A Verdade nua e crua P2
Safira Montenegro
Acordo desorientada e me remexo na cama virando a cabeça para o meu lado direito, lado onde o Alessandro ficaria se estivesse aqui comigo, mas sinto que não é hora de chorar, pois preciso tomar as rédeas da minha vida. Pelo bem do meu bebê e da minha família.
Levanto da cama e sinto uma leve tontura, me sento na cama e a deixo passar. Em seguida vou direto para o banheiro tomar um banho, após minhas higiene feita, visto uma roupa confortável e desço para o café, mesmo não sentindo fome tenho que forçar algo pelo bem do meu bebê. Assim que entro na cozinha percebo que a Bia ainda não havia chegado ou ainda era muito cedo.
Remexo alguma coisa nos armários e geladeira procurando algo apetitoso para comer. Minutos se passam e escuto alguém abrir a porta da cozinha aonde ainda me encontro e assim dou de cara com a Bia.
_ Menina você me assustou. _ Diz colocando a mão no coração.
_ Eu sinto muito Bia. _ Falo me levantando para dá um beijo em sua bochecha.
_ Porque está de pé tão cedo? O Carlos chegará somente as 08:00. _ Diz enquanto olha o seu relógio de pulso.
_ Não consegui dormir, pensei no Alessandro a noite inteira. Será que ele está bem Bia? _ Pergunto preocupada.
_ Eu não sei querida, mas não se preocupe, o menino é forte e ele ficará bem se vocês estiverem bem. _ Diz me olhando e eu sei que ela sente pena de mim por tudo isso.
_ Eu pretendo vista-lo hoje. _ Comento com ela.
_ Sinto muito querida, mas de acordo com o médico você precisa de repouso. _ Diz ela.
_ Eu sei, mas não posso ficar aqui de braços cruzados esperando que tudo se resolva. _ Falo sentindo um nó se formar em minha garganta.
_ Eu posso imaginar a sua dor querida, mas são ordens medicas e devemos segui-las. _ Diz calmamente.
_ Você esta certa. _ Falo para convence-la.
Sei que ela só quer me vê recuperada, mas eu sinto muito Bia, eu preciso de respostas que ainda não foram respondidas. Volto para o meu quarto e tento me concentrar em algumas aulas que atrasaram na faculdade, e por mais difícil que foi consegui colocar a metade dos assuntos atrasados em dia.
Tentei me concentrar o máximo que pude, e sei que o Alessandro gostaria disso, me vê estudando e não desistindo do meu sonho, por mais difícil que seja a situação.
As horas se passa e logo a Bia me comunica que o Carlos chegou junto com o senhor Bianchi. Sei que deveria chama-lo de pai, mas ainda não consegui, tudo é muito recente para isso.
Desço as escadas da casa e observo ambos sentados a minha espera.
_ Como passou a noite querida? E o meu netinho? _ Pergunta ele se levantando.
_ Estou apenas vivendo e a noite não foi uma das melhores, mas estamos bem na medida do possível. _ Tento sorri sem sucesso.
_ Eu sinto muito minha filha. _ Diz me abraçando. _ Mas faremos o possível para tirar o Alessandro daquele lugar. _ Completa e em seguida beija a minha testa.
_ Obrigada._ Minha voz sai embargada.
_ Não precisa agradecer querida, vou fazer de tudo para recuperar o brilho dos teus olhos._ Diz alisando a meu rosto. _ Mas agora o Senhor Santos precisa falar com você. _ Completa ele e o Carlos se aproxima.
_ Como vai Safira? E o meu afilhado? _ Diz sorrindo e nesse momento o Lucas entra na sala.
_ Seu afilhado não, meu afilhado. _ Fala o Lucas discordando do Carlos.
_ Cale-se Campos a Safira vai escolher a mim como padrinho. _ Diz ele falando com o Lucas.
_ Está enganado Santos, eu conheço a safira a muito mais tempo. _ Diz se aproximando de mim. _ Como vocês estão? _ Diz passando a mão em minha barriga.
_ Estamos bem, mas o carlos iria me dizer algo antes de você chegar._ Falo sorrindo da discussão deles e ele respira fundo.
_ Fala Santos. _ Diz se referindo ao Carlos.
_ É melhor a gente se sentar. _ Diz ele sério e nos acomodamos no sofá. _ Eu preciso te falar que o caso do Alessandro não é tão simples como pensei, ainda mais quando tudo aponta para ele. _ Diz ele me fazendo respirar profundamente.
_ Mas o que mais me instiga é que o Alessandro me disse que deu apenas um disparo no Luiz, mas os médicos dizem que foram duas perfurações de bala. Veja bem safira eu não sei o motivo, mas acho que a sua mãe poderia ter dado o segundo disparo para incriminar o Alessandro. _ Diz o Carlos.
_ Mas porque ela faria isso? _ Pergunto para o mesmo, e todos na sala fazem silêncio enquanto pensa.
_ Eu acho que pode ser possível. Quando a Rosália me procurou revelando que eu sou o seu pai, ela meio que deixou claro que não gostava do seu namoro com o Alessandro. _ Me responde o Róger e tento processar a informação.
Seria possível ela querer arruinar a minha felicidade? Penso.
_ Bingo. _ Diz o Carlos me tirando do transe. _ Agora tudo se encaixa, a Rosália no hospital deixou claro que não gostava dos Barry. E muito menos do Alessandro por estar com a Safira. _ Diz o Carlos.
_ Se bem que... Ela me disse que não era amor que sentia pelo Luiz, mas mesmo assim carlos, qual seria o motivo para atirar no Luiz? _ Penso procurando respostas.
_ Está claro Safira, ela fez tudo isso para separar vocês e de brinde ficar milionária. _ Diz o Carlos.
_ E o que faremos agora? _ Pergunto.
_ Vou procurar o horário que as cameras capturou a imagem do Alessandro saindo da casa e o horário que ela ligou para a Ambulância, vou processar cada detalhe. Esse jogo vai virar Safira. _ Diz o Carlos se levantando. _ Agora eu preciso ir. _ Diz arrumando a gravata.
_ Carlos. _ Chamo a sua atenção. _ Eu quero ir visitar o Alessandro. _ Lhe peço.
_ Já conversamos sobre isso Menina. _ Interfere a Bia.
_ Mas eu preciso ver o Alessandro, saber como ele esta. _ Falo em súplica.
_ A Bia está certa filha, você precisa de repouso. _ Diz o Róger meu pai.
_ Eu não vou conseguir descansar sem ver o Alessandro. _ Tento convence-los.
_ Não podemos arriscar a saúde do seu bebê e nem a sua. _ Diz o Lucas concordando com eles.
_ Mas. _ O Roger me interrompe.
_ Mas nada minha filha, pensa no seu bebê. _ Diz ele por fim.
_ Esta bem, vocês estão certos. _ Falo para acalma-los, mas se eles pensam que vou ficar aqui parada, eles estão enganados. Eu preciso e vou ver o Alessandro.
Depois que eles foram embora, subo para o quarto como parte do meu plano. Vou pedir para a Bia ir no mercado e quando ela sair, eu finalmente saio para ver o Alessandro. O meu pedido a eles foram simples, mas como não foi atendido, eu mesma o realizo.
Quando a Bia vai ao meu quarto levar o almoço, lhe peço para ir ao mercado comprar alguns ítens para a minha higiene pessoal e ela nem desconfia, me da o melhor sorriso e diz que vai logo após o almoço. Uma hora depois ela volta avisando que vai ao mercado.
_ Volto logo querida, e nem pense em sair dessa cama. _ Diz como uma mãe preocupada.
_ Pode deixar. _ Dou o meu melhor sorriso para convence-la.
Assim que ela sai com o Simon eu me visto rapidamente e chamo um táxi pelo aplicativo. Minutos depois o táxi chega, então desço as escadas apressada e finalmente saio de casa. Assim que entro no táxi passo o endereço ao motorista e assim seguimos o caminho todo calado, eu achei melhor assim.
Em frente a delegacia eu pago o táxi com um dinheiro que ainda tinha guardado, e assim saio em direção a porta de entrada da delegacia. Assim que os meus pés toca o lado de dentro percebo os olhares curiosos dos policiais, então peço a informação a um deles para achar a sala do delegado e um deles me acompanha.
_ Aqui esta senhorita, pode entrar._ Diz de forma educada.
_ Obrigado._ Lhe agradeço e entro.
O local não é tão diferente de um escritório, muito menor claro, porém com uma mesa posicionada no centro, algumas prateleiras com livros e algumas estantes com papéis. O delegado se levanta ao me vê e me pede para sentar em uma das cadeiras a sua frente.
_ Boa tarde senhorita. Como posso ajuda-la? _ Diz educado.
_ Boa tarde senhor. Vejamos, eu preciso falar com o meu marido, ele se chama Alessandro Barry. _ Falo e na mesma da hora a expressão do delegado muda.
_ Não está no horário de visitas senhora, volte as 15:00 da tarde. _ Diz ainda a me encarar.
_ Horário de visita? Mas ele._ Paro por um minuto, mas como horário de visita se o senhor Bianchi me disse que ele não pode receber visitas? Penso.
_ Então senhora como lhe disse. _ Continua o delegado e eu o corto.
_ É que é realmente importante, faz esse favor para mim delegado. Eu preciso vê-lo. _ Peço porém ele nega. _ Por favor delegado, é tudo que eu te peço, me deixa ver o pai do meu filho._ Falo na tentativa de convence-lo e com os hormônios a flor da pele, lágrimas caem dos meus olhos.
_ Tudo bem, tubo bem não precisa chorar senhora. _ Diz depois de alguns minutos me vendo chorar em sua frente.
_ Obrigada delegado. _ Agradeço enquanto ele vai chamar um dos policiais para trazer o Alessandro.
Limpo as lágrimas e o espero chegar. Não demora tanto e a porta é aberta, viro-me para a porta encarando o policial e o Alessandro com as mãos algemadas. Ele se assusta quando me vê, já eu por outro lado vou de encontro com o mesmo para abraça-lo.
_ Tire as algemas dele Breno. _ Diz o delegado ao policial, e o mesmo o obedece, então me afasto do Alessandro.
_ Eu sentir tanto a sua falta. _ Falo lhe abraçando novamente enquanto suas mão finalmente livres passava pela minha cintura.
_ Vou deixar vocês sozinhos, vocês tem trinta minutos. _ Diz o delegado e sai junto com o policial.
Nos afastamos e ele me encara. Como ele mudou nesse pouco tempo, o cabelo está mais crescido, assim como a barba enquanto seu rosto esta com uma aparência cansada.
_ Baby o que você faz aqui? _ Pergunta ele seriamente.
_ Como assim o que estou fazendo aqui, não é óbvio? Eu estava preocupada com você. _ Respondo alisando o seu rosto.
_ Não era para você está aqui, esse tipo de lugar não é para você Baby. _ Diz segurando a minha mão. _parece que o carlos não me escuta. _ Diz para si mesmo.
_ Não foi culpa dele, ninguém sabe que estou aqui, mas. _ Ele me interrompe.
_ Como assim eles não sabem? Você não pode ser tão imprudente assim, e se você desmaia ou passa mal? _ Diz bravo.
_ Eu estou bem Alessandro, nós estamos bem. _ Falo firme e ele respira fundo.
_ Mesmo assim Baby, eu não quero você nesse tipo de lugar. _ Diz a me encarar.
_ Então é isso? Se você quiser eu posso ir embora, simples assim. _ Falo caminhando em direção a porta.
Quando vou abrir a mesma ele me segura, me colocando contra a porta.
_ Eu só estou pensando em você e no nosso filho. _ Diz acariciando o meu rosto.
_ Agora você lembra que tem filho Alessandro? Você simplesmente pede para eu ficar longe e assistir você apodrecer aqui? _ Me afasto dos seus toques.
_ Baby não é isso, é que. _ O interrompo.
_ Então é o que Alessandro? Você prefere que eu ficasse em casa e fingisse que está tudo bem? _ Falo e sinto as lágrimas molharem o meu rosto.
_ Eu me preocupei com você droga, eu queria te dar o meu apoio ao descobrir o que aquela mulher fez e tudo o que você diz é que eu não deveria ter vindo? Droga de hormônios._ Falo em meio as lágrimas.
_Eu sei, eu sei. Eu sou um insensível por isso. _ Diz me abraçando. _ Me perdoa por isso Baby. _ Diz beijando o topo da minha cabeça.
Eu apenas confirmo e me deixo ser acolhida em seus braços. Aos poucos meu choro e cessado e ele me encara com aqueles olhos azuis e me beija lentamente. Naquele momento o tempo é parado para nós, a saudade e o medo aumentaram o nosso amor, e posso dizer que ele ficou até mais forte, mas algo nos interrompe quando a porta é aberta.
_ O tempo determinado acabou. _ Diz o Delegado.
_ Eu preciso ir. _ Diz ele com a testa colada a minha. _ Eu te amo. _ Diz me dando um selinho.
_ Eu também te amo amor. _ Falo acariciando o seu rosto.
Nos separamos e o policial chega para o acompanhar.
_ Me promete que vai ficar em casa de repouso? Pensa no nosso bebê. _ Diz ele me encarando.
_ Ta bom. _ Lhe respondo e o policial o retira dali.
Vê-lo saindo pela porta da sala do delegado apertou ainda mais o meu coração, dói saber que ele vai voltar para a cela, e tudo por culpa daquela mulher. Sei que o Alessandro agiu de cabeça quente, mas a culpada maior é dela e isso ela vai pagar.
Chamo um táxi novamente para voltar para casa, mas ao caminho de volta me deparo com ela, a causadora da minha dor. Peço para o taxista parar, lhe pago e desço do carro para ir de encontro a ela, para finalmente nos acertarmos.
~~~Continua...
O
i pessoal tudo bem com vocês? Espero que sim.
* O que acharam do capítulo?
Não esqueçam de votar para ajudar na divulgação.
( Vocês devem esta se perguntando porquê a demora de postar, e a resposta é que estou passando por um momento difícil, me sentindo muito mal com tudo, porém não vou deixar vocês sem um final do livro.
Sei que é chato a demora, mas para escrever esse capítulo demorou mais o que eu esperava devido ao que lhes contei. Obrigada por ter paciência comigo e saibam que vai ter final sim. )
Agradeço a Deus e a todos vocês por tudo, até o próximo capítulo.
Goodbye 👋👋👋
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