Sorry

Vou deixar a Elya trabalhar um pouco, ela disse que faz tempo que não escreve nada por aqui.

Solta a brasa, colega
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Leon estava decidindo com que roupa iria para o encontro com seu esposo. Estava na dúvida se ia com a calça jeans ou com a calça jeans com desenhos. Isso também a camisa, se ia com a verde ciano ou com a vermelha.
Ficou ali olhando por um tempo os dois looks até que ouviu uma batida na porta do seu quarto....ah não, espera, esse era o quarto que dividia com Franz no seu apartamento.
Presente de casamento do seu pai, ele teve que insistir muito para que Franz aceitasse, mas nada que uma boa conversa e uma boa foda não resolvam.

Leon:Quem é?
Franz:O dono desse quarto.
Leon:Entra!
Franz:Vai demorar mais uma eternidade pra isso? Meu pai amado, parece que vai casar de novo.-entrou no quarto.
Leon:Olha, com vc eu caso até 100 vezes.
Franz:Como se a gente tivesse dinheiro pra isso.
Leon:Me ajuda a escolher a roupa? Tô na dúvida.
Franz:Sabe que eu sempre digo pra vc se vestir como bem entender.-se sentou na cama.-Mas eu gosto da regata vermelha, essa cor combina com vc.
Leon:Então regata vermelha.-deixou a mesma na cama.-E ela combina mais com a calça jeans sem desenhos, então vai ser essa.-começou a tirar a roupa.
Franz:Pelo amor de Deus, Leon! Se troca no banheiro!-corou.
Leon:Ué, não tem nada aqui que vc já não tenha visto, Franz.
Franz:Tá, mas não precisa fazer isso na minha frente!
Leon:Dá na mesma!-terminou de se trocar.-Pronto, Sr. Correto, tô vestido.
Franz:Juro que não sei como te aguento.
Leon:Porque vc me ama!
Franz:Deve ser, porque não é possível.-suspirou.-Vamos logo pra doceria que vc falou, mas já vou logo avisando que vc não vai se empanturrar de doces comigo presente.
Leon:Cinco pode?
Franz:Dois no máximo.-disse já saindo do quarto.
Leon:Quê?! Isso não chega nem na metade do meu tanque de açúcar!-o seguiu.
Franz:A gente pedi um doce pra viagem.
Leon:Pode ser pudim?
Franz:Pode.

Como uma criança animada, Leon abraçou o rapaz e agarrou sua mão para eles andarem juntos pela rua. Franz, obviamente, não reclamou sobre.
Sairam do prédio conversando, ou melhor, Leon estava falando pelos dois enquanto Franz ouvia pacientemente, coisa rara. Talvez o garoto só estivesse sendo pacienre porque amava mesmo aquele ruivo.
As pessoas não deixavam de notar sua aproximidade, as mãos dadas, nem como Leon pedia mimos de Franz. Eles ligavam? Não, para Franz era a frase "a vida é minha e eu faço o que eu quiser" e Leon simplesmente não dava atenção porque estava focado demais na ideia de ir a doceria com o seu esposo.

Leon:Posso pegar três? Por favor.
Franz:Dois agora e um para a viagem.-lhe lançou um olhar sério.-E nem pense em comer quando a gente chegar em casa.
Leon:Eu que marco o lugar e vc me vem com essa.
Franz:Desculpa se estou precavendo meu marido de futuras diabetes.
Leon:Posso morrer feliz?
Franz:Tá, vai morrer sem mim então.
Leon:Quê?
Franz:Vou pedir divórcio, não quero um marido que quer morrer cedo.
Leon:Nem sonha! Vc e eu vamos morrer velhinhos juntos.
Franz:Será?
Leon:Franz!
Franz:Tô brincando.-riu.
Leon:Com divórcio não se brinca, Franz.-se afastou do rapaz, cruzando os braços, demonstrando irritação.
Franz:Não fica bravo comigo, vc realmente me preocupa comendo tanto doce.
Leon:E aí vc apela pro divórcio? Isso é maldade.
Franz:Dramático.
Leon:Desalmado.-segurou a mão do rapaz.-Agora eu vou querer comer seis doces por sua causa.
Stanley:Leon, é vc?

Na mesma hora o seu corpo travou. Os pelos se arrepiaram e as mãos passaram a soar.
Franz e ele se viraram para trás, vendo um grupo de homens já adultos os encarando. Leon reconhecia todos, desde Ricardo até Stanley. Esse era o grupo que fazia bullying na infância com Leon.
           Ele não precisava olhar para Franz para saber que o garoto também lembrava deles, o aperto que teve em sua mão e a forma como o rapaz instintivamente se colocou na frente do ruivo já dizia tudo.
Apesar de Franz ser menor que Leon agora, o rapaz se sentia igual o ensino fundamental agora. Com Franz a sua frente sendo seu cavalheiro e ele atrás, escondido como uma lebrezinha. Patético, era isso que ele pensava.

Franz:O que vcs querem?-questionou com frieza.
Stanley:Oi, Franz, faz tempo também que não vemos vc.-sorriu constrangido.
Franz:Perguntei o que vcs querem.
Mario:Ou ou, relaxa cara.
Franz:Se eu repetir a pergunta, vai ser pior.
Ricardo:A gente só estava de passeio.

Mesmo meio assustado com tudo, Leon notou como aquele grupo se afastou ao ver Franz dá um passo na direção deles. Quase riu, era engraçado que Franz mesmo sendo o mais baixo presente ali, ele conseguia botar medo naquele grupo, como no fundamental.

Franz:Se era só isso, bom passeio.-se virou para ir embora.
Yuri:Espera, Franz.
Franz:Que foi, Yuri?-questionou, com um pouco mais de calma.

A mudança de tratamento foi notada por todos, mas incomodou bem mais Leon. Ele sabia que isso era ciúmes, porque no passado Yuri havia tido um crush por Franz. Tentou afastar aquele sentimento desde quando viu o rapaz, mas ver Franz o tratando com calma só aumentava aquilo.

Yuri:Será que....a gente pode conversar?-coçou a nuca.-Acho que nós precisamos por as coisas em ordens com o passado.

Franz olhou para os outros com seriedade, depois se virou Leon o encarando com incerteza.

Franz:A gente pode ir embora se vc quiser.

Leon o olhou com ternura e gratidão. Ele sabia que Franz não o forçaria a ficar e falar com aqueles caras, isso era aliviador.
Mas ele sabia que precisava acertar suas coisas no passado, mesmo que isso fosse custar abrir feridas que ele ainda estava tentando fechar.

Leon:Tá tudo bem, Franz.-sorriu meio amarelo.
Franz:Certeza.-segurou seu rosto com as duas mãos, aproximando seus rostos.-Não precisa fazer isso, vc sabe, né?-sussurrou a última parte.
Leon:Eu sei.-respondeu no mesmo tom.-Mas é bom acertar as coisas com o passado.
Franz:Se vc diz.-deu de ombros, se afastando um pouco.-Mas se vc se sentir desconfortável demais, a gente vai embora.-segurou a mão do rapaz, lançando um olhar sério para o grupo.-Vamos comer em uma doceria que abriu.

E em um silêncio incômodo, eles seguiram para a doceria.

[Corte No Tempo]

A doceria era moderna, bem moderna, mas ainda tinha um ar simplista. Cada mesa tinha um tablet preso em um canto da mesa, bem do lado da parede. Os bancos eram de um rosa choque e as mesas brancas, o que de certa forma era uma combinação exótica.

Leon mexia os dedos, nervoso. Na verdade, ele não mexia os dedos, ele estava tentando tirar as cutículas da unha. Sempre fazia isso quando estava inquieto. Foram várias as vezes que ele ficou com os dedos machucados por causa desse péssimo hábito.

Franz:Para com isso, vai machucar sua mão.-o repreendeu, tirando sua pulseira do braço.-Toma, é magnética, não tem muito problema se quebrar.

Ele pegou a pulseira com um sorriso tímido, deixando seu nervosismo agora focado na pulseira.

Franz:Quer pedir alguma coisa?
Leon:Um....milk-shake de chocolate.-pediu tímido.
Franz:Tá.-clicou no botão que estava no tablet, escolhendo as opções.

O pedido foi feito, agora era esperar o garçom ou a garçonete chegar com o pedido. Leon continuava entretido com a pulseira.
A mesa permaneceu em silêncio até os pedidos chegarem na sua mesa. Franz entregou o milk-shake de chocolate para Leon e bebeu um pouco do seu milk-shake de morango. O ruivo largou um pouco a pulseira e voltou seu foco para o doce.

Franz:Se querem falar alguma coisa, falem logo, porra.-comentou já sem muita paciência pela demora.
Stanley:Vc continua o mesmo Franz de antes.
Franz:Quer testar?
Leon:Franz.-o advertiu em um sussurro.
Franz:Esses caras estão demorando pra abrir o bico e dizer o que querem e vc sabe que minha paciência e pouca.
Yuri:Viemos pedir desculpas.-foi direto.-Desculpas pelo que fazíamos com vc no passado, Leon.-encarou o ruivo.

Ele parou de tomar a bebida na hora, sentindo seu corpo congelar e o suor frio escorrer seu rosto. As lembranças começaram a invadir a sua mente como uma onda enorme, o engolindo ao passado.
As agressões, a humilhação, as ameaças, tudo voltou junto com as lembranças dos traumas absorvidos: a baixa autoestima, os pesadelos, a presente sensação de estarem rindo de vc, a falta de aceitação com a sua aparência. Tudo recorrido ao bullying que sofreu na infância.

Franz:Leon?-o retirou de seus pensamentos.-Quer ir embora?

Ele olhou para Franz, o garoto que mesmo sem o conhecer direito, o salvou daquele inferno. Leon não sabia se anjos existiam, mas se sim, desconfiava que Franz foi um anjo que Deus lhe enviou e, se fosse assim, ele seria eternamente grato por isso.
Não se sentia confortável com aquilo, mexer no passado não era fácil, mas ele sabia que era necessário para que não restasse mais ressentimentos. Sua mãe, sabiamente, sempre lhe disse que guardar esses sentimentos negativos fazia mal a alma, Leon não queria carregar esses sentimentos ruins.

Leon:Não.-negou com a cabeça.-Eu só queria saber.-olhou para o grupo.-Por que assim, tão de repente?
Stanley:Não é de repente.-suspirou aflito.-Pelo menos, não pra mim. Faz um tempo que eu fico remoendo as coisas que eu fiz com vc, Leon. Eu sei que fui cruel.
Franz:É, foi mesmo.-disse sério, recebendo um leve cutucar de cotovelo do marido.
Stanley:E eu estou arrependido pelo que fiz, sei que o fato de eu ser uma criança na época não justifica muito o que eu te fiz, mas espero que v consiga me perdoar.
Ricardo:Eu também quero te pedir desculpas, Leon.-olhou para seus amigos.-Na verdade, acho que todos aqui queremos isso.-todos assentem.-Eu quero pedir desculpas por ter te agredido todas aquelas vezes. Me lembro agora de quando vc chegou na escola me enfrentando dizendo que era amigo do Franz e, pensando bem, eu acho que se o Franz não tivesse se tornado seu amigo eu teria continuado a te agredir.
Franz:Mas que filho da-
Leon:Franz!
Franz:Tá, tá! Tô quieto.-cruzou os braço, fuzilando o grupo a sua frente com seu olhar.
Ricardo:N-Não leva isso a mal, Franz, não foi a intenção, e-eu só disse algo que eu acho que o eu do passado faria.
Franz:Se vc acha que isso diminui a minha raiva, só tá piorando.
Leon:Então todos vcs querem me pedir desculpas?
Yuri:Sim, é isso.-assentiu.-Viemos aqui porque queremos nos acertar com vc e com o nosso passado.-olhou para Franz.-E com vc também, Franz, já que tentamos te dar uma surra naquele dia.
Franz:Vcs não conseguiram fazer isso nem agora.-sorriu convencido.
Yuri:Sabemos disso.-sorriu amigável.-Eu espero que vcs possam nos perdoar, principalmente vc, Leon.

Se sentiu nervoso por ter tantos olhares voltados a si. Sabia identificar todos eles: Franz o olhava com preocupação e carinho enquanto o grupo a sua frente o olhava com apreensão e expectativa.

Leon:Tá tudo bem.-respirou fundo.-Eu perdoou vcs, todos vcs.
Ricardo:Nós ficamos agradecidos, Leon. Sei que é errado, mas me sinto mesmo aliviado, obrigada mesmo.
Leon:Não tem problema nenhum nisso, só prova que vcs estavam mesmo arrependidos.
Mario:E como.
Stanley:E vc, Franz? Vc perdoa a gente também?
Franz:Eu não tenho que perdoar nada.-deu de ombros.-A pessoa que sofreu o bullying foi o Leon e se ele perdoou vcs, quem sou eu pra ficar guardando mágoa.
Yuri:Então tá tudo certo?
Franz:Não.-disse sério, pegando todos de surpresa.
Leon:Franz, tá tudo-
Franz: Fica-na-sua.-olhou para Mario.-Vc.-apontou pro rapaz, que se assustou na hora.-Vai no balcão e pedi o melhor pudim que tiver.
Mario:Q-Q-Quê?
Franz:No fundamental vc vivia atormentando o Leon pra ele te dar o pudim dele.-cruzou os braços.-Se vc comprar o pudim pra ele, o melhor pudim, tá tudo resolvido pra mim.
Leon:Não precisa disso.
Franz:Precisa.-afirmou.-E eu não saio daqui enquanto esse pudim não estiver na mesa embalado pra viagem.-se inclicou um pouco pra frente, na direção do grupo.-E vcs também não saem daqui.
Stanley:Compra logo a porra desse pudim!-jogou Mario para fora dali.
Mario:Tô indo!

Leon teve que se esforçar para não rir da cena a seguir. Os 11 minutos de espera se resumiram com o grupo a sua frente se encolhendo para manterem distância de um Franz com cara de poucos amigos que batia o pé impaciente. Era como se ele fosse uma pantera que estivesse contando os segundos para acabar com a raça deles ali.
Para fazer Franz se acalmar, pelo menos um pouco, e evitar que ele socasse um daqueles a sua frente, Leon começou a fazer um leve cafuné em sua cabeça enquanto trazia a cabeça de Franz para se encostar em seu ombro, coisa que o rapaz não protestou. A batida impaciente cessou.
Foi um alívio em conjunto quando Mario chegou com o pudim em mãos e colocou na mesa.

Franz:É o melhor?
Mario:Sim, a moça me garantiu isso.
Franz:Então tá.-olhou para Leon, pegando em sua mão.-E agora?
Leon:Quero ir pra casa.-sorriu satisfeito.

Sem mais delongas, eles pagaram a conta e deixaram o grupo ali na mesa, agora com seus pendentes resolvidos.

Mario:Porra, o Franz não mudou nada.
Stanley:Continua o mesmo valentão de sempre mesmo tendo aquele tamanho.
Ricardo:Acha que ele teria batido na gente?
Mario:Estamos falando do Franz, é claro que ele teria esmurrado a nossa cara!
Yuri:Como vcs não viram a transformação do Franz? E do Leon também!
Stanley:Que vc tá falando?
Yuri:Eu lembro que o Leon era bem medroso no fundamental, mas ele não fugiu da gente e nem do passado traumático que causamos.-relembrou.-Já o Franz tá mais.....manso.
Mario:Manso?
Yuri:Se fosse o mesmo Franz do fundamental, ele nem ia querer bater papo com a gente.-riu.-E vc viu como numa hora ele parecia uma pantera selvagem e na outra, quando o Leon fazia carinho nele ou algo, ele parecia um gatinho carente?
Ricardo:É mesmo!-riu.
Mario:Vcs acham que eles estão juntos?
Stanley:Tu é cego pra porra, viu! Não viu as alianças? Eles estão é casados!-olhou para Yuri.-Aliás, como vc tá com isso? Que eu lembre, vc tinha um crush no Franz.
Yuri:Ah isso foi a muito tempo! Já superei ele.-disse despreocupado.
Ricardo:Acha que o Leon ficou com ciúmes?
Yuri:Com certeza, ele não parava de me olhar com cara feia.
Stanley:Esses dois eram um grude na escola, tava na cara que eles iam acabar ficando juntos.
Mario:Né? Eu devia ter apostado isso, teria ganhado uma grana.
Stanley:Ia porra nenhuma, todo mundo daquela escola achava que eles iam ter algo.
Ricardo:Mas nós víamos isso com maldade, lembra? Achávamos que era coisa de bichinha.
Mario:Nós éramos bem cruéis.
Yuri:Mas mudamos, graças a Deus.-suspirou aliviado.-E o Leon nos perdoou, podemos dormir em paz com o nosso passado.
Mario:Acha que esses dois vão fazer o que agora?
Stanley:Aproveitar um dos privilégios de casamento: vão comer o cu do outro.

[Corte No Tempo]

Franz abriu a porta do apartamento, sem reclamar nenhuma vez por Leon está abraçado ao seu braço como uma criança medrosa. Deixou o pudim na mesa enquanto guiava o rapaz até uma cadeira.

Franz:Vou cortar um pedaço pra vc.-se afastou indo em direção aos armários da cozinha.
Leon:Por quê?-perguntou desolado pelo afastamento.
Franz:Vc quase não tomou o seu milk-shake na doceria.-voltou com um prato, um garfo pequeno e uma faca.

Em silêncio o pudim foi cortado e entregue para Leon, que notou que havia uma grande quantidade de calda no pudim (como Franz sabia que ele gostava). O ruivo pegou o garfo e colocou um pedaço pequeno na boca, sentindo o açúcar entrar em sua boca.
Mastigou, sentindo as lembranças da infância voltarem de novo. Lembrava com perfeição quando seu pudim era tomado de si na fila da cantina e como ele não fazia nada. Mastigou, lembrando de uma vez que Franz pegou o seu pudim de volta, como ele passou a defende-lo depois disso e dias depois. Engoliu o pedaço de doce, sentindo as lágrimas rolarem pela sua face.

Franz:L-Leon, o que foi? Não tá bom? Quer que eu vá lá trocar.
Leon:Não é isso.-secou suas lágrimas.-Tá muito bom.
Franz:Então por que vc tá chorando?-se aproximou do rapaz.-Me fala, solzinho.

         Leon olhou para Franz. Ah, como ele era agradecido por ter esse rapaz na sua vida.
           Leon se levantou da cadeira e abraçou Franz, molhando um pouco a camiseta do rapaz.

Leon:Eu....acho que tô chorando de felicidade.
Franz:Mesmo?
Leon:É.-assentiu, se afastando para encara-lo.

Leon aproveitou a aproximidade que seus rostos estavam e beijou Franz. Um simples selar de lábios que transmitia muita coisa, mas acima de tudo, Leon queria demonstrar gratidão a Franz, por ter sido seu anjo naquela época.

Franz:Foi....repentino.-disse após eles se separarem.
Leon:Eu só....queria te agradecer por tudo.-abraçou o rapaz.-Obrigada por ter me ajudado naquela época.
Franz:Só me arrependo de não ter te ajudado antes.-se aconchegou na curvatura do pescoço alheio.-Eu vi o que eles faziam com vc, mas achei que não devia me envolver já que não era problema meu, fui um idiota. Desculpa.
Leon:Tá tudo bem, pelo menos vc ainda me salvou.-o abraçou.-E agora somos melhores amigos e casados.
Franz:É.-assentiu, se afastando para observar o rosto de Leon.-Muito bem casados, né?
L

eon:Sei não, vc veio com um papo de divórcio hoje cedo.
Franz:Era brincadeira.
Leon:Mas agora eu tô levando a sério.
Franz:Qual é, Leon!-se afastou para encara-lo.-Vai mesmo deixar esse pobre gato abandonado?
Leon:Vc está tentando me chantagear emocionalmente, Sr. Franz?
Franz:Tá funcionando?-aproximou seus rostos.
Leon:Um pouco, mas acho que preciso de mais alguma coisa pra me convencer a mudar de ideia.
Franz:Entendi.

               Como resposta, Franz lhe beijou, mas não era um simples selar de lábios. Ele introduziu sua língua na boca de Leon, que correspondeu o beijo no mesmo instante, passando os braços envolta do pescoço de Franz. Em determinado momento, Franz tocou as coxas de Leon, que entendeu o recado e pulou para que o rapaz pudesse segura-lo. O beijo se encerrou pela falta de ar, mas voltou poucos minutos depois, mais quente, com mais toques indecentes (Leon), com mais apertadas em certas regiões (Franz).
            Doce, os lábios de Leon estavam doces por causa do pudim, o que os deixava mais viciantes para Franz que, apesar de não ser fã de doces, estava adorando aquilo. Com certeza, era por isso que estava beijando Leon com tanto afinco.
            Ele colocou o ruivo sentado na mesa, empurrando o pudim para longe só para poder deitar Leon na mesma, o que o surpreendeu. Ele lembrava nitidamente quando tentou transar com Franz na cozinha e o chilique que o rapaz deu dizendo que eles podiam trepar em qualquer lugar da casa, menos a cozinha.

"É onde a gente cozinha e come, Leon, por Deus!"

          A sua curta risada cortou o beijo. Ele sorriu enquanto ofegava, vendo Franz ofegar a sua frente, meio confuso.

Leon:Achei....que na cozinha não podia.
F

ranz:Em nenhum momento eu disse que faríamos, muito menos na cozinha.
Leon:A gente tá literalmente se comendo aqui.
Franz:Isso é as preliminares.-deu um selinho nos lábios alheios.-No quarto é melhor.
Leon:Se vc diz.-sorriu.-Acho que posso deixar o pudim pra mais tarde.

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Acabou?

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