Poetry
Olá Pessoal!
Ah! Tem um erro na foto desse capítulo kkkkk o nome do ator é Drew *Van* Acker. Fiquei com preguiça de refazer tipo... Pela 5 vez kkkkk então vai essa mesmo.
Para aquelas meninas românticas incorrigíveis como eu, feliz em dizer que se apaixonarão com esse capítulo, afinal, conhecerão Alonso ♡ Eu me apaixonei perdidamente por ele, mais até que pelo Theo. Espero que suspirem como eu.
Boa Leitura fofuxos!
Então... Quem aí gosta de poesia?
>>>Chapter 04
-O Garett!? -Gritou Mercedes.
-Quem é Garett? E porque você vai usar um homem inocente contra o seu homem culpado? -Disse Annie se sentindo na maior bóia de sua vida.
-Garett Harrison é meu amigo gay, Annie. -Ela disse rindo. -Vai dar tudo certo! Vou fazer o Sullivan arrancar a própria pele de ciúmes! -Disse rindo e se jogando na cama feliz com o brilhantismo de seu plano.
-Ou a sua né? -Disse Mercedes séria. -Você sabe que o Sullivan não alivia nesses assuntos...
-Estou contando com isso Mer! Trent se acha demais para alguém tão imaturo e infantil! -Ela cruzou os braços. -Talvez se ele perceber que eu sou tão livre quanto ele, e que posso, e tenho o direito, de ficar com quem eu quiser... Ele tome vergonha na cara!
-La, não vejo falhas no seu plano realmente, e pelo pouco tempo em que conheço Trent Sullivan, nunca poderia imaginar que ele seria esse tipo de garoto. -Disse Annie sentada de cabeça para baixo com as pernas na cama. -Se ele for assim mesmo, acho que merece sofrer um pouco!
A Brontë levantou a mão e a Kingsley bateu com vontade, feliz pelo apoio da novata. Afinal, o que tinha de errado nisso não é mesmo? Lauren lembrava bem da vez em que pegou Trent beijando Kimberly atras do ginásio depois que eles estavam na "relação indefinida" a dois meses. E ainda ouve rumores e fofocas que em festas ele sempre fica com qualquer uma, mesmo estando com ela. Nesses casos, Lauren preferia ser surda.
-Sabe Lauren, a vida é sua, e como sua amiga sabe que irei apoiar qualquer decisão que você possa vir a tomar. -Mercedes levantou ajeitando a camisola. -Então é... Eu to dentro!
Lauren deu um gritinho de felicidade e abraçou a amiga com força.
-Mas o nosso alvo conhece o Harrison? -Perguntou Annie. -Porque se conhecer o plano vai por água abaixo.
-Isso que é perfeito! Gary está vindo para Nashville! Ele chega amanhã de Miami. Trent nem sonha com ele.
-Está tudo perfeito então! Falta saber se o tal Garett aceita. -Annie disse rindo.
-Ah querida! Ele vai aceitar nem que não queira! -Lauren disse e as meninas caíram na gargalhada.
-X-
Annie não conseguia dormir. Algo a incomodava e ela não sabia dizer o que era. Levantou dando uma olhada pelo quarto. Lauren dormia na cama com Mercedes e ela em um colchão ao lado da cama, o que facilitava sua "fuga".
Desceu as escadas com cuidado e tateou as paredes até chegar na cozinha, onde bebeu um copo generoso de água enquanto passava a mão sobre seu abdômen que doía levemente, quase que como pontadas aleatórias. Ainda com metade do copo cheio sentou na bancada da pia e olhou para cima e começou a balançar as pernas.
-Também não consegue dormir?
Annie gritou com a mão na boca tentando abafar o som e deixou o copo cair e se espatifar no chão fazendo cortes superficiais em sua mão e pé.
-Shiu! Vai acordar todo mundo! -Alonso ria do susto da morena. -Desculpe, acho que te assustei.
-Acha!? -Ela disse irônica dando uma olhada para as escadas constatando que ninguém havia acordado.
-Aqui, deixa eu te ajudar.
-Não precisa! Eu arrumo sozinha.
Os dois se abaixaram ao mesmo tempo e acabaram batendo suas cabeças uma na outra.
-Aí! -Eles começaram a rir.
-Nossa Annie! Suas mãos! -Disse o loiro vendo os pequenos cortes circundando a mão da Brontë. -Deixa eu limpar isso.
-Não precisa Alonso. Não foi nada... -Disse dando de ombros, porém não podia negar que ardia um pouco.
-Não mesmo! Isso foi minha culpa. Anda vem. -Ele puxou-a para cima levantando-a e a levou para o sofá ascendendo a luz do abajur. -Vou pegar gaze e pomada. Fica aí.
-Sim senhor. -Annie bateu continência e ele riu saindo em seguida.
Não demorou muito para que Alonso voltasse com uma pequena caixa branca com uma cruz vermelha na base superior. Um kit de primeiros socorros. Annie notou, também, que Alonso estava somente com uma calça cinza de moletom, não havia notado antes por causa das luzes que estavam todas apagadas, e agora com a fraca luz do abajur iluminando os dois, pode notar cada centímetro do rapaz loiro à sua frente.
Abdômen definido, porém não com tanquinho. Olhos verdes penetrantes e lindos com resquícios cor de mel. Cabelos loiros mais escuros como fios de ouro. Realmente o irmão mais velho de Lauren era muito lindo.
Ele pegou delicadamente a mão direita de Annie e começou a passar um algodão molhado sobre os cortes, ardeu um pouco, fazendo com que Annie mexesse involuntariamente a mão.
-Desculpe... Tentarei ser mais cuidadoso.
-Não, você está sendo. É que ardeu um pouco. -Ela sorriu um pouco e ele também sem tirar os olhos do trato que estava dando na mão da Brontë. -Obrigada...
-Não esquenta. É sempre um prazer servir uma moça bonita como você.
Annie corou violentamente com tal resposta. Galanteador, mas não se achava ou gabava-se. Somente dizia aquilo que lhe passava na mente naquele momento. Alonso era muito sincero por ser poeta, ele acostumou-se que: seja o que estiver em sua mente, ele deixaria sua boca reproduzir. Porém Annie não sabia disso.
-Prontinho Madame.
-Quantos anos você tem?
-20.
-Faculdade?
-De direito, mas o que é isso? Um interrogatório? -Ele perguntou olhando para ela com uma sobrancelha levantada.
-Desculpa... Eu só estava...
Alonso começou a gargalhar do rosto confuso da garota. Annie logo notou que fora apenas uma brincadeira e deu um empurrão no braço forte do rapaz o fazendo cair sentado.
-Isso não teve graça!
-Teve sim! -Disse segurando a barriga de tanto rir.
-Não, não teve. E você é um chato Alonso Kingsley!
-Oh teve minha bela donzela
Sua risada é um deleite
E sem notar essa noite
Já se forma o laço
Entre mim e tu moça de aço.
-Você é poeta!? -A raiva de segundos trás sumiu como em um estalar de dedos. -Que lindo!
-E de improviso. É meu truque para escapar furtivamente da raiva das garotas. -Ele sorriu e sentou ao lado da castanha no sofá. Que fez uma careta como se tivesse sido ofendida. -Às vezes sai essas coisas, então não estranha.
-Eu? Estranhar? Por favor! -Ela riu e se ajeitou no sofá de modo que ficasse de frente para ele. -Recita mais um!
-Mas são... Uau! 3 horas da manhã! Precisamos dormir!
-Mas eu não consigo... E até onde sei você também não! Recita mais um!
-Você é insistente, garota.
-É um dom que eu tenho.
Alonso sorriu com a resposta da moça a sua frente. Ela era bonita, linda na verdade. E se tornara amiga de sua irmã tão rapidamente... Lauren não é de deixar qualquer um entrar assim em sua vida tão fácil...
-Se insiste tanto! -Ela bateu palmas recolhendo as pernas e as colocou em cima do sofá abraçando-as em seguida. -Deixa eu pensar...
Alonso andou até a janela e olhou o céu. A essa hora a pouca luminosidade da cidade lhe dava uma visão linda das estrelas.
Estrelas...
-Oh santa estrela! Permita-me fazer um pedido
Um sonho, mais como um desejo escondido
Torna-me parte da tua história, da sua feliz narração
E una-mos nós dois como traços de uma constelação.
Alonso recitou os versos devagar e pausadamente, enquanto Annie o olhava admirada. Ele enfim a olhou com as bochechas meio coradas por ter recitado algo espontâneo na frente de alguém. A luz da lua que entrava pela janela o deixava ainda mais bonito na visão de Annie.
-Incrível! Foi simplesmente... Lindo. -Ela disse sem conseguir tirar o sorriso do rosto. -Tão espontâneo e profundo... Li uma vez que poemas são sentimentos em um papel, seus sentimentos são lindos, Alonso.
-Obrigado, Annie. Você gosta de poesia?
-Sempre achei lindo! Mas meu dom foi para outra coisa...
-Que coisa?
-Pintar. -Ela sorriu. -Pintar, desenhar e essas coisas.
-Eu quero ver um dos seus desenhos. Você me fez recitar uma poesia, quero ver agora o SEU dom.
-Me arranja um lápis e uma folha de papel que faço alguma coisa para você.
Alonso saiu, porém logo voltou com um pedaço de papel e um lápis perfeitamente apontado. Annie sentou no chão com as costas apoiadas no sofá e o loiro ao seu lado, então começou a fazer rabiscos no papel que logo se transformaram em um céu, estrelado como o poema de Alonso Kingsley. O céu mais negro atrás e as estrelas pontuando o céu na constelação de Sagitário, a lua solitária e cheia ao canto quase escondida pelas nuvens iluminando alguém no topo de uma colina sentado embaixo de uma árvore.
-Esse é você. -Disse Annie terminando os detalhes da pessoa na colina. -Recitando poemas para a lua, já que tenho certeza que você não mostra-os para ninguém. -Alonso sorriu pelo fato de Annie estar certa. -Este é você recitando um poema sobre estrelas... -Annie agora passou a definir os galhos da árvore. -Aqui uma macieira para deitar e esconder-se do sol enquanto cria.
-Annie?
-Sim? -Ela parou os finos traços e olhou para ele.
A proximidade entre seus rostos era grande, mas não intencional. Alonso olhava atentamente o desenho e, quando a chamou, ficaram frente a frente. Dava pra sentir a respiração deles em seus rostos. Era algo intenso. Íntimo. Alonso sem notar desviou os olhos para os lábios da garota os retornando rapidamente para seus olhos. Um pedido. Um sonho, mais como um desejo escondido.
"Ela é amiga da minha irmã."
Alonso afastou-se devagar baixando a cabeça, sabia que se mantesse essa proximidade perigosa, talvez não pudesse responder por seu atos depois.
-Você... É muito talentosa.
-O-Obrigada.
Annie ficou meio desconcertada com o repentino afastamento do loiro, até meio desapontada, mas agradeceu, afinal, era o irmão mais velho de Lauren. Suas bochechas não podiam deixar de corar depois de tal acontecimento, e, para desfarçar, Annie pôs o cabelo atrás da orelha.
-Toma. -A castanha passou o desenho para o colo de Alonso assim que terminou de assinar. -É seu.
-Sério?
-Claro, afinal, minha inspiração foi você. -Annie levantou e andou até as escadas, parando somente para acrescentar. -Boa Noite... Alonso Kingsley.
-X-
-Annie! Annie! -A castanha abriu lentamente os olhos passando as costas da mão sobre as pálpebras. -Acorda!
-Meu Deus! Você não dorme, entra em coma. -Debochou Lauren.
-É que eu fui dormir tarde ontem... -Brontë estava sonolenta e colocou a cabeça em baixo do travesseiro. -Vão arrumar coisa melhor pra fazer que me perturbar...
As duas amigas riram com a voz embargada e abafada da amiga embaixo do travesseiro.
-Lamento bela adormecida, mas hoje tem aula! Lembra? Quarta-feira e tals... -Disse Mercedes.
-Argh! Odeio vocês! -Annie levantou e tacou o travesseiro na cara de Lauren que caiu no chão.
-Ah sua maldita! -Lauren levantou e pegou o travesseiro acertando em Mercedes e Annie com um só lançamento.
-ISSO É GUERRA!
As três levantaram e começaram a se acertarem com os travesseiros. Mercedes subiu na cama acertando com força Annie que caiu no chão, Lauren viu uma deixa e acertou Mercedes que caiu da cama dando uma cambalhota. Elas riam. Gargalhavam. Annie levantou e rodou o travesseiro acertando Lauren que ao tentar revidar Annie abaixou-se e acertou Mercedes no rosto. As meninas riam e continuavam a guerra mesmo que fossem 6 horas da manhã.
A barulheira de risadas e tombos acordou Alonso que dormia no quarto ao lado. Sua faculdade só iria ser 8 horas e havia acordado 6 por causa de uma guerra no quarto ao lado. Mal humorado, com olheiras e o cabelo bagunçado andou até o quarto ao lado abrindo a porta pronto para dar um sermão na trupe feminina concentrada ali.
-Vocês não tem vergonha não!? São 6 horas da matina e...
As meninas pararam com os travesseiros no ar e olharam para Alonso que interrompeu sua frase com medo do olhar que elas lhe lançavam.
-Atacar!! -Mercedes gritou e as três foram para cima de Alonso que fechou a porta na hora e segurou com força a maçaneta para que não a abrissem. -Você pode segurar a porta! Mas não pode se esconder!
-Isso não faz sentido!
-Eu sei!
-Calem a boca e empurrem!
-Cala a boca você!
-Não! Cala você!
Alonso teve que rir da briga interna que estavam tendo. Era, com certeza, uma manhã incomum na casa dos Kingsley.
-LAUREN FILIS KINGSLEY! SE VOCÊ RASGAR MAIS ALGUM TRAVESSEIRO DE PENAS EM UMA BRIGA EU DOU SUA COLEÇÃO DE MANGÁS PRO SEU IRMÃO! -A Sra. Kingsley interferiu na briga completamente irritada, mas também acostumada.
-JÁ PAREI MÃE! TA TUDO INTEIRO! EU JURO!
-ACHO BOM MESMO!
As duas dentro do quarto caíram na gargalhada enquanto Lauren abraçava a montanha de mangás que tinha no canto do quarto como se fossem a última barra de chocolate do planeta e estivesse de TPM.
-X-
A Archimedes Hight School estava tendo uma ótima manhã de quarta. Tudo corria bem. Normal. Sem confusão. Alunos sorridentes....
Ai a Lauren chegou.
-OH WINKLER! O QUE VOCÊ FEZ NO MEU ARMÁRIO SUA LOIRA AGUADA?
-Eu não fiz nada, Kingsley. Talvez seja sua doença mental começando a mostrar os sintomas.
-A única doença mental que você vai ver é a sua própria quando eu acabar com a tua raça!
-Posso saber o que significa isso Srtas. Kingsley e Winkler?
-Er... Diretora Morrison? -Lauren engoliu em seco. -Eu só estava... Querendo saber quem marcou meu armário com batom.
-Que por acaso não fui eu! -Disse Winkler segurando o telefone no ouvido. -Ela não vale a pena que eu gaste meus batons da Dior. Além do mais, estou ocupada falando com minha prima de GoldWing.
-Mas eu sei que foi você! Aquele batom cor de burro quando foge é a sua cara!
-Chega as duas! -Irritou-se a diretora. -Lauren, limpe seu armário sozinha. Beverly, fale com sua prima e mande lembranças à avó dela, Cassandra.
-Sim, Sta. Morrison. -As duas falaram em uníssono.
-Isso não acaba aqui, Winkler.
-Nunca acaba, Kingsley. -Ela virou batendo o belo cabelo loiro e voltou a falar no telefone. -Sim Verônica! Desculpe a interrupção, tenho que cuidar da plebe daqui. Você sabe como é né, prima? -E saiu rindo.
-Ora sua... -Lauren começou a arregaçar as mangas quando alguém segurou seu braço.
-Bom dia Lauren! Já começou o dia com o pé direito hein?
-Agora não Trent! Tenho uma vadia para matar...
-Mas eu preciso falar com você saber ontem e...
-EU DISSE AGORA NÃO SULLIVAN!
Ela saiu batendo os pés e bufando na direção contrária deixando Trent totalmente embasbacado.
-Ela... Nunca tinha falado comigo assim antes...
Uma tristeza se apoderou no coração de Trent Sullivan, mas é claro que nunca deixaria transparecer. O que acabara de acontecer somente deixava mais claro que o que aconteceu ontem, Lauren não iria deixar barato.
Não muito longe dali, Annie estava sentada em um dos bancos que ficavam ao redor de uma grande árvore desenhando um rapaz... Um rapaz que escreve poemas.
-Oi vizinha! Chegou cedo hoje. Caiu da cama?
-Vim com a Lauren e Mercedes. -Disse sem tirar os olhos do desenho feito à lápis. -Elas me acordaram cedo.
-O que está fazendo?
-O que você acha que estou fazendo? -Annie o olhou séria.
-Uau! Alguém não teve uma boa noite de sono.
-Não mesmo... Desculpe. Fiquei grande parte da noite acordada.
Annie involuntariamente sorriu ao lembrar do porque havia dormido tarde. Sorriu por lembrar de Alonso.
-Eu entendo. Desculpas aceitas. -Theo sorriu. -Só queria marcar de você vir lá em casa hoje para começarmos o trabalho do Talahasse.
-Ah claro! -Ela balançou a cabeça tentando organizar os pensamentos. -É para quando mesmo?
-Terça que vem. Temos tempo, mas eu quero fazer logo, aí poderemos nos conhecer como combinamos ontem.
-Uhum. Seria legal. Nos vemos na sua casa então?
-Às 18h.
-Fechou.
Ela sorriu e levantou fechando o caderno de desenhos e indo rumo à sala de aula. Theo ficou observando-a afastar-se até perdê-la de vista.
-X-
-Olá mãe! Pai! -Annie chegou em casa tirando a bolsa e jogando no sofá notando malas prontas junto à porta. -Mãe? Pai? Vão viajar?
-Aqui na cozinha, filha!
Annie soltou os cabelos castanhos e pendurou o chapéu no cabide junto à porta e rumou à cozinha já sentindo cheiro de biscoitos e torta.
-Mãe, você está cozinhando? Mas você é pés...
-Annie! Que bom vê-la querida!
Annie não chegou a terminar a fala, a Sra. Clarence a abraçou tão forte que pensou que iria morrer sufocada.
-Sra. Clarence? Que bom vê-la também. -Ela olhou transbordando de perguntas para a mãe. -Mãe?
-Chegou cedo!
-Sta. Vivia não estava muito bem mas... O que são aquelas malas?
-Annie que bom que chegou a tempo de se despedir. Nosso voo sai em 1 hora querida. -Meu pai chegou tentando arrumar a gravata que foi prontamente ajudado por minha mãe.
-Voo? Alguém pode me explicar o que está acontecendo aqui!?
-Annie, precisamos falar com a equipe de médicos em Seattle para que venham juntar-se ao Dr. Callahan aqui em Nashville. São problemas financeiros e detalhes finais para sua cirurgia.
Olhei censurando meu pai. Combinamos que NINGUÉM saberia de minha cirurgia.
-Não se preocupe, docinho. Sua mãe me contou. Não falarei para ninguém.
-Nem para o Theo?
-Nem para ele. Querida, ele pode ser meu filho, mas sei guardar um secreto.
-Ótimo! Maggie? Temos que ir.
-Espere um minuto John. Obrigada pela torta e por cuidar de Annie em nossa ausência. -Minha mãe abraçou a Sra. Clarence, pareciam velhas amigas. -Vejo vocês em 2 semanas!
-Espera! Mãe! Vou ficar na casa dos Clarence por 2 semanas? -Percebi o que havia dito um pouco tarde. -Sem ofensas Sra. Clarence, você é maravilhosa, mas seu filho nem tanto.
-Oh querida eu sei! E como sei! Mas não se preocupe, ficará em um quarto sozinha. Ai que felicidade! Sempre quis ter uma filha e agora terei por 2 semanas!
-Cuide-se querida. Lamento ter dito assim tão em cima da hora, mas correu tudo tão rápido! E você passou a noite com sua nova amiga do cabelo curto.
-Lauren.
-Ela mesma. -Ela sorriu passando a mão de leve em meu rosto. -Você vai ficar bem, Annie. Já está fazendo amigas e tudo! São só 2 semanas. Te amo.
-Também te amo, mãe. Boa viagem.
-Se comporte! Não dê trabalho para a Sra. Clarence hein? Trago umas lembrancinhas de Seattle! Beijos!
Depois que meus pais foram embora, suspirei olhando para a Sra. Clarence que sorria tanto que imaginei se doeria abrir um sorriso assim tão grande.
-Annie querida. Regras.
Suspirei e apontei as escadas para que me seguisse, e assim ela o fez. Entrei em meu quarto e peguei uma mala no fundo do guarda roupa e a abri em cima da cama.
-Primeira: nada de andar de sutiã, ou blusa e calcinha pela casa. Tenho um filho homem com hormônios.
-Mas eu nunca faria isso! -Disse corando.
-Segundo: tem toque de recolher às 22h. -Continuou me ignorando completamente. -Terceiro: você vai para a escola com o Theo, por segurança.
-Ele não vai gostar... Ele ao menos sabe disso?
-Claro que não! Continuando... Quarto: pode receber suas amigas e a chave da sua casa ficará com você sempre, caso queira vir pegar algum material e alimentar o seu gato. O que nos leva ao quinto: pintura e coisas que envolvam sujar a casa, venha para cá Okay? Você está com a chave e pode vir aqui praticar seu hobby.
-Parece justo.
-Parece que nos entendemos bem! Vai ser ótimo ter você em minha casa, Annie.
-O prazer é meu. Espero não fazer nada errado ou atrapalhar você.
-Ora querida! Está me fazendo um favor! Preciso mimar alguém ao invés de comprar camisinha.
Comecei a gargalhar loucamente. Definitivamente a Sra. Clarence era um anjo de doçura.
-Bom, vou indo na frente para arrumar seu quarto.
Acenei com a cabeça enquanto ela saia saltitando no belo vestido azul que usava cantarolando algo que não consegui identificar.
"2 semanas embaixo do mesmo teto de Theodore Clarence... Porque tenho um péssimo pressentimento a esse respeito?"
-X-
-Gary! Que saudade! -Lauren pulou nos braços do amigo que usava um lenço vermelho no pescoço.
-Também estava com saudade de você queridinha! Principalmente para falar dos homens que encontrei em Miami! Uau! Devo ter feito algo muito bom no passado para ter podido ver aquele paraíso!
-Imagino que sim, Gary! Temos muito à conversar! Quando virá para a escola?
-Começarei próxima semana... Mas me diga... Quando conhecerei Trent Sullivan?
-Argh! Nem me fale dele! -Lauren fez um bico cruzando os braços.
-Qual burrada a maçã proibida aprontou dessa vez?
-Deixemos os detalhes para depois, Gary! Temos um plano para aprontar!
-Um plano? -O rapaz de cabelos loiros e olhos cor de mel sorriu perverso. -Diga! O que faremos?
-Iremos matar Trent Sullivan de ciúmes.
-Ótima ideia! Ótima ideia! Ciúmes... Mas com quem?
Lauren o olhou com um sorriso perverso que causou arrepios em Garett.
-Eu? -Disse apontando para si com os olhos arregalados.
-Quem mais!? Você é perfeito Gary! Lindo, gostoso, atraente e ninguém sabe nada sobre você!
-Mas Lauren... -O rapaz ficou meio inquieto e puxou o lenço do pescoço inseguro. -Eu não sou...
-Hétero! Eu sei! Isso que o torna perfeito! Você não vai se envolver. Vai só fingir.
Garett Harrison passou a mão pelos fios loiros meio incerto. Estava arriscando muito fazendo isso, SE aceitasse fazer isso. Mas o que podia dizer? Era Lauren que pedia, sua amiga, sua confidente.
Por fim ele apenas suspirou e acenou positivamente com a cabeça.
-O que não faço por você, Lauren Kingsley?
Lauren pulou em seus braços em um abraço cheio de agradecimentos. Garett retribuiu com fervor, mas só conseguia pensar sobre o risco que estava se colocando ao aceitar isso.
-X-
-Mercedes? Ainda aqui?
Alek estava saindo do treino de basquete e havia voltado à sala de aula para buscar um livro que julgou ter esquecido.
-Oi Alek. Ainda. -Ela sorriu olhando para o livro aberto em sua cadeira. -Matemática está me enlouquecendo.
-Err... Sabe? Eu sou bom em matemática. -Alek engoliu em seco e colocou a bolsa na cadeira e sentou de frente para Baker. -Eu posso te ensinar.
-Me ensinar? -Os olhos de Mercedes brilharam com a proposta. -Faria isso?
-É o mínimo que posso fazer por você, Mer. -Baker corou quando ele a chamou pelo apelido, e Alek corou por ter deixado escapar isso. -Você sempre me ajuda.
-Bom... Você não se importa mesmo? -Mercedes colocou uma madeixa do cabelo atrás da orelha.
-Claro que não. Seria um prazer passar um tempo com você.
Era mágico. Mercedes estava nas nuvens. A raiva que sentira pela fofoca que Alek estava ficando com outra, simplesmente desapareceu. Ele queria ficar com ela! Iria ensiná-la. O quão fantástico era isso?
-Onde estudaremos? -Alek perguntou sorrindo.
-Na minha casa, pode ser?
-Perfeito. Mercedes?
-Sim?
-Você poderia me ensinar umas coisas também?
-Uhum. Eu sempre faço isso não é mesmo?
Os dois se olharam e sorriram.
Alek estava muito feliz por ter conseguido, de certo modo, um tempo a sós com ela. Poderia chamar de encontro? Não sabia. Só sabia que estava com um sorriso sincero estampado no rosto, e não fazia ideia de como tirá-lo dali.
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