Um Psicólogo, um Policial e um Pestinha.
Dêem muito carinho para essa capítulo meus amores.
Deixem já uma estrelinha e comentem bastante ;)
Boa leitura.
❤🌈❤
Pov's Youngjae
Acordei sentindo a leve iluminação do sol no quarto batendo em meus olhos, me incomodando.
E embora odiasse aquilo a princípio, aos poucos o calor que emanava da janela foi se tornando bem vindo e eu me espreguicei, sentindo que já era hora de levantar me sentando e coçando meus olhos que viam tudo embasado assim que eu acordava. Logo tateio a mesinha ao lado da cama buscando meu celular para ver que horas eram, o que para mim foi uma surpresa, afinal estava cedo demais para qualquer coisa.
Buscando acostumar minha visão ruim, limpo novamente meus olhos e passo a observar o quarto - um pouco para não dizer muito bagunçado - por inteiro, levando um susto ao ser puxado de volta para a cama, sendo abraçado por trás pelo corpo de um Jaebeom sonolento, sorrindo enquanto deixava vários beijinhos em meu pescoço.
— Bom dia amor. — disse ele, totalmente embriagado pelo sono com a voz extremamente rouca. Como eu amo esse homem.
— Bom dia amor. — lhe respondo um pouco mais disposto, virando para ele ainda em seus braços, sorrindo enquanto deixava vários selares em sua boca, vendo-o sorrir antes de dar início à um beijo preguiçoso de bom dia.
— Eca! — Jinyoung, também conhecido como o fruto do nosso relacionamento diz, entrando no quarto fazendo cara de nojo. — Vocês não deviam fazer isso agora, tem uma criança aqui, eu não posso ver isso!
— Então fecha os olhos pirralho. — Jaebeom o respondeu fingindo estar irritado, me fazendo rir.
— Não vou fechar os olhos! Fiquei a noite inteira de olhos fechados dormindo e agora que acordei vocês me mandam fechar? — cruzou os braços totalmente indignado, fazendo um biquinho nos lábios. É meu filho mesmo.
Pelo menos disso não restava duvidas.
— Tá bom Jiny, nós entendemos, mas por que o senhor está acordado tão cedo, hum? — pergunto e ele logo descruza os braços fazendo outra careta. Ele era uma criança esperta, até demais para a idade dele, visto que não tinha completado nem sete anos ainda, embora seu aniversário estivesse próximo.
— Como assim tão cedo? Já são quase seis horas! — ele diz arregalando os olhos e Jaebeom já vai se levantando, bufando meio irritado pelo mais novo ter interrompido nosso beijo, me fazendo rir de ambos.
— Sim, são seis horas e está cedo, mas já que você está acordado anda, já pro banho que você tem escola.
— Ah, pai! — exclamou frustado. — Se eu soubesse, continuaria dormindo.
— É, quem mandou você acordar. — disse o provocando e ele me mostrou a língua. — Faz isso de novo que eu corto ela fora, eu não estou criando nenhuma cobra nessa casa!
— Calma papai. — disse saindo correndo e rindo da minha falsa ameaça. Meu Deus estou criando essa criança errado. E enquanto eu refletia sobre isso e Jinyoung corria para o banheiro, meu marido ria da minha cara.
— Por que você está rindo senhor Im Jaebeom? — pergunto vendo-o rir, vindo até mim com ares de presunção, totalmente provocativo, fazendo-me arquear as sobrancelhas, rindo e adorando aquilo.
Chegando cada vez mais perto, ele vai para cima de mim, me enchendo de cócegas antes de me erger em seu colo de surpresa, me fazendo preder minhas pernas ao redor de seu tronco nu para que ele me sustentasse. Rio de sua atitude, pondo meus braços ao redor de seu pescoço, o observando com afeição, vendo mais de perto cada uma de suas pintinhas, essas que ele tinha desde pequeno e que o deixavam ainda mais charmoso e eu ainda mais apaixonado.
— Estou sorrindo porque sou feliz... — ele diz me beijando em seguida, como queria assim que acordamos, nenhum dos dois se importando com o leve bafo que já era costumeiro. Seis anos de casado e mais alguns de namoro dão nisso. — Sou feliz por ter o esposo mais lindo do mundo, por ter esse pestinha que nós chamamos de filho... — dizia rente ao meu ouvido, mas logo ouvimos um "hei" em protesto, dito bem alto por Jinyoung que nos fez rir. — E tudo que eu poderia querer e devo isso a você, eu te amo.
— Eu também te amo. — digo sorrindo em felicidade deixando outro beijo demorado em seus lábios enquanto acariciava seus cabelos pretos. — Mas agora vamos, daqui a pouco o Jiny sai do banho e nós precisamos ir. Hoje tenho três consultas marcadas e a primeira é agora de manhã.
— Hum... — ele murmurou manhoso em concordância, olhando para o lustre do quarto, recordando-se de algo enquanto eu descia de seu colo. — Bem, hoje eu tenho que patrulhar com Jackson um bairro de periferia quase na divisa do distrito, entregar relatórios e... Acho que por hoje é só.
— Entendi... Ei Jaebeom, eu estou com uma ideia.
— Lá vem... Isso vai dar ruim, já estou até prevendo.
— Eu também! — Jinyoung gritou do banheiro, me fazendo cruzar os braços totalmente indignado.
— Nossa, mais que bela família eu fui arranjar, hein? Nem meu marido e nem meu filho, sangue do meu sangue, me apoiam. — fiz drama, até porque antes de ser um ótimo psicólogo e palestrante - modéstia parte - sou um ótimo ator. — Não tem como dar errado, até porque é uma ideia boa, ótima na verdade.
Disse me ajeitando na cama com um sorriso convicto e quase presunçoso, recebendo uma encarada duvidosa e uma arqueada de sobrancelhas de Jaebeom, que se preparava para tomar banho, pegando uma toalha no armário.
— E o quê seria a sua ideia?
— Bem, você se lembra que no ano retrasado eu criei aquele grupo de apoio para ômegas grávidos, que não deu muito certo? — perguntei à ele me recordando e o alfa assentiu também se lembrando do projeto, se sentando na borda da cama ao meu lado, me olhando nos olhos. — Então, eu quero voltar com ele esse ano.
— Jae, você tem certeza? Daquela vez não deu certo, só foram duas pessoas que acabaram desistindo e no final você teve que cancelar as reuniões. — ele disse com cuidado, se lembrando do que houve na época e realmente, eu tinha ficado arrasado, mas sentia que nesse ano seria diferente.
— Eu sei Jae, lembro como se fosse ontem, mas este ano é diferente! Estou com um bom pressentimento de que isso vai dar certo e que teremos inscrições, fora que não teríamos que nos reunir aqui em casa, já que agora eu tenho o consultório e temos até uma sala vazia que dá para usar para as reuniões. — ditei animado, vendo-o sorrir cada vez mais conforme eu explicava.
— Ok então, confio em você e em seu pressentimento. — disse pegando minha mão e a beijando. Já falei que eu amo esse homem? Logo nossos lábios se encontraram em outro beijo, lento e romântico, me deixando ainda mais apaixonado, entretanto algo aconteceu. Sempre algo tinha que acontecer...
— PAPAI! — Jinyoung gritou do banheiro, nos assustando. — PAPAI CADÊ MINHA TOALHA?
— Já vou aí! — digo alto e rindo da expressão emburrada de Jaebeom enquanto me levantava indo levar a toalha esquecida por nosso filho. Era só mais um dia começando na família Im Choi.
Após entregar a toalha esquecida por Jinyoung e separar seu uniforme, deixando na cama para que ele o vestisse; conferi se Jaebeom já tinha entrado no outro banheiro para tomar seu banho e desci as escadas até a cozinha para preparar o café da manhã. Estava praticamente tudo pronto e eu estava terminando de lavar a louça acumulada do dia anterior quando senti os braços de Jaebeom rodeando minha cintura, já com sua farda, pronto para o serviço.
Ele ficava lindo com a farda policial mas nem ela fazia eu detestar menos o emprego dele. Era vivido em minha mente todas as lembranças das vezes em que ele se feriu ou pensei que fosse perde-lo. A polícia era um sonho dele de infância que se concretizou mas que para mim parecia um pesadelo.
Claro que ele sabia disso e ele até pensou em fazer direito e concursar para se tornar delegado, mas nunca havia feito nada a respeito. Eu dormiria bem melhor se soubesse que ele está longe do perigo e não em uma operação policial em algum lugar do distrito.
— O cheiro do café está uma delícia. — ele diz deixando um selar em minha nuca, se afastando e indo se sentar na mesa, sendo seguido por mim que me sento a sua frente, colocando o que iria comer no prato. — Hoje é segunda, então é o seu dia de levar e de buscar o Jinyoung.
— É sim... — digo confirmando olhando para a porta de entrada da cozinha, onde o meu bebê estava, já com o uniforme. — E falando, no nosso príncipe.
Continuo olhando para a porta da cozinha sorrindo, atraindo o olhar de Jaebeom para a figura do pequeno, uniformizado de azul, vermelho e branco que sorriu para a gente vindo até a mesa comer.
A refeição ocorria tranquilamente e eu me senti mais que lisonjeado ao ter minha comida elogiada por Jae e Jiny. Afinal desde que eu e Jaebeom nos casamos tive uma baita evolução na cozinha: de comida tóxica, para comestível e de comestível para deliciosa.
Terminando de comer deixei Jinyoung nos cuidados de Jaebeom, para me banhar e me trocar as pressas, pois se antes estava cedo, agora eu tinha certeza de que estávamos um tanto atrasados mas em questão quinze minutos, estava pronto para o trabalho. Descendo novamente para então irmos aos nossos afazeres do dia, chamei os dois que no momento que coloquei meus pés na sala discutiam alguma coisa sobre um brinquedo que Jinyoung viu e que queria mais que tudo - nas palavras da minha cria dramática - enquanto eu pegava as chaves do carro para irmos até a delegacia deixar Jaebeom, seguindo até escola de Jinyoung depois.
Assim que chegamos frente ao edifício da polícia me despedi de Jaebeom com um beijo costumeiro, lhe desejando um bom trabalho e cumprimentei Jackson que conversava com outro policial, enquanto Jae se despedia de Jinyoung. Seguindo o caminho, deixei meu pequeno ômega sob os cuidados da professora na escolinha, dando-lhe bom dia e deixando um beijo em sua bochecha, ganhando um grunido de reprovação dele que fez a mim e a professora rirmos.
Assim que ele entrou indo de encontro com uma coleginha segui para o meu consultório. Ele ficava em um bairro próximo ao centro comercial muito bem localizado, que tinha sido bem valorizado no último ano e por sinal, um dos mais procurados por conta de minhas especializações e do meu trabalho com os pacientes.
— Bom dia! — digo dando um sorriso animado assim que adentro o local que já havia sido aberto por Jeongyeon minha secretária, balconista e amiga. A alfa era formada em sociologia, mas por não conseguir um emprego permanente na área de atuação, aceitou o emprego de período integral na clínica onde era uma excelente secretária.
— Bom dia Youngjae! — ela me cumprimentou tirando os olhos da revista que lia no momento, sorrindo para mim e ajeitando o laço de sua camisa antes de me passar as informações do planer com os horários. — A senhorita Jung ainda não chegou.
— Ok, a sala já está pronta?
— Está sim, tudo pronto para a consulta Doutor. — ela diz apoiando no balcão sorrindo e logo retribuo seu sorriso, pegando os prontuários dos pacientes de hoje e me lembrando então de contata-la sobre meu projeto.
— Muito obrigado Jeong... Ah! É mesmo, antes que eu me esqueça queria te contar, vou fazer um projeto social ou melhor, refazer um projeto que deu errado. É um grupo de apoio para ômegas grávidos, o quê você acha?
— A ideia é ótima Jae, pode contar comigo se precisar de algo. Espero que desta vez dê certo.
— Tenho certeza que vai dar certo desta vez. Vou começar a planejar tudo hoje mesmo, quero começar logo e queria a sua ajuda para arrumar a sala e ver o que podemos fazer lá, podemos ver depois dessa primeira consulta, o quê acha? Vamos ter um tempo antes do horario de almoço.
— Por mim tudo bem... Nossa, você está mesmo animado com isso, mas pensei que você iria querer ver isso com calma, arrumar as aulas e tudo mais...
— Ah sim, claro mas eu já tenho as primeiras aulas prontas, só preciso atualizar alguns assuntos e conteúdos e vou precisar de umas duas semanas pra isso fora que precisamos panfletar o curso então, creio que em umas duas ou três semanas dê para fazer a inauguração.
— Entendo... Bom de qualquer forma eu te ajudo, pode contar comigo.
— Obrigada Jeongyeon, você é incrível. E vai ser uma ótima experiência também, eu tenho certeza.
— Sim, vai ser ótimo. Quando as reuniões vão acontecer?
— Aos domingos, uma vez por semana nos primeiros meses do grupo e depois veremos se vamos aumentar para duas vezes na semana, caso necessário.
— Entendo, podemos ver isso depois que acabar a consulta e discutir durante o almoço, vou pedir para Dong-Yul nonna limpar a sala amanhã. Já o senhor doutor Choi, é melhor se preparar para a consulta, a paciente deve chegar daqui a pouco.
— Já estou indo e novamente, muito obrigado Jeong, significa muito para mim. — digo totalmente grato pela alfa que assente sorrindo, voltando para sua revista assim que vou para a sala principal do consultório onde eu atendo, com o intuito de ler mais uma vez a ficha da paciente enquanto esperava sua chegada.
Eu sempre fui apaixonado pela psicologia e esse amor pela ajuda emocional apenas se intensificou quando eu e Jae tínhamos precisado dessa ajuda à um bom tempo. E isso me inspirou e me ajudou a escolher a psicologia e terapia como carreira, para ajudar as pessoas do mesmo jeito que eu fui ajudado. São boas as lembranças embora os tempos tenham sido conturbados.
— Com licença doutor, a senhorita Jung já chegou. — Jeongyeon informou passando a cabeça pela porta, me tirando de meus pensamentos e pedindo para que ela entrasse, fazendo Jeongyeon ceder e dar passagem para a moça baixa, de cabelos ondulados e cupridos e olhos pequenos. E assim que a cumprimentei com simpatia, dando espaço para que ela entrasse e se sentasse no divã, começamos a consulta.
Ela era uma ômega muito jovem, tinha apenas dezenove anos mas já havia passado por muitas coisas em sua vida, pelo que ela havia me dito nas consultas anteriores. Seus traumas de infância e adolescência a assombravam e ela vivia em recaídas nos vícios que estava tentando se livrar e que tinha adquirido para tentar se livrar da própria realidade. Eu trabalhava isso com ela e fiquei ainda mais feliz quando soube que ela não tinha tido recaídas nas ultimas duas semanas e que se sentia bem melhor em relação a sua depressão.
Assim que terminamos a sessão, era visível como ela parecia mais disposta e até aliviada. Tinha chorado, mas com o choro, um peso que parecia estar em seu corpo foi-se embora, dando espaço para o alívio de sua alma e de seu lobo.
Então ao findar a consulta, ela se despediu e foi embora e como não haveria mais consultas pela parte da manhã eu e Jeongyeon fomos ver a sala, onde o grupo aconteceria, me deixando ainda mais animado. Ela estava limpa, pois Dong-Yul a limpava com frequência e era de um bom tamanho para caber até umas vinte pessoas sentadas ou em pé, tendo um tamanho perfeito para o que queríamos.
Nós conversamos e decidimos várias coisas sobre a decoração do local e sobre o formato e duração das reuniões, além do que já haviamos falado antes, observações que eram todas anotadas por Jeongyeon em seu caderno para que pudéssemos pesquisar depois e formar um orçamento. Estávamos tão empolgados que mal vimos o tempo passar e quando vimos estava na hora do almoço então chamei a alfa para irmos almoçar, já tendo um ótimo local em mente. Colocando a plaquinha de momentaneamente fechados, tranquei o consultório e ambos fomos até o carro, rumo a cafeteria do meu velho amigo Seokjin.
Não demorou à chegarmos e entrarmos na cafeteria, sendo recepcionados por um alfa extremamente alto e gentil que nos entregou os cardápios desejando um bom apetite. Enquanto Jeongyeon via o cardápio diverso do Kim, eu observava o lugar extremamente encantado, sabia que Seokjin tinha um bom gosto, isso era evidente em tudo que ele fazia e até mesmo nas consultas e na terapia de casal que ele e Namjoon faziam comigo. Logo meus olhos vão de encontro na figura alta e de sorriso cativante que vinha ao nosso encontro, belíssimo como sempre e com um astral maravilhoso.
— Choi Youngjae, quanto tempo! — ele diz animado indo até a nossa mesa e me levanto para abraça-lo. — Meu Deus eu não te vejo à séculos! Está até com cabelos brancos.
— Claro e você está grisalho, não é? Só pinta os fios pra disfarçar. — disse irônico e o lúpus revirou os olhos rindo, cumprimentando Jeongyeon que também ria da conversa.
— Eu estou em plena forma para a minha idade, pareço até mais novo. — Disse convencido disso, dando-me uma piscadela. — você é que deve estar acabado, marido e filho pra cuidar.
— Nada que eu não consiga resolver senhor Kim...
— Mas e você Jin? Têm ou pretende ter filhos? — Jeong perguntou olhando para mim e em seguida para Seokjin, na expectativa assim como eu, de conseguir alguém para participar do projeto.
— Graças à Deus que não, só marido mesmo. Namjoon já pensou em termos e nós já conversamos bastante sobre isso mas, sei lá acho que agora não é o momento...
— Ah sim, entendo. — digo pensativo, pelo visto Seokjin estava fora de cogitação.
Logo Jeongyeon mudou de assunto e eu olhei um tanto frustrado para o cardápio mesmo que fosse pedir o de sempre. Um suco e um sanduíche de peito de peru, queijo, frango e molho, já pensando no que iria pedir de sobremesa. No entanto o lúpus era esperto e notou a mudança repentina.
— Senti uma mudança aqui... Vamos me contem, o que foi? — disse sentando-se na cadeira disponível ali na mesa de frente á nós dois, disposto a saber.
— Bem, é que eu queria que você participasse do meu grupo de apoio para ômegas grávidos, mas pelo visto parece não ser do seu interesse... — disse simples largando o cardápio sobre a mesa, enquanto Jeongyeon chamava o garçom que nos atendera antes e Jin me olhava arqueando as sobrancelhas.
— E por que não seria? Só porque eu não estou grávido e não quero filhos no momento? Não sabia que para participar dessa sua "sociedade secreta" estar grávido era um pré requisito. — disse rindo e eu me animei. Um sorriso de orelha a orelha brotando no meu rosto.
— Então você aceita participar?
— Claro, desde que não bata com os horários do café eu posso ir. Adoro as suas palestras e quem sabe essa não me convence a ter um bebê. Jonnie quer um filho faz tempo, só basta eu querer.
— Isso é ótimo! As inscrições estarão abertas daqui à mais ou menos uma semana pelo previsto, mas qualquer coisa iremos te avisar. Enquanto isso o teremos como um interessado, certo? — pergunto seguindo meu olhar para Jeongyeon que assente, marcando o nome dele em seu bloco de notas assim como seu número.
— Tudo bem então, eu irei ver direitinho... Ah, é mesmo! Acredito que tenha uma outra pessoa aqui que possa estar interessada em participar deste grupo. — ele diz procurando alguém com o olhar me fazendo sorrir animado para Jeongyeon que sorriu da mesma forma. Aquilo só poderia ser um bom sinal. — Mark, venha cá!
Ele chamou então por um ômega que passava por ali e assim que o olhei vindo até nossa mesa, vi que ele não me era estranho. E pelo visto não era o único que achava isso, já que ele me encarava da mesma forma, conforme ia se aproximando.
— Me desculpe a indelicadeza mas, eu te conheço? Sinto que já te vi em algum lugar. — perguntei incerto, analisando sua feição. Com certeza eu já tinha visto ele em algum lugar.
— Eu... Acho que sim. — ele diz da mesma forma, sorrindo meigo e foi quando me lembrei, me lembrei daquele sorriso.
— Ah sim! Sim, agora eu me lembro. Você é o esposo do Jackson!
— Sim! E você é o esposo do Jaebeom, estou certo?
— Então, vocês já se conhecem?
— Eu conheci Youngjae-ah em uma festa da Polícia há um pouco mais de um ano. Eu, meu marido que na época era meu noivo, ele e Jaebeom meio que fugimos da festa e fomos para um barzinho lá perto. Nos vimos de novo no meu casamento mas depois, creio que nunca mais nos vimos. — ele explicou com um sorriso radiante no rosto e eu confirmei a história, me lembrando claramente. — Mas então, do que precisam?
— Bom, o Jae aqui está com um projeto de um grupo de apoio e queria saber se você não está interessado em participar. — Seokjin simplifica e Mark o encara confuso.
— Grupo de apoio do quê?
— É um grupo de apoio para ômegas grávidos e... Espera! Mark, você está grávido?!
— Bem... Sim! — ele responde animado, gesticulando e me deixando tão empolgado quanto feliz por ele, me levantando dali em um gritinho que chamou um pouquinho de atenção dos demais clientes enquanto eu ia abraça-lo.
— Meus parabéns Mark! Vocês estavam tentando ou foi de surpresa mesmo? Estão de quanto tempo?
— Bem, não estávamos tentando, mas nós queríamos há um tempo e sabíamos que a qualquer momento eu poderia engravidar e bem, aqui estou eu! Estamos de três semanas. — ele contava da gravidez todo empolgado mas logo sua expressão mudou e sua atenção foi tomada por algo, ou melhor alguém. Olhando para a porta preocupado, ele chamou minha atenção levando-me a olhar para a figura que batera a cabeça na porta xingando a mesma, um ômega usando óculos escuros e que aparentava estar caindo de sono. — Jimin? Você está bem?
— Eu estou bem sim Mark, fica tranquilo. — disse rouco, sorrindo mínimo em um bocejo e literalmente ele parecia que iria cair de sono a qualquer momento, tropeçando em literalmente tudo, enquanto se dirigia para uma salinha.
— Deixa eu adivinhar, você encheu a cara no sábado e esqueceu que tinha algum trabalho da faculdade para terminar e só se lembrou quando acordou meio dia, com uma ressaca daquelas. — Jin supôs, recebendo um sorrisinho sarcástico como resposta.
— Claro que não, eu acordei as três da tarde... — respondeu quase caindo de onde estava sentado, bocejando novamente. — E eu estou bem, só estou um pouco cansado. Tive que virar a noite revisando o seminário para entregar hoje.
— Um pouco-muito cansado, você quis dizer, né? Pensei que tinha parado com isso. Fique aí, vou pegar um café e uma aspirina para você, não dá para trabalhar desse jeito... Com licença Jae, vou cuidar daquela criança ali. — Jin disse indo até o ômega apoiado no balcão e Mark riu. Enquanto isso, eu apenas assistia a cena que querendo ou não era um tanto engraçada, Seokjin parecia um pai dando bronca no outro que eu apostava ser mais novo, enquanto a alfa do meu lado focava mais em comer, seu almoço que havia sido trago pelo garçom.
— E então Mark? Você vai querer participar? — pergunto, desviando meu olhar dos dois um pouco a frente e ele assentiu, animado com a proposta. — Ok, as inscrições provavelmente serão abertas daqui a uma semana e vamos te ter como interessado. Poderia me passar seu número?
Pedi e ele logo me deu o número, anotado em seu caderno de pedidos e dado a mim que o guardei no caderninho de Jeongyeon, ansioso. Ele então foi atender os clientes e eu fui comer meu almoço, conversando com ele e Jin, quando ambos conseguiam um tempo para conversarem conosco e aquilo estava tão bom que mal vi o tempo passar. Jin as vezes reprimia o ômega sonolento que apenas assentia as suas ordens, indisposto demais para rebater os argumentos do chefe, dando o seu melhor para atender aos clientes.
Jeongyeon já estava terminando sua sobremesa quando eu terminei de almoçar, me fazendo descartar a possibilidade de pedir uma também, mas estava tão satisfeito que a ideia nem me chegou a parecer ruim. Terminando de comer nos despedimos deles, prometendo voltar e seguindo para o consultório para a próxima consulta. Assim que entramos no carro a conversa sobre os projetos e sobre o almoço seguiram animadas e Jeongyeon estava tão ansiosa quanto eu, com várias ideias que poderíamos agregar as reuniões. Estava sendo um ótimo dia, uma segunda-feira perfeita, até para mim que odeio segundas.
Mas era um ótimo dia para começar de novo.
❤🌈❤
Beijinho só pra quem deixa um fav 😚
Gostaram do capítulo? A família do Jae vai ser um marco importante para o desenvolvimento da fic e como podem ver, eles são uns amorzinhos. Comentem bastante meus amores. Até mais❤
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