Capítulo 6

- Não é o que vocês estão pensando, a gente só... Eu só... Não é o que vocês estão pensando - digo até gaguejando e já saindo de cima dele. Taehyung coloca suas duas mãos embaixo da cabeça e não diz nada - Taehyung, você não vai falar nada? Diga alguma coisa - e ele começa a rir.

- Senhorita Jennie, já pode se acalmar - diz o doutor - Você já ia sair? Você devia ter me esperado voltar - diz o doutor.

- Como está o Taehyung? - pergunto tentando mudar de assunto.

- Ele vai estar melhor logo - diz o doutor pegando sua maleta do chão - Você pode cuidar dele hoje? Eu vou resolver algumas coisas e Beom-Su vai tam... - não deixo ele terminar de falar.

- Eu fico, mas o Beom-Su não vai a lugar nenhum, ele vai ficar aqui - digo e eles me olham surpresos, mas nem me importo, eu só quero respostas para minhas perguntas, então podem pensar o que quiser - Acho que ele e o senhor Taehyung podem me responder uma tonelada de perguntas ou, se não, agora eu tenho uma entrevista de emprego, já que não consegui o último, não é, Taehyung? - digo e o doutor vira as costas e dá três tapinhas nas costas do Beom-Su.

- Eu vou indo, eu tenho coisas importantes para fazer, então fica aqui - diz o doutor e o Beom-Su me olha espantado.

- Pode se sentar, eu não mordo - digo, e ele se senta na cama do lado do Taehyung - Por que voltou ontem, Taehyung? E como você já tinha um monte de homens junto com você? - eles não respondem e vou para a próxima pergunta - O que vocês sabem sobre o meu pai? - eles não me respondem e abro a porta do meu guarda-roupa e puxo uma arma, apontando para eles.

- Opa, se acalma - diz Beom-Su, chegando perto de Taehyung, e ouço uma voz vindo de lá de fora.

- Sua assassina! - é aquela velha de novo, que ódio.

- Quem é? - pergunta Taehyung baixinho, e Beom-Su já fica alerta.

- Ontem, quando eu fui encontrar o Beom-Su, ela me viu na rua e eu estava com a roupa coberta de sangue, com o rosto marcado de um tapa, com o lábio cortado, com o nariz sangrando e com marcas de sangue na cara e depois chamei os gatos dela de pestes, ela deve ter se irritado, e ela com certeza iria vir atrás de mim. Eu vou até a porta e já volto, e não achem que vocês escaparam das minhas perguntas - digo baixo e saio do quarto para atender a porta, e ela já estava com dois policiais na porta da minha casa, e quando vejo pela câmera entro correndo para dentro do quarto de novo.

- O que foi? - pergunta Beom-Su.

- Ela está com dois policiais aqui, e ontem mesmo eu atirei na perna de uma mulher. O que eu vou fazer agora? Será que alguém viu algo? - digo, roendo as unhas de nervoso, e eles estavam batendo na porta pedindo para que eu abrisse.

- Eu vou entrar no banheiro e ligar o chuveiro, e você vai para a cama com Taehyung. Façam alguma coisa que o façam sentir envergonhados e vão sair logo - diz Beom-Su, e ele já corre e se tranca no banheiro. Os policiais tentavam arrombar a porta e eu estava em choque e apavorada no canto da porta, e Taehyung estava tirando o soro do braço e jogando as agulhas no chão e deitando o soro embaixo da cama.

- Ei, você não pode tirar isso do braço, Taehyung - digo a ele e vou para tentar convencê-lo, e ele se levanta da cama, ouvimos o som de quando a porta é arrombada e ele me joga na cama, colocando uma perna de cada lado da minha cintura; com uma das suas mãos ele segura meus dois braços para cima e fico totalmente imobilizada na cama, arregalo os olhos olhando espantada para a cara dele, e ele se inclina para perto do meu rosto e começa a me beijar. Por alguns segundos fiquei com os olhos abertos enquanto ele me beijava docilmente, e depois fecho os meus olhos, me deixando levar pelo momento. O fato de que o beijo é dele, isso me faz nunca mais querer sair dos seus braços; cada vez mais ele pressionava o seu corpo contra o meu. Eu não sei se eu devia prestar atenção nesse detalhe, mas eu sinto a reação do corpo dele contra o meu, sinto seus lábios doces e delicados sobre os meus, e isso me faz querer nunca mais sair daqui. Sinto meu corpo se arrepiar e minhas mãos toda suadas; sem contar que parece que o meu coração quer sair do peito, e já que é um momento único eu beijei ele também, e mesmo que fosse só para deixá-los envergonhados, eu podia sentir nossos corpos pegarem fogo. Quando os policiais e a senhora Yoo veem essa cena, eles se afastam pedindo desculpas, e Taehyung para de me beijar, fingindo tal surpresa.

- Perdão, perdão - diz um dos policiais, todo sem graça, e bem na hora Beom-Su sai do banheiro só com uma toalha branca enrolada na cintura e com uma toalha de rosto ele enxugava o seu cabelo, e os dois policiais arregalam os olhos e a senhora Yoo já abre a boca, que faz até som!

- Dois de uma vez, sua sem-vergonha - ela grita espantada; isso eu sei que todos os vizinhos escutaram. Mulherzinha escandalosa! - Não pense que se salvou, pois vamos encontrar a sua roupa cheia de sangue e você tem que explicar esse seu rosto machucado. E o que uma maquiagem não faz, não é? Tire já - ela diz; eu tentei esconder com maquiagem, mas minha boca ainda estava cortada, eu não consegui esconder.

- Você está machucada no rosto? - Taehyung pergunta e puxa meu rosto com delicadeza de frente para o dele, me prendendo com suas duas mãos - Ela não está machucada, apenas com o lábio cortado; querem saber como é o nosso sexo também? - ele pergunta e acho que agora eu fiquei até vermelha de vergonha.

- Eu sei que ela matou alguém ontem, eu vi; tentem procurar a roupa que ela estava ontem, eu vi - insiste a senhora Yoo - E espera só até eu encontrar com sua mãe, mocinha mentirosa - agora ela cutucou onça com vara curta.

- Ah! - grito, que faz até eco. - Vai cuidar da sua vida, eu não matei ninguém - grito, e Taehyung se senta na cama sorrindo como se estivesse gostando de ver o circo pegar fogo. - Se você continuar com esses seus boatos, eu vou denunciá-la por difamação, e quero, se quiserem mais alguma coisa aqui, exijo um mandado de busca, e quanto à minha porta, quero que paguem o conserto - digo tentando me acalmar e ela aponta para o Taehyung.

- Ele está com um curativo, tenho certeza que ela quem machucou ele; peçam um mandado de busca - ela diz, e ainda bem que Beom-Su já tinha entrado para dentro do banheiro novamente, e Taehyung me puxa para perto dele e caio sentada no colo dele.

- Ela me arranhou na hora do sexo, ela é bem selvagem na cama - ele diz, sorrindo e me dando um selinho na boca.

- Deixa de mentiras, você nunca vem até a casa dela - ela diz.

- Ela foi para minha casa; sério, ela chegou toda sexy, toda selvagem, e vou te contar, ela sabe me domar, e quando vi ela na porta daquele jeito, eu já fiquei todo excitado, depois... - ele diz e um dos policiais o interrompe.

- Peço desculpas pelo ocorrido - diz um dos policiais - Vamos, senhora, e você vai ter que responder algumas perguntas - eles dizem e levam a senhorita Yoo para fora, e ela sai gritando que estava de olho em nós. Assim que eles saem, já me levanto do colo do Taehyung.

- Por que levantou? Estava bom você aqui; queria que você não tivesse saído, e aí eu ficaria excitado de verdade - ele diz.

- Eu te arranhei? Sobre que sexo você iria falar, hein? - pergunto - Não sabe a puta da vergonha que eu tava sentindo?

- Você fica fofa quando está com vergonha ou irritada e agora você conseguiu se livrar da senhora Yoo por algum tempo, não é? Então me agradeça - ele diz, me olhando nos olhos.

- Eu tenho perguntas, então por favor me responda; já perdeu a graça, eu odeio mistérios, então me ajuda, por favor, eu preciso de respostas, e eu tenho quase certeza que você sabe do que estou falando - digo a ele e ele se levanta e bate na porta do banheiro para que Beom-Su saísse do banheiro.

- Eu espero nunca te machucar com as escolhas que eu fiz para a minha vida, eu quis te manter longe, mas você voltou; e sim, eu estava na casa do campo e como eu te disse, eu sou o vilão e não devia ter se aproximado de mim novamente, e agora eu vou cuidar de você até o meu último suspiro e vou te proteger com a minha própria vida; quanto menos você saber é melhor - ele diz, se aproximando de mim.

- Me deixa saber então de que tipo de perigo eu estou correndo e do que você está me protegendo - digo a ele e Beom-Su sai do banheiro. - Vocês são bandidos? Gangsters? Mafiosos? Criminosos? Me respondam ou saiam da minha casa - digo.

- Eu respondo a sua pergunta, mas quero que me responda outra pergunta; é simples e eu preciso saber, então, para que eu possa te proteger, não esconda nada de mim - ele diz, colocando a mão delicadamente no meu rosto.

- Então me responda a minha pergunta, e eu sei me proteger - digo e ele concorda.

- Você está com o rosto machucado? Não minta para mim, se eu desconfiar que você mentiu para mim, eu vou mentir para você também - ele diz e coloca dois de seus dedos no meu pulso, e Beom-Su pega um demaquilante na minha penteadeira, e Taehyung passa sobre o meu rosto.

- Você já consegue ver? Você já não viu ontem? É verdade, mas foi só um tapa - digo a ele e ele me olhava com um olhar de raiva. - O que foi? - pergunto e ele ficou olhando no meu rosto por alguns segundos. - Agora é sua vez - digo para ele tentando romper a conexão.

- Eu prometo que vou matar quem fez isso com você, eu juro que vou matar quem mandou eles virem atrás de você - ele diz, parecendo até que estava me prometendo. - Respondendo a sua pergunta, eu sou um mafioso; é por isso que você está com problemas, por isso eu te afastei - ele diz e engulo em seco. Eu não sei se devo sentir medo ou se eu devo apenas sair correndo daqui. Acho que nesse momento minha respiração está até descontrolada.

Continua...

Próximo capítulo em: 15/12/2022

Corrigido em: 29/12/2025.

Comunico que pode ter passados alguns erros. Fiz a correção ortográfica da maioria, mas não mudei contextos e a ideia do capítulo, portanto, peço desculpa por algo que possa a vir incomodar a leitura, ou compreensão do capítulo.

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