Crime, Prova e Consequência
ALESSANDRO BARRY
Acordo com um toque leve em minha cabeça, aos poucos me dou conta que ainda me encontro no hospital com a minha Baby. Levanto a cabeça e pisco algumas vezes, observando assim a minha mulher em minha frente.
_ Baby._ Minha voz sai rouca.
_ Eu não acredito que você está aqui meu amor. _ Diz ela sorrindo.
Ao ver o seu sorriso uma boa parte dos meus problemas se foram, vê-la bem em minha frente me trás uma tranquilidade que eu jamais pensaria em ter.
_ Graças aos Céus Baby._ Falo me levantando e lhe abraçando com cuidado.
_ E o nosso bebê? _ Pergunta me olhando nos olhos com uma carinha preocupada.
Droga! Não posso mentir, mas também não posso contar que ela pode perde-lo, ainda é muito cedo e eu tenho esperança que meu filho virá ao mundo firme e forte.
_ Não se preocupe com isso Baby, você não o perdeu. _ Falo beijando a sua mão e a vejo respirar aliviada.
_ Ainda bem, eu não suportaria perde-lo. _ Diz alisando o meu rosto.
_ E eu não suportaria te perder. _Falo expondo o meu medo e antes que ela me pergunte algo eu a beijo, um beijo apaixonado, cheio de medo e saudades.
Nossos lábios se encontram como imã, minha lingua passeia por toda a sua boca enquanto a sua mão passava em meus cabelos. Ela é tudo que preciso, é a minha força para continua lutando, é a minha fortaleza blindada. Ela coloca a sua mão em meu peitoral me afastando com um sorriso nos lábios, e nos abraçamos mais uma vez.
_ Eu te amo Alessandro Barry. _ Sussurra em meu ouvido.
_ Eu te amo ainda mais Baby. _ Lhe respondo beijando o seu pescoço.
_ Desculpem atrapalhar o casal. _ Interrompe o doutor Fagundes parado na porta.
_ Não tem problema, pode entrar doutor. _ A Baby sorri e o médico entra.
_ Como passaram a noite? _ Pergunta para ambos.
_ Eu passei bem...Mas bem Apagada. _ Diz e o doutor rir.
_ E você senhor Barry? _ Pergunta checando o soro que estava no braco da Safira.
_ Essa com certeza não foi uma das melhores noites que já tive. _ Falo me levantando da cama aonde estava sentado.
_ Como eu havia avisado não era preciso ficar, a paciente despertou apenas pela manhã. _ Me responde o Fagundes.
_ Mas eu nunca a deixaria sozinha, mesmo ela desacordada eu precisava ficar por perto. _ Confesso e acabo sorrindo para a Baby.
_ Ah esse amor jovem, realmente vocês foram contemplados pelo mesmo. _ Comenta o Doutor.
_ Quando terei alta doutor? Quero a minha vida de volta. _ Pergunta a Baby.
_ Muita calma senhora, primeiro vamos fazer alguns exames e se tudo ocorrer bem, até o final desse dia a senhora estará em casa, mas precisará de repouso, muito repouso mesmo. _ Diz o médico nos analisando.
_ Deixe isso comigo doutor. _ Falo cruzando os braços.
_ Vou deixa-los sozinho, daqui a pouco a enfermeira virá trazendo seu café da manhã, e logo depois ira prepara-la para os exames. _ Explica o doutor. _ E Alessandro tem uma senhora na recepção querendo entrar, ela disse que era a mãe da paciente. _ Diz o Fagundes e a Baby me encara.
_ A minha mãe? Mas o que está acontecendo aqui? _ Pergunta me encarando com dúvida.
_ Bem... Vou deixa-los sozinhos. _ Diz o Fagundes saindo do quarto me deixando com aquela bomba em mãos.
Ela me encara a todo momento tentando entender, mas sem sucesso. Porém já estava na hora de contar toda a verdade sobre o passado da Rosália, sua mãe.
_ Baby, eu preciso te contar uma coisa... _ Fico nervoso. _ A sua mãe, ela._ Sou interrompido por ela.
_ Alessandro você esta me assustando, diz logo. _ Me apressa.
_ Você se lembra do dia em que sua mãe fugiu de casa? _ Pergunto e ela balança a cabeça confirmando. _ Você me disse que ela fugiu com um milionário. _ Continuo e ela confirma.
_ Aconteceu é que esse milionário é o Luiz. _ Falo e observo a sua expressão em choque. _ Sim Baby, a sua mãe é a Rosália Castro Barry, a atual esposa do Luiz. _ Termino de falar, mas ela não esboça nenhuma reação.
Me calo perante ela e fico a lhe observar. Ali parada ela me parece tão longe e pensativa, minutos depois quebro aquele clima tão tenso entre nós.
_ Baby me diz alguma coisa. _ Falo preocupado.
_ Por essa eu não esperava,que brincadeira é essa? _ Pergunta sorrindo, esperando um sorriso meu que não sai. _ Me diz que você esta brincando Alessandro. _ Diz e nego com a cabeça. _ Como você descobriu isso? _ Pergunta a me encarar tensa.
_ Me promete que não vai se chatear comigo? _ Pergunto olhando em seus olhos.
_ Como e quando Alessandro?_ Pergunta.
_ Já tem alguns meses, mas eu... _ Nem termino de me explicar e a mesma me corta.
_ Não é possível Alessandro, como você não me contou antes? _ Diz magoada.
_ Só estava tentando te proteger Baby, essa mulher não tem escrúpulos. _ Falo me aproximando dela.
_ Você não ira me proteger do mundo Alessandro. _ Rebate ela.
Quando eu iria protestar mais uma vez a enfermeira entra com a bandeja de café da manhã, ela nos deseja bom dia e deposita a bandeja no colo da Safira, e logo em seguida sai.
_ Eu quero vê-la. _ Diz olhando para a bandeja em sua frente.
_ Mas Baby. _ Ela me interrompe novamente.
_ Eu preciso vê-la, preciso olhar na cara da mulher que me abandonou um dia, abandonou uma família por dinheiro, por simples status. _ Diz magoada.
_ Como você desejar Baby, só me promete que você não ira cair nos joguinhos dela? _ Pergunto preocupado com esse reencontro.
_ Não sou nenhuma criança, ela não ira me manipular se é isso que você quer saber. _ Diz olhando em meus olhos.
_ Tudo bem, eu confio em você. _ Falo e caminho até a mesma, e beijo a sua testa. _ Eu vou deixa-la entrar e deixar vocês a vontade._Falo.
Saio do quarto da minha mulher visivelmente abalada com o retorno da mãe vigarista, e que só pensa em si. Caminho reto e cruzo o corredor dando de cara com a mesma totalmente vestida de preto, como se estivesse em luto.
_ Ela te deixou entrar. _ Falo olhando a sua cara sínica e a mesma abre um sorriso de orelha a orelha.
_ Chegou o momento de ter o perdão da minha filha. _ Diz comemorativa.
_ Não cante vitoria antes do tempo Rosália, ela não é nenhuma criança. _ Falo confiando totalmente na minha mulher.
_ É o que veremos Barry. _ Diz se distanciando de mim batendo aqueles saltos irritante no piso do hospital.
Não vou cair no jogo dela, eu confio totalmente na Safira e ela não ira se comover por um discurso ensaiado daquela vadia de saltos. Caminho até a recepção pronto para ligar para o Carlos, quando o mesmo entra pela porta do hospital com um semblante nada amigável.
_ Temos problemas. _ Diz assim que ficamos cara a cara.
_ Novidade. _ Falo irônico.
_ Sem gracinhas Alessandro. Dessa vez não tem escapatória, eles conseguiram as imagens da camera de segurança da rua. _ Diz a me encarar.
_ Eles já analisaram as filmagens? _ Pergunto preocupado.
_ Muito provavelmente, mas o delegado se encontra na casa do Luiz nesse momento a procura da Rosália. _ Diz o Carlos
_ Droga! Justo agora que a Baby finalmente acordou e teremos noticias do nosso bebê. _ Protesto.
_ E como é que ela está nessa situação toda? _ Pergunta ele.
_ Ainda não disse nada a ela a respeito daquela noite... A Rosália está ai dentro. _ Comento e ele me encara apreensivo.
_ Ela já que a Rosalia é na verdade a sua mãe... Quer dizer a dela? E que. _ O interrompo.
_ Sim, eu já contei, mas ela já tem problemas demais para ingerir Carlos. Ela não precisa ficar sabendo disso aqui agora. _ Falo me referindo a bomba que ele acabou de soltar.
_ Não se preocupe estou formando uma ótima defesa, e quanto ao luiz ele está nesse mesmo hospital em coma reduzido. _ Diz o Carlos e não me abalo com a notícia.
_ Ele merecia a morte. _ Falo indiferente.
_ Pensa bem Alessandro, já que ele não morreu não podem por uma pena maior. Ele não morreu apesar de tudo, temos um ponto ao nosso favor. _ Comemora ele.
_ Que seja, mas caso ele sobreviva estamos perdidos. _ Falo pensando em minha família.
_ Não vamos ser negativos por agora, temos uma testemunha ao nosso favor. _ Diz me lembrando do antigo capanga do Luiz.
_ Mas isso não ira me impedir de ir para a cadeia. _ Encaro a realidade.
_ Mas não por muito tempo... Vejamos, temos uma testemunha chave e o capanga do Luiz. Não se preocupe com a cadeia, por enquanto se preocupe apenas com a sua mulher e filho. _ Diz ele colocando a mão em meu ombro como forma de apoio.
Nesse exato momento entra no hospital o delegado, com um sorriso de orelha a orelha olhando para mim. Ele caminha a passos largos e atrás dele entra o Róger Bianchi.
_ Alessandro Barry o senhor está preso por tentativa de assassinato contra Luiz Augusto Barry. _ Diz o Delegado retirando as algemas do seu sinto enquanto eu olho para o Carlos e logo depois para Róger.
_ Isso não é necessário. _ Diz o Carlos. _ Meu cliente não fugirá e eu o acompanharei. _ Diz enquanto eu olho para o delegado.
_ Ora ora, já não era sem tempo. _ Escudo a Rosália dizer.
_ Ora sua. _ Nem termino, pois o Carlos me interrompe.
_ Vocês acharam a arma do crime ou apenas as filmagens? _ Pergunta o Carlos e engulo em seco.
_ As filmagens são mais que necessária, mas graças a senhora Barry a perícia está trabalhando em todo o local. _ Diz o Delegado e olho de relance para a Rosália e a vejo sorrir ainda mais.
_ Sinto muito Alessandro. _ Diz o Carlos.
_ Não sinta, eu cavei a minha própria cova com as mãos. _ Falo sabendo do meu futuro.
_ Eu vou pedir um habeas corpus ao juiz, você é réu primário as coisas vão se esclarecer. _ Diz olhando para mim com convicção.
_ Que seja._ Falo sem esperança, pois parece que dessa vez a vadia soube jogar muito bem. _Enquanto isso Róger, cuide da minha Baby. E seja o pai que ela necessita nesse exato momento. _ Falo olhando para o Roger que apenas concorda.
_ Antes de ir senhores vocês precisam saber que entreguei a arma a Rosália Castro Barry. _ Falo olhando em seus olhos e vejo puro ódio sobre mim.
_ Senhora Rosália como? _ Ela interrompe ao delegado.
_ Mas é claro que eu vou entregar ao Delegado. _ Diz e vejo o seu nervosismo pelo seus olhos.
_ Pois bem, vamos a sua casa recolher a prova e em seguida vamos diretamente para a delegacia. _ Diz o Delegado e ela caminha em sua frente, enquanto isso um dos seus policiais faz a minha escolta.
_ Vocês já pegaram o depoimento do Médico que atendeu o Luiz? _ Pergunta o Carlos e o delegado apenas confirma.
_ Não me ensine a fazer o meu trabalho senhor Santos. Sei o que estou fazendo. E a propósito graças ao médico tenho como provar que o seu cliente queria matar o próprio pai... Ele deu dois tiros, um na região da barriga e o outro no seu peito que por sorte não conseguiu afetar órgão letais, ele se salvou por pouco, mas infelizmente não está totalmente fora de perigo. _ Responde o delegado e em seguida caminha apressado.
_ Espera ai, dois tiros? Mas eu não dei dois tiros no Luiz. _ Falo para o carlos ao meu lado e a Rosália fica tensa em nossa frente. _ Vadia. _ Falo baixinho.
_ Se ela pegou na arma terá as digitais dela também. _ Diz o carlos próximo a mim, para que somente eu possa escutar.
Assim que chegamos a casa do Luiz a Rosália nos libera a passagem, e minutos depois estávamos novamente na cena do crime, mas precisamente ao lado de fora, pois se entrassem todos comprometeria a cena e acabaríamos atrapalhando a pericia ainda no local.
Não demora muito e o Delegado trás a arma em um saco adequado e antes de sair da casa eu a encaro e falo próximo a sua face.
_ Se ferrou vadia. _ Salibei para ela que me olha com raiva e depois entrei com o Carlos na viaturas para o meu destino final... A cadeia, por enquanto.
~~~ Continua...
Oi pessoal! Tudo bem com vocês? Espero que sim.
* O que acharam do capítulo?
( Esse não foi um dos melhores, eu sei. Tive um imenso bloqueio e na verdade nem queria postar, mas arrumei algumas coisas até ficar desse jeito ai. Me perdoem por esse tempo todo sem atualizar. )
Não esqueçam de votar para e ajudar na divulgação, se quiser deixar algum comentário fique a vontade.
Agradeço a Deus e a todos vocês, até o próximo capítulo.
Goodbye 👋👋👋.
Ps: Pretendo postar o próximo no Sábado
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