A visita indesejada
Safira Montenegro
Chegamos ao hospital por volta das 18:00, o Carlos achou propicio deixar os ânimos dos paparazzi se acalmar e como ninguém estava dando notícia alguma, eles resolveram ir embora. Agradeço mais uma vez ao Carlos por me acompanhar e saio do carro. Entro no hospital e passo pela recepção, caminho pelo corredor a passos largos e logo estou em frente ao quarto que o Alessandro se encontra.
Abro a porta do quarto, e percebo que estava tudo quieto, ele se encontrava dormindo. Observo o homem deitado em minha frente e caminho a passos lentos em sua direção para não acorda-lo, mas os meus sapatos me denunciam e ele abre os olhos lentamente.
_ Não quis acorda-lo, me desculpe. _ Caminho para perto dele.
_ Não estava dormindo, estava te esperando. Porque demorou tanto? _ Pergunta com uma leve voz de sono.
_ A conversa com o senhor Franca se estendeu, mas não precisava me esperar acordado. _ Falo segurando a sua mão.
_ Eu precisava, pois só assim poderei dormir tranquilo, saber que você está bem me tranquiliza. _ Diz fazendo carinho em minha mão.
_ Como foi lá? _ Pergunta ele.
_ Amanhã o Carlos certamente ira te contar nos mínimos detalhes, mas agora eu preciso te dizer uma coisa. _ Falo e respiro fundo.
_ Fale minha Baby. _ Diz de maneira carinhosa.
_ Nem sei como começar a falar, mas aconteceu e eu fiquei feliz apesar de tudo, sei que não era o momento adequado, mas já está feito. _ Falo e ele me encara tentando entender.
_ Seja mais transparente Baby. _ Diz.
_ Alessandro. _ Falo criando coragem.
_ Sim Baby. _ Diz a me encarar com o seus belos olhos azuis.
_ Eu estou grávida. _ Falo, ele me encara mudo e sem feição.
_ Alessandro, fala comigo. _ Falo sentindo formar um nó em minha garganta.
_ O que? Eu vou ser pai? Eu vou ter um filho, é isso mesmo? _ Diz me encarando, eu apenas balanço a cabeça positivamente, de repente ele abre um sorriso e me puxa para um abraço.
_ Você gostou?_ Pergunto ao encara-lo.
_ Está brincando? Eu amei, eu vou ser pai, vou ter um filho da mulher que amo. _ Diz sorrindo e lhe beijo.
Nossos lábios se encontram em um beijo lento, mas cheio de amor, no meio do beijo ele sorri e sussurra o quanto me ama e volta a me beijar novamente.
_ Eu não me canso de dizer que amo você, mas agora amo vocês duas. _ Diz alisando o meu rosto.
_ Duas? Olha que se for uma menina, ela certamente vai crescer e vai ter namoradinhos. _ Falo olhando para ele.
_ Não começa Baby, ela ainda está em seu útero e caso isso ocorra, eu sei atirar muito bem. _ Diz seriamente.
_ Alessandro. _ Lhe repreendo e ele gargalha.
_ Que foi? Se eles não quiserem morrer é só ficar longe da minha garotinha. _ Diz colocando a mão em minha barriga.
_ Você será um pai chato. _ Falo com Ironia
_ Porque? Só estou cuidando dos meus maiores tesouros. _ Diz alisando o meu rosto e lhe dou um selinho.
_ É se for um menino? _ Pergunto e ele se cala.
_ Independente do gênero esse nosso bebê será muito amado. Mas vai ser uma menina e vai herdar a sua beleza. _ Diz me puxando para outro beijo.
_ E os seus olhos. _ Falo após o beijo
_ Sempre soube que você não resistia a eles. _ Diz me dando uma piscadinha.
_ Eu bem que tentei. _ Falo sorrindo e ele sorri de canto de boca.
_ Vem vamos dormir. _ Diz cedendo um espaço naquela cama de hospital para mim.
_ Não precisa. Você está recém operado, eu durmo no sofá. _ Falo arrumando o cabelo em um coque.
_ De jeito nenhum, esse sofá me parece muito desconfortável. Se você não dormir comigo,eu não vou conseguir dormir. _ Diz me olhando com cara de cachorro pidão, me fazendo revirar os olhos.
_ Tudo bem, eu desisto. Vou apenas tomar um banho. _ Falo caminhando até o banheiro existente no quarto
O local era minúsculo, mas tinha um pequeno chuveiro e um vaso sanitário. Tomo um banho rápido e logo volto para o quarto.
_ Eu pedi a enfermeira uma roupa do hospital, tinha quase certeza que você não iria passar em casa. _ Diz com um leve deboche do meu esquecimento, e só agora percebo um vestido de hospital na cadeira ao lado da cama.
_ Não tive tempo, mas amanhã trago algumas roupas. _ Falo pegando a roupa e vejo que o lado do bumbum ficava totalmente exposto.
_ Você está de brincadeira né? _ Pergunto e ele começa a rir.
_ É para apenas uma noite. _ Diz segurando o riso.
_ Não vou usar isso, nem pensar. _ Falo recusando.
_ Você não precisa ter vergonha por isso, eu já te vi com e sem roupa, esqueceu? _ Diz com uma certa malícia.
Olho para ele que segurava o riso e vou para o banheiro, visto aquela roupa e a situação era no mínimo humilhante, como alguém veste isso? Sinto ar gelado no meu bumbum e é super desconfortável. Saio do banheiro segurando a parte rasgada e vejo o Alessandro me olhar com curiosidade.
_ Amarra para mim. _ Peço para ele, e assim ele amarra o cordão em minhas costas.
Me deito ao seu lado e me mexo até achar uma posição confortável, e adivinhe ou não, minha posição confortável para dormir é de barriga para baixo, mas como isso será possível?
_ Ei relaxa, não sou o lobo mal. _ Diz em meu ouvido.
_ Não estou confortável nessa roupa. _ Falo e em seguida solto um suspiro.
_ Então tire ela. _ Diz com uma leve rouquidão.
_ Se comporte Alessandro, estamos em um hospital. _ Lhe repreendo.
_ Mais um motivo para realizar aquele meu fetiche. _ Diz com malícia.
_ Céus. _ Falo e ele solta uma risada gostosa de se ouvir.
_ Esta bem, vamos dormir. Boa noite minha Baby. _ Diz e foi a única coisa que escutei antes de dormir.
Na manha seguinte sou acordada com uma leve melodia cantada pelo Barry.
_ Hey! beautiful, beautiful, beautiful, beautiful Angel.(Ei!
Belo, belo, belo, belo anjo) _ Canta o Alessandro baixinho para me acordar.
_ Love your imperfections every angle. ( Amo suas imperfeições de todos os ângulos )_ Continua a cantar, e eu abro meus olhos para encará-lo.
_ Bom dia. _ Falo sorrindo. _ Você como cantor é um ótimo empresário. _ Falo com ironia me espreguiçando.
_ Nossa Baby, eu todo romântico pela manhã e você me desanima. _ Diz fazendo drama.
_ Você sabe que estou brincando. _ Falo me aconchegado em seus braços.
_ Tudo bem, mas eu acho que você gosta do Alessandro tarado e não do romântico. _ Diz me olhando malicioso.
_ Você é impossível. _ Falo retirando a sua mão da minha coxa _ Mas saiba que eu gosto dos dois. _ Falo lhe dando um selinho que no mesmo instante se transforma em um beijo cheio de paixão e desejo.
Minutos depois o médico entra no quarto nos pegando no flagra, me recompondo imediatamente e o médico Fagundes sorri com a minha timidez. Ele espera alguns segundos lá fora e quando resolve voltar já estou tomada banho e vestida adequadamente.
_ Desculpe por atrapalhar vocês, mas creio que no hospital não seja lugar para isso. _ Diz o medico de maneira profissional.
_ Para de hipocrisia doutor. Todos os casais dormem juntos e transam, mas no nosso caso só transamos. _ Diz e o doutor gargalha me deixando completamente vermelha.
_ Alessandro. _ Lhe repreendo.
_ Ele sabe que estou brindando Baby. _ Diz piscando para mim e o médico arruma os óculos.
_ Fiquem tranquilos, eu já tive a idade de vocês. _ Diz o Doutor Fagundes.
_ Mas eu não vir aqui saber o que vocês fizeram a noite. Vim para olhar os pontos e verificar como está, mas pelo que eu vejo o senhor se encontra muito bem, agora deixe- me olhar os pontos. _ Diz se aproximando do Alessandro.
_ Quanto tempo irei ficar aqui doutor? _ Pergunta impaciente, enquanto o médico o examina.
_ Calma senhor Barry, logo se livrará de nós. _ Diz com bom humor.
_ Não aguento ficar aqui, sou um homem agitado doutor, não sei ficar parado por muito tempo. _ Diz.
_ Sei bem. _ Diz o médico olhando para mim, e desvio o meu olhar com uma certa vergonha.
_ Amor eu preciso passar lá em casa, votarei o mais breve. _ Falo lhe dando um selinho. _ Quer que eu te traga alguma coisa? _ Pergunto.
_ O meu notebook. _ Diz, mas o médico não deixa, pois o estresse poderia dificultar o processo de recuperação.
_ Não demoro. _ Falo saindo porta afora.
Pego um táxi longe do hospital, e passo o endereço da casa do Alessandro. A corrida com o motorista foi totalmente profissional e chata, ambos quietos e apenas com o rádio a tocar.
_ Chegamos senhorita. _ Diz chamado a minha atenção.
_ Obrigado senhor. _ Falo lhe pagando e desço do carro.
Com a chave em mãos destranco o portão principal e entro, já de frente para a casa vejo o quanto ela é grande, mas ao mesmo tempo ela é triste sem o Alessandro e a Bia. Não perco tanto tempo ao lado de fora e entro na casa. Subo para o nosso quarto e sento na beira da cama, retiro os sapatos e me deito.
Esse últimos meses tudo vem acontecendo rapidamente, chega até me da medo do que vem pela frente, penso no meu bebê, penso na faculdade, penso no canalha do Luiz, mas afasto o pensamento rapidamente, e penso no Alessandro por fim. Decido tomar um banho de banheira para relaxar a tensão do hospital e assim faço.
Perco a noção do tempo e adormeço na banheira. Me assusto com um barulho na casa e logo visto um roupão. Saio do quarto e me aproximo do corredor, um vento frio passa me arrepiando por completa.
_ Quem esta ai? _ Pergunto com uma sensação ruim. _ Apareça de onde estiver. _ Falo com a voz já falha.
_ Vim apenas fazer uma visita minha querida. _ Diz uma voz na qual eu conhecia bem, e me arrependo amargamente disso.
_ O que faz aqui? Como conseguiu entrar na casa? _ Pergunto dando um passo para trás, enquanto ele se aproxima.
_ Ora ora a pobre ovelhinha está com medo, eu tenho a chave,mas não tema querida, eu não vou te fazer mal. _ Diz dando um passo em minha direção.
_ Vá embora. _ Falo dando um outro passo para trás, enquanto isso seguro o roupão fortemente.
Ele percebe o meu desespero e solta uma piadinha suja.
_ Esse roupão cai muito bem em você, mas eu gostaria de te ver sem ele. _ Diz se aproximando e nesse exato momento eu corro o mais rápido possível para o quarto.
Corri, mas não foi o suficiente, quando vou fechar a porta do quarto aquele monstro não deixa. Ele é mais forte do que eu, e assim entra no quarto.
_ Fique longe de mim. _ Falo dando pequenos passos de costas.
_ Por que minha doce criança. _ Diz se aproximando. _ No hospital estava toda segura, mas agora está com medo? _ Diz zombando de mim.
_ Não se aproxime. _ Falo e sou pega desprevenida pelo mesmo.
Ele me pega pelo braço e me joga na cama, em seguida sobe por cima de mim colocando os meus braços por cima da cabeça, os prendendo com uma só mão. Eu tento me debater, grito, tento me soltar, mas tudo é em vão, pois me encontro totalmente presa.
_ Cadê a cadelinha brava do hospital? _ Diz para me humilhar e lágrimas brotam dos meus olhos.
_ Quantas vezes vou precisar lhe dizer para ficar longe do meu filho? Será que vou precisar te matar para isso acontecer? _ Diz como um psicopata.
_ Por favor me solta, Socorro. _ Peço aos plantos, e ele seca as minhas lágrimas com a sua mão livre.
_ Agora a vadiazinha quer clemência? Shiii... Não chove criança, vamos brincar um pouquinho. _ Diz desamarrado o nó em meu roupão.
_ Luiz, o que você vai fazer? Por favor não faz isso, socorro . _ Falo me contorcendo e tentando me livrar dele, naquele momento o meu pensamento é apenas um, o meu bebê.
_ Vai ser rápido. _ Diz.
_ Socorro. _ Grito chorando.
_ Quieta. _ Diz me dando um tapa no rosto. _ Isso é apenas para descontar aquele maldito tapa no hospital. _ Diz com a face próxima a minha.
_ Eu te odeio. _ Grito e lhe cuspo.
_ Ora sua vadia. _ Diz limpando o rosto.
_ Chega de distração. _ Diz abrindo o meu roupão. _ Agora percebi o por que o Alessandro a deseja tanto, você tem um belo corpo vadiazinha. _ Diz passando a mão em meu corpo e morde o bico do meu seio fortemente.
_ Me larga, socorro. _ Grito mais forte que consigo, e gemo pela dor na minha alma e coração, em seguida sinto alguém retirando o Luiz de cima de mim.
Me encobrir rapidamente e lágrimas de alívio e dor sai do meus olhos, olho para o lado e vejo o Luiz brigando com o Gustavo, ambos estavam no chão e machucados. O Gustavo leva o Luiz para fora do quarto e me Encolhi na cama em proteções a mim e ao meu bebê. Minutos depois o Gustavo volta para o quarto e corro para ele, que me abraça fortemente.
_ Shii...Já passou, ele foi embora._ Diz ainda me abraçando, e tudo o que consigo fazer é chorar.
Por mas que ele não fosse o Alessandro me senti segura, sei que eu preciso fazer algo em relação a isso, mas no momento a minha fraqueza e o alívio de está longe daquele monstro pesa mais em mim.
~~~~~~ Continua...
Oi pessoal. Tudo bem com vocês? Espero que sim.
( Agradeço a paciência de vocês para esperar um novo capítulo, mas o meu motivo de atraso é probleminhas de saúde, mas mesmo assim eu tinha que atualizar.)
* O que acharam do capítulo?
* O que tão achando do livro até esse momento?
Não esqueçam de votar, para assim poder atingir novas pessoas e se quiser deixar algum comentário fique a vontade.
Agradeço a Deus e a todos vocês por tudo, até o próximo capítulo.
Goodbye 👋👋👋.
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