Capítulo 4

Talvez eu devesse perguntar isso pessoalmente para ele, seja lá como foi, isso não tem a mínima graça. Quando vou atravessar a rua, olho para os dois lados e não vinha carro nenhum. Mas, quando vou atravessar a rua, vem um carro embalado, se desvia de mim e logo em seguida meu celular vibra novamente. Era outra mensagem daquele número privado que dizia 'Eu te avisei'. Nossa, isso só pode ser brincadeira. Ouço uma voz que vem de trás de mim, o que me impediu de continuar pensando.

- Senhorita, você está bem? Você quase foi atropelada. Tome cuidado, meu nome é Jin Wook, caso pergunte - diz ele. - Tudo bem, não precisa se apresentar, eu sei que você é a Jennie. É o seguinte, o que você é do Taehyung? - ele pergunta e dou de ombros.

- Não acho que seja da sua conta, senhor. Com licença - saio do local, espero não ter sido grossa, mas uma pergunta aleatória dessa, agora de manhã, e ainda para alguém que sofreu um acidente ontem e quase foi atropelada hoje, é uma pergunta bem aleatória e do nada alguém interferindo assim na minha vida pessoal.

- Fale de mim para ele e cuidado com o que bebe por aí - ele diz. Continuo andando até a empresa do senhor Taehyung. Entro lá e todo mundo me olha estranho, mas continuo andando até chegar na sala dele e entro sem bater. Tinham dois caras ao lado dele e ele não estava com a cara nada boa. Assim que ele me vê, ele se inclina na mesa e começa a me olhar, dispensando os outros dois de lá.

- Podem sair - o mesmo avisou, e os dois homens já saem de lá e fecham a porta. Ele me olha com um olhar tão fixo que parece até que vai me devorar.

- O que você está fazendo aqui? - ele se levanta, batendo a mão na mesa e alterando a voz.

- Cala a boca - digo, e ele me olha espantado. Juro que eu não ia dizer isso, eu iria perguntar civilizadamente se ele me enviou aquela mensagem hoje de manhã, mas não consegui manter a calma.
- Você não deve gritar assim comigo, então enquanto estiver gritando comigo, eu vou gritar com você - avisei. Ele se senta de volta na cadeira, virando o notebook para mim. Tinha uma foto nossa de quando saímos do hospital. Parecíamos bem próximos. Foi quando ele tirou a folha do meu cabelo e, talvez porque assista muito romance, achei a foto fofa.

- Eu queria derrubar essa porcaria desse site, mas tiveram tantas compartilhamentos que vai ser quase impossível derrubar isso. Você sabe que isso pode colocar você em perigo? Não pense que eu te salvaria no meio de uma confusão, eu te deixaria para morrer - concluiu ele. Dessa forma, vou até ele virando a cadeira dele de frente para mim.

- Não pedi para me salvar. E por que fala como se fosse culpa minha? Claro, uma foto me colocar em perigo, já sei, parece que o senhor Tae não tem muitos amigos, não é? Sabe o que é mais engraçado? Ontem, quando eu saí da empresa, você foi atrás de mim como se soubesse que algo iria acontecer e quando eu bati no barranco, você correu para me salvar e ainda me levou para o hospital. Então, senhor Tae, no meio de uma confusão, você não me deixou morrer e mais uma vez você está se importando. Quer saber? Eu não sei porque vim até aqui, mas eu não acredito em você. Eu já vou e não pense em chegar perto de mim mais. Alguém chamado Jin Wook pediu para que eu falasse dele para você. Adeus, seu idiota - dei o recado. Ele me puxa para perto dele enquanto eu saio e perco o equilíbrio, caindo em seu colo.

- Fica longe dele. Não dá mais tempo de você se afastar de mim. Agora você está em perigo - ele diz, e me levanto do colo dele, saindo pela porta. Ele vem atrás de mim. Tinha uma mulher bebendo chá gelado. Tiro o copo da mão dela e jogo na cara dele.

- Seu idiota - digo, e saio de lá. Nas próximas semanas, as ameaças continuaram e eu não procurei mais o Taehyung e ele também não me procurou mais. Já está de tardezinha, e aqui na pracinha é o melhor lugar para relaxar. Eu sempre venho aqui e quase sempre está deserta. Hoje é um desses dias.

- Eu não esperava te ver por aqui - ouço a voz de alguém atrás do banco em que eu estava. Era o Taehyung. - É para você - ele diz, me entregando um sorvete e se sentando ao meu lado. Eu estive te procurando nas últimas quatro semanas. Por que é tão difícil te encontrar, hein? E eu que deveria ter sumido depois do copo de chá gelado que você jogou em mim, na frente dos meus funcionários - ele diz com a voz calma. Pego o sorvete da mão dele.
- Eu sei que é difícil de acreditar, mas eu estive muito preocupado com você e é um alívio saber que você está bem.

- É mesmo difícil de me encontrar. Por que você me procurou? Eu disse que não queria te ver mais - digo, e ele sorri.

- Eu pensei que tivesse acontecido algo com você. Eu te procurei para me certificar que você estaria bem. E eu não sei se você devia saber, mas eu tenho recebido fotos suas de um número privado. Você não tem notado nada errado nos seus dias? - ele diz, mas eu não quero que ele perca seu tempo pensando em mim. Aliás, logo quem está fazendo isso vai parar. Então, eu vou mentir, ao menos tentar.

- Não, eu estou bem - digo, me levantando do banco, e ele se levanta também.

- Não minta para mim. Eu preciso, eu quero proteger você e se você está nessa agora, é por minha causa. Então fala para mim o que está acontecendo - ele diz, e começo a andar na frente. Ele vem atrás de mim.

- Por que a culpa seria sua? - pergunto a ele, e ele para de andar e também paro para observá-lo.

- Assim como eu disse, eu sou o vilão - ele diz, e olho para baixo, suspirando e rindo.

- E eu sou a rainha má. Tome cuidado ou eu posso te decapitar - falei, sorrindo, e ele sorri também. Continuamos andando pela rua.
- Decidiu parar de gritar comigo? Ou essa sua calma é momentânea? - pergunto.

- Eu devo pedir desculpas? - o mesmo questiona, colocando as mãos no bolso da calça e olhando para os lados.

- Eu não quero as suas desculpas - me pronunciei.

- Você quer mais? - ele pergunta, entrando na minha frente e fechando totalmente o meu caminho. Ele realmente consegue me enlouquecer. - É um beijo que você quer? - ele aproxima sua boca da minha, mas ainda mantém uma pequena distância e fico toda sem graça, virando o rosto. - Fica tranquila, nunca a beijarei sem o seu consentimento.

- Então se afaste - pedi, ainda sem graça.

- Fica tranquila, quando o nosso beijo acontecer, será porque você pediu. E eu espero que você peça logo - ele sorri e dá um passo para trás. Ele mudou tão de repente, mas por quê? As perguntas são muitas.
- Eu vou para casa, engraçadinho - falei com a voz trêmula e ele sorri enquanto eu viro as costas.

- Espera, eu te levo para casa. O que foi? Parece surpresa - ele diz, me estendendo a mão e passo reto.

- Se me levar para casa, eu vou me lembrar de você, então pense bem - ele me leva até a porta da minha casa e depois vai embora. Tomo um banho e me sento na varanda de casa para esperar a Jin-Te chegar. Ela combinou comigo que viria, mas isso faz uma hora, e ela nunca chega. Então vejo a sombra de alguém subindo as escadas.

- É bom vê-la de novo - diz aquela mulher, e eu a observo bem, pois ela não me parece estranha e começo a me recordar. Foi ela quem me disse para entrar na sala do Taehyung e foi ela quem me deu aquela bebida. Dou alguns passos para trás.
- Você apareceu de novo? Devia ter ficado quieta lá na cidade em que estava - a mulher começou a falar arrancando uma arma do coldre localizado atrás da saia. - Por que você é a única coisa que afeta o senhor Taehyung? Você já sabe quem ele era naquela noite da festa do campo? Era o cara que você beijou no balcão, o que atirou em você e também o que te tirou de lá, mas não podemos esquecer que foi ele quem atirou no seu pai - ela diz, e eu não consigo acreditar em uma palavra do que ela diz, mas também não é nada do que eu não tenha visto nos flashes.

- Abaixa essa arma ou a coisa vai perder a graça - digo a ela, e ela começa a gargalhar.

- O que você vai poder fazer? - ela questiona gargalhando. Claro que que ela tem razão, eu aprendi a disparar armas com meu pai, mas não tenho uma aqui agora. Eu aprendi a lutar com meu pai, mas ela está longe demais e não tem como eu tirar a arma da mão dela se ela não se distrair.

- Isso não vai acabar tão cedo e eu esperava que Taehyung estivesse aqui para defender você, mas claro que você também não sabe que tipo de pessoa ele é - ela diz, gritando.

- Ele é o vilão - falei e ela começou a rir

- Mas você não sabe do que ele é capaz, por isso você esperou que ele fosse embora para você poder subir até aqui. E não precisa ser muito esperta para saber que você não trabalha sozinha. Você pode sair da minha casa agora? Ou eu não respondo mais por mim - digo a ela, mas que merda eu vou poder fazer? Alguns homens sobem a escada da minha casa.

- Peguem ela, vamos levá-la - a mulher diz e eles vêm em minha direção. O primeiro que tenta pôr a mão em mim, eu o puxo pelo braço, derrubando-o no chão, e piso com força no maxilar dele. Esse vai ficar um bom tempo sem comer. Os outros se revoltam e eu tento lutar contra eles, mas eram muitos e consigo derrubar apenas mais dois. Um deles me puxa pelo cabelo e me dá um tapa na cara. Caio no chão e sinto quando ele me tira do chão. Consigo sentir o sangue descendo pelo meu nariz e o gosto de sangue na minha boca, que esse filho da puta conseguiu cortar.

- Tá doendo, florzinha? - mas como essa vagabunda consegue fazer perguntas tão aleatórias assim? Eu vou matar ela na minha primeira oportunidade e aquele cara aperta a mão em meu pescoço, me deixando sem ar. Logo ele solta. Vejo quando ele cai no chão e caio junto. Os outros começam a cair também, mas não todos. Quando olho, era Taehyung e mais alguns homens.

- Jennie - ele diz e vem correndo em minha direção, olhando meu rosto e me apoiando para que eu conseguisse me levantar. Aquela mulher ia tentando fugir e os homens que vieram com Taehyung estavam ocupados com os que já estavam aqui.

- Não deixa ela fugir - murmurei. Taehyung me levanta e fico de pé. Ela vem do lado com uma faca na mão e ia me esfaquear, mas Taehyung entra na frente e a facada pega nele

- Taehyung - o chamei...

Próximo capítulo em: 13/12/2022
Correção em: 28/12/2024

Comunico que pode ter passados alguns erros. Fiz a correção ortográfica da maioria, mas não mudei contextos e a ideia do capítulo, portanto, peço desculpa por algo que possa a vir incomodar a leitura, ou compreensão do capítulo.

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top