Starving
>>>Chapter 33
Os pais de Annie estavam eufóricos com sua volta para casa. A levavam na cadeira de rodas mesmo com os inúmeros bilhetes que ela havia escrito que não era necessário. O Dr Dawson a havia liberado naquela manhã, porém ela ainda tinha que ficar em repouso por causa dos pontos da cirurgia. Quanto a garganta, ela já podia falar normalmente, mas o médico receitou hidratação constante e repouso de voz para as cordas vocais que ficaram inutilizadas por tanto tempo, era apenas uma precaução.
Annie chegou em casa e sentiu-se bem. Olhou todas as cores e os quadros nas paredes e sentiu uma paz. O quarto de hospital só não havia ficado mais claustrofóbico graças aos quadros que Theo havia pedido para Alek pendurar. Annie nunca se esqueceria desse gesto atencioso do Clarence. Ela precisa lhe agradecer, ou melhor ainda, vê-lo ao menos. A saudade lhe sufocava, mas forçou-se a ir com calma.
Quando chegou ao seu quarto, Angus pulou em seu colo e ela o abraçou fortemente afagando seus pelos longos e sedosos.
-Angus! Meu amorzinho... Mamãe sentiu muito a sua falta! -O gato ronronou e Annie sorriu o beijando no focinho. -Que bom que também sentiu minha falta.
-Precisa mesmo ficar se esfregando com esse gato, Annie? Você acabou de sair do Hospital filha!
-Mãe! É só o Angus! -Reclamou vendo a mãe tirar o felino de seu colo e colocá-lo no chão novamente. -Ele só estava com saudade de mim!
-Vocês matam a saudade mais tarde! -Maggie ajudou a filha a levantar e a colocou deitada na cama. -E você mocinha... Nada de se levantar para nada ouviu?
-E se eu quiser ir ao banheiro?
-Er... Tudo bem. Aí você levanta. -Annie riu. -Mas volte logo e fique deitada. Ordens médicas!
Annie acenou e se deitou. Estava cansada. Sua mãe, vendo que seu olhos já vacilavam, saiu e fechou a porta devagar. A Brontë puxou a coberta até o queixo e se virou para o lado da varanda. Sorriu. Angus pulou na cama e se aninhou ao seu lado.
-Vou fazer tudo certo dessa vez... -Ela sorriu suspirando e adormeceu logo em seguida.
-X-
-AHÁ! Peguei!
-Porra Theo! Porque você é tão bom nesse jogo!?
-Porque ele é meu? -Theo gargalhou vendo o amigo fechar a cara.
-Meninos! Preciso dar um trato nessa sala! Subam lá para o quarto, por gentileza. -A Sra Clarence entrou sorrindo e colocando as mãos na cintura.
-Acho ótimo! Não quero mais jogar mesmo... -O Sullivan fez um biquinho e levantou emburrado.
-O que foi querido? Theo destroçou você no jogo de novo?
-Poxa Sra Clarence! Também não é assim né? -Theo gargalhou ainda no sofá e ela sorriu.
-Vou preparar uma torta de amoras para você ficar feliz, você quer?
-Opa! Com certeza! -Trent sorriu e a Sra Clarence passou a mão nos seus cabelos. -Vou ficar muito feliz!
-Ei! Quem ganhou fui eu, mãe! Eu que devia ganhar torta!
-Meninos... Andem! Subam que eu tenho o que fazer! -Ela o ignorou e começou a empurrar Trent para a escada.
Theo desistiu e desligou o vídeo game seguindo Trent escada acima.
-Ah Theo! A Annie voltou para casa hoje. -Ela disse como quem não quer nada e a notícia acertou como um tiro o Clarence. -Anda! Suba! Trent está te esperando.
Theo balançou a cabeça e subiu o resto das escadas. Ficou meio apreensivo com a ideia de encontrá-la do outro lado da varanda novamente depois de tantos dias. Mas um alívio tomou seu peito, maior que qualquer outro sentimento, por saber que agora o quarto depois da varanda não estava mais vazio. Ele estava de volta e bem. Viva.
-Então cara, meus pais ficaram sabendo dos perrengues que estamos passando e... Lembra daquela minha casa em Montana?
-Aquela na floresta com aquele lago incrível que íamos quando éramos pirralhos? Pensei que tivesse vendido, faz tanto tempo.
-Não, ainda está lá. Firme e forte.
Eles entraram no quarto e Theo olhou diretamente para a cama a qual passava horas fitando durante a noite, esperando que magicamente o corpo pequeno da sua pintora aparecesse ali. E lá estava ela. Dormindo serenamente com Angus como se nada daquele pesadelo tivesse ocorrido. Não conseguiu conter um sorriso.
-Ela voltou, Trent. -Disse encostando na porta.
O amigo olhou e, pela sua expressão, não havia notado. Porque arregalou os olhos e levantou da cama.
-Cara! É ela mesmo!
-É sim... -Theo sorriu.
-Vai conseguir falar com ela agora. Não tem como ela fugir!
-Não exagera! Quando ela quiser conversar, a gente vai conversar. -Ele olhou para o Sullivan e ele estava com uma cara muito engraçada com uma sobrancelha erguida de quem diz "duvido". -To falando sério!
-Ta! Até parece! -Debochou. -Aposto cem pratas que de noite você vai pular a varanda e vai lá falar com ela.
-Não Trent! Se bem que não é uma ideia tão ruim...
-Eu sabia! -Trent gargalhou. -Enfim cara, meus pais querem levar a galera para passar uns dias lá.
-Mas a Annie ainda não está 100% para poder ir.
-Não, mas nós só vamos quando ela estiver bem para ir, claro. -Explicou. -Vai ser irado! E muito romântico também... Então se resolve com a pintora até lá viu?
Theo gargalhou e girou os olhos, mas acabou concordando. Imediatamente começou a imaginar Annie pirando com a paisagem querendo desenhar tudo. Sorriu com o pensamento. Uma fogueira e um agasalho quentinho com ela aninhada em seus braços enquanto todos riam e contavam histórias.
-É cara, realmente vai ser irado!
-X-
Drew estava sorrindo como sempre enquanto andava até a casa do Van Tien. Havia acabado de se despedir de Amélia na sorveteria e agora se dirigia à mansão do amigo.
Quando Annie o chamou para conversar, achou bem estanho. A relação deles era mais cumprimentos e ela sempre fora mais próxima de Amelia, sua namorada. Mas nunca o havia tratado mal nem nada parecido. Annie estava preocupada com o distanciamento de Lauren e havia lhe dito que não acreditava nem por um segundo que Theo a havia tratado mal de propósito, apesar de acreditar em certas coisas como no momento que Beverly chegou para pegá-lo. Aquilo era uma prova indiscutível.
-Olha Annie, eu conheço a Lauren a muito tempo e... Posso ser sincero?
-Claro, Drew. Eu te chamei aqui para isso. Pode falar. Tudo o que dissermos não vai sair daqui.
Eles estavam em um bistrô nas mesas do fundo. A conversa era séria e o Cobret não iria mentir para a pintora. Ela é uma pessoa excelente e não merece ser enganada. Por ninguém.
-Eu sei que você consegue informações para o Van Tien... -Ele arregalou os olhos. Sempre tivera muito cuidado. -Sou observadora, mas eu não me importo com isso, me interessa que você sabe de muita coisa.
-Tudo bem, Annie... Olha, a Lauren subornou o zelador para conseguir as chaves da sala de arquivos. Eu não sei do que ela estava atrás, só sei isso. -Vendo que a Brontë ficara abalada com a notícia, suspirou passando a encarar a xícara de chocolate quente posto na sua frente. -Olha, a Lauren é capaz de tudo para conseguir o que quer.
-Mas o que ela quer, Drew?
-Eu não sei, mas ela não vai parar até conseguir.
Foi assim que ele prometeu que a ajudaria a descobrir tudo sobre Lauren. No início, era apenas preocupação com o que a amiga poderia estar se envolvendo, mas aí Drew viu a ficha de Theo em sua bolsa e soube do que se tratava. Falou para Annie e, juntos, começaram uma pesquisa sobre Theo e sobre o que ela queria. Foi assim que descobriram sua passagem pela polícia. Depois Annie entrou em coma, mas ele não parou de coletar informações. Viu quando Lauren falou com Van Tien na biblioteca e assim soube que estavam trabalhando juntos em algo. Estava no Husty's esperando o Van Tien sair de casa quando viu Alonso e Healey entrando no estabelecimento. Um amigo mandou mensagem dizendo que o Victor já tinha saído, mas ele precisava ficar para ver o que o Kingsley fazia ali com a Portgrass, já que ele era o atual namorado de Annie. Depois ficou quando Blaine foi na casa do Van Tien e assim que soube que a Brontë havia acordado, não perdeu tempo em ir contar a ela tudo o que havia descoberto.
De tudo, o que mais o surpreendeu foi o Blaine em Nashville. Ele havia ficado sabendo pelo noticiário o que acontecera em GoldWing, mas não sabia que ele estaria aqui durante o que estava acontecendo lá. Sua amada irmã havia lhe deixado liso e foi aí que entendeu o que ele viera fazer aqui.
-Olá, Senhor Cobret! Pode sentar na sala, vou buscar um chá com biscoitos?
-Oh sim, Jane, você sabe como eu amo seus biscoitos. -Sorri.
-Ele já está descendo. -Ela sorriu e foi para a cozinha.
Na verdade, Drew não gostava de Victor Van Tien, nem um pouquinho. Pelo menos não mais. O que ele fazia ia contra seus princípios e ele deixou isso claro quando ele quis que ele se juntasse a ele. Não foi preciso suborno para isso. Popularidade? Não importava. Porém ele havia lhe apresentado à linda Amelia Vilmore, a inalcançável loira a qual sempre nutriu sentimentos. Ela passava pelo corredor e seu peito doía a cada barulho de seu salto no chão. Invisível, era o que ele era para ela. Ficou sabendo que Trent a havia beijado e pedi ajuda ao Van Tien. Ele o ajudou e, meses depois, quando notou que ele era extremamente observador e todos pareciam confiar seus segredos mais profundos a ele, seu pedido foi inevitável. Aceitou. Com algumas condições, como só contar coisas que não fossem prejudicar alguém. Com o tempo se acostumou a ser a fonte secreta de Victor e a fechar os olhos para as coisas que ele fazia. Pensando bem, ele nem sabia mais porque ainda fazia isso. Amelia vive dizendo que ele não precisa disso, e ele concorda com ela. Não precisa disso. Foi quando Annie apareceu e ele decidiu ajudá-la.
-Drew! Só você para me ajudar porque Henry e Sean são dois inúteis, você sabe.
-Sei. -Sorriu vendo Jane entrar com meu chá e biscoitos. -Obrigado, Jane, tenho certeza que estão incríveis. -Sorri. -Como sempre. -Pisquei e ela sorriu corando saindo da sala.
Peguei um biscoito e dei uma mordida. Divino.
-Mesmo depois de tanto tempo... Ainda não sei como você faz isso.
-Isso o que? -Perguntei bebericado o chá quente.
-Isso. Ser você. Sorrir e encantar todos. É tenso.
-Chama-se ser educado.
-Conta outra. -Resmungou e sentou na minha frente no outro sofá. -Então, Blaine esteve aqui.
-O que ele queria?
-Como o que ele queria, Drew? Ele queria cobrar nosso acordo. E claro que queria dinheiro.
-Mas da ultima vez que chequei ele ainda era rico. -Falei simples e bebi meu chá para esconder um sorriso.
-Não mais. Aquela loira de farmácia da irmã dele levou tudo. -Suspirou e se jogou no sofá. -E logo agora durante o tratamento da Valerie...
Você podia falar tudo a respeito de Victor Van Tien, menos que ele não protegia os seus. Depois que o pai dele morreu, ele cuidou de tudo para a família. Herdou uma empresa e ganhou uma família inteira para cuidar sozinho. Emancipado e presidente da empresa do pai, ele teve que segurar as pontas quando os acionistas tentaram lhe roubar o império que seu pai tão arduamente construiu. O dinheiro começou a se esgotar e os abutres da empresa foram lhe sugando cada centavo e o humilhando perante clientes por conta da sua inexperiência. Foi nessa época que Blaine Winkler apareceu com a solução de todos os seus problemas e com apenas um pedido:
-Um dia, talvez eu precise de você, Victor, e quando esse momento chegar, quero que me dê tudo o que eu necessitar sem excitar.
Um preço pequeno a ser cobrado. Uma dívida que só seria paga dali muitos anos e para um garoto de 16 anos com um Império prestes a ruir nas costas, um preço o qual ele estava mais do que disposto a pagar.
Blaine encheu sua conta bancária novamente, ajeitou a empresa, tutelou Victor e o transformou no perfeito homem de negócios. Meses depois o primeiro pedido: namorar sua prima Beverly Winkler. Ainda algo fácil, já que ela era linda e desejada por todos. Assim Victor deixou a empresa nas mãos do Vice e tornou-se o que é hoje.
-Ela ainda não melhorou? -Perguntei com compaixão. Ele sabia o quanto sua meia irmã era importante para ele. Ela tinha leucemia. -Ela parecia bem da ultima vez que a vi.
-Melhorou, mas os tratamentos são muito caros, e se parar ela piora... Logo agora que ela ficou bem o suficiente para ir à aula. -Sua voz era triste.
Não, Drew não gostava de Victor Van Tien, mas também não o odiava. Ele era um cara legal, por debaixo de tudo. Quem ele odiava, na verdade, era Beverly. Ah sim, aquela ali nem milagre salva, só nascendo de novo.
-O que eu faço, Drew?
-Dá o que ele quer, cara.
-Mas ele quer uma quantia absurda!
-Você não tem escolha. Fizeram um acordo. E até parece que você não tem grana guardada por aí.
-Claro que eu tenho, mas é para a Valerie e para a nossa faculdade.
-Victor, pensa que depois que você fizer isso, vai estar livre dele.
-Bom... Tem outra coisa...
-Ah cara... Que outra coisa?
-Quero terminar com a Beverly. Eu to... Interessado em outra pessoa.
-Finalmente! -Falou levantando e ele gargalhou. -Você pode negociar isso com ele.
-O problema não é esse, eu falei com a Beverly e ela disse que contava para todo mundo que meu dinheiro era sujo...
-Mas não é!
-E disse que ia mandar minhas fotos para todo mundo...
-Essa não... Aquelas fotos?
-Aquelas. -Ele disse roendo a unha. -Você tem que me ajudar cara! Drew, você precisa apagar aquelas fotos do celular dela.
-Mas e se ela tiver baixado no computador?
-Ela não é assim tão esperta.
-É verdade... -Sorri. -Vou te ajudar cara. -Victor levantou e o abraçou agradecendo. -Só paga o Blaine na sexta e fala que não vai mais namorar a prima nojenta dele.
-Mas sexta já é depois de amanhã...
-Confia em mim. Até lá essa foto já era.
-X-
-E essa viagem seria para quando?
-Mês que vem.
Annie abriu os olhos devagar e se espreguiçou. Piscou várias e vezes e focou no quarto depois da varanda. Pode ver as costas Trent e Theo parado na sua frente o encantado enquanto conversavam.
-E a Lauren?
-Bom.... Eu não sei.
Annie sorriu. Era a primeira vez que vi Theo desde que acordada e ele estava exatamente igual. Lindo. Do jeitinho que lembrava senão mais bonito.
-Angus... Que tal provocar ele um pouco? -Annie disse baixo e o gato miou pulando de sua cama. -Também acho uma boa ideia. -Ela riu.
Annie se espreguiçou mais exageradamente para chamar a atenção dos meninos e pelo canto do olho viu que funcionou porque Theo cutucou o amigo e apontou com o queixo em sua direção. Ela levantou de costas para eles e sorriu vitoriosa com a atenção. Preferiu pensar que aquela coragem era advinda dos remédios que estava tomando e não da sua própria cara de pau. A verdade era que, desde que acordara livre do tumor e de todos os seus problemas de saúde, sentiu que poderia ser uma garota normal. Poderia colocar um biquíni ao ir para a praia e usar uma blusa mais colada no corpo e que realçasse mais suas curvas. Nua no espelho, não se achou bonita por causa da grande cicatriz rosa que lhe cortava a barriga, mas sentiu que poderia ser normal apesar daquilo. Em breve ela ficaria branca e menos aparente.
Annie se sentia bonita pela primeira vez em muito tempo.
Por isso, levantou mesmo usando somente uma blusa folgada grande que nem chegava aos seus joelhos. E se esticou para pegar uma muda de roupa na parte de cima do armário fazendo sua blusa subir consideravelmente.
-Oh cara! Tira o olho! -Ouviu a voz de Theo e sorriu tentando não gargalhar e entregar o jogo.
-Realmente... Você tem sorte.
-Porra Trent! Para de olhar para minha mina cara!
O coração de Annie falhou uma batida ao ouvir que ele tinha dito que ela era sua. Ele mal sabia o quão verdadeira era sua frase. Meio machista, mas foi fofo. Ela não conseguiu evitar olhar para ele e dar um pequeno sorriso convencido.
-Ora sua...
Annie pegou o bloquinho em cima da cama e correu para o banheiro e trancou a porta ouvindo a batida no segundo seguinte.
-Annie abre essa porta!
Ela riu e escreveu no papel "não" o passando por debaixo da porta.
-Ta de sacanagem com a minha cara? -Annie riu ainda mais dentro do banheiro. -Você me impede de ir vê-la no hospital e aí quando chega em casa fica brincando de quem arrega primeiro?
"Arregar do que? Não fiz nada." E passou por baixo da porta novamente.
-Fica provocando! Não se faça de sonsa! -Ela o ouviu suspirar e ouviu passos.
Annie se aproximou mais da porta e colocou o ouvido na porta tentando ouvir mais algum barulho vindo do lado de fora.
-V-Você ainda está aí?
-Porque você não me deixa entrar, pintora? E-Eu...
Annie suspirou e escorregou pela porta. Não via porque não abrir, mas ao mesmo tempo não podia. Algo a impedia. O medo do próprio corpo será? Vergonha? Ainda tinha tanta coisa para resolver... Mas ninguém precisaria ficar sabendo... Não. Precisava ser forte mais um pouco.
-N-Não posso...
-Porque? Por causa do Kingsley?
-Eu terminei com o Alonso.
Silêncio.
Annie colocou o ouvido na porta de novo e já ia perguntar novamente se ele havia ido embora quando ele falou:
-Então porque não?
-Porque... E-Eu não vou conseguir parar.
-Não estou pedindo para você parar.
-Não é v-você... Ainda tenho c-coisas para resolver...
-Ninguém precisa saber, então.
-Theo...
-Eu prometo não fazer nada. Só abre a porta, pintora... Por favor, Annie...
Ela suspirou e levantou levando a mão até a maçaneta e se demorando um pouco para abrir. Respirou fundo e girou a chave destrancando e a abriu.
Theo estava parado olhando para baixo e quando ouviu a porta olhou para cima vendo aqueles olhos azuis e sentindo borboletas no estômago. Como se fosse a primeira vez. Ela o olhava tão intensamente e ele não conseguia saber o que ela poderia estar pensando. Mas não importava, porque a varanda não estava vazia e nunca ficaria.
-Pintora, e-eu... -Ele não conseguiu terminar porque Annie pulou e o beijou.
Theo nunca esqueceria o gosto daquela boca, mas era muito melhor do que ele lembrava. Cinco segundos foram o bastante para ele sair do transe e a abraçar pela cintura e a puxar para mais perto de si. Annie tocava cada fio negro de Theo com delicadeza e pressa enrolando seus braços em seu pescoço e ficando na ponta dos pés.
Não sabia que estava faminta até prová-lo.
Theo era sua droga e ela estava pura e completamente viciada. Ela tinha impressão que ele havia sido feito sob medida para ela. Simplesmente não conseguiu se segurar quando o viu tão perto.
-Você é realmente minha pintora sem futuro...
※★✩★※
Oi pessoal!
Sim! Sou eu!
Não! Eu não morri!
Sim! É meu aniversário, mas quem ganha presente é VOCÊ com esse capítulo lindo fresquinho!
(Caso você esteja lendo isso hoje, dia 11 de Dezembro)
Desculpem a demora para as postagens mas eu estou bem focada em um novo projeto bem mais ousado...
Dêem uma conferida! Juro juradinho que está muito irada essa história! Pelo menos leiam sinopse!
Beijo enorme e um pedaço de bolo de aniversário virtual de chocolate para todos!
Espero vê-los lá por Eurion! ♡
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