Capítulo Vinte e Sete - Sebastian & Penelope
[Para você que não se importa de ler ouvindo músicas, recomendo que leia esse capítulo com Wherever You Are do Kodaline no repeat. Boa leitura!]
POR MUITOS MOTIVOS, EU NÃO sabia se devia ficar apreensivo ou excitado com o que quer que Penelope estivesse planejando. Era quatro da tarde e estávamos na estrada há cinquenta minutos, indo para o interior do país. Ela tinha batido na porta do meu quarto às duas dizendo para me vestir com roupas confortáveis e tênis.
É claro que tentei adivinhar o que tudo aquilo significava, mas Penny se limitava a rir e dizer que logo, logo eu iria descobrir. Sem ter outra escolha, acabei vestindo as tais roupas que ela mandou, já que tinha trazido umas do tipo na mala para fazer alguns dos meus exercícios de fisioterapia sozinho, uma vez que não tinha Isabel por perto.
"Planejei isso no dia em que você me convidou a vir para cá com você", Penelope disse naquele instante, olhando para a estrada com um sorriso enorme. "Espero que não se importe de eu ter usado o seu nome para conseguir uma vaga."
"Vaga?", perguntei, franzindo as sobrancelhas para ela. Nós tínhamos acabado de passar por uma cidade e agora ela dirigia em direção ao campo. "Olha, eu não me importo com surpresas, mas existe um ponto até onde alguém consegue ficar ansioso." Eu sequei minhas mãos suadas na calça. "Onde você está nos levando?"
"Você já vai saber." Então ela deu um tapinha no volante, os olhos azuis brilhando de empolgação. "Estou tão ansiosa!"
Soltei uma risada e decidi não insistir mais. Era claro que ela não ia me dizer nada.
Desviei os olhos para os campos verdes de Steinorth e, pela centésima vez naquele dia, as imagens da tarde anterior surgiram na minha cabeça.
Eu não tinha planejado contar tudo o que acontecera entre mim e Giulia para Penelope. Se alguém tivesse me perguntado minutos antes, eu diria que preferiria morrer a revelar tudo aquilo para ela. Mas acabou acontecendo.
Talvez tenha sido o modo como ela parecia se importar de verdade. Como parecia querer acreditar que o que tinha acontecido no restaurante não havia me abalado. Só sei que, quando vi, já estava despejando tudo. No instante em que a verdade foi exposta, pairando entre nós como uma nuvem densa e pesada, pensei que me arrependeria por ter sido tão verdadeiro, por ter depositado tanta confiança em alguém, mas o arrependimento não veio.
As palavras de Penelope tinham girado uma chave na minha cabeça. As marcas que Giulia provocara ainda estavam lá, machucando e me fazendo voltar para lugares sombrios, mas agora eu sentia que estava na hora de finalmente me desprender delas, de tentar ver o mundo, as pessoas, com olhos mais gentis.
Talvez Steven e Penelope estivessem certos. Talvez o fato de eu estar em uma cadeira de rodas não importasse, ou, pelo menos, não deveria importar. Pensar naquilo me fazia sentir uma paz estranha e reconfortante.
Como se não bastasse todos aqueles pensamentos que me deixaram acordado por um bom tempo na noite anterior, outra revelação tinha me feito perceber que estava em sério perigo.
Se eu tinha qualquer dúvida antes, naquela tarde enquanto observava o sol se pôr com Penny deitada em meu colo, todas elas haviam desaparecido.
Eu gostava de Penelope mais do que deveria. Gostava dela bem mais do que só como uma amiga.
E eu não tinha a menor ideia do que fazer a respeito.
"Ok, estamos prestes a passar por uma placa agora. Se você não quiser estragar a surpresa, feche os olhos", Penny disse de repente, chamando minha atenção.
"Nem pensar. Já estamos quase lá, não estamos?"
"Bom, sim, mas não estou a fim de lidar com você querendo se jogar do carro antes de chegarmos."
Se aquilo era uma tentativa de me fazer esperar mais um pouco, falhou completamente.
Sem pensar duas vezes, voltei os olhos para a estrada e me deparei com um enorme outdoor alguns metros a frente.
Semicerrei os olhos e li as enormes letras garrafais.
O CÉU NÃO É O LIMITE. VENHA REALIZAR O SEU SONHO DE SALTAR COM A REYES PARAQUEDISMO!
E naquele momento eu soube que talvez, só talvez, eu estivesse apaixonado pela garota mais louca da face da terra.
"Eu não vou pular de um avião!", disse à beira do pânico total quando Penelope levou o carro até o estacionamento da agência de paraquedismo. "Penelope, você é doida?! É um salto de nem sei quantos quilômetros!"
"Três mil e setecentos, mais ou menos", ela disse com tranquilidade, tirando o cinto de segurança e se voltando para mim. "Vamos lá? Precisamos passar por um treinamentozinho antes de saltar com os instrutores."
Eu olhei para ela sem piscar, chocado demais para dizer qualquer coisa.
"Olha, eu sei que foi meio de repente", Penelope disse então, falando devagar e com toda a paciência do mundo. "Mas vai ser legal, eu juro. Conversei com alguns instrutores e pesquisei tudo sobre a agência. Relaxa."
Eu balancei a cabeça, sentindo minha garganta ficar seca.
"Penelope, não poso fazer isso", disse, tentando fazê-la entender.
"Por que não?"
Eu soltei uma risada incrédula.
"Eu não consigo nem andar. Como diabos vou pular de um avião?"
"Você acha que eu não levei isso em conta?", ela rebateu, cruzando os braços na frente do peito. "Sebastian, você não vai ser o primeiro cadeirante do mundo a saltar de paraquedas, isso eu te garanto. Como eu disse, eu conversei com a agência e eles sabem sobre você. Você vai ser colocado no avião e lá em cima vai ter pessoas que vão te ajudar a chegar até a porta. O salto vai ser tão normal quanto o de qualquer outra pessoa e no solo dois funcionários da agência além do instrutor vão fazer com que o pouso seja o mais suave possível."
Enquanto ela falava, eu só conseguia balançar a cabeça em negação. Aquilo era loucura. Uma loucura tão grande que eu não conseguia nem contra argumentar direito.
"E se eu disser que tenho medo de altura?", tentei por fim.
"Todos têm antes de pular de um avião."
"Você está mesmo tranquila com isso?"
"Por que não estaria? Sempre quis saltar. Vai ser incrível!"
Eu levei uma mão à nuca, meu coração batendo forte no peito. Não tenho vergonha nenhuma de admitir que estava com medo. Apavorado até. Estávamos cogitando a ideia de pular da droga de um avião, caramba!
Mas, mesmo assim, enquanto um monte de ideias cruzavam minha mente, soltei uma risada. Toda aquela situação era tão absurda e típica de Penelope que chegava a ser hilário.
"Isso aí já é um riso de desespero?", Penny perguntou com cautela, mas seus olhos brilhavam de divertimento.
"Eu não acredito que vou mesmo fazer isso..."
"Eu sabia!" Mal tive tempo de reagir quando ela me abraçou desajeitada, se afastando um segundo depois. Penny bateu palmas e abriu a porta do carro. "Anda logo, nós já estamos atrasados!"
Desci do carro e a acompanhei até a agência, onde muitos profissionais já nos aguardavam. Penelope tinha reservado um horário exclusivo só para gente, uma vez que seria mesmo meio desconfortável outras pessoas me verem ali e vídeos começarem a circular na internet. Sendo uma pessoa conhecida, privacidade era um luxo raro que às vezes eu gostava de usufruir.
Pela meia hora seguinte, Penny e eu passamos por alguns treinamentos e fomos instruídos a como agir no avião, durante o salto e no pouso. O instrutor que saltaria comigo tinha garantido que a queda era cem por cento segura e que o fato de eu não conseguir andar não afetaria em nada a experiência. O único ajuste pelo qual tive de passar, foi ter de usar uma espécie de cinto que amarrava minhas pernas uma na outra, pois por eu não ter os músculos das pernas ativos, quando o paraquedas abrisse o puxão forte poderia causar alguma distensão.
Eu estava relativamente calmo durante todo o treinamento e até quando fui levado até o avião com Penny ao meu lado, mas quando aquela coisa começou a decolar, eu me perguntei seriamente o que estava fazendo da minha vida.
Penelope, por outro lado, não parava de pular no lugar, olhando pela janela como se aquela fosse a melhor coisa que já tinha feito na vida.
"Você não está nem um pouco com medo?", eu perguntei quando o avião começou a ganhar cada vez mais altitude. Nem o polo norte era mais frio que a minha barriga naquele instante.
"Um pouco", ela respondeu, mas ainda sim sorrindo de orelha a orelha. "Mas estou mais empolgada do que com medo. Já pensou? Nós vamos voar! Todo o espaço do mundo ao nosso redor!"
"Incrível...", respondi, fechando os olhos por um momento quando olhei pela janela e vi que havia nuvens abaixo de nós.
"Ajuda se eu segurar a sua mão?", ela perguntou alto, tentando ser ouvida apesar do barulho do vento e me olhando com um meio sorriso. Distraído, me perguntei como ela conseguia ser tão atraente mesmo vestindo aquele macacão horroroso.
"Piorar não vai", respondi de uma vez. Ali, nas alturas e prestes a me jogar em céu aberto, meus medos terrenos como o fato de Penelope descobrir que eu gostava dela não pareciam mais tão grandes assim.
Discretamente, ela entrelaçou a mão na minha.
"Só para você saber, eu contratei o pacote completo, que incluí cem fotos e um vídeo do salto", ela disse no meu ouvido. "Vamos nos divertir a beça depois vendo nossas caras enquanto caímos em uma velocidade de duzentos quilômetros por hora."
"Não vão ser caras nada boas, isso eu aposto."
"Eu desconfio muito de pessoas que conseguem manter a boa aparência em uma situação parecida."
Quando o avião atingiu a altura adequada, eu não ousava mais olhar para baixo. Só conseguia esfregar os olhos e soltar uma ou outra risada de desespero.
Penelope foi a primeira a pular, é claro. Ela soltou minha mão e foi presa junto ao instrutor, sorrindo satisfeita quando colocou seus óculos especiais e ficou perto da porta.
"Te vejo lá embaixo!", ela gritou, e em menos de um segundo o instrutor tomou impulso e se jogou do avião, levando-a junto.
Não consegui deixar de soltar um palavrão quando a vi desaparecer em céu aberto. Eu esperava que ela chegasse inteira ao solo.
Alguns instantes se passaram até que minha vez chegasse. A adrenalina em meu corpo era tão grande que mal percebi ser preso ao instrutor com todo o equipamento necessário e levado até a porta do avião. Naquele instante olhei para baixo, vi uma cidade mais ao longe e os campos verdes da agência de paraquedismo. O mundo era imenso e eu era só um pontinho no céu azul. Nunca na vida me senti tão pequeno comparado à imensidão de tudo.
"Está pronto?", o instrutor gritou no meu ouvido.
"Não!", gritei de volta, mas tudo o que ouvi foi sua risada.
"No três", ele disse. "Um, dois..."
Ele não disse três. Não tive tempo nem de tencionar o corpo antes de ser jogado para frente.
Acho que gritei. Sinceramente, não lembro. Minha mente só conseguia processar que eu estava em queda livre. Me obriguei a abrir os olhos que tinha fechado com força. Vi o mundo abaixo e de repente tudo ficou leve. Leve como o meu corpo caindo pelo ar.
Não havia nada entre mim e o solo. Estava caindo, voando. O medo me deixou por completo. Agora que já estava ali, não adiantava nada temer uma morte súbita e desagradável.
O instrutor deu uma batidinha no meu peito. Aquele era o sinal para que eu abrisse os braços.
Fiz o que ele mandou e de repente a alegria mais louca e selvagem que eu já tinha experimentado invadiu meu peito. Soltei um grito – dessa vez de felicidade, não de terror completo – e fechei os olhos por um breve momento, sentindo o vento no meu rosto.
Quem precisava andar quando se podia fazer aquilo?
Naquele instante senti um puxão que me levou para cima. O paraquedas se abriu e agora eu estava descendo mais lentamente, apreciando a vista. Eu não conseguia parar de sorrir. Era incrível.
A queda durou cerca de um minuto, mas pareceu muito mais lá de cima. O solo se aproximou e eu fui amparado por pessoas que já me esperavam para que não batesse com tudo no chão.
Senti a grama sob os dedos e o instrutor desamarrou as fivelas que me prendiam a ele. Eu estava tremendo por conta da adrenalina, mas ao mesmo tempo senti como se aquele fosse o momento mais incrível da minha vida.
Vi Penelope correr na minha direção, os cabelos ruivos e despenteados sendo jogados pelo vento. Ela se ajoelhou no chão de frente para mim, rindo.
"O que achou?", ela perguntou. Seu peito subia e descia em uma respiração irregular, suas bochechas estavam vermelhas e os olhos reluziam de felicidade.
"Foi...", eu puxei o ar, tentando encontrar uma palavra que descrevesse tudo que tinha sentido. "Eu não sei. Quero ir de novo."
Penelope jogou a cabeça para trás e soltou uma risada.
"Vai com calma, Alteza. Nem os iniciantes mais fortes pulam de um avião duas vezes seguidas."
"Você pularia?"
"Só se quisesse sofrer um ataque do coração e causar um no meu pai."
"Certo."
Minha cadeira de rodas já esperava por mim no campo, junto com meus óculos. Dois homens me ajudaram a voltar para ela e, ao contrário do que eu pensava, não me senti nem um pouco preso naquele momento. Muito pelo contrário. Depois de ter saltado do avião, uma sensação maravilhosa de ser invencível parecia se recusar a sair do meu peito.
Eu tinha feito o que muitas pessoas com todas as capacidades físicas nunca tinham ousado fazer na vida.
Durante os cinquenta minutos de volta para casa, Penelope e eu não paramos de falar nem por um segundo. Queríamos comparar nossas experiências durante a queda e depois. Era estranho, mas uma felicidade inebriante parecia nos envolver. Eu percebia como estávamos com os nervos à flor da pele. Penny não conseguia parar de batucar os dedos no volante do carro e até eu estava inquieto.
"Não quero voltar para a casa agora", ela disse então, quando já tínhamos passado por Slottet. "Quer assistir o pôr do sol perto do mar de novo?"
"Perfeito", concordei.
Ela não nos levou de volta para as ruínas do castelo como no dia anterior, ao invés disso, foi cada vez mais para o leste até conseguirmos ver o mar adiante. Não havia nem uma alma viva por ali, o que só tornava tudo ainda melhor.
Nós fomos até bem perto da beirada da falésia. O ar salgado batia no meu rosto e brincava com meu cabelo. Penny se sentou na grama e olhou para mim.
"Quer vir?"
Assenti e ela me ajudou a descer da cadeira.
"Você é bem forte", comentei com um sorrisinho depois que já estávamos no chão. O vento estava forte e balançava a grama alta ao nosso redor.
"Tive que ser. Só assim para conseguir vencer Sam em quase todas as nossas lutinhas de quando éramos crianças."
Ela se deitou no chão e me puxou junto. Eu ri e estendi o braço para ela, Penny se aconchegou junto ao meu peito e fechou os olhos. O brilho do sol me deixava ver todas as suas sardas, que mais pareciam constelações inteiras.
Me peguei pensando nela. Nós nos conhecíamos há uns dois meses agora, então como era possível que eu sentisse tanta coisa por aquela garota?
O que eu tinha tido com Giulia fora intenso e eu sabia que a tinha amado em algum ponto, mas com Penelope era tudo tão diferente... O sentimento não era o mesmo. Era melhor. Muito melhor.
Talvez porque eu soubesse que daquela vez era verdadeiro.
Olhei para o céu. O céu de onde eu tinha me jogado uma hora atrás. Porque ela tinha me empurrado e me feito ser corajoso o suficiente para me entregar.
E agora eu sabia que aquela era a melhor coisa que eu podia fazer. Me entregar sem medo ou dúvida.
Olhei para Penelope aconchegada junto de mim e a urgência mais avassaladora invadiu meu peito. Não queria mais perder tempo.
"Penny?", ouvi Sebastian me chamar baixinho. Eu me apoiei em um cotovelo e me coloquei acima dele.
"Sim?"
Ele olhou para mim por um segundo ou dois. Dali, com toda aquela claridade, eu podia ver cada detalhe do seu rosto bonito. O vento fez com que um cacho escuro de seu cabelo voasse na direção dos olhos. Eu sorri.
"O que você me fez fazer hoje", ele começou, "queria que soubesse como foi importante para mim. De verdade. Quando estava lá no alto, como se estivesse voando, eu me senti... Me senti quase normal de novo."
"Ah, Seb, é porque você é", eu disse, sem tirar os olhos dos dele. "Tão normal quanto qualquer um. Mas admito que é preciso te dar certo crédito... Você é mais incrível que a maioria das pessoas comuns. Muito mais."
Ele soltou uma risadinha e então prendeu uma mecha do meu cabelo atrás da orelha. Eu prendi a respiração.
"Que engraçado", ele murmurou. "Eu penso o mesmo em relação a você."
E ali, enquanto ele me olhava como se eu fosse a melhor coisa que já tivesse visto no mundo, algo em mim deu um estalo. Engoli em seco e tentei acalmar meu coração acelerado que mais parecia estar competindo em uma maratona.
Vi quando os olhos de Sebastian desceram para a minha boca. Ele respirou fundo, como se reunisse coragem para dizer alguma coisa.
"Penny, eu... Eu quero tanto..." Mas ele não precisou completar. Eu sabia o que ele queria dizer. "Escute, eu não sei se você sente a mesma coisa que eu sinto. É provável que não, aliás, por que sentiria? Mas eu..."
Não conseguia mais prestar atenção no que ele estava dizendo. Geralmente era eu quem falava demais, mas agora Sebastian não conseguia calar a boca. Eu gostava das palavras, gostava muito, mas naquele instante não achei que elas fossem mesmo necessárias. Eram torturantes.
"Eu entendo", disse de uma vez, o interrompendo. "E Sebastian, eu sinto o mesmo."
Ele piscou, parecendo confuso.
"Mas você..."
Não estava disposta a ouvir nem mais meia palavra.
Em um gesto desesperado eu puxei Sebastian para mais perto e colei sua boca na minha. Por alguns breves segundos ele pareceu tímido, hesitante, mas fiquei muito satisfeita quando ele deixou o receio para lá e passou um dos braços pela minha cintura, me convidando para mais perto.
O corpo dele mais parecia uma fornalha junto ao meu. Me afastei apenas por um segundo para tirar seus óculos e colocá-los de lado na grama. Sebastian sorriu entre meus beijos e suas mãos passearam pelo meu corpo.
Com os olhos fechados, me permiti sentir cada sensação, cada toque. O mar continuava revolto atrás de nós, mas o sol brilhava e o vento soprava, levando todos os meus medos e inseguranças para longe. Beijá-lo era perfeito. Sentir seu corpo tão perto do meu era melhor ainda.
Quando já estávamos sem fôlego, eu me afastei alguns centímetros. Sebastian tinha se apoiado nos cotovelos e percebi que eu tinha desabotoado sua camisa inconscientemente, revelando uma parte de seu peito. Me senti corar até a raiz dos cabelos, arrancando uma risada de Sebastian no processo.
Ele passou uma mão pelo meu rosto.
"Você é a coisa mais linda que eu já vi", ele disse com a voz rouca. "Quis te dizer isso no baile e mais um milhão de vezes antes e depois, mas não tive coragem."
Eu sorri, sentindo como se fogos de artifício disparassem dentro de mim.
"Você também não é de se jogar fora, Alteza."
Eu entrelacei minhas mãos em sua nuca e o puxei para perto. Meus cabelos caíram em torno de nós quando colei minha testa na dele, formando uma espécie de refúgio particular.
"Não sei como não te beijei antes", ele disse baixinho. "Se soubesse o que estava perdendo..."
"Podemos recuperar o tempo perdido", eu disse com tranquilidade. "Nesse quesito, eu não sou apressada."
Minutos depois e eu estava deitada no peito de Sebastian, corada e talvez um pouco ofegante, mas mais feliz do que eu me lembrava de sentir em muito tempo.
Ele brincou com meus cabelos e eu entrelacei minha mão na dele. Olhando para o mar infinito, soube que se havia um paraíso na Terra, eu tinha acabado de encontrá-lo junto da pessoa mais especial do mundo.
______________________❤️_________________
Primeiras coisas primeiro!
Ontem recebi uma mensagem da MirianMarcia78 e ela disse que tinha feito um presente de aniversário para mim. Eis que o presente era esse:
Sim, a reação de vocês foi a mesma que a minha quando vi esse desenho. Não é a coisa mais linda???? A camisa do Sebastian é tudo para mim hahaha. Já mandei até imprimir para colar na minha parede. Vocês são os melhores leitores do mundo todinho!
Ok, agora que já admiramos o trabalho esplendoroso da Mirian, surtem comigo!!!
Nossa eu tô nervosa aqui do outro lado da tela, viu? Sei que estavam esperando esse beijo há SÉCULOS e não quero decepcionar vocês. Por isso me contem o que acharam não só do beijo, mas do capítulo como um todo.
Gostaram de ver a Penny e o Seb saltando de paraquedas? Eu particularmente amo essa cena de paixão.
Gente, por hoje é isso, espero mesmo que vocês tenham gostado.
Um milhão de beijos e até o próximo capítulo!
Ceci.
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