Paints and Pranks
Gente! Vocês PRECISAM ler a fic do meu parça Leonardo Moreno para curtirem o cross over que iremos fazer! O Enigma das Asas de Ouro é uma história incrível com morte e mistério! Pf leiam para ficarem familiarizados com os personagens para não ficarem pedidos quando acontecer o Cross Over! Não vão se arrepender! Prometo!
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>>>Chapter 12
Annie não conseguia pensar. Só conseguia agir.
Theo segurou-a firme pela cintura levantando-a e a Brontë enlaçou as pernas na cintura do Clarence enquanto ele os guiava até o sofá sem deixar de beijá-la um só momento.
-Sua mãe... -Disse Annie quando pararam para recuperar um pouco o fôlego.
-Trabalhando... Só de noite.
O mecânico pegou a guitarra e jogou por sobre o braço do sofá e deitou-a ali ficando por cima.
-Hm... Theo... Espera... -Tentou Annie segurando na gola da camisa do rapaz para tentar afastá-lo de seu pescoço, área muito sensível da garota. -Theo...
-Que foi? -Disse o Clarence ofegante.
-E-Eu... Não posso fazer isso...
Theo bufou e revirou os olhos.
-Porque? Por causa "dele"?
-Não... Sim... Também. -Disse Annie tentando raciocinar com o rosto de Theo tão perto do dela e aqueles olhos azuis esverdeados tão penetrantes. -É que eu nunca... Você sabe.
Theo teve que sorrir ao ver a Brontë corar e desviar os olhos envergonhada. Pegou uma mecha do cabelo castanho de Annie e tirou-o da bochecha da garota e fez um carinho ali e, levantando seu queixo alguns centímetros, fez com que ela voltasse a olhá-lo nos olhos.
-Tudo bem, sério. Eu entendo. Mas sabe? Vou continuar te beijando...
E foi exatamente o que Theo Clarence continuou fazendo.
-X-
Na manhã seguinte, Annie e Theo não paravam de trocar sorrisos e olhares, o que não passou despercebido por Mercedes Baker que resolveu abordar a amiga no intervalo.
-Annie? -Disse Mer se aproximando vendo Annie desenhar embaixo de uma árvore e de vez em quando levantar o olhar até onde o Clarence estava com Alek. -E então? Alguma novidade?
-Ah! Oi Mer! Bom dia! Novidade nenhuma...
-E como foi o seu... Encontro?
-Encontro? Que encontro?
-Com o Alonso? Nosso príncipe dos sonhos? -Disse Mer suspirando e sentando ao lado dela no banco.
-Alonso! Essa não... Eu tinha esquecido... -Disse Annie escondendo o rosto nas mãos. -Droga Clarence!
-Annie... O que aconteceu ontem? -Perguntou Mercedes preocupada e muito curiosa. -O que o Theo tem a ver com isso?
-Bem... Eu... Ele... Ontem a gente... Ah Mer! O que eu faço!?
-Vocês... Err... Fizeram... "Aquilo"!?
-Não! A gente só... Não conta para ninguém... -Mercedes assentiu e instigou a Brontë a continuar. -Mas a gente estava brigando porque eu menti para ele por causa do Alonso e então...
-Vocês se beijaram? -Annie balançou a cabeça positivamente. -Ah Annie...
-Eu sei! O que eu faço Mer? Eu estava apaixonada pelo Alonso... Agora... Não sei mais.
-Annie, o que você sentiu? Não. O que aconteceu? Vocês moram juntos, afinal.
-Eu dormi no meu quarto normal ontem. Eu não consegui ficar no mesmo cômodo que ele depois de... Bem... Você sabe.
-E o Alonso?
-Ah Mer! Ele foi um amor. Nosso príncipe fez jus ao apelido. Atencioso, gentil, educado... Nos beijamos após o cinema. Eu estava radiante.
-E então...
-E então que começamos a brigar porque ele descobriu que sai sem avisá-lo e menti. -Disse Annie suspirando. -Ele disse que eu não podia ficar com o Alonso... Porque ELE queria ficar comigo.
-Annie! Eu não acredito! -Disse Mercedes sorrindo e balançando o braço da amiga que sorriu abertamente. -Não acredito que ele disse isso!
-Disse! E depois me beijou! E bem... Ficamos assim meio que o resto da tarde. -Annie gargalhou com a cara que a Baker fez.
-Isso é maravilhoso, An! Com certeza é. Mas ao mesmo tempo que é maravilhoso, é difícil e também muito errado.
-Sim... Mas porque as coisas erradas sempre parecem ser as melhores?
-Talvez nesse caso... O errado não seja a melhor escolha. Estamos falando de Theo Clarence aqui.
-Você acha que...
-Annie, me desculpa, mas eu estou aqui a mais tempo que você e conheço aquele mecânico.
-Eu já vi com meus próprios olhos o que Theo pode fazer. Mas agora é diferente...
-Annie... E se não for? E se foi "diferente" com todas as outras meninas desse colégio?
O sinal soou fazendo as duas meninas se exaltarem. Elas se entreolharam e pegaram seus materiais.
-Pensa nisso amiga.
-Vou pensar.
-E liga para o Alonso, ele precisa saber.
Annie assentiu e antes de começar a andar atrás da Baker, olhou para Theo na outra ponta do pátio e o viu olhando-a com uma cara de preocupação. A Brontë baixou os olhos e seguiu seu caminho até a sala de aula.
-X-
Amelia Vilmore e Lauren Kingsley conversavam durante a aula do professor Talahasse. Hoje ele explicava Sociologia ao invés de Biologia.
-Lauren, eu quero muito te ajudar.
-Eu sei Mel, mas não vai ajudar em nada me juntando com aquele traste de novo.
-Mas Lauren eu sei que...
-Já sei! Nós vamos fazer uma coisa... -Lauren olhava pela janela com um olhar malicioso que deu calafrios na Vilmore. -Que todos nesse colégio nunca vão esquecer...
-Senhorita Kingsley, o que todo esse colégio nunca vai esquecer? -Perguntou o professor ruivo ao seu lado na carteira. -Gostaríamos muito que compartilhasse com a turma.
-E estragar a surpresa, professor? Não mesmo. -Disse Lauren.
-Está certo então... Aguardaremos ansiosamente por esta... "Surpresa". -Disse Talahasse sorrindo e voltando para a frente da turma. -Não me decepcione Lauren.
-Não vou. -Disse Lauren decidida passando a rabiscar algo em seu caderno enquanto Amelia se lamentava em espanhol.
-Como eu estava dizendo...
-X-
-Você fez o que!?
-Shiu! Quer falar um pouco mais alto? Acho que Deus ainda não ouviu. -Disse Theo irônico sentado na arquibancada do ginásio da Arch. -Eu beijei a pintora.
-Não acredito que você caiu na dela mesmo. -Disse Trent cruzando os braços.
-Não acredito nisso. E você... Gostou? -Perguntou Alek.
-Claro que eu gostei! -Disse Theo vendo os dois amigos em pé a sua frente com o uniforme de basquete. -Alek, você precisa falar com sua namoradinha, não gostei muito da cara que a Annie fez depois de falar com a Baker.
-Não posso. Eu e a Baker estamos... "Brigados". -O Roberts deu de ombros.
-Quanto tempo eu dormi!? -Disse o Sullivan descrente. -Theo fica com a Brontë e Alek briga com a Baker. É o fim do mundo!
-Fim do mundo vai ser se vocês não trouxerem esses traseiros para cá! -Gritou o treinador Lindenberg com o rosto vermelho de raiva. -Depois as meninas colocam a fofoca em dia! Vamos!
-Sim senhor treinador Lindenberg! -Gritaram Alek e Trent ao mesmo tempo.
-Depois a gente se fala, Clarence. -Disse Trent se afastando correndo junto com Alek para o meio da quadra.
-Bom jogo! -Gritou sorrindo e levantando rumando à saída do ginásio.
Theo passou pelo vestiário masculino e ouviu risadas femininas.
-Porque eu nunca pensei nisso? É um ótimo lugar para dar uns pegas... -Disse Theo retoricamente dando de ombros e recomeçando a andar.
-X-
-Está tudo certo?
-Sim! Só foi muito arriscado ficar aqui enquanto os meninos se trocavam.
-Vai dizer que não gostou da vista? -Disse Lauren com um sorriso malicioso.
-Ta me estranhando? Precisamos fazer isso mais vezes!
Amelia e Lauren gargalhavam dento do vestiário masculino enquanto aprontavam todas as etapas do plano. Amelia aceitou muito relutante e agora ajudava a Kingsley. Elas iriam faltar a aula de teatro para isso, então teria que ser perfeito.
-Own! Drew é tão fofo! Olha, La! Ele tem uma foto nossa no armário dele... -Disse Amelia suspirando ao achar o armário do namorado.
-Se concentra Amelia! Estamos fazendo algo muito sério!
Disse Lauren parando de fuçar os armários por um segundo, mas logo voltando a procurar.
-Aff não posso nem me divertir... -Reclamou a Vilmore pegando a camisa do namorado e abraçando.
-Número 8... Número 8... Núme... ACHEI! -Disse Lauren feliz ao achar o armário onde ficavam as roupas do Sullivan. -Toma, vai segurando Mel!
Lauren ia tirando as roupas de Trent e jogando para a amiga que logo prestou atenção a ir jogando tudo em uma bolsa vazia.
-Já trocou as placas?
-Já. Está tudo pronto. Só precisamos ficar nas nossas posições! -Amelia estava muito animada. -Vamos ver se tudo o que dizem sobre o "grande" Trent Sullivan é realmente verdade.
As meninas gargalhavam enquanto tiravam fotos de cada passo do plano para guardarem de recordação e para, claro, postarem TUDO depois.
-X-
Theo andava pelos corredores em direção à oficina de mecânica mas parou ao ver cabelos castanhos com uma touca cinza.
"Annie." Pensou sorrindo.
A Brontë estava sentada do lado de fora da sala de música mexendo no celular enquanto desenhava algo.
-Sta. Vívian faltou de novo? -Perguntou sorrindo.
-Ah. Oi Theo. Sim, acho que está doente. -Disse meio atrapalhada guardado o celular de volta na bolsa. -O que faz aqui?
-Estava indo até a oficina... Mas aí vi você aqui. Então eu pensei que podíamos...
-A-Acho que v-você deveria ir para sua aula... -Disse Annie levantando e segurando forte na alça da bolsa.
-Annie? O que foi?
-Nada. Boa aula Theo.
Annie começou a andar até o corredor principal. Theo ficou completamente embasbacado com a atitude da pintora.
-Boa aula? Boa aula!? É isso mesmo!? -Disse Theo seguindo-a a passos duros.
-Deveria desejar "má aula" por acaso?
-Não pode desejar nada! Está me evitando? É isso? Você não pode simplesmente fingir que nada daquilo aconteceu.
-O que? Não! Eu estou normal.
-Annie, você está TUDO menos normal.
-E quem é você para dizer se estou normal ou não!? -Disse Annie parando na "esquina" do corredor e virando para ele já com raiva.
-Vai começar de novo? Ja vai brigar!?
-Não estou brigando! Você que está!
-Eu não! Quero saber porque você está me evitando. Estávamos muito bem até hoje de manhã, se não me falha a memória.
-Theo! Fala baixo! -Repreendeu Annie. -Você sabe que ninguém pode saber!
-Ninguém exceto sua amiguinha Baker né? Eu vi você falando com aquela nerd, depois daquilo esta toda estranha.
-Não estou não!
-Está sim!
-Não estou n...
-ATENÇÃO TODO MUNDO! PREPAREM CÂMERAS E AS MENINAS O CORAÇÃO PORQUE ISSO SÓ ACONTECE UMA VEZ NA VIDA VIU!?
-LAUREN KINGSLEY ME DEVOLVE JÁ MINHAS ROUPAS!
Lauren e Amelia vinham gritando em megafones pelo corredor enquanto riam e Trent Sullivan, totalmente nu, corria atrás das duas.
-Mas o que!? -Disse Theo pasmo.
-Ah meu Deus! -Disse Annie começando a rir.
-LAUREN SUA PUTA! ME DEVOLVE ISSO!!
-VAI TER QUE ME PEGAR PRIMEIRO!
Os três passaram por eles e Annie acompanhou Trent com o olhos enquanto ria.
-Uau! -Disse Annie ainda olhando enquanto os três se afastavam. -Agora sei porque a Lauren gostava tanto dele. Trent não é de se jogar fora não! Viu aquela barriga? E eu não fazia ideia que o Trent tinha um p...
-Caham... -Disse Theo cruzando os braços.
Annie virou para ele rápido que estava com uma cara brava e com os braços cruzados.
-Tinha um... Um... Um rosto tão bonito!
-Rosto é? -Disse Theo levantando uma sobrancelha.
-Ah para! Você pensou a mesma coisa! -Disse Annie dando um soquinho no braço de Theo que sorriu.
-Isso não é nada, o meu é maior.
-Deixa de besteira Theo! -Disse Annie rindo, mas parou subitamente e olhou para o Clarence novamente -Sério?
-X-
Mercedes havia finalmente criado coragem de ir até Alek para tirar toda aquela confusão a limpo. Com a ajuda de Garett, ela já tinha todas as falas gravadas em sua cabeça, só precisava executá-las.
-Roberts! Preciso falar com você. -Disse a Baker parando séria e de braços cruzados ao lado do jogador. -É importante.
-Err... Claro. -Alek fechou o armário rodando o cadeado e se apoiou na parede de braços cruzados assim como ela. -Do que se trata?
-Se trata de mim e de você. Nós.
-Acho que estava nas aulas de inglês, vai direito ao ponto.
-Eu queria que me dissesse tudo o que aconteceu naquela noite. De verdade.
-Não acredito que você ainda não lembra!
-Não! E eu já me matei de tentar lembrar mas não consigo! E eu tenho esse péssimo pressentimento que...
-Péssimo? Então o que aconteceu foi péssimo!?
-Não foi isso o que eu disse! Para Alek!
-Parar com o que!?
-ISSO! Você fala fala e fala e não me diz o que aconteceu de verdade! -Gritou Mercedes parando um pouco para respirar. -E-Eu já estou perdendo a Lauren... Por favor não me faz perder você também.
-Mer eu... CUIDADO!
Alek empurrou Mercedes para dentro da sala que estava atrás dela e entrou também fazendo com que escapassem de serem atropelados por um Trent Sullivan pelado e raivoso.
-LAUREN SUA QUENGA! SE NÃO ME DEVOLVER ISSO AGORA EU VOU FAZER VOCÊ SE ARREPENDER DE TER NASCIDO!
-PEGA MEL! -Lauren jogou a trouxa de roupas do jogador para a amiga e assim toda a atenção do Sullivan foi para a loira. -Agora preciso resolver outra coisa...
Lauren caminhou tranquilamente até a porta da sala onde Alek havia entrado junto com Mercedes e agora gargalhavam da cena que presenciaram e, aproveitando a distração dos dois, pegou a chave da sala e os trancou lá dentro.
-2 a 0 para mim!
Lauren pegou o megafone novamente e correu atrás da Vilmore e do Sullivan.
-Você viu aquilo!? -Gritou Alek entre risos. -Nunca vi o Trent tão puto!
-Nem eu! E ele estava realmente correndo nu pela Arch!
-Ah meu Deus! Ele vai ser lembrado por isso enquanto viver.
-E eu faço questão disso! -Mer e Alek gargalharam de novo. -Tudo bem... Agora que o "perigo" já passou, vamos sair daqui.
-Tudo bem. -Alek segurou na maçaneta e a girou. Vendo-a não executar sua função, girou mais forte e puxou. Nada. -Está trancada!
-Trancada!? Como assim trancada!?
-Trancada! Não tem variações de se trancar uma porta.
-Não! Não! Não! -Mercedes empurrou o Roberts para tentar ela mesma abrir a porta, sem sucesso algum. -LAUREN SUA VACA QUEM VAI TE MATAR AGORA SOU EU!
-E isso é o que chamamos de imprevisto. -Suspirou Alek. -Então... Quer jogar xadrez?
-X-
-LAUREN!? CADE VOCÊ!?
Trent Sullivan corria "como veio ao mundo" pelo colégio somente com suas mãos tentando esconder o seu "precioso" procurando Lauren Kingsley. Até que ele parou antes de virar um dos corredores da Arch ao ouvir vozes, inclusive a da diretora Morrison.
-Ele está o que Sta. Kingsley?
-Eu sei que parece loucura Sta. Morrison. Mas eu mesma o vi correndo nu pelos corredores.
-Argh! Lauren você ainda me paga dobrado! -Rosnou Trent olhando para os lados a procura de uma saída. -Ali! Banheiros!
Trent correu e viu o bonequinho que indicava o banheiro masculino e entrou sem pensar muito.
-Ufa! Me livrei de uma detenção agora.
-AHHHHHHHHHH!!
-AHHHH TARADOOOOO!
-SOCORRO! TARADO!
Trent olhou para frente e havia todas as suas professoras de Física, História, Ingles e a treinadora das líderes no banheiro gritando ao vê-lo daquele modo no banheiro feminino.
-Não! Pregaram uma peça em mim!
-ASSÉDIO!
-SOCORRO!
-TARADO!
Trent correu para fora do banheiro e bateu em cheio nos peitos da Diretora Morrison.
-Err... D-Diretora M-Morrison...
Evelyn Morrison olhou para o Sullivan de cima a baixo, se demorando um pouco no "baixo" e somente disse:
-Detenção Sr. Sullivan, e espero que compareça devidamente vestido. -Finalizou entregando-lhe uma toalha para que se cobrisse.
Trent olhou por sobre o ombro da diretora e viu Lauren com um celular filmando tudo, rindo e mandando beijinho para ele.
"Você está morta Kingsley."
-X-
-Angus! Como foi passar os dias aqui? -Perguntou Annie ouvindo Angus miar e se esfregar em suas pernas. -Também senti saudade amigão. Meus pais chegam hoje, então vai voltar tudo ao normal.
"Isso é bom ou ruim?"
-Vamos esquecer um pouco os malditos problemas e pintar um pouco.
Annie ligou o som na rádio local de Nashville e começou a dançar, enquanto vestia o avental de pintura, ao som de PitBull com a música Time Of Our Lives que ele fez junto com Ne-Yo.
Annie colocou o tripé para apoiar o quadro na varanda e viu uma abelha polinizando as flores da sacada. A Brontë pegou seu lápis rapidamente e começou o contorno, quando olhou novamente a abelha já havia sumido. Xingou mentalmente e começou a apagar o rascunho. Annie olhou para todos os lados e não encontrou nada que já não tenha pintado antes.
-There's a painting hanging
somewhere in Paris
(Há uma pintura pendurada em algum lugar em Paris)
Millions come over to stare at her
(Milhões vem só para olhar para ela)
But she won't crack a smile
(Mas ela não da nem um sorriso)
Theo estava deitado em sua cama sem camisa, apenas usando um short com sua guitarra em cima da barriga dedilhando as cordas e cantando meio baixo uma música que Annie não identificou.
-Bom... Ele está parado... Eu quero pintar... -Ela olhou para Angus que colocou a pata no rosto. -Ah vai Angus! Vai ser legal!
Annie apontou o lápis e começou seu rascunho. Não demorou para que já estivesse com o pincel nas mãos e suja de tinta olhando disfarçadamente por cima da tela para ver seu "modelo" e depois voltando para as pinceladas precisas que logo iam dando forma ao tórax e rosto de Theodore Clarence.
Annie estava tão concentrada em fazer cada "gominho" da barriga de Theo com perfeição que não notou quando a música parou. Ela mordia o canto dos lábios fazendo os olhos de Theo, com o pincel fino, verdes e penetrantes, o cabelo negro como carvão meio bagunçado e nunca educado, caindo levemente por sua testa em um contraste perfeito com seus olhos. Annie queria que ficasse perfeito. Queria que fosse realmente ele ali, em seu quadro. Dizem que uma pintura capta um pedaço da alma da pessoa, ela queria que esse pedaço de alma do Clarence ficasse perfeito.
Theo olhava-a, concentrada com a testa suja de tinta verde e a ponta dos fios do cabelo castanho pintados de azul. Ele sorriu enquanto ela mordia o canto dos lábios enquanto pincelava em seu quadro. Ela ficava sexy daquele modo e fez o moreno sentir vontade dele mesmo morder aqueles lábios.
Ele pulou com cuidado a pequena divisória entre as varandas fazendo um pouco de barulho pelo ranger das tábuas de madeira sob seus pés, mas Annie nada notou. Dando dois passos para frente ele ficou de frente para a pintora.
-O que está pintando?
Annie se assustou e acabou melando a bochecha de preto e segurou sua tela firme contra o peito.
-Nada! Você não estava tocando!?
-Estava. Não estou mais. O que estava pintando?
-E-Estava pintando... Aquela flor! -Apontou para uma flor na outra varanda.
-Está morta, Annie.
-Só porque está morta quer dizer que não posso pintá-la?
-Não. Mas tenho certeza que não era aquilo que estava pintando.
-Como pode saber?
-Pelo modo como morde os lábios. Pela atenção aos detalhes...
Annie ficou um pouco corada ainda sentada segurando sua tela contra o peito enquanto Theo se aproximava devagar.
-Será que eu posso... Ver?
-N-Não...
-Porque não?
-N-Não está t-terminado.
"Droga Annie! Tinha que gaguejar logo agora!? Maldito Clarence!"
-Que pena... -Disse Theo abaixando e ficando com o rosto extremamente próximo do de Annie. -Eu adoraria... Ver.
Theo findou o espaço mínimo que os separava num beijo calmo. As mãos de Annie foram lentamente soltando da tela sendo levadas pela calmaria e o prazer que o beijo de Theo lhe causava.
Theo sorriu entre o beijo e segurou a tela puxando-a das mãos da Brontë e separando seus lábios dando três passos para trás com a tela na mão.
-Você NÃO fez isso! THEO! Isso é golpe baixo!
-Você não me deixava ver!
-ME DEVOLVE!
-Não! Deixa eu ver!
-NÃO! THEO! DEVOLVE ISSO AGORA!
Annie foi para cima dele e Theo virou de costas colocando as mãos para frente com o quadro não deixando que Annie chegasse até ele. Empurrando-a com as costas e não deixando que ela pulasse a divisão das varandas com a mão.
-Brontë! Você está me sujando todo de tinta!
-Problema seu! Me devolve!
Theo virou a tela mas mãos vendo-o ali, desenhado e pintado com toda a atenção por parte da Brontë. Os olhos verdes atentos às cordas da guitarra apoiada em sua barriga e da ponta dela saiam notas musicais. O quarto fora rapidamente rascunhado e não estava terminado, mas ali, no criado-mudo, havia um porta retrato, duas pessoas se beijando, era um rascunho, portanto não era possível saber quem eram, porém Theo tinha uma noção de quem poderiam ser aqueles dois.
"Sou eu. Ela me pintou. E esse casal... Seremos nós? Seria esse o modo que a Brontë me vê? Com ela? Seria esse um subconsciente da pintora no qual ela anseia que estejamos juntos?"
-Theo... Eu... Me devolve... Por favor...
O Clarence ficou de frente para ela e recolocou o quadro no tripé.
-Desculpe eu... Devia ter pedido permissão. -Annie disse corada e ajeitou a mecha de cabelo que estava em seu rosto pintando-a levemente de verde.
-Você sabe que não precisa pedir permissão para fazer nada no que diz respeito a mim.
-Então não preciso pedir permissão para fazer... -Annie colocou as mãos no peitoral de Theo e depois as tirou ficando ali a marca verde de suas mãos. -Isso? Ficou lindo. Parece um índio.
-Ah é assim? -Theo enfiou o dedo na tinta vermelha e pintou a bochecha de Annie.
-Não Theo! -Annie riu e pegou o pincel passando tinta preta na testa do Clarence.
-Ora sua pintorazinha! Para de me pintar!
-Pinto você nos meus quadros e de verdade!
-Isso é guerra, Brontë!
Annie pulou a divisão das varandas tentando fugir de Theo mas foi em vão, porque ele foi mais rápido e a agarrou pela cintura girando-a e prensando contra a divisa, prendendo-a com seu corpo bem maior que o dela enquanto tirava o avental e manchava sua blusa de lã com vermelho e roxo e Annie ria tentando empurra-lo sujando-o mais ainda de verde e azul. Os dois gargalhavam com essa brincadeira um tanto infantil mas um momento de paz entre os dois.
Annie empurrou-o e correu pulando pela cama e chegando ao corredor onde se segurou na parede devido à velocidade e deixou marcas de mãos verdes na parede da Sra. Clarence. Rindo continuo correndo e Theo acabou fazendo a mesma coisa, só que manchando de vermelho. Annie correu até perto da escada onde Theo a alcançou e rindo a beijou.
Eles riam entre o beijo e Annie acabou dando um passo para trás e vacilando na escada, caiu e levou Theo junto com ela escadaria abaixo.
Ao final das escadas, Theo estava deitado de barriga para cima com Annie de barriga para baixo em cima dele. Ambos se entreolharam e recomeçaram a gargalhar. Theo mudou de posição, ficando por cima, e começando a fazer cócegas na Brontë.
-Você quase me matou!
-Você que me empurrou!
Annie girou as posições e segurou os braços de Theo.
-Verde combina com você. -Brincou a Brontë sobre o rosto e o peito de Theo estarem cheios de tinta verde.
-Maggie sua filha é excelente Não me deu trabalho algum!
-Nem em relação à pintura, Sra. Clarence?
-Não John! Meu Theo e sua Annie são muito maduros e...
Annie e Theo se entreolharam assustados e tentaram levantar, porém escorregaram na tinta que sujava o tapete e caíram juntos novamente.
-Droga! Sai de cima Annie!
-To tentando! Sai de cima você!
-Você está sujando mais!
Os dois conseguiram levantar só para cair novamente praguejando.
-Ela deve estar no quarto dela e... -A Sra. Clarence abriu a porta da casa e sua boca em um "o" perfeito.
Annie estava em cima de Theo, ele sem camisa e ela por cima dele tentando levantar e escorregando novamente no chão, ambos completamente sujos de tinta, assim como toda a escada, corredor e o chão.
-Annie!? Mas o que... -Os pais de Annie entraram vendo por eles mesmo a bagunça.
-Mãe? Pai? E-Eu posso explicar...
-Mãe eu... Posso explicar... A gente meio que estava... -Começou Theo.
-Eu também... A gente só estava... E aí a gente caiu e...-Tentou Annie vendo o olhar de incredulidade no rosto de seus pais.
-MEU TAPETE! EU DISSE SEM TINTA! -Gritou ela com as mãos no rosto. -JÁ PRO BANHO! VOCÊS DOIS! BANHO!
-Sim Senhora!
Repetiram os dois juntos e correram escada acima gargalhando.
-Eu vou primeiro!
-Não! Eu que vou!
Maggie e John estavam parados na porta vendo a filha correr escada acima totalmente suja de tinta com o filho da Sra. Clarence totalmente sem camisa, e rindo a respeito. Os dois, como que ensaiado, olharam para a Sra. Clarence que se lamentava pelo tapete e paredes sujas.
-O que você estava falando sobre maturidade?
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