Confio em Você.
Pessoas lindas...
Eu estou com problemas.
Em casa, com o trabalho, de saúde e com muitas coisas da faculdade para finalizar. Eu sei que prometi atualizar uma vez por semana mas tem sido difícil, eu posso ser uma adulta (pelo menos socialmente) mas isso não me faz nem um pouco independente e essas últimas semanas tem se mostrado ainda mais difíceis. Além da saúde física, minha saúde mental está abalada, e isso acaba dificultando meu processo de escrita.
Peço desculpas à todos/das/des que acompanham a história, eu amo escrevê-la e quero muito terminá-la, mas isso vai demorar mais do que eu imaginei, e por tal eu peço perdão.
Agradeço muito pelas mensagens e pelos comentários, eles me dão forças e alegram meus dias tristes. Vocês são incríveis!
Mas acabando com o clima de velório (desculpem-me por isso também), trouxe mais um capítulo fresquinho e gigante para vocês e eu espero muito que gostem, uma novidade muito fofa os aguarda.
Dito isso, não tomarei mais seu tempo. Tenham uma boa leitura 💜📚
❤️🌈❤️
Pov's autora
— Então amanhã é o grande dia? — Jungkook confirmou com o amigo enquanto organizava uma caixa de base de sopa missô na prateleira, vendo o alfa se confundir novamente trazendo a caixa errada, afetado pelo nervosismo.
— Pois é, eu sinto que vou ter um derrame. — Jongin disse, tentando parecer tranquilo ao ironizar a situação, e só então percebendo que a caixa de alvejante não era a caixa de óleo de soja que ele pensava estar levando para Jungkook, colocando-a no chão e se sentando na escadinha usada pelos funcionários na tentativa de se acalmar.
— Fica calmo, não é como se você não tivesse se preparado pra isso pelos últimos seis ou sete meses. — Jungkook ironizou, fazendo o amigo lhe olhar feio.
— Quando for o Jimin prestes a entrar em trabalho de parto eu vou te lembrar disso. — ele disse, jogando uma bisnaga de massa de tomate nele, fazendo o Jeon se render, rindo dele.
— Tá bom, não brinco mais. Mas achei que você estaria mais animado. Quer dizer, finalmente vocês vão conhecer os bebês...
— Eu estou animado! Céus você não sabe o quanto, é só que... Eu tô ansioso, e-e tô com medo também. — a confissão saiu baixa, mas ainda audível ao outro alfa que entendia o amigo e seu receio. — Eu confio no doutor Jongdae de olhos fechados, sei que Kyungsoo já está recuperado de sua outra cesárea e que os bebês estão prontos pra virem. Só que isso é algo que eu não consigo evitar, não depois de tudo o que aconteceu.
— Vai dar tudo certo, você vai ver. O Kyung vai ter um parto tranquilo e em uma semana você vai estar implorando para não precisar trocar a frauda dos três ao mesmo tempo. — Jungkook disse, o fazendo rir, lhe oferecendo um sorriso e dois tapinhas no ombro. — Vai ficar tudo bem.
— Eu espero... — sua resposta foi acompanhada de um sorriso mais confiante ao se levantar, indo ajudá-lo a repor os produtos. — Mas e você? O quê deu ontem no bar? Novidades?
Perguntou como sempre fazia após as noites de trabalho do mais novo no bar, esperando uma resposta mais ou menos parecida com as que ele sempre ouvia. "Noite agitada, músicas novas, briga de bêbado" essas coisas que já eram comuns no trabalho de Jungkook, mas Jongin nunca imaginaria tudo o quê tinha ocorrido na noite anterior.
O Jeon lhe contara tudo, desde a música nova e o anúncio da vinda do empresário, o encontro com Sehun, suas performances, a proposta tentadora do lúpus, sua negativa, o sumiço de Sehun e até sua volta para casa.
Após a noite agitada Jungkook se viu no melhor lugar em que poderia estar e logo adormeceu abraçado com seu ômega, em um sono do qual ele só foi acordar duas horas depois, junto com a dor nas costas de Jimin que estava dificultando seu sono, o que foi resolvido com um remédio para dor muscular, uma pomada e uma breve massagem feita pelo Jeon, que só após ver seu ômega novamente entregue ao sono voltou a dormir.
Já de manhã, ele contou tudo o que havia ocorrido durante o trabalho para o ômega, assim como fazia agora com Jongin, não lhe ocultando nenhum detalhe. Jimin não sabia o que dizer, apenas chorava, uma reação totalmente inesperada para Jungkook.
Ele lamentava pelo alfa ter que fazer isso por ele e pela bebê, desistindo do seu sonho, porém a todo momento Jungkook deixava claro que aquela havia sido a escolha dele, e que assim que ouviu a proposta do lúpus, ele soube que aquilo não lhe cabia mais e que aquele não era mais seu sonho.
Era um sonho cultivado por um adolescente apaixonado por música, e agora, mesmo ainda sendo jovem e apaixonado, seus sonhos envolviam ter uma vida confortável e estável com seu ômega e com a pequena garotinha que em breve estaria em seus braços.
Mas ainda que a garantia e a calma com que Jungkook lhe disse isso fossem verdadeiras, Jimin ainda se sentia de certa forma culpado. E essa culpa, somada aos seus hormônios e a dor nas costas que persistia em lhe incomodar foram o suficiente para que ele não fosse a faculdade naquela manhã. Ao invés disso, Jungkook o acalmou emocionalmente, fez seu café da manhã e o trouxe junto com os remédios e vitaminas que ele estava tomando, para que ele desfrutasse na cama e descansasse da noite mal dormida.
Ele comeu enquanto o alfa se arrumava para o trabalho e assim que o mesmo terminou, Jungkook levou a bandeja de volta para a cozinha, se despedindo dele com um beijo e pedindo para que ele não se preocupasse e ligasse para ele a qualquer sinal de desconforto que fosse minimamente preocupante.
— Então ele realmente foi lá? — Jongin perguntou, se referindo a Sehun. Ele não demonstrou, mas preocupava a ele e ao esposo que o Oh estivesse armando algo.
— Sim, mas depois da minha conversa com o tal Lu Han eu não vi nenhum sinal dele. Não sei o que pensar sobre ele ter aparecido ali, pode ter sido só uma coincidência, mas quando ele foi falar comigo ele sabia o meu nome, e o Jimin não lembra de ter mencionado isso...
Disse um tanto encucado com o assunto de forma que Jongin pode perceber e infelizmente suas suposições sobre a situação não eram as melhores, afinal ele e o esposo sabiam do que o alfa era capaz. Mas no momento não tinha como ele ou Jungkook saberem o que o alfa pretendia e era muito arriscado procurar saber algo no momento. Seus bebês nasceriam no dia seguinte e a filha de Jungkook e Jimin chegaria em um prazo de três meses, procurar saber qualquer coisa agora não era o ideal.
Secretamente Jongin vinha investigando Sehun e o que ele esteve fazendo nos últimos três anos, mas seus resultados ainda não eram muito promissores. Mas ele não deveria alarmar Jungkook por causa disso.
— É estranho mesmo, mas o Bar é conhecido e com certeza Jimin deve ter dito seu nome em algum momento, tem chances de ter sido só uma coincidência... — ele supôs, limpando a lente dos óculos, desviando de assunto no momento seguinte. — Mas você realmente está de boa com isso da música? Eu sei o quanto você queria, desde que começou aqui você fala disso.
Com a pergunta Jungkook imediatamente sorriu, totalmente despreocupado, lembrando-se da imagem de Jimin dormindo sereno e de seus sorrisos quando acordado, não havia nenhum tipo de rancor ou arrependimento quando ele olhou para o alfa.
— Quando ele propôs eu senti como se eu estivesse no apse da minha vida que eu tanto esperei, mas essa sensação de realização passou muito rápido. Quanto mais ele falava menos eu me identificava com aquilo e com o garoto que um dia sonhou com uma carreira internacional. Eu quero algo que me permita estar aqui, junto do Jimin e da minha filha, ele vai me ajudar com os vestibulares e quem sabe um dia eu me torne um produtor? Estou negociando minhas músicas com a ILUmix Entertainment inclusive.
— Sério?!
— Sim, o Lu Han deixou o cartão dele caso eu mudasse de ideia. Depois que ele foi embora eu mandei uma mensagem e perguntei se ele não estava interessado em comprar alguma das minhas músicas. Ele me respondeu tem uma hora e quer comprar os direitos de duas das que eu mostrei.
— Jungkook, isso é incrível! Espero que dê tudo certo... Vão te pagar bem?
— O bastante pra dar entrada pagar as primeiras parcelas do valor de um imóvel. — ele disse sugestivo, de modo que fez o outro sorrir, feliz por ele. Fazendo o Kim se lembrar de algo importante que tinha comentado com ele há alguns dias.
— Você ainda está resolvendo aquele assunto? Vou te mandar o contato da corretora que acabou de colocar uma casa incrível a venda e o lugar é ótimo, tenho certeza que o Jimin vai adorar.
— Ah, o Jimin não sabe ainda, eu estou selecionado as melhores para a vistoria, levando alguns critérios para a avaliação.
— Entendi, espero que dê tudo certo, vai ser bom para vocês terem um espaço próprio, e uma casa é um passo bem grande no relacionamento.
— É sim, e eu tenho que ver isso logo para preparar o quartinho da neném. O doutor disse que pelo desenvolvimento dela, ela vai estar pronta a partir da 38ª semana. Ela tá tão grande hyung, você tinha que ver!
— Eu imagino, mas também, olha o seu tamanho? Ela teve a quem puxar. — disse rindo, sentindo orgulho do alfa ao seu lado que tinha o mais largo sorriso no rosto. — E o nome? Ainda não escolheram?
— Não, Jimin disse que é melhor termos nomes em mente que sejam do nosso agrado para quando ela nascer, do que definirmos algo agora e eu concordo com ele. Já o sobrenome nós ainda estamos vendo como que vai ficar.
— Entendo... Bom, vocês ainda tem tempo, quem está sem tempo sou eu no momento. Se antes eu sentia que estava dormindo ao lado de uma bomba-relógio que poderia explodir a qualquer momento, agora eu não sei bem o que sentir sabendo o dia e a hora da explosão.
— Já falei que vai ficar tudo bem, está tudo certo para amanhã, não é? Não tem porque se preocupar.
Jungkook argumentou novamente, totalmente despreocupado, entretanto sua feição mudou rapidamente para a curiosidade ao ver a figura rechonchuda, lenta e - ainda mais - parecida com um pinguim aparecendo no começo do corredor, trazendo consigo uma bolsa e uma respiração pesada, comum àquela fase da gestação.
Por mais que ele estivesse visível para Jungkook, o alfa de costas não notou a mudança de expressão do amigo e nem ao menos o próprio ômega atrás dele, perdido em suas preocupações sobre o breve parto cesariana que teriam que passar e se acalmando com a fala do Jeon, voltando a se sentar na escadinha.
— Quer saber? Você tem razão! Está tudo certo pra amanhã, as malas para o centro de gestantes estão no carro, o horário de internação, o horário da cesárea, todo o plano de parto que nós planejamos há meses, os documentos... — sua atenção não estava em Jungkook, pois se estivesse ele veria que os olhos do Jeon estavam unicamente na figura a passos de distância deles. — Você tá mais que certo Jungkook, eu não tenho com o quê me preocupar...
— Jongin, os bebês estão nascendo... Tipo agora.
Kyungsoo foi direto, assustando o marido duplamente, com sua presença até então não vista e com o conteúdo de sua fala, fazendo-o se levantar imediatamente. E agora com ele em foco, Jongin realmente podia perceber o que estava acontecendo, tanto visualmente, tanto através da marca.
Embora aparentasse estar relativamente calmo, Kyungsoo estava suando, a respiração pesada não era apenas pela dificuldade de locomoção e pelo fato de que seus órgãos estavam dividindo um espaço deveras menor do que há meses atrás. Ele apoiava a mão na barriga no intuito de diminuir a dor das contratações que vinham desreguladamente - mas até então de forma menos intensa - desde que amanheceu, e que pela marca Jongin conseguia sentir por um reflexo de seu corpo.
E embora estivesse preparado para isso, não foi preciso muito para que Jongin entrasse em pânico, se levantando imediatamente e abandonando seu plano inicial de ficar calmo. Enquanto ele entrava em seu desespero silencioso e Jungkook ajudava o grávido a se sentar onde antes o marido estava, Baekhyun aparecia no início do corredor assim como o ômega a minutos atrás, trazendo seu celular na mão.
— A-amor por favor me diz que você tá brincando...
— Não tô não até porque... — a fala foi interrompida por uma expressão dolorosa, acompanhada de um gemido de dor pela contração que era descontada no braço de Jungkook que ainda servia de apoio para ele, fazendo-o chiar para não acabar gritando pelo aperto. — Puta merda essa foi forte. Baek? Qual o tempo?
— Dezessete minutos desde a última, duração de cinco segundos até agora. Tô contando.
— Certo... Dá um tapa no meu marido por favor? — ele pediu entre arfares e um olhar irritadiço, vendo o alfa ainda aéreo com a situação e o estranhamento do beta com o pedido.
— É sério?
— Eu tô mandando. — ele disse e meio receoso o beta o fez, vendo o olhar de mista surpresa e indignação de Jongin, silabando um "desculpa", antes de dar dois passos para trás e ocupar o lugar de Jungkook, dando apoio ao grávido e o ajudando a se levantar. — Jongin não é hora de entrar em pânico...
— Eu sei! Mas é inevitável meu bem! N-não era para eles chegarem hoje!
— Faz o seguinte? Anota isso aí e assim que eles aprenderem o conceito de tempo você dá uma bronca neles, porque agora a gente precisa ir antes que minha bolsa estoure e eu tenha outra... — foi interrompido pela onda de dor que a contração lhe causava, recebendo apoio do marido que tentava aliviar sua dor pela marca e ampará-lo através de seu lobo, e pedindo com o olhar para que Baekhyun anota-se o tempo.
Por mais incrível que parecesse - para si mesmo - além de Jongin, Baekhyun era a pessoa mais apta para ajudá-lo naquele momento por ter feito todo o curso de Youngjae, diferente dos dois alfas ali que participaram menos e ouviam as outras partes importantes por meio de seus parceiros. E mesmo que ele mesmo nem tivesse um útero e sua pretensão fosse a adoção, as palestras que envolviam auxílio obstetrício eram umas de suas favoritas.
— Quarenta e cinco segundos essa. É sério Jongin, ainda está irregular então é melhor parar de drama e se apressar.
— C-certo, certo é-é verdade, Baek é melhor você vir com a gente...
— Espera, Jongin?! Quem vai cuidar do mercado? — a preocupação do ômega era sincera, visto que ultimamente era Park Baekhyun quem estava praticamente gerindo o lugar, devido a saída do antigo gerente e a indisponibilidade de Kyungsoo para tal.
— Eu cuido. — Jungkook se prontificou, falando pela primeira vez e causando um breve período de silêncio quebrado por ele mesmo. — Pode deixar que eu seguro as pontas aqui, vocês precisam ir rápido e o Baek pode ajudar até vocês chegarem ao centro de gestantes. O Kyung tem que ter os bebês em segurança.
— Tem razão... Obrigado Jungkook.
Com isso, não foi preciso mais um empurrão para que Jongin e Baekhyun rapidamente ajudassem Kyungsoo a ir até o carro estacionado frente a entrada do edifício na vaga de proprietário. Ajudando o ômega com o cinto e ajustando o banco para que ele ficasse o mais confortável possível, Jongin ocupou o banco do motorista quase se esquecendo como que se ligava o carro, enquanto Baekhyun no banco de trás ligava para o médico pelo celular do alfa e instruia Kyungsoo através do manual aberto em seu celular, e o ômega por sua vez tentava não surtar com o nervosismo do marido que o deixava lento e atrapalhado.
Por mais que seu esposo estivesse dando a luz e o nervosismo o atrapalhasse, Jongin não ousou ultrapassar um sinal vermelho sequer, a muito contragosto de Baekhyun que estava atento à qualquer mudança no ômega que tentava a custo tirar seus pensamentos da dor e do desconforto que sentia, e que - ainda bem - eram bem diferentes daqueles que sentiu em sua primeira gestação.
Ele tentava desviar seus pensamentos disso também. Sua sorte é que mesmo estando a dois passos de um colapso, Jongin tentava acalmá-lo através da marca, além de tentar diminuir a sua dor o quanto possível, e isso já lhe ajudava muito.
Em dezenove minutos desde a última contratação ele teve mais uma, tão intensa quanto a outra e com quase cinquenta segundos de duração, quase quebrando as mãos de Baekhyun no processo, mas a sorte do beta é que não demorou muito mais para que eles estivessem no centro de gestantes Lee DoWon, uma maternidade e paternidade conceituada e já conhecida pelo casal, onde eles planejaram ter o primeiro filho, embora o parto de emergência não tenha sido ali de fato.
A clínica obstétrica de Jongdae tinha parceria fixa com o centro obstetrício e isso possibilitou que o casal tivesse seus trigêmeos ali, para a alegria de ambos que queriam o melhor e mais seguro para o parto do ômega, sem que ele passasse por uma experiência traumática como o seu primeiro parto.
Confirmando a identificação do casal e assinados os devidos documentos de entrada, uma enfermeira logo tratou de levar uma cadeira de rodas para o ômega, levando-o para a sala de ultrassom onde uma outra enfermeira fez alguns exames para saber em qual estágio do parto estavam e como iriam proceder, visto que o plano de parto original seria uma cesariana induzida.
— São pacientes do doutor Jongdae, certo? — ela perguntou com os olhos fixos no monitor e o casal assentiu. — Ele está se preparando para atendê-los. Podem ficar tranquilos, seus bebês estão ótimos e prontinhos para nascerem.
— Viu Jongin? Nada de pânico. — Kyungsoo aproveitou do pouco desconforto que sentia no momento para caçoar do marido, rindo e dando tapinhas na mão que tremia sob a dele, no intuito de acalmá-lo.
— Só tenho que falar com o doutor porque pelo visto, você vai ter um parto normal, olhem: o primeiro bebê está encaixando. — a alfa virou o monitor para o casal, fazendo ambos arregalarem os olhos. Nada de pânico. — Tudo bem por vocês? Ou podemos seguir com a cesárea?
— Acho que tudo bem. Eu queria um parto normal mas pensei que não fosse possível por já ter passado por uma cesariana, então me planejei para isso.
— Fique tranquilo, nosso centro te oferece todo o suporte para que seja um momento único e humanizado para os pais. Existe essa concepção de que quem foi operado não pode ter um parto natural, mas é possível com a devida cicatrização e as devidas precauções. O senhor será monitorado durante todo o processo.
— Se é assim por mim tudo bem, fiz um curso de parto humanizado no meu grupo de apoio.
— Vou avisar o doutor e pedir para um enfermeiro preparar sua roupa, um cardiotocógrafico e ver se o quarto já está pronto, podemos chamar uma doula se preferir.
— Não precisa, a gente já trouxe um... — Kyungsoo informou, apontando com o rosto para Baekhyun que olhou para trás para ver se era com ele mesmo. Mas atrás dele a única coisa que encontrou foi uma parede com desenhos de flores azuis, rosas e amarelas e borboletas brancas.
— Tá brincando né?
— Estou... — Kyungsoo riu enquanto era ajudado a se levantar por um Jongin bem mais calmo, após beber um chá de camomila e maracujá trago por um enfermeiro. — Mas eu não vou reclamar se você ficar, está sendo de grande ajuda.
— Nesse caso, fico feliz em ajudar, afinal eu dúvido que o Jongin ainda esteja assistindo o parto acordado depois que nascer o primeiro... — caçoou e o alfa revirou os olhos sorrindo, ainda amparando o esposo, dando-lhe alguns beijinhos pelo seu rosto na tentativa de distraí-lo.
— Obrigado Baek, sem você eu acho que nem estaríamos aqui ainda. — ele agradeceu, vendo o Park sorrir, lembrando-se de algo que tinham se esquecido.
— Estariam sim. Vou buscar as malas do Kyung e dos bebês no carro, já vejo com a moça da recepção onde eu posso deixá-las. — ele disse antes de entregar o próprio celular com as anotações das contrações para o alfa e ir pegar as bolsas.
— Você está bem? — Jongin perguntou assim que o outro saiu, os deixando a sós.
E mesmo sentindo dores extremamente desconfortáveis, Kyungsoo sorriu. Sorriu como no dia em que disse eu te amo pela primeira vez ao marido, como quando começaram a namorar, como quando se casaram, como quando descobriram a primeira gravidez e como quando descobriram a segunda e posteriormente quando descobriram que a alegria deles era tripla. Vendo esse sorriso, e sentindo a alegria mista a dor de seu ômega pela marca ele sorriu, juntando seus lábios em um beijo mais significativo do que tudo.
— Eu estou feliz, com dor pra caramba, mas muito feliz. Nada está sendo como a gente planejou mas, tudo está dando certo e é isso o que importa.
— Preparado para um parto natural? — ele perguntou com um ar irônico, vendo um enfermeiro entrar segurando um aparelho e o sorriso do marido sumir momentaneamente.
— Você não precisava me lembrar disso... Tenho certeza que um tiro deve doer menos. — o grávido disse, deixando que o outro ômega prendesse o aparelho à sua barriga, fazendo o marido rir.
— Você já foi baleado duas vezes então eu acho que vai ter um bom parâmetro para a comparação. — agora foi a vez do ômega rir, em especial da feição que tomou o rosto do enfermeiro.
— É verdade... — disse sentindo outra contração chegar, dessa vez com quinze minutos de diferença da última e outros cinquenta segundos de duração. As informações sobre as contratações no celular de Baekhyun foram então passadas ao enfermeiro, que prontamente as anotou e as levou junto do ômega e seu alfa para a sala onde aconteceria o parto, após ajudá-lo a trocar sua roupa por uma esterilizada, pedindo para que o alfa fizesse o mesmo, colocando-a sobre sua própria roupa.
Já na sala, Jongin fazia uma massagem na lombar de seu ômega que apoiado à maca hospitalar sentia cada vez mais as dores do parto. Não demorou nada para que o médico chegasse, junto com a enfermeira que realizou os primeiros exames e outras duas que passaram a checar sua pressão e batimentos novamente, além de prenderem um outro aparelho a ele, indo de um lado para o outro realizando os procedimentos necessários para um parto daqueles. Cumprimentando o casal e perguntando de seu bem estar, o médico foi pedindo para que a enfermeira descrevesse a situação em seguida, enquanto ele olhava o prontuário.
— Ele chegou com três centímetros de dilatação, está entrando na fase ativa mas com contrações desreguladas, pressão normal. Um dos bebês já está encaixado e os outros estão em bom posicionamento para um parto normal.
— E a bolsa?
— Ainda não rompeu doutor. — a enfermeira disse enquanto educadamente, Jongdae pedia para que o ômega se sentasse na maca para que ele o examina-se, o que ele fez respeitando o paciente o máximo possível. Sorrindo para o casal assim que concluiu.
— Você está indo muito bem Kyungsoo, está tendo um bom progresso e está dilatando. No momento, preciso que você faça alguns exercícios de indução para ajudar com as contrações e posteriormente com o rompimento da bolsa, vou pedir para a enfermeira te ajudar com isso, tudo bem?
— Tudo bem...
— Você consegue, Kyungsoo. Preciso dar uma olhada na sua papelada mas assim que sua bolsa romper eu preciso que você aperte esse botão aqui, então eu venho imediatamente para cá, entendeu? — mostrou o pequeno botão conectado a um fio ao lado da maca, deixado ao lado dele e do marido. Assim que recebeu a confirmação do ômega com um aceno, ele saiu para averiguar todas as informações que tinha sobre o ômega, para saber a melhor forma de proceder com o parto.
Com isso a enfermeira trouxe para perto uma bola de pilates com uma toalha e passou a explicar ao casal e a Baekhyun que tinnha acabado de retornar, sobre os exercícios que poderiam fazer para ajudar com as contrações, dando auxílio ao ômega e vendo aos poucos as contrações dele se tornarem frequentes e constantes, durando cerca de um minuto e a dilatação aos poucos aumentar. Foi na nona contração que teve ali que sua bolsa estourou, fazendo com que o alfa apertasse o botão e chamasse o médico para avaliá-lo.
— Céus...
— O quê foi amor?! — Jongin indagou preocupado, ajudando o ômega a se apoiar na maca após os exercícios mas notando a urgência com que ele agarrou seu braço.
— Jongin, eu tô com fome. — foi a confissão dele, séria mas com um certo tom de humor, trazendo risos ao alfa que não duvidava que fosse verdade.
— Eu vou buscar alguma coisa pra ele, fala para os bebês não nascerem enquanto eu não estiver aqui. — Baekhyun tentou soar divertido, para aliviar a tensão do momento. Saindo da sala de parto ele deu de cara com o médico e uma outra alfa, também médica que arrumavam as novas luvas, sorrindo simpático para ele ao entrar, encontrando Kyungsoo sendo apoiado pelo corpo de Jongin que estava sentado atrás dele na maca.
— Olá casal, vamos ver como andam esses três. Com licença senhor Kim. — pediu, novamente examinando o ômega e obtendo resultados animadores. — Como estão as contrações senhora Yong?
— Acontecem a cada cinco minutos com média de cinquenta e cinco segundos de duração. Verifiquei antes da última que ele estava com quase nove centímetros.
— Ele já atingiu os dez, quanto tempo até a próxima?
— Cerca de dois minutos.
— Ótimo! Senhor Kim, preciso que você comece a empurrar assim que eu te pedir, consegue fazer isso? — perguntou enquanto ajudava o ômega a ficar confortável para o parto vendo-o assentir. Aquilo era o mais importante para que ele pudesse tê-los de forma que não fosse uma experiência mais dolorosa do que o necessário ou traumática.
Ele se encaixou entre as pernas de Jongin de modo a se apoiar no corpo dele, sentindo-se seguro por estar com o alfa nesta segunda-primeira vez deles.
A respiração estava pesada e ele sentia o corpo se contrair previamente à contração, recebendo carinho e amparo de Jongin que não deixava de dizer o quanto ele estava se saindo bem e que ele não estava sozinho. De certa forma ele sentia que seu Junhee estava ali também, lhe dando forças.
— Finalmente vamos conhecê-los. — o alfa disse rente ao ouvido do esposo com uma felicidade tremenda lhe rompendo o peito, lhe causando um sorriso de um misto de ansiedade, dor e alegria.
— Vamos sim... — foi a resposta do ômega que deu um selinho em Jongin, seguido de outro, e mais outro, que só não se tornou um quarto beijo pela dor da contração que ele sentiu, fazendo-o se concentrar na dor e no médico que já posicionado para o parto, avaliava a situação.
— Certo Kyungsoo, preciso que confie em você agora e que sinta o impulso, pode empurrar. — o doutor pediu e assim Kyungsoo o fez, agarrado aos braços de Jongin e empurrando conforme sentia a onda da contração vir, lhe auxiliando de uma forma dolorosa mas necessária.
Conforme o doutor o instruia, Kyungsoo forçava a expulsão do bebê que aos poucos coroava, conforme ele narrava aos pais. Até que por um impulso o primeiro choro ecoou pela sala de parto, trazendo um respirar aliviado ao ômega em meio a um sorriso de felicidade ao ouvi-lo. Sorriso que também estampava a feição de Jongin que estava em lágrimas olhando para o pequeno ser que era examinado visualmente pelo doutor, antes de entregá-lo aos pais.
— Meus parabéns, essa é a sua garotinha. É uma alfa forte e saudável, deve ter quase três quilos. — ele indicou, enquanto o olhar do casal não saia da bebê em seus braços que ainda chorava assim como eles. Os olhos fechados com uma expressão quase raivosa assim como os punhos fechados que trouxe risos de alegria ao casal que estava sem palavras em meio aos beijos que Jongin espalhava pelos cabelos suados de Kyungsoo, o parabenizando pela filha linda que ele tinha dado a luz.
Após o tempo indicado, Jongin fez as honras ao cortar o cordão umbilical, embora ele mesmo não quisesse fazê-lo, vendo uma enfermeira trazer as pulseiras de identificação e colocá-las na bebê à vista dos dois, enrolando a pequena em uma manta antes de levá-la para um exame mais completo ali mesmo na sala, junto a pediatra. O médico então logo pediu para que a máquina de ultrassom portátil fosse trazida à sala para que outra avaliação fosse feita.
— Você viu ela? — Kyungsoo perguntou ao alfa que ainda se encontrava perplexo, observando assim como ele, os cuidados da médica e das enfermeiras com a bebê que já tinha parado de chorar quando foi levada por ela.
— Ela é a sua cara. E pelo visto tem o seu temperamento. — Jongin disse entre um fungar e uma risada, fazendo o ômega revirar os olhos, também rindo.
— Eu achei ela parecida com você. — disse e logo o enfermeiro trouxe a máquina de ultrassom que constatou o posicionamento do próximo bebê. Pouco depois de levarem a bebê as contrações recomeçaram, tornando-se regulares a partir da segunda e fazendo recomeçar o ciclo.
Após a terceira contração o segundo bebê começou a coroar e na contração seguinte os esforços se repetiram, mas dessa vez fora bem mais fácil trazê-lo ao mundo. Chorando ainda mais e ainda mais alto que a primeira bebê, um menino alfa, forte, saudável e idêntico à irmã nasceu, e segundo Jongdae, um pouco mais pesado que a mais velha.
Assim que colocado no colo dos pais, o garotinho parou de chorar como em um passe de mágica, diferente de seus progenitores. A expressão melancólica diferente da irmã chamou a atenção de Jongin, mas as lágrimas nos olhos de Kyungsoo mostravam que ele tinha reparado em outra coisa e involuntariamente ele se lembrou do primeiro filho, mas junto com a tristeza e a conformidade da morte de Junhee, veio a alegria ansiosa de ter seu filho vivo nos braços.
— Ele é lindo... — ele disse tocando os dedinhos do filho, vendo-o agarrar seu dedo enquanto observava tudo e ao mesmo tempo nada, confuso por acabar de nascer. Assim que cortado o cordão umbilical e identificado, ele foi tirado do colo de Kyungsoo para ser examinado e posto junto a irmã, voltando aos berros, fazendo Kyungsoo rir do marido. — Acho que ele é que vai ser mais parecido com você.
Enquanto uma terceira ultrassom era feita para ver o andamento do terceiro bebê, o ômega que se desenvolveu em uma bolsa a parte e que o gênero biológico era um mistério aos pais, Baekhyun finalmente voltou trazendo um sanduíche e um suco de laranja para o ômega, se espantando ao ver que dois de três bebês já haviam nascido.
— Eu sumo por uma hora e quando eu volto meu trabalho já está feito? Assim não dá. — o beta dramatizou, entregando o lanche para Kyungsoo que se sentia faminto e esgotado, e pensar que ainda faltava um bebê era ainda mais desgastante.
— Olha pelo lado bom, ainda falta um bebê pra você. — Kyungsoo ironizou vendo o beta fingir uma risada, olhando os dois bebês ao cuidado das enfermeiras. — Por que demorou?
— O Chanyeol me ligou, e quando eu vi já tinha perdido o meu lugar na fila, pessoas grávidas ficam bem raivosas quando estão com fome. E isso tudo pra quando eu ser atendido não ter mais sanduíches e eu ter que comprar na galeria aqui perto. E eu ainda tive que trocar toda a roupa por outra esterilizada para estar aqui agora.
— É isso explica tudo, mas obrigado por ter pensado no Kyung, pena que você perdeu o nascimento. — Jongin respondeu vendo o beta negar dizendo que estava tudo bem, voltando a atenção para o ômega que comia tranquilamente, enquanto o médico analisava o que via no pequeno monitor do aparelho.
— Primeiro eu preciso perguntar, já querem saber o sexo do ômega? — a pergunta fez o ômega refletir, chegando uma rápida conclusão que era a mesma que o marido havia chegado.
— Já vamos saber mesmo, acho que não tem necessidade.
— Certo então. — Jongdae respondeu, afastando o carrinho por onde a máquina de ultrassonografia estava, ajudando a remover o gel de sua barriga e aproveitando para pedir para ver o posicionamento do último bebê, fazendo Kyungsoo deixar metade de seu lanche com Baekhyun e voltar sua atenção ao médico. — Vamos voltar com alguns exercícios para agilizar o parto do último. Ele está posicionado mas se demorar demais para encaixar vamos precisar intervir com uma cesárea, tudo bem?
— Sim, tudo bem... — foi a resposta do ômega que mal podia sentir o corpo após todo o esforço para trazer os dois primeiros ao mundo, mas que buscou forças de onde sequer tinha pelo terceiro, para que ele viesse em segurança.
Com seis minutos de exercício as contrações voltaram, fazendo com que ele usasse o pouco de força que tinha para empurrar o bebê, mas ainda sem sucesso. Com mais uma contração, novamente as tentativas foram feitas e nada do bebê coroar, sendo assim por mais três vezes em contrações não tão regulares, o que começou a preocupar Kyungsoo, Jongin e o médico, embora ele tentasse não transparecer e preocupar ainda mais o casal.
O bebê ainda estava bem, mas apenas mais uma tentativa seria feita e então eles iriam para a cesariana, para que nem o progenitor nem o bebê fossem afetados por qualquer eventualidade.
— Jongin, eu preciso me levantar...
— Tem certeza que consegue? Amor, você está exausto. — o alfa questionou preocupado, visto que era visível o quanto o ômega estava fisicamente esgotado, até mesmo pela sua voz.
Concordando que estava certo quanto à isso, Jongin o ajudou a se levantar, fazendo com que ele se apoiasse na cama e ajudando-o a se manter em pé. Fechando os olhos e sentindo a dor prévia a contração, o médico veio para auxiliá-lo e avaliar a situação, vendo o bebê coroar e perguntando se ele estava confortável e se aguentaria ter o bebê daquela maneira.
Foi apenas ele concordar que aguentaria que a onda de dor mais forte lhe abateu, fazendo com que Jongin se tornasse o seu maior suporte físico no momento, para que ele continuasse firme e o médico intervisse entre ambos, incentivando à expulsar o bebê. Sua sorte foi não precisar de muito esforço, mas um pequeno momento de tensão ocupou o lugar assim que nasceu o último bebê.
Foram os cinco segundos mais tensos da vida de ambos, parecendo durar horas e apenas quando o choro tímido ecoou, Kyungsoo foi capaz de respirar novamente, sentindo lágrimas rolarem por seu rosto. Olhando para o marido ele viu o mesmo semblante em meio a um olhar agradecido, o beijando e o ajudando a se sentar na maca, apoiado na cabeceira onde finalmente pode pegar seu último bebê.
Uma ômega, um tanto menor que os outros dois, chorava de um choro baixo mas forte, e ia aos poucos se acalmando a medida que sentia o cheiro dos pais, abrindo minimamente os olhos e esboçando um leve sorriso que aqueceu o coração dos dois e da equipe médica.
— Quer cortar o cordão Baek? — Jongin sugeriu após ter a aprovação do esposo, vendo o beta limpar os olhos meio tímido.
— E-eu posso?
— Claro que pode... — Kyungsoo confirmou e logo ele se aproximou da maca, recebendo uma tesoura do médico e cortando o lugar indicado e indo novamente às lágrimas, vendo a enfermeira parabenizar novamente o ômega, deixando-o aproveitar o momento com a bebê antes de identificá-la e pedir a bebê para ser examinada.
Após a finalização dos procedimentos e Kyungsoo ser devidamente examinado, um enfermeiro ficou responsável por levá-lo para um merecido banho, enquanto outras duas enfermeiras levaram Jongin e Baekhyun para auxiliar com os bebês.
Assim que saiu do banho auxiliado pelo outro ômega, ele foi posto e empurrado por ele na cadeira de rodas para evitar qualquer esforço naquele momento delicado. Indo para o quarto onde ficaria, Kyungsoo ainda pode ver Jongin limpar o filho com a supervisão e auxílio de uma enfermeira, enquanto Baekhyun assistia uma outra terminar de vestir a única ômega e ao lado, já alimentada com uma fórmula especial de leite para recém-nascidos, a alfinha dormia tranquilamente, tendo o sono velado por duas enfermeiras que estavam encantadas.
Jongin o acomodou na cama hospitalar garantindo que ele se sentisse o mais confortável possível, perguntando se ele estava sentindo algum incômodo muito grande após o complexo e demorado trabalho de parto, vendo-o negar, sorrindo agradecido para ele. Assim que foi colocado na cama, o enfermeiro que antes tinha lhe ajudado com o banho lhe entregou a alfinha adormecida, vestida com um macacãozinho vermelho e branco, escolhido por ele. A Jongin foi entregue a pequena ômega, vestida em amarelo e branco, tal qual um pequeno girassol, junto da mamadeira com a fórmula que lhe foi instruída a maneira certa de se usar para alimentá-la.
Por último e não menos importante, o alfinha foi entregue a Baekhyun que se viu emocionado por estar com ele no colo, vestido de azul e branco, em um macacãozinho idêntico ao das irmãs. Ele também já tinha sido alimentado, ficando quietinho no colo do beta que sentou-se na poltrona ao lado da cama onde ambos os pais estavam sentados apreciando seus bebês, tal qual os enfermeiros que ainda estavam no quarto.
Alguns vendo pela primeira vez um parto de trigêmeos e a maioria impressionada por ter sido um parto natural, o que era muito difícil de acontecer, como no caso de Kyungsoo.
— Eu não acredito que eles estavam dentro de mim... — foi a observação encantada do ômega, tocando o rosto da mais velha dos três com cuidado, desconfiado da própria realidade. — Eles são tão lindos.
— Claro que são, olha para nós, somos pais lindos. — Jongin quebrou o clima com o olhar cheio de lágrimas, inclinando-se com cuidado para beijar o esposo antes que ele reclamasse. — Você foi incrível meu amor.
— E você também, mas confesso que eu fui mais. Você nunca teria parido três assim. — se gabou ouvindo o marido rir, concordando com ele. — Acho que temos que escolher os nomes, por que você não começa?
— Tudo bem para mim... Bom, os alfas são idênticos, mas a nossa princesa parece ter seu temperamento, então acho que devemos chamá-la de Kyung-Mi. — disse com os olhos fixos na bebê, que em resposta soltou um resmungo que soou como uma aprovação. — Eu acho que ela gostou.
— Eu também gostei. E o nosso menino lindo? — Kyungsoo perguntou interessado, apaixonado pela primeira escolha do marido.
— Ele obviamente é mais emotivo como eu, então acho que Jungkyu ficaria bem. — disse olhando para o bebê já adormecido no colo de Baekhyun, uma mistura perfeita dele e do marido.
— Kim Kyung-Mi e Kim Jungkyu. São ótimos nomes, perfeito para eles. E o nosso raio de sol? — Kyungsoo questionou, se referindo a única bebê ainda acordada e que curiosamente, se parecia com ambos os pais mas de uma forma diferente da dos irmãos. Mas que aparentemente, vendo agora de forma mais clara, era a que mais se parecia com Junhee, e isso aquecia o coração de Kyungsoo.
— Por que você não escolhe o dela? Uma ômega linda assim como o papai, deve receber um nome lindo dele. — Jongin disse para a bebê que o encarava de volta com uma espécie de sorriso, agora que estava sem a mamadeira, demorando um tempo até Kyungsoo decidir.
— Ela é a nossa caçula e literalmente um raio de sol, acho que Youngsun deve ser o nome que mais combina com ela. Kim Kyung-Mi, Kim Jungkyu e Kim Youngsun, nossos bebês arco-íris.
— Eu adorei... — Jongin concluiu, dando outro beijo no marido e o parabenizando novamente, voltando a oferecer a mamadeira para a bebê que recusou, dormindo pouco depois.
— Eu também adorei os nomes e adorei viver esse momento com vocês, e detesto estragar o momento mas eu preciso perguntar: essa tarde vai ser descontada do meu salário?
A pergunta de Baekhyun era sincera e fez o casal rir. Claro que não haveria nenhum desconto por parte deles, mas trocando olhares, o casal tinha uma proposta muito melhor para o beta.
— Claro que não, afinal de contas você ajudou a gente da melhor forma que poderíamos imaginar, e como gerente, você é e será muito responsável. — Kyungsoo disse, vendo o beta assentir, sem notar a proposta.
— Realmente, mas também... Espera aí! Gerente?! — se exaltou, esquecendo-se de onde estava e do bebê em seu colo que resmungou descontente, assim como os pais que lhe olharam aflitos por silêncio. — Gerente?
— Se você aceitar, sim, gerente. — Jongin enfatizou, olhando para a filha adormecida antes de continuar. — E aí? O quê nos diz?
— Caramba, sim! Eu adoraria! — Se exaltou, mas agora no tom apropriado, fazendo o casal sorrir.
Aquele com toda certeza entraria para um dos dias mais felizes da vida dos dois, assim como tantos outros que traçaram a jornada deles como um casal. Claro que nem tudo foi fácil e que dias difíceis vieram, como quando o primeiro filho veio a falecer e eles pensaram que a vida tinha acabado. Mas embora aquela lembrança triste e dolorosa ainda os assombrasse, eles sabiam que Junhee estava com eles e agora com seus irmãos também, e era isso que os mantinha em pé, que lhes enchia de alegria nos dias tristes e que lhes aquecia o coração.
❤️🌈❤️
É notório que eu nunca passei por um parto, embora particularmente ache um procedimento fascinante (em outras pessoas), mas pesquisei o máximo possível para trazer a minha versão de como ocorreria um em um omegaverso e espero que esteja minimamente coerente kkkkk
Ai gente, eu amo os Kaisoo da fic, não tem como, eles são meus protegidos.
Espero que tenham gostado do capítulo, deixem uma estrelinha e comentem bastante se sim, obrigada pelo carinho, bebam água, se cuidem e até a próxima.
💜
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