IX - O chão é lava
" Sejam agradáveis as palavras da minha boca e a meditação do meu coração perante a tua face, Senhor, Rocha minha e Redentor meu!
- Salmo 19:14"
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A garota havia chegado exausta em casa, agradeceu a Levi pela disponibilidade e torcia para que seu pai não houvesse chegado. Suspirou aliviada ao entrar, não havia ninguém.
Tirou seu tênis e subira as escadas. Ao adentrar seu quarto, sentira um vazio, o qual não sentira na casa de Levi, naquela comunhão inexplicável.
Entrou em seu banheiro, fizera sua higiene pessoal, banhou e saiu. Com um pouco de dificuldade andou até seu closet e pegara um pijama de ursinhos pandas.
Quando vestida, aprontou sua cama e se deitou sobre ela. Ao fazê-lo, sentiu suas pálpebras pesarem e sua visão escurecer, quando deu-se por si, só despertou no outro dia com seu alarme tocando.
Hora de ir a aula - pesadelos para alguns, melhor lugar para outros. Onde aconteceria uma cena inédita - a mesma levantou-se e se aprontou, tomou seu café e quando colocou seu pé pra fora de casa, deu de cara com Levi lhe esperando recostado no carro. Ao vê-la, sorriu.
— Não esperava vê-lo aqui – diz surpresa ao ir até ele.
— Quis te levar, saber como você estava.
— Cara, eu capotei. Deitei e só percebi que havia dormido quando acordei – relata e o vê gargalhar de seu comentário atípico.
— Bom, tô vendo. Teu vocabulário até mudou. Fico feliz que esteja bem, Emma – além de ser pura sua sinceridade, estava estampada no seu rosto. Ela sorriu, quando ele estava por perto, ela se sentia bem, segura? Talvez. Tais demonstrações de amor, ela só experimentou, pois, pessoas que nem de sua família eram, deram a ela.
Emma, o abraçou. Era bom estar naquele caloroso abraço. Era bom ter alguém que se importava com ela e lhe apresentava um Alguém que ainda não conhecia... o chamado Jesus, que vinha aguçando sua estranha curiosidade.
Ao se desvencilhar do abraço, Levi deu a volta no carro e abriu a porta para Emma, – um cavalheiro, diria – mas antes que ela entrasse ouviram-se alguém pigarreando atrás deles. Quando viraram estava lá Vicent, com uma feição não muito amigável. Olhou Levi de baixo acima e ordenou que se afastasse de sua filha.
Com os braços cruzados, olhava em direção a Emma buscando por explicação. — Então garota? – com sua famosa carranca questiona.
Ela bufou em discordância e lhe falou: — Esse é meu amigo, Levi. Ele veio me buscar pra aula – diz.
— Virou seu empregado por alguma causa? Você não tem pernas para ir ao colégio? – relata enfurecido.
— Senhor, – Levi os interrompe, Vicent vira abundantemente para ele e lhe encara, como se fosse o fuzilar. Parecia até que Levi era um tipo de ameaça, ao está perto de sua filha. — sinto muito que essa situação lhe incomodou. Sua filha havia passado mal ontem, – olhou para Emma que estava com os olhos arregalados, como de que não era pra ele ter dito nada. — e hoje eu vim buscá-la, para me certificar que estava bem. Se o senhor não se importa, gostaria de somente hoje levá-la. E para despreocupar o senhor, eu não tenho nenhuma intenção que não seja estabelecer uma amizade com sua filha, somente.
" Uau " – Emma pensava, suas palavras foram tão bem argumentadas, que até sei pai ficou sem palavras. Levi, realmente era alguém diferente e o que Emma não esperava aconteceu. O mais velho lhe estendeu a mão e em compensação um sorriso de aprovação surgiu em seus lábios ao Levi pegá-la.
— Vejo sinceridade em suas palavras, meu rapaz. Leve-a, foi um prazer conhecê-lo – o que estava acontecendo ali, a garota se perguntava. O olhar confuso fora notório ao seu pai quando a olhou. — e você, – começa — quando chegar em casa, conversamos – concluí e saiu da vista deles.
Emma entrou no carro desnorteada, e novamente se surpreendeu com a calma de Levi. Por fim, deu partida no carro.
Perdida em seus pensamentos vagos, a jovem olhava pela janela e a neve caia. Era inverno, uma de suas estações preferidas.
Levi lhe interrompe e pergunta: — Se não for muito incômodo para você, poderia me dizer, seu pai sempre lhe trata daquela forma ? – pergunta e de relampeio a vê ficar pálida. Ou digamos, em estado de êxtase.
Se recuperando, olhou para baixo e afirmou com a cabeça que sim, Levi, não quis proceder com a conversa, pois via que era algo que mexia muito com ela.
— Meus pais... – começou a falar, sua voz era um sussurro. — nunca se importaram realmente comigo – continua e o rapaz estaciona o carro. —, eu sempre quis receber aquele amor que só mãe e pai sabem dar, eu vi isso entre você e sua mãe. – uma lágrima solitária rola sobre sua face — Mas, essa não é toda a questão. Minha relação com eles só piora... eu não aguento mais – o cansaço de toda essa situação era notável em sua voz —, agora estão em um processo de separação. Nunca entendi porque eles me odeiam tanto e nem por que eu ainda os amo. – a situação era complicada. O rapaz ao seu lado se comparecia dentro de si, queria cuidar dela. O mesmo a trouxe para perto a abraçando, e teve uma ideia para distraí-la.
Ele limpou as lágrimas que rolavam na sua face e disse com toda sinceridade, olhando no fundo dos olhos : — Eu vou cuidar de você.
O coração da moça se aqueceu de tal forma, que o brilho que surgiu no seus olhos demonstrava.
— Agora, – ergueu o queixo dela para que olhasse para ele novamente — vou te levar a um lugar.
— Como assim? Vamos perder aula? – interroga surpresa. — se meu pai descob... – foi interrompida por Levi.
— Para onde vamos, não é lugar de preocupação.
Ela sorriu.
— Preparada? – perguntou
— Sempre – responde.
•••
Quando Levi descobriu aquele lugar, havia acabado de chegar em Berlin. Sua mãe estava se estabelecendo direito na casa. E ele procurava um lugar para ter tempo de qualidade com Deus, sem ninguém por perto. É algo que todos deveriam fazer em sua concepção. Para ouvir a Voz de Deus, não é de qualquer forma, nunca foi. A pessoa e Deus, tem que ter seu momento de intimidade. Se você não tem, sua vida está um completo caos. Fato, nem todos podem, por não ter conhecimento, por não ter contato e pior, por nem conhecer o que é: " A Palavras de Deus ", que nos trás vida, nos liberta e nos cura. Ela é a Luz no fim do túnel para aqueles que estão na escuridão. A Palavra, é a bússola da vida de Levi, e deveria ser de todos os cristãos.
Emma estava admirada com o lugar, havia um lago logo a frente, onde Levi estacionou o carro.
Alguns metros a frente, havia uma linda árvore, mas admirada ficou ela ao ver a neve que havia sobre suas folhas.
Toda sua admiração passou quando sentiu algo gelado em suas costas, virou rapidamente e viu a feição malandra de Levi lhe olhando. Quando ela ia revidar, Levi gritou:
— O CHÃO É LAVA! – exclama.
— O QUÊ? – pulou sobre a pedra — você me paga Levi! – começou a pular Pedra por pedra atrás de Levi, até que...
— Ai, ai – grunhi de dor ao cair sobre o gelo sólido de uma parte do lago, quando o moço notou a cena, correu rapidamente ao seu encontro e recebeu o que não esperava.
— Te peguei! Haha – gargalhou, quando notou que Levi percebeu que ela o havia enganado para ele perder no jogo.
" Não vai ficar por isso " – ele começou a lhe fazer cócegas, Emma começou a se contorcer pedindo para que parasse. Quando parou ambos caíram sobre o chão.
Suspirou, Emma:— Obrigada, Levi.
— Pelo quê? – vira para olhá-la
— Por me trazer felicidade. – relata e sorri.
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Deus abençoe :)
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