Descobrindo a verdade P2
ALESSANDRO BARRY
Saio daquele apartamento sentindo meu sangue pulsar cada vez mais forte, a raiva crescendo em mim pode me fazer cometer uma loucura a qualquer momento, mas se essa loucura retirasse aquele desgraçado das nossas vidas estou disposto a correr o risco e arcar com as consequências. Hoje ele descobrirá o que um marido e pai é capaz de fazer para proteger a família, foda-se o nossos laços sanguíneos, se ele quer guerra é isso que terá.
Descendo pelo elevador retiro o terno e gravata, ficando apenas com a camisa social, passo a mão no cabelo diversas vezes até ver as portas do elevador se abrir.
Caminho a passos largos em direção a porta e a empurro, passando assim pela mesma. Entro no meu carro e dou partida em direção ao centro da cidade, lá eu pegaria uma estrada para ir diretamente para o apartamento do Luiz, mas ao meio do caminho algo me faz parar.
De longe vejo o Gustavo conversando com alguns caras e a minha memória revive a cena da foto dele com a minha Baby.
Paro o carro de imediato e o encaro por algum minuto tentando afastar as memórias, mas eu preciso tirar isso tudo a limpo, saio do mesmo e caminho ao seu encontro, assim que ele percebe a minha presença se assusta de imediato, mas disfarça sorrindo convencido.
_ A que devo a honra de ter Alessandro Barry em minha frente. _ Diz ele ironicamente.
_ Quero falar com você... Em particular. _ Falo olhando para os seus amigos.
_ Sobre o que exatamente?... Espera deixe-me adivinhar... Sobre a minha cunhadinha gostosa. _ Diz ele em deboche.
Controle-se Alessandro, ele é apenas um garoto que está brincando com fogo e quer se queimar até morrer; Penso na tentativa de me acalmar, mas em vão.
_ Não estou aqui para brincadeiras Gustavo, se ainda não lhe dei um corretivo foi por respeito a sua mãe. _ Falo tentando controlar a minha raiva.
_ A irmãozinho assim não tem graça. Cansei de você ser o bom em tudo, cansei de ter o amor até da minha mãe. E por isso alguma coisa tive que fazer para mudar... E a propósito, ela gemeu a noite inteira. _ Diz o infeliz do Gustavo.
Naquele exato momento não estava mais raciocinando, aquele idiota imaturo está se saindo uma copia fial ao Luiz falando aquelas merdas da minha baby, ele queria uma surra e eu estou disposto a descontar a minha raiva em algum enquanto não acho o real causador dela. Vou para cima dele e o acerto na boca, seus amigos que estavam no local nos segura na mesma da hora, mas o filhinho de papai não sabe a hora de parar.
_ Só está zangadinho por que dei prazer a sua mulher? Achei que podíamos dividir já que você não esta dando conta. _ Diz o infeliz sorrindo com a boca melada de sangue fazendo assim meu sangue ferver ainda mais, tento ir para cima dele novamente, porém dois dos seus amigos me seguram.
_ Para Cara, deixa o homem em paz. _ Diz um dos amigos do Gustavo para ele.
_ Sabemos que isso não é verdade, você nem saiu das fraudas garoto. Mas meus parabéns, você esta se saindo igual ao seu pai. _ Falo encarando aquele infeliz.
_ Fraudas? Ela bem que gostou do garoto aqui, fiz ela cansar a noite toda se quer saber. _ Diz rindo, mas eu tenho que me controlar ele só está fazendo isso para me atingir e está conseguindo, entretanto sei da fidelidade da mulher que tenho e não vou cair no papinho dele.
_ Fica quieto Gustavo. _ Um dos amigos empurra ele.
_ Não tenho tempo a perder com você garoto... Podem me soltar. _ Falo tentando passar uma imagem tranquila, eles se entreolham e depois me soltam.
Arrumo o terno e me aproximo vagarosamente do garoto em minha frente, assim percebo o estrago que o luiz causou na vida daquele menino. Ele já se convenceu que o luiz é perfeito, mas nós sabemos da podridão daquele infeliz.
_ Continue assim, continue envergonhando a sua mãe. O Luiz não é quem aparenta ser, se eu fosse você sairia de perto dele, pois tudo o que ele toca morre. _ Falo olhando em seus olhos e assim viro as costas para ir embora, mas algo que ele me diz me faz parar.
_ Igual ele iria fazer a sua mulher se eu não tivesse chegado? _ Pergunta irônico.
_ Como assim? _ Viro-me o encarando e ele rir.
_ Ele tem razão... Você é fraco quando se trata dela. _ Diz e volta a rir.
_ Não se preocupe comigo garoto, quando eu acabar com ele você verá quem é o fraco. _ Falo lhe virando as costas, mas dessa vez é para ir embora dali e assim continuo a caminhar até chegar ao meu carro.
Dirijo as pressas até o apartamento daquele infeliz, mas quando chego na recepção a mulher avisa que o mesmo se mudou, aumentando assim a minha raiva ainda mais. Pego o meu celular e ligo para Lia, peço para ela localizar o Luiz Augusto e dizer que eu preciso urgentemente falar com ele. Sei que hoje é dia de folga da mesma, mas a pagarei por esse favor.
Minutos depois e nada da Lia me retornar, porém enquanto ela não me liga um pensamento me vem em minha mente.
Sei que o culpado disso tudo é o Luiz, pois somente ele seria capaz de destruir a minha felicidade, por isso preciso colocar um ponto final nisso tudo, ele precisa ser parado o mais rápido possível e é o que pretendo fazer.
Enquanto isso aquelas palavras do Gustavo não sairam da minha cabeça em nenhum momento. Será que foi por isso que a Safira se escondeu de todos até de mim? Ela sempre soube que poderia contar comigo, mas se ele a ameaçou como fez com a Anna? Começo a raciocinar com mais clareza.
Parado ainda dentro do carro olho para frente e vejo o Gustavo falando no celular nervoso, seria com o Luiz? Muito provavelmente. Em seguida ele pega um táxi e assim eu o sigo em uma determinada distância até o ver parar em frente a uma casa afastada de todas as outras. Ele fala ao interfone e de dentro da mansão sai a Rosália que abre o portão pelo controle remoto.
Ele entra no local e ela aperta o botão para fechar o portão novamente, então eu preciso ser rápido. Abro o porta-luvas e tiro uma arma guardada lá a anos, pois eu nunca a usei, mas esse pode ser o momento para experimenta-la. Antes que o portão se feche totalmente consigo entrar, caminho até a porta dos fundos, mas percebo um dos empregados saindo de lá.
Caminho novamente até a porta principal e bato na mesma, não serei igual a ele que faz as coisas ao escondido, então decido enfrenta-lo frente a frente. De homem para homem ou de homem para rato, como ele preferir. Minutos se passam e a porta é destrancada pela Rosália, que assim que me vê se assusta de imediato.
_ O que está fazendo aqui? Quem o deixou entrar. _ Diz grossa.
_ Calma sogrinha, vim apenas visitar o papai. _ Falo ironicamente.
_ Você não é bem vindo nessa casa, suma daqui. _ Diz histérica em minha frente.
_ Pouco me importa a sua opinião, agora saia da minha frente. _ Falo lhe empurrando sutilmente enquanto ele bradava em minha frente.
Ao lado de dentro tudo estava calmo, calmo até demais. Meus olhos passeiam por toda a sala, até que escuto vozes de algumas pessoas conversando muito próximos dali . Caminho a passos largo em direção aquela porta, mas a Rosália aparece bem em minha frente bradando novamente.
_ Quem você pensa que é para entrar na minha casa assim?_ Diz histérica.
_ Alguém que vai mandar o seu marido para o inferno. _ Falo lhe empurrando e assim consigo chegar naquela maldita porta.
A abro e assim observo com clareza o infeliz do Luiz, e o Gustavo como se era de imaginar. Assim que o Gustavo me vê se assusta, mas o infeliz não se deixa intimidar.
_ A que devo a honra da sua visita meu querido filho? _ Pergunta o infeliz com um maldito sorriso nos lábios.
_ Você sabe do porque estou aqui. _ Falo olhando para o Gustavo que abaixa a cabeça enquanto o Luiz lhe lança um olhar severo.
_ Era como o esperado, você não sabe guardar a lingua na sua maldita boca. _ Grita com o garoto que me olha com raiva.
_ Deveria ter percebido que todas aquelas fotos eram armações de vocês. _ Falo encarando ambos.
_ Do que ele está falando Luiz? _ Pergunta a Rosalia entrando na conversa.
_ Não te interessa mulher, agora saia daqui. _ Diz friamente.
_ Lógico que sim meu pai. _ Falo irônico. _ A sua mulherzinha precisa saber o que você iria fazer com a filha dela. _ Falo sentindo o clima pesar.
_O que você iria fazer com a minha filha Luiz? _ Diz se aproximando do marido enquanto sorrio com a cena.
_ Se ele não quiser falar eu falo. _ Digo encarando o infeliz e assim recebo a atenção da sua mulher. _ O infeliz do seu marido quer matar a sua filha, por ela está comigo, ele não suporta a ideia de me ver seguir em frente... Desde da morte da minha mãe eu não consigo me livrar dele, e alias morte a qual vocês dois tão metidos até o pescoço. _ Falo encarando-a.
_ Ele está mentindo querida. _ Diz ele a esposa.
_ Querida? É sério isso Luiz? Desde que voltamos você só sabe me maltratar, e agora vem com querida quando finalmente descubro que quer a cabeça da minha menina? _ Desabafa olhando para o marido com raiva.
_ Até você merecia algo melhor Rosália. _ Falo recebendo a sua atenção novamente.
_ Isso é verdade Luiz? O que ele diz é verdade? _ Grita ela ao final.
_ Lógico que não. _ Diz friamente.
_ Fala a verdade canalha. Você a ameaçou não foi?... Você fez com ela igual fez com a Anna, não foi? _ Pergunto friamente tentando me controlar. _ Responde infeliz. _ Grito lhe agarrando pelo palito e ele começa a rir feito um maluco.
_ Realmente aquela mulher te deixou fraco, olhe só para você... Um idiota apaixonado. _ Diz me empurrando me fazendo solta-lo.
_ Eu já sei da verdade, a sua copia fez questão de me falar tudo. _ Falo olhando para o garoto e omitindo uma parte da conversa.
_ Tudo o que? Que ela tem peitos maravilhosos. _ Diz e em seguida passa a lingua pelos lábios.
_ O que você fez com a minha filha canalha. _ Grita Rosália partindo para cima do marido que a empurra novamente.
_ Então você admite que queria matar a minha mulher e o meu filho. _ Falo fechando o punho sentindo meu sangue ferver.
_ A Safira está grávida? _ Pergunta Rosália em choque.
_ E quem lhe garante que o filho é teu? _ Diz o infeliz e recebe um tapa da mulher.
_ Não fale assim da minha filha, ela não é como a vadia que você abriga aqui nessa casa. _ Diz ela e ele lhe dá um tapa revidando o que recebeu, fazendo assim a mulher cair.
Ela poderia até ter ajudado a matar a minha mãe, mas naquela hora não coloquei isso em jogo. Não suporto ver um homem agredindo uma mulher, mesmo que essa mulher seja a Rosália.
_ Não seja um covarde Luiz, bata em alguém do seu tamanho. _ Falo partindo para cima dele o empurrando e em seguida o acerto, lhe fazendo cambalear.
_ Não toque no meu pai. _ Grita o Gustavo vindo em minha direção e o empurro lhe derrubando no sofá.
_ Pai? Ele abusou da sua mãe e você o defende? Realmente você é igual a ele... Você não é uma criança Gustavo, e quem realmente merece o seu amor e dedicação é a Rúbia, a sua mãe porra . _ Grito com aquele garoto, afinal ele precisava de um choque de realidade para perceber que o Luiz não é quem ele pensa que é.
_ Pare de jogar o garoto contra mim Alessandro... Tudo bem se você não quer ser o meu sucessor, mas ter inveja do seu irmão por está comigo é ridículo. _ Diz o Luiz tentando se fazer de bonzinho.
_ Se dúvida de mim fale com a sua mãe, ele não é quem você pensa que é. _ Falo olhando para o garoto.
_ Isso é uma mentira, você só está fazendo isso porque a sua mulherzinha o abandonou. _ Diz.
_ Ela não me abandonou e você sabe disso, se te conheço bem sei que você falou alguma coisa para ela fugir. Você fez a mesma coisa com a Anna, mas com a Safira foi diferente, você deve ter ameaçado alguém de muita importância na vida dela. _ Falo e ele começa a rir.
_ Como seu "filho" por exemplo. _ Diz rindo.
_ Você não seria capaz. _ Falo sentindo o coração acelerar e o sangue ferver ainda mais.
_ Não tenha tanta certeza disso filhinho, afinal de contas já matei a sua mãe como você mesmo disse, e aquele bastardo com aquela vadia séria mais simples ainda. _ Me encara com desdém e nesse momento não me controlo mais e vou para cima dele novamente.
Caímos no chão e o acerto
algumas vezes, assim como ele a mim, por sorte daquele infeliz o Gustavo me separa do mesmo e quanto volto a encara-lo vejo sua boca melada de sangue e sua testa partida. Tento ir para cima dele novamente sentindo o gosto metálico de sangue em minha boça, mas foi em vão.
_ Você é um infeliz Luiz, como você mataria uma criança que não tem nada a ver com isso? Você é um monstro. _ Grita Rosália.
_ Assim como você matou a minha esposa, querida. _ Diz olhando para a mulher.
_ Não adianta apenas cupa-la, você tem a sua parcela de culpa também, mas vamos resolver isso de homem para homem. _ Falo com raiva e finalmente consigo me soltar do Gustavo após lhe dá uma cotovelada no estômago.
_ Hora de ir para o inferno papai. _ Falo retirando a minha arma de trás das minhas costas e aponto para o infeliz em minha frente.
_ Você não tem essa coragem toda. _ Diz olhando em meus olhos e assim destravo a arma.
_ Alessandro não faz isso, pensa em sua família. _ Diz Rosália com medo do que pode acontecer.
_ Voce ainda o defende? Impressionante isso. Mas e neles que eu penso, nunca teremos paz enquanto ele viver. _ Falo não tirando os meus olhos do Luiz.
Mas algo faz com que a minha concentração falhe, o gustavo joga algo no chão e se aproxima por trás, tentando retirar a arma da minha mão. Nesse momento o Luiz se aproxima e assim caímos ao chão com a arma entre nós, ele tenta a todo custo retirar a arma de mim, até que um disparo foi dado e assim nos encaramos até que sinto o sangue molhar as minhas mãos.
Ele cai ao meu lado atingido pela bala e todos os outros presentes no escritório nos encaram assustados.
_ Olha o que você fez. _ Grita a Rosalia indo ao encontro do marido com lágrimas nos olhos.
Me levanto automaticamente olhando para uma das minhas mãos meladas de sangue, enquanto a outra segurava a prova do meu crime. Enquanto isso o Luiz ao chão reclamava de dor e a Rosália grita para o Gustavo chamar uma ambulância, e assim o mesmo sai para ligar para a emergência.
Ainda em pé na frente de ambos vejo ela me encarar assim que o Luiz fecha dos olhos.
_ Você precisa sair daqui. _ Diz se levantando.
_ Não posso fazer isso, tenho que arcar com os meus atos. _ Falo olhando para o luiz e recebo um tapa na cara.
_ Escuta aqui Alessandro, você vai para casa cuidar da minha filha, eu dou um jeito nisso aqui. _ Diz apontando para o corpo do Luiz. _ Me surpreendeu você ter demorado tanto tempo para fazer algo do tipo, mas vejo que você precisava de uma forca maior para fazer o que fez, e não é porque ele é meu marido que eu tiro a sua razão, mas agora você precisa ir. _ Diz me empurrando e pegando a arma da minha mão.
_ Rosalia..._ Falo, mas ela me interrompe.
_ Me prometa que vai cuidar da minha filha e do bebê. _ Diz olhando em meus olhos.
_ Eu prometo. _ Falo em automático.
_ Pois bem, agora vá cuidar da sua família. _ Diz me empurrando até a porta do escritório e assim saio o mais rápido possível daquela casa.
~~~~ Continua...
Oi pessoal. Tudo bem com vocês? Espero que sim.
(Conseguimos o nosso 300k graças a Deus e a vocês, sério pessoal obrigada por tudo, inclusive pela paciência nesses últimos capítulos. Eu não tenho nem como agradecer o que vocês fazem, muito obrigada mesmo💙)
* o que acharam do capítulo?
* Será que é o final do Luiz?
Não esqueçam de votar para ajudar na divulgação, e se quiser deixar algum comentário fique a vontade.
Agradeço a Deus e a todos vocês, até o próximo capítulo.
Goodbye 👋👋👋.
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