"Apenas uma prova do meu amor."

Aos dez anos, Oliver Clarke conheceu seu melhor amigo, Alexander Brown, desde esse dia em diante os dois se tornaram amigos inseparáveis, até que algo aconteceu.

Em um dia insolarado no aniversário de dezesseis anos do Oliver, o aniversariante estava regando as plantas da casa de seus pais quando Alexander apareceu no jardim e abraçou Oliver por trás o assutando. E isso aconteceu de novo e de pouco em pouco isso começou a ficar frequente, até que Oliver foi confrontado pelo pai, homofóbico, que disse ao menino para dizer ao Alexander parar com essa coisa de abraço por trás, Oliver contou ao Alexander que disse que pararia, mas no outro dia que ele foi pra casa dos pais do Oliver, Alexander não só fez o que ele sempre fazia no frente do Armando, pai do Oliver, mas também falou uma coisa no ouvido do amigo:

— Eu não vou parar. Nunca pararei.

O tempo foi passando o Alexander arranjou uma namorado, acabou terminando e todo se repetio mais quatro vezes até o Alexander não querer mas ninguém, ou quase ninguém.

No dia que o Alexander terminou pela quinta vez, foi quando o acidente aconteceu.

— Cadê o Oliver!? — Alexander pergunta para a mãe de seu amigo que está sentada em uma das cadeiras de espera do hospital completamente abatida.

— O Oliver tá na sala de cirurgia — Victoria, mãe do Oliver, diz com uma dificuldade gigantesca e com a voz trêmula.

— O quê!? Mais por que? — Alexander pergunta se sentando ao lado de Victoria.

— Porque ele pode ter perdido o controle das pernas então estão vendo se é verdade — Victoria diz em lágrimas.

No fim Oliver perdeu o movimento de suas duas pernas e não tem como fazer ele ter novamente o movimento das pernas, era o que todos pensavam.

— Dois Meses Depois —

— Oi tia! — Alexander comprimenta Victoria entrando na casa dos pais do Oliver.

— Oi Alexander! — Victoria comprimenta Alexander da cozinha. — O Oliver tá no quarto estudando e fazendo uns poemas.

Fazia um mês que Víctoria tinha se divorciado de Armando por ele ser homofobico e por ela descobrir uma traição dele, e pra surpresa de muitos, ou de poucos, um novo vizinho começou a olhar pra ela mais do que o normal.

— Obrigado tia — Alexander agradece indo pro quarto do Oliver.

Chegando lá, o Brown vê Oliver em uma cadeira de rodas escrevendo em um caderno, aproveitando que Oliver não tinha visto ele chegar, Alexander caminha silenciosamente até chegar atrás de Oliver e da um abraço nele, que se assusta.

— Olá — Oliver diz parando de escrever.

— Oi, tá melhor acostumado com o fato de você ter que estudar? — Alexander pergunta.

— Você sabe que eu sempre amei estudar, então eu não tô me esforçando — Oliver afirma.

Depois do acidente, Oliver teve que passar muito tempo em casa e isso fez ele começar a ficar mais triste do que o normal, Alexander percebendo isso perguntou a Victoria se podia trazer algumas atividades e os conteúdos para o Oliver passar o tempo, Victoria aceitou e agora Alexander passa a maior parte do tempo vendo os conteúdo e atividade que o Oliver pode gostar.

A perda dos movimentos das pernas, fez o Oliver ficar deprimido pois não podia mais corre, não podia mais pegar um copo do armário de cima, não pode caminhar, não pode regar o jardim normalmente, não pode pegar as flores do jardim sem ficar em uma posição desconfortável, não pode mais se deitar na grama, no geral ele não pode mais fazer nada do que ele mais gostava de fazer ou que ele fazia e se gabava em sua mente por conseguir fazer.

Com o passar do tempo, isso começou a mudar, o Oliver começou a achar novos hobby, como a escrita da poesia e o interesse de ler livros sem ser os didáticos, que ele até tinha mas não se interessava em fazer.

Por mais que todos digam que o Oliver tá bem, ele não está, e o único que vê isso é o Alexander, por isso o Brown fez uma promessa: "Eu nunca vou sair do seu lado, eu sempre irei pra onde você irá", mas essa promessa não durou muito, ou quase não durou.

— Mãe — Oliver chama indo pra cozinha com sua cadeira de rodas vendo sua mãe com um homem de cabelos castanho e olhos azuis.

Este é o tal novo vizinho, Benjamin, um cara legal que se tornou seu padrasto que ele chama de pai.

— Sim? — Víctoria pergunta.

— Cadê o Alexander? — Oliver pergunta.

— Você não soube? — Benjamin pergunta pro Oliver.

— Saber o que pai? — Oliver pergunta.

— O Alexander vai pra outro país — Benjamin diz.

Oliver fica paralisado. Fazia dez meses que ele perdeu o movimento de suas pernas, mas não fazia nem dois meses que Alexander tinha prometido ao Oliver que não sairia de perto dele.

O som de algo quebrando foi escutado pelo Oliver, mas o som não vinha de fora, ele vinha de dentro. Como se Oliver podesse ouvir seu coração, o pequeno pode ter toda a certeza do mundo que o som de algo quebrando vinha de seu pobre coração que começou a bater bem lentamente por está triste pelo Alexander ter quebrado sua promessa.

Victoria percebendo a tristeza de seu filho decide levá-lo, junto com Benjamin, para o aeroporto onde Alexander e sua família estão. Chegando lá o Oliver logo à vista seu amigo. Oliver vai até ele o mais rápido que ele consegui. Quando ele está perto o suficiente o Clarke exclama:

— Você prometeu que não partiria!

Alexander se vira vendo seu melhor amigo com lágrimas nos olhos, e logo quem começa a querer chorar é o Alexander.

— Eu não pode recusar... — O Brown diz com a voz embarca em tristeza.

— Como não teve!?

— Meus pais não me deram escolha.

— Eles não podem fazer isso! Você ao menos tentou recusar!?

— Eu juro que tentei...

— Eu não acredito!

— Mas eu tentei, minha mãe concordou mas meu pai não, ele me forçou a vim...

Oliver não respondeu só começou a chorar bem na hora que o voou do Alexander foi anunciado a saída. Alexander não se movel, mas um certo alguém sim.

Oliver estava abalado, ele não sabia como reagir a todo isso e o furacão de emoções que invadiam seu ser. Clarke não sabia como classificar suas emoções, não todas, mas uma ele sabia o nome, amor, então ele sentiu que seu coração queria que ele se levantasse e impedisse que Alexander fosse embora, mas ele sabia que não podia.

Oliver em um impulso fez algo impossível, ele realmente se levantou e correu até o Alexander o abraçando.

— Isso é impossível — Victoria diz atônita com o que vê mas Benjamin está sorrindo pra cena.

Todos viram a cena, principalmente os pais do Alexander. O "amigo" do Oliver começou a chorar sem consequir distinguir se era de felicidade ou tristeza. De sua visão lateral ele pode vê sua mãe o olhar com olhos carinhosos e seu pai com um olhar feliz. Alexander vê sua mãe e seu pai concordarem com suas cabeça.

Em um gesto que mudaria todo, Oliver dá um beijo em seu "amigo", que logo retribui o beijo. Os dois se separam e voltam com o abraço.

— Eu sabia que ele voltaria com os movimentos das pernas — Benjamin diz ainda sorrindo. — Eu sempre soube disso e que essa seria a possível cena que o movimento das pernas voltaria.

— Como sabia? — Victoria pergunta.

— A magia me contou — Benjamin diz sorrindo.

De novo anunciam a saida do voou do Alexander fazendo Olicer ficar com medo e apertar o "amigo". Alexander olha pra seus pais com um olhar triste, e eles negam com suas cabeças fazendo o filho sorrir alegre.

E para acabar com a agonia de seu amado, Alexander diz:

— Eu não vou embora.

"Apenas uma prova do meu amor."

User: LuanaAysla