Mesmo em Dias ruins... Amor.

Eu gostaria de me desculpar pela demora na postagem, mesmo acreditando que vocês estejam cansados de ouvir desculpas. A faculdade vem me esgotando muito e eu estou sem nenhuma gota de criatividade para reescrever algumas partes dos capítulos, o que é a razão da minha demora em atualizar aqui.

Ainda assim, creio eu que em breve a fic estará completa na plataforma e desde agradeço toda a paciência que vocês tem comigo 💜

Foi mal pelo desabafo kkkkk. Tenham uma boa leitura!

❤️🌈❤️

Pov's Jimin

De todos os demônios do inferno do meu passado, a porra do universo tinha que mandar justo esse? Parecia uma piada de mal gosto.

Ou um roteiro de novela meia-boca, quando o mocinho tá com a vida quase toda resolvida com seu par romântico e um outro vilão surge de repente, para atazanar sua vida.

Tá certo que eu não sou nenhum mocinho e que minha vida tá longe de estar quase toda resolvida, já fiz muita merda na vida, mas o reaparecimento de Sehun justamente nessa empresa parecia um castigo.

Durante a reunião inteira ele ficou me encarando com aquele olhar debochado e ao mesmo tempo risonho, e quando percebia que eu havia reparado um sorriso significativo brotava em seus lábios. Algo que com toda certeza não podia ser coisa boa.

Não se tratando dele.

No fim, pelo que se tratava da reunião pelo menos, deu tudo certo. Kristal garantiu que as negociações não excedessem o valor estipulado na ata e sendo uma lúpus, ela botava medo o suficiente no beta para que ele não cochichasse nos ouvidos do advogado o pedido para um valor maior.

Com a reunião encerrada, eu passei a arrumar minhas coisas o mais rápido possível, evitando a conversa que acontecia para poder sair dali, bater meu ponto e evitar a dor de cabeça que seria lidar com esse idiota agora. Novamente me despedindo e me colocando a disposição da senhora So para qualquer eventualidade nos documentos eu voltei para o escritório, onde Wheein arrumava suas coisas para também ir embora e Alex lamentava por ter que ficar.

Nos despedindo dela, Wheein e eu fomos para o elevador prestes a irmos embora, mas justo quando a porta estava prestes a se fechar, uma mão impediu a porta e um sorriso falso apareceu por ela, junto de seu advogado que podia ser facilmente uma entidade demoníaca.

— Com licença meus caros, tem espaço para mais dois? — o beta perguntou com educação, cuja a qual eu e Wheein retribuimos nos mantendo mais ao canto. — Senhor Oh, vou precisar passar no andar de baixo pra deixar algumas assinaturas, agradeço novamente seus serviços.

— Disponha senhor Seo, qualquer coisa estou à sua disposição. — o enviado do inferno respondeu e no momento seguinte as portas se abriram e o beta saiu, Wheein procurava algo em sua bolsa e tocou em meu braço antes de cochichar para mim que havia esquecido o celular.

— Pode ir, não tem problema. Quer que eu vá com você?

— Não precisa Jiminie, eu vou de escada, você deve estar cansado. Pode ir, tenho certeza que seu alfa já está te esperando. — respondeu o que eu já imaginava que ela iria dizer e antes mesmo que eu pudesse insistir ela saiu do elevador.

Estava a um passo de ir atrás dela e sair dali, quando ouvi o som do botão do painel do elevador ser apertado e uma mão em meu pulso me impedir de sair antes que a porta se fechasse, me trazendo um deja-vu desagradável de quando terminamos e não dando tempo de nem ao menos eu reagir.

— Está fugindo de mim, Jimin? Ou devo dizer "senhor Park"? — ele disse em um riso debochado assim que a porta fechou e eu me desvinculei de seu aperto, decidido a não respondê-lo, embora eu notasse seu olhar me avaliando de cima a baixo. — Sinceramente não me é surpresa ver você trabalhando em um lugar assim. Mas me diz, pra quem você deu pra conseguir iss-

Não o deixei terminar sua fala ao que minha mão foi de encontro ao seu rosto em um tapa certeiro que aos poucos tomou uma forma avermelhada junto à um olhar surpreso e ao mesmo tempo incrédulo em seu rosto.

— Veja como fala de mim, Oh Sehun. Eu não te dei essa intimidade.

— Você já me deu muito mais do que isso, — ele disse me dando ânsia, tentando me afastar de perto dele mas sendo ainda mais encurralado. — Mas eu ainda estou curioso... — tocou em minha barriga me fazendo segurar sua mão para que não a fizesse, em um aperto firme mas não forte o suficiente para impedí-lo. Me fazendo temer Sehun de verdade. — Essa criança ao menos sabe quem é o pai alfa?

— Porque o interesse se você sabe que não é você? Afinal é você quem é infértil...

— Parece que você perdeu a noção da língua, não é Jimin? — ele disse se irritando comigo, me encurralando ainda mais no canto do elevador, intensificando o toque em minha barriga que se tornou pesado e por instinto usei toda a força que tinha para empurrá-lo, rosnando para ele e reparando a coloração lilás surgindo em minhas orbes através do espelho, lhe arrancando um sorriso em meio à sua raiva.

— Não ouse encostar em mim ou na minha filha! Finge que não me conhece que eu vou fazer o mesmo com você.

Exclamei exaltado, embora ele sequer tenha sentido o tom de ameaça em minha voz, apenas olhava no fundo dos meus olhos com o sorriso ridículo ainda dançando nos lábios me deixando ainda mais irritado.

— Ah, fazia tanto tempo que eu não via esses olhos... Eu senti falta deles, embora eu preferisse essa tonalidade enquanto você estava no cio, implorando por mim.

— Argh, se você continuar com isso eu vou vomitar em você.

— Poxa bebê, é assim que você vai me tratar no nosso reencontro?

— Preferia que você estivesse perdido em uma floresta na puta que pariu, limpando o cu com um cacto e comendo inseto pra viver do que aqui nesse elevador. E não me chame de bebê.

— Pelo visto você ainda anda com o Taehyung... Mas não se preocupe, não procuro me vingar de você.

— Se vingar? Eu quem devia estar puto o suficiente pra isso! Você deve ter batido essa sua cabeça com muita força, mas eu lembro muito bem que foi você quem me traiu, não aceitou o término e tentou abusar de mim.

— Nossa, desse jeito parece que eu sou um monstro, não seja tão exagerado. — disse espalmando a mão sobre o peito fingindo estar indignado. Eu pelo menos estava mis calmo, e meus olhos já não oscilavam no tom lilás. — Mas acho que você também deve ter batido a cabeça, porque não foi você quem saiu ameaçado de morte naquela noite...

— Eu não sei do que você está falando. — afirmei simples sem esboçar qualquer tipo de expressão, agradecendo aos céus pelo elevador ter finalmente chegado ao andar térreo e eu poder sair dali.

— Vai se fazer de sonso agora?!

— Vai fazer um escândalo agora? — respondi em mesmo tom, embora mais baixo para não chamar a mesma atenção que ele assim que pisou no saguão, atraindo olhares dos que viam a cena.

— Não brinca comigo Jimin, você sabe do que eu sou capaz...

— E você não faz ideia do que eu sou capaz! — me virei furioso para ele, o empurrando pelo peito, o ignorando e seguindo rumo à saída.

Em passos rápidos eu pelo menos não sentia que ele estava me seguindo e pude finalmente sair da empresa, indo até o ponto de táxi que ficava logo ao lado, onde eu costumava esperar Jungkook quando ele vinha me buscar. Soltando um longo suspiro finalmente pude notar o quanto meu coração estava acelerado e o quanto minha filha estava agitada em meu ventre, eu estava com raiva mas também estava assustado e ainda podia sentir seu aperto em minha barriga que me trouxe tanto pavor, eu só queria chorar.

Respirando fundo eu tentava controlar minha respiração e ansiedade somados àquele sentimento ruim, colocando a mão onde antes ele havia tocado de forma tão brusca e invasiva, fazendo um carinho e tentando acalmar minha bebê que também parecia desgostar daquela situação toda.

— Calma minha princesa, aquele estrume não vai conseguir fazer nada com a gente, papai tá aqui... — respiro fundo novamente, sentindo a bebê se acalmar o que me arrancou um sorriso.

Sorriso esse que não durou muito, já que o enviado do inferno vinha em passos lentos ao meu encontro, até que eu estivesse prestes a me levantar e sair dali, fazendo-o se apressar para chegar até onde eu estava.

— Espera! Eu vim em missão de paz...

— Sério? — fui irônico ao expressar surpresa, vendo-o sorrir, me levantando dali e o olhando com raiva. — Eu quero é que você se foda! Vai à merda Sehun!

— Eu só quero me desculpar...

— Mesmo que eu não goste disso, eu conheço você Sehun, sei como você é e que não iria vir até aqui engolir seu orgulho e me pedir desculpas!

Praticamente explodo, já cansado dele, da sua voz, de seus sorrisinhos irritantes e de seu olhar sagaz sobre mim deixando meu lobo irado e me cansando cada vez mais.

— Você não mudou nada...

— Eu mudei sim Sehun, você quem está preso no passado se comportando como um adolescente inconsequente de merda!

— Vai se arrepender de me tratar assim...

— O quê está acontecendo aqui?! — a voz era a de Jungkook que vinha em nossa direção, estranhando a cena, a minha feição irritada e a proximidade do alfa. Atraindo a atenção de Sehun e especialmente a minha, que suspirando aliviado reparava na camisa e calça social que ele estava vestindo - e que provavelmente eram do Hoseok.

Tinha pelo menos duas logos da Louis Vuitton ali, e se eu e Jungkook mal tínhamos dinheiro pra reformar um quarto, quem dirá para comprar as roupas de uma das marcas preferidas do irmão dele.

— Oi meu amor... — finalmente consigo me afastar de Sehun, indo para perto de Jungkook, o abraçando com saudade, sentindo seu cheiro e a aura irritada de seu lobo.

— Então foi em você que ele aplicou o golpe da barriga? — Sehun comentou com divertimento na voz, imaginando que seu comentário brilhante despertasse a desconfiança de Jungkook em mim, mas surtindo o efeito totalmente contrário. Eu nunca vi Jungkook tão puto.

— O quê aconteceu? — a pergunta foi direcionada a mim, enquanto ele segurava em meu rosto com carinho, ignorando a presença de Sehun, coisa que ele odiava.

— Lembra que eu te falei do meu ex-namorado? Ele é advogado de um associado da empresa, só que agora ele não sai do meu pé!

— Você está perturbando o meu ômega por quê? — Jungkook perguntou firme, visivelmente irritado com o outro alfa que ainda mantinha seu sorrisinho debochado no rosto.

— Oh não seja severo comigo, estou apenas feliz em rever Jimin depois de tanto tempo, e ainda mais estando tão bem alimentado... — o comentário estranho foi dito em um tom de riso quase asqueroso que arrancou um rosnado de Jungkook. Algo que eu nunca tinha visto, ele sempre era muito controlado, principalmente com seu lobo. — Não se zangue comigo, deve saber que Jimin e eu não terminamos em bons lençóis, só queria que ele reconhecesse seu lugar e seu erro, me pedindo as devidas desculpas.

— Você deve estar louco! Onde caralhos eu errei pra ter que te pedir desculpas?! — me estressei novamente, sendo segurado por Jungkook para não ir pra cima dele.

— Me deve desculpas pelo que fez naquela noite, não só você como aquele outro ômega, eu não me esqueci. — disse como o verdadeiro babaca que ele era, e eu estava prestes a refutar quando ouvi Jungkook, que ainda segurava em minha mão rir, tirando minha atenção do idiota.

— Você é realmente mais estúpido do que parece... — ele disse ainda rindo, irritando Sehun que rosnou para o seu lobo, ofendido.

— Como é?

— Além da falta de memória tem problema de audição? O meu ômega não deve nada a você. — ele mencionou sério, indiferente ao tom de ameaça do lobo de Sehun, soltando minha mão e se aproximando dele. — Soube que você tem medo de um certo par de olhos amarelo âmbar, mas se você incomodar ou ameaçar o meu namorado novamente, não vai ser só desses olhos que você vai ter medo.

Seu tom calmo ao dizer fazia jus a ele, embora a raiva e a confiança na qual ele se expressava, somadas ao maxilar trincado fossem totalmente novos para mim que me sentia ainda mais apaixonado por ele, por essa nova face e pela posição quase ameaçadora que seu lobo tomou para defender a mim e à nossa filha, fazendo o Oh dar um passo para trás com um receio nos olhos que eu podia jurar ser medo.

Assim que me chamou, ele deu as costas ao advogado e pegou em minha mão me conduzindo suavemente até o carro, fazendo-me sentir o quanto sua mão tremia agora que nos afastavámos daquele embuste que finalmente tomou seu rumo.

Sem dizer nenhuma palavra entramos no carro e só então percebi seu olhar choroso e suas mãos no volante ainda tremendo, eu olhando para ele e ele para mim com a única pergunta possível implícita em nossos pensamentos.

— Você está bem? — não foi surpresa dizermos ao mesmo tempo, Jungkook fungando na tentativa de esconder o choro. Eu sabia que ele estava preocupado e não era para menos, eu também estava, mas vendo a postura dele ao enfrentar Sehun eu não imaginava que ele ficaria tão afetado.

Sabendo disso eu toquei em seu rosto suavemente trazendo-o para perto e limpando suas lágrimas, beijando seus lábios algumas vezes antes de encostar nossas testas no intuito de senti-lo e tentar afastar aquele medo de nós dois. Não era só ele quem estava com medo, eu também temia Sehun e o que ele poderia fazer conosco.

Pegando em suas mãos eu as levei até meu ventre onde nossa garotinha ainda se encontrava agitada e com minhas mãos sobre as dele eu sentia pouco a pouco o medo se esvair e dar lugar a confiança e a segurança que sentíamos quando estávamos juntos. E de repente Sehun se tornava novamente o menor dos nossos problemas.

— Me desculpe te preocupar... Eu não fazia ideia de que aquele embuste era advogado desse cliente.

— Você não tem que se desculpar por nada Jimin, foi ele quem te fez mal e que agora quer dar uma de vítima, eu só estou com medo do que possa acontecer com você, com a nossa filha. Pelo que você me contou eu não quero nem imaginar o que esse idiota seja capaz de fazer...

— Ele não vai conseguir fazer nada com a gente... — o tranquilizei, embora ele não estivesse muito certo sobre isso. — Na verdade eu estou preocupado com o Kyung. Eu nem quero imaginar o que pode acontecer se ele encontrá-lo nessas condições, especialmente estando tão perto dele ter os bebês.

— Tem razão, mas vamos nos preocupar com uma coisa de cada vez. Você está se sentindo bem? Quer ir ao hospital?

— Eu tô bem, acho que só a minha pressão subiu um pouco, aquele idiota consegue estressar qualquer um, até você pelo visto... — digo em tom sugestivo, vendo-o corar escondendo o rosto no volante. — Você fica uma delícia todo grandão me defendendo meu amor.

— Vai me deixar com vergonha desse jeito... — disse erguendo o rosto com um sorrisinho de quem já estava envergonhado, me levando a sorrir com ele. — Eu faria qualquer coisa por você e pela nossa garotinha.

— Eu sei... — sorrindo para ele de volta, ele me deu um selinho antes de colocar o cinto e se arrumar para sairmos dali. — Mas agora me diz, o porquê da roupa do Hoseok? Pensei que fossemos jantar pizza em casa.

— Bom... Eu pensei em fazer algo mais especial para comemorar o nosso primeiro mês de namoro. — ele disse sorrindo tímido, mexendo nos dedos no volante de um jeito nervoso antes de ligar o carro me fazendo rir. Rir de surpreso e de nervoso. — O quê foi?

— Eu tinha me esquecido completamente que hoje fazia um mês, desculpa eu sou um péssimo namorado...

— Nem termine essa frase, você tem estado muito ocupado esses dias com o trabalho e a faculdade, além da bebê que eu sei que exige muito de você e todo o resto... Eu só quero comemorar essa nova fase, sem qualquer cobrança no nosso relacionamento.

Ele diz, me deixando com aquela sensação estranha e maravilhosa no estômago, o sentimento a qual eu nunca senti em tal intensidade com outra pessoa se não com ele. Deixando a pauta do estrume do meu ex de lado - e com Jungkook bem mais calmo e apto para dirigir -, o caminho para onde quer que ele pretendia me levar foi repleto de assuntos mais relevantes, especialmente sobre o serviço dele e sobre a vida no geral, qualquer coisa era agradável de se conversar com ele, me fazendo esquecer de tudo de ruim que - infelizmente - tinha ao nosso redor.

Ele estacionou o carro em um estacionamento pequeno em uma rua movimentada por alguns restaurantes e bares, o que era bem comum por aqui, especialmente nessa região. O por do sol já apontava no horizonte enquanto nós descíamos a rua de mãos dadas, até chegarmos em um belíssimo bistrô restaurante, com janelas francesas no andar térreo e uma sacada na varanda do segundo andar onde também tinham algumas mesas, iluminadas por varais de lâmpadas de brilho amarelado que se confundiam com os galhos da planta trepadeira que tomava conta das paredes de tijolos vermelhos e brancos.

Confirmando nossa reserva, uma moça simpática nos guiou até o andar de cima onde nossa mesa ficava, próxima ao parapeito possibilitando a vista de toda a rua. Jungkook foi todo cavalheiro, me tratando como se aquele fosse o nosso primeiro encontro e eu apenas sorria todo bobo com s fofura dele em tentar fazer todos os nossos momentos especiais. Coisa que ele nem precisava se esforçar mas o fazia mesmo assim.

— A vista daqui é linda...

— Não mais do que você. — ele respondeu com um ar galante e brincalhão que me arrancou uma risada.

— Suas cantadas estão cada dia mais cafonas... Tem que parar de andar com o Jongin e com o Seokjin. — brinquei vendo ele fingir ter se ofendido.

— Poxa, eu aprendi tantas outras para usar com você, pelo visto vou ter que guardar para mim, até nossa filha vir me pedir conselhos amorosos. Uma pena é que eu não vou poder garantir a eficácia das cantadas...

— Ah então é tipo uma questão científica? Para você passar sua sabedoria romântica para nossa filha? — digo rindo vendo-o assentir em tom um tom falsamente sério.

— Exatamente.

— Nesse caso, então pode usá-las comigo, mas vamos manter a cota de... uma cantada por dia, pode ser?

— Para mim está ótimo, senhor Park. — respondeu como se tivesse acabado de fechar o negócio da vida dele, me estendendo a mão em um tom de seriedade tão convincente que me arrancou mais risadas.

— Para mim também, senhor Jeon. Que tal nós pedirmos nosso jantar? — perguntei enquanto apertava sua mão, apontando para o cardápio logo ao lado.

Enquanto escolhiamos, Jungkook parecia minimamente nervoso, o que eu notei mas não expressei. Ele devia estar aprontando algo, mas não adiantava nada eu colocar ele contra a parede, afinal eu sabia que ia ser alguma surpresa, e infelizmente para a minha ansiedade eu só saberia o que era no momento em que ele quisesse. A sorte é que ele ficava muito fofo nervoso, o que facilitava minha distração.

Assim que escolhemos nossos pratos - uma massa italiana, bife a parmesiana e salada de brócolis e palmito - um garçom recolheu os pedidos e voltamos a admirar a vista e o por do sol que me fazia lembrar do nosso primeiro encontro. Observando de mãos dadas o sol se esvair e dar lugar ao rosado seguido do azul escuro da noite entre conversas que conseguiam melhorar o momento ainda mais.

Quando nossos pedidos chegaram, junto à uma garrafa de suco de uva - porque o álcool está fora do meu cardápio há um bom tempo -, o garçom ainda acendeu as duas velas no centro da mesa, servindo o suco em taças como se fosse vinho, o que foi extremamente fofo.

Estava tudo uma delicia e por incrível que pareça eu comi praticamente toda a salada, e enquanto esperávamos a sobremesa, senti Jungkook cada vez mais nervoso, de um jeito que era impossível não reparar ou pelo menos comentar com ele.

— Tá legal, você está assim a noite toda. Por que você tá tá tão nervoso assim? Matou alguém? — vejo ele surpreso com o meu comentário, rindo sem jeito para mim e olhando pro lado para disfarçar, vendo o garçom chegar com os nossos pedidos.

— Não, não matei ninguém. É que eu não quero parecer tão idiota... — ele diz assim que o rapaz deixa o seu bolo de chocolate com sorvete e o meu bolo invertido de abacaxi, nos desejando novamente um bom apetite. Eu estava prestes a pegar uma colherada do doce e perguntar o porquê daquilo quando senti sua mão sobre a minha e reparei no sorriso doce e apaixonado que ele tinha no rosto. — Eu te amo Jimin, e eu não quero parecer precipitado, mas quero passar o resto da minha vida do seu lado.

"Quando você me pediu em namoro, foi com certeza um dos melhores dias da minha vida, mesmo que seja apenas uma nomenclatura, poder ser chamado de seu é a maior honra que alguém poderia ter. Eu estava quase me fechando para o amor quando os nossos destinos se esbarraram e, mesmo que tenha sido uma longa e árdua jornada até aqui, eu não me arrependo de nada. Hoje é um dia para se comemorar, comemorar todas as nossas iniciativas e começos, comemorar nossa história e a chegada da nossa filha cada dia mais próxima. Eu poderia falar pelo resto da noite mas, acho que nem todas as palavras do mundo podem sequer resumir o que eu tô sentindo, é algo quase além de mim e... E você tá chorando?"

— Merda... D-desculpa, eu só fiquei meio emotivo, acho que são os hormônios. — digo tentando rir entre o choro, limpando parte das lágrimas com os dedos. Céus, quem eu quero enganar? Não tem como eu não me emocionar com ele dizendo isso tudo assim. Sem saber muito o que fazer, aperto sua mão com carinho. — Durante esses seis meses você tem me dado todo dia um motivo para me apaixonar mais por você, eu sou muito grato por isso... por tudo isso. Eu te amo.

— Eu também te amo Jimin... — ele diz me olhando nos olhos, antes de usar a mão livre para buscar algo em seu bolso, revelando para mim outra caixinha aveludada, desta vez azul marinha, abrindo um sorriso para mim junto com a caixa, revelando um par de alianças prateadas em metal trançado, um pouco mais grossas do que as nossas. — Sei que nossas alianças de compromisso eram o suficiente para representar também o nosso namoro, mas eu queria algo único para representar essa nova etapa. Você gostou?

— Céus, eu amei! Mas, Jungkook, elas parecem ser caras...

— Sobre isso, digamos que o Yixing me devia um favor. — ele diz retirando a aliança menor da caixa. — Então... Você aceita namorar comigo?

— Hei, eu quem te pedi em namoro primeiro! Está tirando meus créditos... — brinquei rindo com ele, mas logo estendi minha mão, onde junto a minha aliança de compromisso ele colocou a nova de namoro. — Eu aceito namorar com você.

Digo mais feliz do que poderia imaginar, e logo ele estende a mão para que eu repita o rito e coloque a aliança em seu dedo, junto a outra aliança. Mesmo estando um tanto longes um do outro, me esforço para ficar um pouco mais perto dele e é com o mesmo esforço que ele me beija, calma e apaixonadamente, sem pressa, tocando meus lábios com delicadeza e comprovando nos segundos em que o beijo durou todas as promessas e declarações que fizemos um ao outro nesses últimos seis meses. Sinto um chute seguido de um arrepio que me faz sorrir contra seus lábios assim que nos separamos, e é mergulhando em seus olhos sorridentes e quase negros que eu tenho certeza de que eu estou no melhor lugar em que poderia estar.

❤️🌈❤️

Foi um capítulo mais curto porém em breve vou trazer um capítulo maior com o grupinho de grávidos que nós amamos.

Espero que tenham gostado, deixem uma estrelinha caso sim e comentem bastante (além de me fazerem feliz ajudam muito a fic) espero estar de volta em breve.

Fiquem bem e tenham um bom final de ano, beijos da tia Anya 💜

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