Nomes e Sobrenomes.
❤🌈❤
Pov's Jimin
— ... Mas ele é legal com você? Ele te trata bem?
— Sim, ele é um cara meio estranho, mas é muito legal e é um bom chefe, nos trata como se fossemos da família, assim como o senhor Zhang.
— Isso é bom. Mas se acontecer qualquer coisa, chama o Kyung. — respondo, pousando as mãos sobre minha barriga crescidinha, sorrindo para o alfa ao meu lado, ouvindo ele rir da minha solução.
— Vou me lembrar disso. — Jungkook respondeu, olhando para mim de relance e sorrindo da mesma forma, enquanto dirigia.
Faltava apenas duas semanas para completarmos três meses e logicamente, eu e Jungkook estávamos nas nuvens por conta disso. Nós estávamos indo para a clínica de Youngjae, era domingo então eu tinha grupo de apoio, e durante todo o trajeto Jungkook e eu conversávamos sobre seu segundo emprego, que tinha voltado com tudo no sábado.
Sob nova direção, os negócios no bar agora iam mudar um pouco, mas segundo o Jeon não foi muita coisa, já que Zhang Yixing tinha o mesmo modo de ver e trabalhar que o pai, tornando a administração dos negócios da família muito parecidos.
Com quase três meses nós estávamos literalmente vivendo uma espécie de namoro, ainda mais do que estávamos antes.
Nós saímos em outros encontros, fazemos compras para casa e para o bebê, cozinhamos juntos, fazemos programas de casal, Jungkook me levava para a faculdade e para o trabalho, e aos fins de semana ele ia comigo ao grupo de apoio, quando não tinha que repor horas no mercado - se bem que eu acredito que ele vai lá para fofocar com Jongin.
Estávamos imersos em uma bolha cor de rosa que era praticamente perfeita, até porque nesse meio tempo em que nos conhecíamos, eu aprendi que Jungkook consegue ser bem insuportável quando ele quer. E ele aprendeu que eu podia ser tão insuportável e irritante quanto, bastava eu me esforçar para isso.
Á este ponto, entre uma discussão e outra mais um chamego e outro, nós aprendiamos a conviver, nos apaixonando cada dia mais, mesmo com as imperfeições um do outro. Nosso bebê crescia cada dia mais, era um alfa saudável e o Doutor garantia que ele estava se desenvolvendo muito bem e muito rápido. Sempre que íamos ao médico ele se mexia durante a ultrassom, era um bebê bem agitado e infelizmente ele teve a quem puxar e dos dois lados, então não podia ser diferente.
— Eu estou falando sério, o Kyung é ótimo em se livrar de gente inconveniente. Ele fez isso com meu ex-namorado e eu nunca mais ouvi falar dele...
— Ainda bem, porque pelo que você me contou dos seus ex-namorados, a última coisa que eu iria querer era eles por perto. Sem ofensas.
— Não ofendeu, mas de qualquer forma eu tô com você agora, não tem que se preocupar com nenhum ex meu. — digo como quem não quer nada, vendo ele corar com aquelas simples palavras, me fazendo rir. — Iti que ele tá todo coradinho!
Digo apertando sua bochecha de leve vendo ele rir. Era ótimo me sentir assim, tão a vontade com alguém que não fosse Taehyung ou Mark, Jungkook tinha entrado na minha vida há três meses é tinha se tornado alguém extremamente importante pra mim, não só pelo bebê mas pela sua presença. E era incrível o jeito que ele fazia eu me sentir confortável, tanto que não me custou muito aceitar o fato de que daqui há alguns meses não seríamos só nós dois e sim três. E eu estava cada dia mais empolgado com isso.
Como mencionei, estávamos indo para o grupo, e eu teria a companhia de Jungkook por hoje. Mark não iria, pois estava aproveitando para ver alguns papéis da adoção e passar um tempo com as mães, Bambam e Jackson. Seokjin era outro que não pode dar o ar da graça, ele ia aproveitar que Namjoon estava em casa e ia aproveitar o dia junto com ele. Baek avisou que chegaria atrasado e Kyungsoo... Não tinha dado um sinal de vida sequer.
Estacionando frente a clínica nós logo saímos do carro, entrando no local já conhecido por nós. O ambiente era o mesmo, familiar e aconchegante, a única diferença é que ao invés de encontrarmos Jeongyeon na entrada, um alfa muito parecido com Youngjae - pelo menos segundo minha visão - guardava o balcão, folheando um livro distraidamente até nos notar ali.
— Bom dia, em que posso ajudá-los? — ele pergunta, deixando o livro de lado e se apoiando na bancada, sorrindo simpático para mim e para Jungkook.
— Bom dia, viemos para o grupo de apoio. — respondo e ele logo assente, voltando a sua posição anterior, pegando o livro novamente.
— Ah sim, se quiserem podem ir para a sala. O restante do grupo ainda não chegou mas Youngjae está lá.
— Muito obrigado... Desculpa a pergunta mas, vocês são parentes? — pergunto, antes de seguir caminho com Jungkook e o alfa me encara um tanto surpreso.
— Bem de certa forma sim. — ele diz rindo, sem mal intenção ou deboche, apenas divertimento. — Eu sou casado com ele, mas sem problemas, muita gente acha que somos parentes. Muito prazer sou Im Choi Jaebeom.
— Ah sim, Jae comenta bastante sobre você. Eu sou Park Jimin, e esse é Jeon Jungkook.
— Muito prazer. — o Jeon o cumprimentou com simpatia, sendo retribuído pelo mesmo.
— O prazer é todo meu. Jungkook, certo? Sem querer abusar da boa vontade, mas você pode me ajudar um instante? A senhora que limpa a clínica para o meu marido comentou de um problema na calha, e por mais que eu queira não consigo mexer nela sem ajuda. Você poderia?
— Claro. Jimin, você...
— Eu vou lá com o Youngjae. Pode ir, só toma cuidado. Eu não quero ter que voltar com você todo quebrado pra casa.
— Pode deixar. — ele respondeu sorrindo, dando-me um selinho antes de acompanhar Jaebeom para o lugar que pretendiam arrumar. Indo em direção oposta, eu fui até a sala onde aconteciam as reuniões, abrindo a porta e encontrando Youngjae que brincava com uma criança no tapete, os dois rindo a medida que o mais velho fazia cócegas no mais novo.
— Bom dia? — cumprimentei rindo, ganhando a atenção dos dois que aos poucos foram parando com a brincadeira.
— Bom dia Jimin, vem sente-se. — o ômega mais velho chamou, se ajeitando sobre o tapete e pegando algumas almofadas para que eu me sentasse. — Esse aqui é meu filho, Jinyoung.
— Oi... Papai eu posso ficar lá na frente com o meu pai? — perguntou para o Im Choi após me cumprimentar e o ômega ponderou um pouco.
— Vai lá, pode ir, só vê se não bagunça.
— Seu esposo tá lá fora com o Jungkook, disse que ia ver algo na calha algo assim. — contei e Youngjae suspirou, negando com a cabeça.
— Alfa teimoso, já falei que não precisava...
— Meu pai vai subir lá no telhado? Eu quero ver! — o garoto disse e saiu correndo pela porta, chamando pelo pai alfa, fazendo eu e Youngjae rirmos.
— Crianças... Aproveita bastante enquanto esse alfinha tá aí dentro, porque depois você não dorme mais, vai ficar cheio de cabelo branco de nem eu. — disse rindo, pedindo certa permissão para tocar minha barriga, fazendo um carinho no meu neném. — E como é que você e esse neném estão?
— Nós estamos bem, ele principalmente. Estou conseguindo conter melhor os enjoos, mas meu físico está uma porra. Deve ficar pior né?
— Sim, mas não fica se preocupando muito com isso, é só continuar se cuidando e curtindo as coisas boas. Daqui a pouco você vai conseguir sentir ele chutando e... Não tem como descrever o quão incrível é a sensação.
Ele diz sorrindo nostálgico, envolto de uma sensação boa que eu infelizmente não conseguia sentir, seus olhos estavam longe, como se conseguissem ver aquilo que se passava em sua mente. Vê-lo daquela forma me fez sorrir, fazendo um carinho em minha barriga e imaginando como seria sentir aquilo. Eu teria que esperar mais um pouco.
— Espero viver isso logo, e que seja uma experiência tão boa quanto a sua... — digo sorrindo e ele me encara, o olhar um tanto perdido.
— É, tomara... Tomara que sim. — ele diz, parecia se recordar de algo não tão bom e eu me preocupei quanto a isso, ele não parecia levar aquilo muito bem.
— Então... Quantos anos tem seu filho? Ele é uma graça. — perguntei e ele dá um sorriso, mexendo em uma linha solta de sua calça.
— Ele é né? Puxou à mim. Fez sete anos há duas semanas, por mais que tenha a mentalidade de um adolescente em certos aspectos.
— Sete? Eu pensei que você fosse mais novo. — comentei, não escondendo uma leve confusão, vendo o mesmo sorriso triste de antes tomar seu rosto.
— Tenho vinte e quatro. Passei em um vestibular concorrido aos dezesseis e por isso consegui antecipar minha formatura. Entrei para psicologia no mesmo ano.
— Nossa isso, isso é incrível! Não sabia que você era um prodígio.
— É... Jinyoung é a prova disso. — ele mencionou rindo e eu não entendi, e logo ele se pôs a explicar. — Eu engravidei dele no mesmo ano que entrei na faculdade, tive ele aos dezessete.
Ele menciona e eu não sei dizer se ele enxergava aquilo como algo bom ou ruim, não queria ser ainda mais invasivo então apenas fiquei em silêncio, esperando que ele continuasse.
— Sabe, eu não me arrependo de nada, eu amo meu marido e meu filho, mas isso não significa que não foi difícil. Eu e o Jae nos conhecemos desde crianças, começamos a namorar cedo e com quatro anos de namoro veio Jinyoung. Nós éramos tão novos... Sabe Jimin, quando você é jovem e acaba em uma situação como essa, todo o seu mérito e tudo o que você construiu se transforma em nada aos olhos alheios. Um dia você é um ômega prodígio e no outro, é só um adolescente irresponsável que engravidou e vai deixar a criança para os avós cuidarem.
— Sei bem como é. Eu posso não ser tão novo quanto você quando engravidou, e nem Jungkook, mas desde que eu descobri do bebê esse tem sido um dos meus maiores receios. As vezes dá para sentir na pele o julgo as outras pessoas, de professores e até de quem consideramos amigos. Eu temia principalmente por causa do Jungkook, quer dizer nós dois temos tanta vida pela frente e por mais que eu tenha aprendido a amar meu filho e ele também o ame, eu sinto que estou perdendo uma parte da minha vida para dedicar à alguém, e as vezes é difícil saber como se sentir sobre isso...
Respondo, não escondendo o que pensava. Minha ansiedade sempre me atacou dessa forma, e desde que engravidei ela me tomava e me fazia sentir de diversas formas o que essa gestação significava em minha vida. A este ponto eu já amava meu bebê como uma parte de mim e de Jungkook, e nós dois nos sentíamos capazes de fazer tudo por ele ou ela, mas nem isso pode afastar minha ansiedade. Youngjae sabia disso, tive que marcar algumas consultas com ele para falarmos sobre isso e tentar pelo menos arrumar minha situação.
Não era fácil. Mas pelo menos estávamos indo em um bom caminho.
— Eu me sentia do mesmo jeito... — ele sorriu empático. — Sofri uma pressão enorme, não só da faculdade, mas dos meus pais e dos pais do Jae, eles não entendiam o que eu estava passando, principalmente quando eu estava quase certo com interromper a gestação. Jaebeom quem mais me ajudou durante os meses que se seguiram e ele estava comigo em qualquer decisão que eu tomasse, especialmente quando eu desisti do aborto e prossegui com a gravidez.
Contava como se tal ideia para ele agora parecesse um absurdo, mas novamente eu apenas escutava seu relato, prestando atenção em cada palavra e o ouvia com empatia, acariciando suas costas quando notei seus olhos marejarem.
De certa forma eu o entendia nesse ponto. Por mais que já tivesse passado em minha cabeça, eu nunca cogitei em abortar meu bebê, mas entendo quem toma essa medida. Pensava em dá-lo para adoção, caso tudo desse errado, Jungkook fosse um babaca e eu não conseguisse meios de nos sustentar. A ideia do aborto me assustava pois me lembrava o que minha mãe tinha feito.
Eu era uma criança e não entendia o que tinha acontecido na época e nem os motivos. Mas ver a própria mãe caída no chão e sangrando mais de uma vez, após se drogar e ter três abortos induzidos, não é algo que sai fácil da mente de uma criança.
Especialmente quando ouve ela dizer que se preciso faria aquilo quantas vezes fosse necessário, para não deformar o próprio corpo tendo outra criança.
Eu respeitava sua decisão sobre o aborto, era o corpo dela afinal e ela não era obrigada a ter filhos que ela não queria. Só não entendia o porquê que ela buscou esses meios - já que ela tinha dinheiro para ir em uma clínica - e tão pouco entendia seu desprezo por mim.
Afinal se ela quisesse eu era apenas mais um aborto, mas não. Ela me teve e tornou quase dezoito anos da minha vida um inferno.
E eu podia não entender todas as motivações da minha mãe, mas eu entendia bem os motivos Youngjae.
— Talvez minha vida fosse diferente agora mas, toda vez que eu vejo meu menino sorrindo eu só consigo pensar que todo sangue, todo suor e toda lágrima que eu derramei valeu a pena. Eu pensava que não iria conseguir me manter na faculdade com um recém nascido mas, com muita ajuda conseguimos. E eu sou muito grato por isso... — refletiu, limpando os olhos quando um sorriso deu lugar a suas lágrimas, fazendo-me sentir emotivo. Malditos hormônios.
— Que bom que você teve quem te apoiasse, além do seu esposo. — comentei e ele assentiu, totalmente de acordo.
— Realmente, meus pais me ajudaram muito, minha mãe principalmente.
Mencionou e eu não pude deixar de pensar na minha própria situação.
Fazia cinco anos que eu estava morando em Seul após ser enxotado para fora de casa pela minha própria mãe, por não querer me casar com o mauricinho asqueroso do filho da "amiga" dela. E nesses cinco anos, eu não tive sinal nem dela e nem do meu pai.
Eu não fiquei tão chateado pela minha mãe não ter vindo atrás de mim, eu já esperava isso depois de tudo o que aconteceu e tudo o que ela me falou enquanto jogava minhas coisas para fora. Era até melhor que ela continuasse bem longe de mim, mas com meu pai o caso era outro.
Meu pai era um amor de pessoa e sempre demonstrou carinho para comigo, nas poucas vezes quando estava em casa e até quando estava trabalhando. Sempre trazendo alguma coisa de suas viagens ou me ligando quando combinavámos algo mas ele ia se atrasar. Ele era um exemplo de pai e a única pessoa que me entendia, e que sabia o quão exagerada minha mãe podia ser.
O problema era exatamente o que o tornava um pai e um marido perfeito. Ele não se opunha ao que minha mãe estabelecia, sempre acatava as suas ordens e não fazia nada para impedí-la por medo de algo que eu mesmo não sabia o que era, mas sempre que podia me defendia dos absurdos dela. O problema é que ele nem sempre estava em casa para isso.
Ela ficou extremamente instável após a falência da empresa que meu pai havia herdado de sua família, e começou à ficar obcecada em arranjar casamentos arranjados para mim, enquando meu pai saía à trabalho, tentando reerguer a empresa.
Quando ela me arranjou o terceiro casamento - isso aos meus dezoito - ela tentou me forçar à todo custo para me casar com o idiota. Fez barganhas, chantagens e ameaças que foram o estopim para eu dar na cara do alfa metido a besta e soltar para a "amiga" dela, como ela era podre. Foi quando ela surtou, e assim que cheguei em casa, todas as minhas coisas estavam jogadas pelo jardim, e ela não me deixou entrar.
Meu pai não estava em casa para me defender, e por mais que meu lobo implorasse, eu não ia bater nela, mas ela me bateu. Bateu na minha cara até que eu caísse, dizendo as coisas mais horríveis e inimagináveis que uma mãe poderia dizer à um filho, me humilhou e disse para eu desaparecer do caminho dela, pois eu não era mais seu filho.
Destruído por fora e por dentro, eu peguei minhas coisas e as coloquei em uma caixa qualquer que estava para reciclagem, comprei uma passagem para Seul e nunca mais tive o desgosto de olhar na cara dela.
Taehyung e Seokjin eram amigos de infância que já tinham morado em Busan, e me ajudaram à me reestabelecer. Com o dinheiro que eu tiraria minha carteira de motorista e compraria um carro, eu comprei meu apartamento e passei a trabalhar na cafeteria do Seok, que me ofereceu um emprego assim que inaugurou o lugar, em tempo integral antes de começar a faculdade.
Foi nessa época que eu parei de me importar com muita coisa, passei a agir como um adolescente despreocupado, tive a minha pior fase com a ansiedade e provavelmente desenvolvi meus problemas de memória. Voltei à me importar um pouco com minha vida só quando entrei para a faculdade, e mesmo assim não foi da melhor maneira possível, como vimos anteriormente.
A família pode se tornar um fardo, quando não faz o mínimo de esforço para te amar do jeito que você é. E eu aprendi isso na prática.
— Isso é bom. E olha para você! Formado e com sua própria clínica, casado, um pai amoroso. Você é o meu mais novo modelo de vida. — digo, me arrumando sobre a almofada, ouvindo-o rir.
— Para, não é pra tanto... Bom dia? — ele diz dirigindo seu olhar para a porta, onde Kyungsoo entrava sonolento, sendo seguido por Baekhyun raivoso que parecia puto com algo ou alguém, e caso fosse a segunda opção eu já tinha minhas apostas.
— Bom dia.
— Bom dia Jae, bom dia Jimin, bom dia pra todo mundo menos pra mim! — ele comentou raivoso, se sentando no chão com tanto ódio que podia fazer um buraco abaixo dele no formato da bunda.
— Acordou com o pé esquerdo é pouco, pelo visto você acordou do avesso. O quê aconteceu?
Perguntei rindo ouvindo-o bufar, enquanto Kyungsoo se sentava ao meu lado quase em câmera lenta, me cumprimentando com carinho assim que se aconchegou.
— O quê aconteceu?! Vou te dizer o que aconteceu: Park Chanyeol aconteceu! Aquele idiota... — disse e logo atrás dele, Jungkook entrava na sala, sorrindo para mim assim que seus olhos me encontraram, me levando a sorrir de volta.
— Pelo visto brigaram, qual foi a da vez? — Youngjae perguntou, se esticando para pegar a apostila para começarmos a palestra e o Byun assentiu com um bico emburrado, enquanto Jungkook pedia educadamente para Kyungsoo dar espaço para ele se sentar ao meu lado, e educadamente o Kim mandou ele ir se foder.
— Acontece que aquele idiota cismou que o sobrenome da nossa filha vai ser Park! Vê se pode uma merda dessas? Com todo respeito pelo teu sobrenome Jimin, não é nada pessoal.
— Sem problemas. — respondi rindo, me aconchegando sobre o peito de Jungkook, conforme ele se ajeitava no espaço cedido pelo Im Choi, que foi ver o que o marido e o filho estavam aprontando.
— Mais qual é o problema com o sobrenome? — Jungkook perguntou sem entender ao colega de trabalho, que bufou como se fosse óbvio.
— Eu queria que ele pelo menos considerasse colocar o meu! Mas não! Vamos ser alfanormativos e seguir a porra da tradição milenar de adotar o nome do alfa! — ele reclamou e Kyungsoo revirou os olhos. Pelo visto não era a primeira vez naquele dia que ele fazia isso.
— Mas qual o problema? Se você não gosta, podem colocar os dois...
— Eu já sugeri isso, mas ele não gostou, disse que fica feio. — Kyung respondeu, pousando as mãos sobre a barriga, fazendo carinho nos trigêmeos.
— Mas isso vai ficar horrível. Imagina comigo: a criança já tem um sobrenome, daí vai e mete mais dois sobrenomes em cima. Daqui a pouco ela vai ter que recitar um poema pra ler o próprio nome.
— Nisso ele tem razão. — adimiti e finalmente Youngjae voltou.
— Quem tem razão? — Jae perguntou voltando a se sentar na rodinha, antes de Jungkook explicar para ele o que aconteceu. — Olha por outro lado Baek, pelo menos quando ela crescer vai poder escolher o que ela preferir.
— Eu não tinha pensado dessa maneira...
— Quando eu e Jaebeom estávamos esperando Jinyoung decidimos registrá-lo com ambos sobrenomes, quando nos casamos fizemos o mesmo, e usamos o que nos sentimos confortáveis para usar. — ele explicou e Baekhyun passou a ponderar.
— E eu por exemplo, adotei o sobrenome do Jongin quando me casei, não é o fim do mundo, e o legado da minha família não desapareceu por causa disso. As crianças vão ter Kim no nome, e eu fico feliz com isso. Mas te entendo nessa questão, é complicado.
— Conversa com ele Baek, quem sabe vocês não chegam em um acordo. — sugeri após Kyungsoo terminar sua fala e ele assentiu, ainda refletindo.
A partir daí, a palestra se seguiu normalmente, Youngjae explicava o assunto com a mesma oratória calma e autoexplicativa que ele sempre usava, exemplificando e respondendo nossas dúvidas com a maior paciência. Sinceramente, eu mal vi o tempo passar, estávamos tão envolvidos na conversa que se sucedeu que só notei que era hora de ir quando Jaebeom e Jinyoung reapareceram ali, chamando por Youngjae.
Nos despedindo, Kyungsoo levou Baekhyun para casa, enquanto Youngjae e a família foram para a casa deles e eu e Jungkook seguimos para o shopping. Iamos ver algumas coisas para o bebê e aproveitar para almoçar por lá.
No caminho, Jungkook me contava sobre o conserto da calha e como tinha tido uma conversa agradável com o outro alfa e eu mencionava o mesmo de seu ômega. Nós estávamos entrando no shopping quando algo veio a minha mente, sobre a conversa de hoje mais cedo e sobre essa questão de nomes.
— Jungkookie? Acha que a gente já precisa escolher um nome para o bebê?
— Um nome? — ele repetiu a pergunta e revirei os olhos, rindo pela cara que ele fez.
— É Jeon, um nome. Acho que não dá pra chamar ele ou ela de bebê pelo resto da vida.
— Eu sei, mas é que eu acho que não precisamos pensar nisso agora. Nem sabemos se é um garotinho ou uma garotinha, acho que está muito cedo, mas podemos começar a pensar nisso, quem sabe fazer uma lista.
— Fazer uma lista? Céus como você é clichê... — digo rindo e ele me empurra de leve, segurando minha mão de forma que não atrapalhasse nosso passeio.
— Então qual é a sua ideia?
— Nenhuma. Pra mim a lista está ótima, só queria caçoar de você. — digo rindo e ele me gira para que eu ficasse de frente com ele, me abraçando na cintura e ficando rente ao meu rosto e sorrindo, me observando como se me visse pela primeira vez, me fazendo corar entre o riso.
— Você é terrível... — ele diz zombeteiro, dando-me selinhos e mais selinhos sem se importar com os olhares dos demais, inclusive de duas senhorinhas que nos encaravam sorrindo. — Seu monstrinho.
— Diz isso mas é você quem está me tornando assim.
— Então pelo visto estou fazendo um bom trabalho. Meu monstrinho. — e me beijou como se a muito tempo não fizesse.
❤🌈❤
Notas no próximo capítulo 😅😁
É só rolar para cima.
Até lá.
💜
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