca para não sorrir mais.

— Ane, não sei o que fazer — choramingou.

— E a magia, você já faz alguma? Digo, sem ser aquela que todos fazem quando encontramos os objetos.

— Na verdade não, a propósito eu sei que você também já faz tá bom mocinha?! — As duas riram.

— Você não faz nenhuma magia mesmo ou está escondendo?

— Eu sinto a magia em mim, mas me recuso usar — sussurrou.

— Minha querida — disse abraçando a Sarah—, sei que está assustada com tudo isso, mas a magia é inevitável, precisamos estar prontas para a Urtiga.

— Eu sei... obrigada pela conversa vou tentar aceitar tudo isso — agradeçeu limpamos algumas lágrimas.

Os rapazes estavam no quintal conversando, provavelmente sobre futebol ou algum tipo de jogo virtual.  Foram interrompidos pelo barulho que a Ane fez, limpando a garganta propositalmente para chamar a atenção. Eles olharam para as garotas e a Sarah começou falar:

— Eu surtei eu sei — respirou fundo—, mas não é pelo que você está pensando Luiz Henrique, pois eu também comecei fazer magia — girou a mão igual o Brilho faz e jogou uma pedrinha no braço do LH. — O que me incomoda é a questão do Anthony, é muita pressão — respirou fundo—, se eu não conseguir quebrar a maldição sei que você nunca vai me perdoar — disse olhando para o Brilho, ela estava visivelmente abalada.

— Não Haras — ficou em pé firmado as patas nas pernas da Sarah —, a única que tem culpa é a Urtiga.

Sarah se abaixou e pegou o gato no colo. A harmonia dos dois era muito grande naquele momento, de repente os dois foram envolvidos por uma luz roxa que emanava do medalhão, os cabelos da Sarah ficaram roxos e com um brilho surreal, com o movimentar de suas mãos ela formava umas bolas roxas brilhantes, no mínimo muito estranhas.

— Nem ligo, eu me teletransporto, sei abrir portal e olha que só faz algumas horas que tenho meu objeto mágico. Ah, e meu cajado é bem mais legal do que o seu medalhão — disse LH e deu de ombros.

Todos riram da infantilidade do Luiz Henrique.

Que bom que ele ficou com o cajado, imagina só a tristeza dele se tivesse ficado com um objeto bem pequeno para combinar com sua coelhinha? Acho que ele surtaria de vez.

Todos os sorrisos foram interrompidos pelo piado da águia que o Kwan gentilmente deu o nome de Queen. Era muito estridente o piado dela.

A euforia do Brilho era notável, estavam a um objeto de libertar seu humano! Ele respirava fundo tentando disfarçar a sua ansiedade, mas a saudade que sentia do Anthony era muito grande.

A Queen veio voando e pousou suavemente perto do Kwan, indo ao encontro de sua mão que estava estendida para acaricia-la.

— Crianças — chamou o Brilho— #partiu! Vamos pegar o último objeto mágico — disse já abrindo o portal mágico.

Todos entraram no portal, inclusive os animais.

Era muito tensão! O último objeto mágico seria encontrado naquele momento.

Ai que ansiedade! Mal posso esperar pra ver a reação da Haras ao ver o Anthony! 🤩

Obrigada por chegarem até aqui 😍





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