Olá pessoas, eu voltei! Como vocês estão?

Me desculpem pelo meu leve sumiço, eu estava estudando e acabei ficando sem tempo para escrever. Além de que estava com visitas em casa.

Espero que estejam todos bem e que apreciem o capítulo. Deixarei mais alguns avisos nas notas finais.

Beijinhos e boa leitura!

❤️🌈❤️

Pov's Jimin

Novamente era segunda-feira, e eu me sentia um zombie no meio da sala de aula.

Um zombie usando gola role em um calor de quase trinta graus para esconder os inúmeros chupões que um certo alfa com um sorriso de coelho havia feito noite passada.

Eu cochilava a cada dez minutos de explicação embora o assunto fosse até que bem interessante, mas nem isso era capaz de conter meu sono e me manter acordado por pelo menos mais trinta minutos.

Jungkook e eu tínhamos acordado atrasados e isso justifica a gola role, já que não tive tempo de cobrir as marcas com corretivo. Então eu só levantei, vesti uma roupa e comi, dando uma bronca em Jungkook por deixar tantas marcas a mostra. Bronca essa que ele encarou com o mais travesso e orgulhoso sorriso.

O lado bom era que hoje eu não teria que ir trabalhar, Seokjin já tinha avisado que era dia de dedetização nas cafeterias e isso me garantia a tarde inteira de folga. E com todo esse tempo livre eu planejava dormir, comer, arrumar o apartamento e ir dormir de novo, além de registrar a tarde de ontem no diário de gravidez - o que era para mim já ter feito ontem, se Jungkook não tivesse me atrapalhado.

De qualquer forma era a última aula, e eu cochilava tranquilamente sobre meu caderno de anotações e notebook, ouvindo a voz da professora ao fundo, até sentir algo cutucar minha bochecha.

— Jimin? ... Jimin-shi? — ouvi alguém me chamar baixinho ao mesmo tempo que cutucava a minha bochecha, me fazendo prestar atenção.

— Hum? O quê foi? — respondo sonolento, abrindo os olhos e encontrando Shuhua - uma beta que também estava na minha turma - que era quem me chamava, ao lado da minha carteira.

— Desculpa te acordar oppa, é que a Coordenadora está te chamando. — cochichou novamente me fazendo despertar de vez, agradecendo ela, fechando e guardando meus materiais, para ver o que a alfa queria.

A senhora Kwon era a Coordenadora dos cursos de Contábeis do campus e eu já imaginava o porquê que ela estava me chamando. Afinal, as férias estavam chegando, e sendo fim de semestre as primeiras entrevistas começavam a surgir. E como melhor da turma, lá estava a minha grande chance.

Guardando minhas coisas eu peguei minha bolsa e saí da sala rumo ao prédio administrativo, ainda com um pouco de sono e um pouco desatento. Comendo um bombom de chocolate e café que tinha na minha bolsa, com a esperança de que ele me ajudasse a ficar um pouco mais atento.

— Jimin? — uma voz conhecida me chamou, levando-me a tirar minha atenção da embalagem do bombom para olhar pra frente, reconhecendo a figura que me chamava, me deixando surpreso e extremamente empolgado ao revê-la.

— Seohyun?! — exclamei ao vê-la ali, dando alguns passos até ela e a abraçando, feliz em revê-la. Seohyun e eu éramos ótimos colegas, fazíamos o curso de contabilidade juntos e ela era minha principal aliada na hora de fazer os trabalhos e seminários que o curso exigia.

Ela tinha trancado a faculdade no fim do semestre passado, por conta de alguns problemas pessoais envolvendo a saúde do pai que morava no interior e desde então eu nunca mais tinha visto ela, apenas acompanhava algumas de suas publicações no Instagram. Rede social esta que ela usava só para postar fotos conceituais, as quais ela vendia por fora para ter uma renda extra.

— Jiminie! Garoto, quanto tempo que eu não te vejo! Tudo bem? — disse me rodopiando em seu abraço e me fazendo rir, colocando-me novamente no chão. — Senti saudades, como você está?

— Eu estou ótimo, e pelo visto você está melhor ainda! Acho que nunca te vi tão feliz... — reparo fazendo ela sorrir ainda mais, segurando em minha mão de maneira saudosa.

Era verdade, desde que estudávamos juntos ela sempre parecia um tanto decepcionada e tristonha - mais do que era de costume para um estudante de contabilidade - mas agora ela estava radiante e parecia diferente, do jeito mais positivo possível.

— Aí, nem me fale... Eu finalmente vou entrar no curso que eu sempre quis fazer! Vou começar em Fotografia próximo semestre. — contou animada, fazendo eu me animar por ela, reparando sua leve mudança de expressão ao notar algo de diferente que eu já imaginava o que era.

— Hyunie isso é incrível! Pena que não vamos mais estudar juntos, mas estou tão feliz por você!

— Muito obrigada Jimin. E você está... Diferente, q-quer dizer, não de forma ruim é-é que você está...

— Grávido? — respondo dando uma risada para a sua surpresa, imaginando seu receio em perguntar. — Pois é, eu estou bem grávido no momento.

— Caramba! Nossa isso é incrível Jimin! Você está de quanto tempo?

— Completo quatro meses essa semana.

— Nossa eu, eu nunca te imaginei grávido, uau... Já sabe se é menino ou menina? — perguntou ainda se adaptando a novidade e eu neguei, me lembrando que ainda tinha que conversar com a Coordenadora.

— Sinceramente eu também nunca me imaginei sendo pai, esse alfinha me pegou de surpresa, mas aqui estamos né? E eu também estou muito feliz, então... — sorri, dando de ombros e deixando a frase no ar. Recebendo um sorriso amigável e simpático dela, que compreendia a situação. — Sinto muito Seohyun, mas podemos marcar de sair outra hora? Pra colocar o papo em dia? Eu tenho que falar com a senhora Kwon agora.

— Tudo bem, e que bom que você se sente assim, te desejo tudo de bom viu? Marcaremos então, você ainda trabalha no café?

— Por enquanto sim.

— Então tá, vou passar lá qualquer dia. Nos vemos por aí. — se despediu, me abraçando rapidamente antes de seguir seu caminho, assim como eu segui o meu até a administração.

Chegando no prédio, fui até a sala dela cujo o caminho já me era conhecido, batendo na porta e logo recebendo a permissão para entrar, encontrando a alfa digitando em seu notebook, sentada atrás de sua mesa.

— Mandou me chamar Coordenadora?

— Sim, por favor sente-se senhor Park... — pediu, me mostrando a cadeira a frente e logo eu me sentei, passando a mão no rosto para disfarçar qualquer sinal de sono. Prendendo toda a minha atenção na alfa. — Acredito que já está ciente das vagas de estágio remunerado? O próximo será seu último semestre, certo?

— Correto... — afirmo, vendo-a girar a cadeira para trás, pegando um documento.

— Bem, o seu histórico é impecável, um dos melhores alunos do curso sem sombra de dúvidas, e tem várias empresas interessadas em sua contratação. Temos algumas entrevistas para você, está interessado?

— Com certeza. — respondo, contendo a minha animação, vendo ela sorrir e retirar algumas folhas da impressora.

— Certo senhor Park, aqui está seu histórico no campus e seu currículo que já tínhamos arquivado por e-mail. Preciso apenas da sua assinatura para enviarmos esses documentos para as empresas com a nossa indicação. Serão três entrevistas por enquanto, as quais você e outros dois alunos estarão fazendo com prioridade.

— Tudo bem... — afirmo, lendo os documentos por cima, confirmando os dados e os assinando, conforme a senhora Kwon indicava. Até finalmente terminar de assinar as folhas, recolhidas por ela em seguida. — Pronto?

— Pronto. Tudo certo senhor Park, assim que eu enviar os documentos com as declarações, as empresas entraram em contato para marcarem as entrevistas. Boa sorte e parabéns pelo bebê, fiquei sabendo apenas hoje da sua gravidez, está tudo bem?

— Obrigado senhora Kwon, nós estamos bem. Irei aguardar o contato das empresas. — digo, ouvindo o sinal do fim da aula, me despedindo dela e saindo da sala, rumando a saída sentindo-me extremamente feliz.

Assim que sai pelos portões encontrei Jungkook logo de cara, me esperando frente ao carro com um sorriso de quem praticamente lia a minha felicidade, me recebendo com um beijo caloroso e muito bem recebido.

— Tá feliz hein? Como foi a aula?

— Foi ótima, mas o melhor nem foi isso... — digo entrando no carro, vendo-o fazer o mesmo, afivelando seu cinto antes de dar partida. — Eu vou ter três entrevistas de estágio para o próximo semestre!

— Sério?! Isso é incrível Jiminie, estou orgulhoso de você.

— Obrigado, eu só espero que dê tudo certo. A maioria das empresas perdem o interesse de contrato se os candidatos são ômegas, especialmente gestantes...

Reflito comigo mesmo a minha própria situação, querendo ou não isso era uma realidade. Entre um ômega bem qualificado e um alfa meia boca, a segunda opção era sempre a mais escolhida pelas empresas.

Antes eu tinha as minhas próprias garantias - cá entre nós eu não pensava que iria acabar engravidando - mas agora esta era a minha situação, e mesmo assim eu iria lutar por um lugar dentro do mercado de trabalho em que eu escolhi atuar. Isso me deixava ansioso e um pouco inseguro também, Jungkook logo percebeu isso e segurou em minha mão, levando-a até seus lábios e dando um beijo, demonstrando seu apoio. Tá pra nascer alguém pra me deixar ainda mais apaixonado.

Literalmente.

Chegando em casa, eu logo optei por trocar minha roupa por algo mais confortável, indo ajudar Jungkook com o almoço enquanto conversávamos sobre as novidades daquela manhã. Nós almoçamos naquele clima agradável e conseguimos assistir meio episódio de Ozark até dar o horário dele voltar ao trabalho. Infelizmente não teria sua companhia durante a minha folga.

Levando-o até a porta eu me despedi com um beijo saudoso, prometendo que não faria nada de perigoso ou que arriscasse eu e o filhote, antes dele fazer um carinho em minha barriga e se despedir. Acenando para mim, o seu "quase-namorado", já que as alianças de compromisso garantiam a nomenclatura. Por mais que não houvesse acontecido nenhum pedido oficial.

Ainda.

Depois que ele se foi eu tranquei a porta e voltei para a sala. Pensei em assistir algo mas a minha vontade havia sumido e o meu sono pós almoço aumentado. Então pegando meu celular eu me aninhei na cama, sentindo o cheiro do meu alfa enquanto mexia no celular até cair no sono.

Eu acordei não muito tempo depois - uma hora e vinte e dois minutos para ser exato - com o toque do meu celular que insistia mesmo após eu recusar duas chamadas, me levando a atender a terceira ligação de Taehyung.

— Alô?

— Porra, achei que tinha morrido...

— O quê você quer Taehyung? — pergunto sem qualquer ânimo, me sentando na cama e me espreguiçando ainda sonolento.

— Primeiro quero que você abra a porta...

— E o que garante que você não planeja me matar e vender meus órgãos? — pergunto já me levantando, calçando minhas pantufas e indo rumo a porta.

— Viajou agora hein, mas é uma boa ideia, talvez um dia eu faça... — ele responde me fazendo revirar os olhos, abrindo a porta e dando de cara com ele, Yeontan em seu colo e ao seu lado um ômega bem vestido que eu não conhecia. — Porra, é incrível o estado em que eu te encontro toda vez que eu venho aqui. Até o seu pescoço tá todo fodido.

— Culpa do seu cunhado... — digo desligando a chamada, encarando os dois e me sentindo um pouco envergonhado frente ao outro ômega.

Veja bem, eu estava usando uma calça de flanela xadrez vermelha e preta que tinha mais furos do que roteiro de adaptação de livro, além de uma camisa ridícula do Jungkook com uma estampa do que era pra ser a Widowmaker de Overwatch e pantufas da Pantera cor de Rosa.

O botijão de gás estava mais bem vestido do que eu, enquanto isso os dois a minha frente pareciam ter saído de um evento de moda.

— Esse que é o seu amigo? — o lúpus se arriscou em dizer, sorrindo com simpatia. Os cabelos dele eram pretos mas tinham um brilho que os deixavam azulados, era do meu tamanho e usava um conjunto bem "básico" da Chanel. — É um prazer conhecê-lo, Tae-ah fala muito de você.

— Fala é? — provoco o Kim, enquanto cumprimentava o lúpus, vendo-o corar de leve, coçando a garganta para disfarçar. — Muito prazer sou Park Jimin, e você deve ser Im Kihyun, estou certo?

— Está sim... Bem eu vou indo, só vim para garantir que o Tae não acabasse passando mal antes de chegar aqui.

— Passando mal de novo? Você não tomou o remédio que eu te falei? — pergunto para o Kim já imaginando que aquilo não passava de um draminha da parte dele. Eu conhecia ele bem o suficiente pra saber que ele não estava passando mal coisa nenhuma.

— Eu esqueci em casa, de qualquer forma os meninos estão trabalhando e eu não queria ficar sozinho com o Tamie. Então vim pra passar um tempo com você e com meu sobrinho. — disse entrando e colocando o cachorrinho no chão. — Você não se importa né hyung? Depois eu reponho o dia de hoje na minha folga, e qualquer coisa pode descontar do meu salário.

— Tá tudo bem Tae, já deixei o Changkyun ciente da situação toda. E também a maior parte da revisão está feita, pode trocar a sua folga sem problemas. — disse terminando de digitar algo em seu celular, o guardando na bolsa de ombro e sorrindo. — Eu vou indo, tenho que resolver alguns assuntos com meu marido.

— Assuntos? Sei... — Taehyung reforçou indiscreto, fazendo o lúpus corar em um sorriso um tanto revelador, revirando os olhos. — Usa camisinha hein, a não ser que queira uma barriguinha dessas pelos próximos nove meses.

Disse dando dois tapinhas na própria barriga fazendo Kihyun rir e eu estapear meu próprio rosto, envergonhado pelo descaramento do meu amigo. O bom é que o outro já parecia acostumado com o jeitinho dele, Taehyung tinha uma facilidade assustadora de pegar intimidade com as pessoas.

— Vou levar em consideração. Tenham uma boa tarde meninos, eu já vou indo, foi um prazer te conhecer Jimin. — disse se despedindo, dando dois passos em direção a saída. — Te vejo amanhã Tae.

— Tchau Kihyun-ah, até amanhã... — ele se despediu sorrindo, indo até a porta e o acompanhando com o olhar até que ele virasse rumo a escada. Só então ele fechou a porta, se dirigindo a mim. — Troca de roupa, nós vamos sair.

— Não vamos não.

— Nós vamos sim, o Kyung quem combinou. Me admira você não ter visto, ele disse que mandou mensagem pra você.

— Eu estava dormindo... — digo, me lembrando de algo e estranhando. Tinha alguma coisa que não estava certa nessa história. — Tem certeza disso? Tipo, o Kyung quer mesmo sair hoje?

— Eu também achei estranho, tipo ele nunca tinha me mandado mensagem, eu pensei que era trote, nem a foto dele tava aparecendo... — ele refletiu, me mostrando a conversa no próprio aparelho. — Eu também achei estranho ele querer sair justo hoje, mas ele chamou a gente. Inclusive ele acabou de me mandar mensagem, disse que já está no shopping com o Mark.

— Se é assim, então eu vou tomar um banho...

— Vai lá, deixa que eu separo a sua roupa, aproveito e já vejo um corretivo pra tapar o seu pescoço. — disse me seguindo rumo ao quarto, enquanto era segudo por Yeontan que vinha logo atrás, abanando o rabinho todo animado. Entrando no cômodo a primeira coisa que o Kim fez foi se jogar sobre a minha cama, fazendo uma careta e se sentando em seguida. — Credo, seu quarto tá fedendo você e Jungkook.

— Ele dorme comigo, esperava o quê? E o cheiro dele não é ruim. — defendi, pegando meu roupão e minha toalha, indo para o banheiro. Parando quando vi ele encarar o pequeno volume de sua própria barriga com um sorrisinho presente em seu rosto.

— Deve de não ser tão ruim mesmo, mas lembra bem pouco o cheiro do Hoseok, eles são bem distintos nesse quesito, mesmo sendo irmãos... Acha que os gêmeos vão ter aromas parecidos?

— Depende, se eles forem univitelinos a diferença pode ser quase inexistente, mas se forem bivitelinos pode variar um pouco, especialmente se forem de gêneros diferentes.

— Acho que eles vão ser parecidos, os meninos sentiram pouca variância. — disse se apoiando na cama, fazendo um carinho na própria barriga o que me arrancou um sorriso. — Mas vai saber, pode mudar com o tempo. Soube que o cheiro do bebê se molda conforme ele vai se desenvolvendo, vai ficando mais característico.

— Você me parece bem empolgado com isso.

— Você não faz ideia! Eu tô tão ansioso, quero que tudo isso passe logo, saber se eles se parecem comigo, com o Yoon ou com o Hobi. Pegar eles no colo e sentir aquele cheirinho de bebê.

— Eu imagino... — reflito, me sentando ao seu lado e dando-lhe um beijinho na bochecha. — Que bom que você se sente assim, mas tenta curtir mais enquanto você está esperando eles. Depois que você é pai muita coisa muda, então tenta aproveitar o seu agora ao máximo, vivenciar a gravidez e estar grávido. Porque a paternidade é foda, no sentido bom e ruim.

— É você tem razão... Voltou a se consultar com o Youngjae?

— Nunca parei. Inclusive com tudo que aconteceu nessa última semana eu tô precisando é ir de novo. Vira e mexe minha ansiedade tá atacada, Jungkook é quem me ajuda. — digo me levantando, indo de vez para o banheiro e o deixando ali, portando um sorriso orgulhoso no rosto.

— É muito estranho ver você todo boiola assim pelo Jungkook, mas ainda assim eu nunca te vi tão feliz quanto você é com ele. Tipo, em nenhum dos seus relacionamentos.

— Pois é, ele me faz feliz e ao meu lobo também. No fim você estava certo quando disse que eu ia encontrar alguém incrível. — digo, me lembrando de nós naquela situação.

Há um pouco mais de três anos, no meu quarto, amaldiçoando meu ex-namorado enquanto ele me motivava e me convidava para sair. Agora ele novamente me chamava, mas diferente dessa outra vez não era para uma boate, mas sim para fazer compras. Compras para bebês com mais outros dois grávidos.

Enfim, as capotas que o mundo dá.

— Eu disse isso? — caçoou da minha cara dando uma risadinha que lhe entregava, fazendo com que eu jogasse minha camisa nele, entrando no banheiro e o deixando ali por um tempo.

Um banho rápido foi tomado e logo eu estava de roupão ponderando entre as peças de roupa escolhidas por Taehyung, pegando um camisetão rosinha, uma calça jagger preta e tênis brancos que iam contra tudo que o Kim havia separado.

Veja bem, eu estava buscando conforto, e as duas calças que ele separou já não me serviam mais.

Vestido, com o pescoço cheio de corretivo e minha bolsa pronta, Taehyung só arrumou as coisas de Yeontan e o colocou em sua bolsa - espaçosa agora que ele havia tirado o notebook e os demais cadernos que ele levava para a faculdade e trabalho - de um jeito que o cachorrinho ficasse confortável, antes de sair e deixar que eu trancasse o apartamento. Descendo para esperarmos pelo carro que ele tinha chamado.

Era engraçado, nós dois esperando o carro me trazia uma espécie de dejá-vu de todas as vezes em que eu saía com ele, antes de tudo isso acontecer. Me fazia recordar saudoso e nostálgico, ao mesmo tempo feliz por tudo o que estávamos vivendo juntos agora.

Melhores amigos que se diz, em uma promessa que durava á mais de vinte anos.

Assim que a motorista chegou, Taehyung confirmou o endereço e seguimos para o shopping enquanto a beta elogiava Yeontan para o Kim que todo orgulhoso se gabava do filho canino. O caminho todo foi recheado de conversas a ponto de nem percebermos o tempo passar, quando menos vimos já estávamos no shopping. Então, depois que pagamos a motorista eu e Taehyung fomos atrás de Mark e Kyungsoo, que segundo as mensagens do último estavam na praça de alimentação.

Não demorou muito para os acharmos, visto que eles dois estavam em uma mesa próxima à um Playground de uma lanchonete, da onde Mark não perdia a atenção.

— Vocês demoraram, pensei que não fossem vir mais... — o ômega mais velho indagou assim que chegamos mais perto, comendo uma batata frita. Mark não disse nada, estava meio aéreo olhando para os brinquedos, vendo Bambam brincar com outra criança que logo eu descobri ser Jinyoung. Então Youngjae também estava aqui?

— Oi pra você também... O Jae também veio? — pergunto, puxando uma cadeira e me sentando ao lado de Kyungsoo, ao mesmo tempo que Taehyung também o fazia, se sentando ao lado de Mark que se levantava, nos cumprimentando rapidamente e indo buscar as crianças.

— Não, o Mark foi levar o Bambam na consulta e acabou que não dava para o Jae buscar o Jinyoung na escola, então como ele e o Jaebeom vão trabalhar a tarde inteira o Mark se ofereceu pra buscar e cuidar dele hoje. Vão querer pedir alguma coisa?

— Não obrigado... — digo vendo Taehyung também negar, olhando na direção de onde duas crianças vinham correndo, fazendo-me abrir um sorriso quase instantâneo quando o menor praticamente se jogou em meu colo.

— Tio Jiminie! — ele disse me abraçando, se afastando e me olhando sapeca com o cabelo bagunçado, descendo o olhar para minha barriga e se lembrando do bebê, fazendo um carinho. — Oi bebê.

— Oi meu pequeno, estava se divertindo no Playground?

— Foi muito legal tio! Eu e o Jinyoung caímos na piscina de bolinhas! Daí a gente subiu no escorregador de novo e... — contou animado enquanto eu arrumava os fios bagunçados, voltando sua atenção para Jinyoung que brincava com Yeontan no colo de Taehyung, perdendo toda a sua atenção na narrativa. — Um cachorrinho!

Disse indo até Taehyung e Jinyoung, rindo ao tentar passar a mão no cachorro e ele o lamber em resposta, me fazendo sorrir.

— Ele parece bem. — me refiro a Bambam, visto que Mark estava em pé do meu lado, apenas aguardando estarmos prontos para irmos.

— E ele está, o que me preocupa são os pesadelos que ele vêm tendo. Com tudo o que aconteceu ele acabou desenvolvendo um começo de Síndrome de Abandono e não quer mais dormir no quarto dele. Faz alguns dias que ele está dormindo com a gente e o Transtorno Obsessivo Compulsivo vem gerando muita frustração nele.

— Tadinho... Pelo menos ele está bem melhor, digo, em relação à timidez. — Kyungsoo comenta enquanto se levantava com dificuldade e Mark concorda. Afinal ele realmente estava muito melhor nas suas interações sociais.

— Está sim, e também o TOC e a Síndrome de Abandono estão bem contidos, não são frequentes as manifestações. Ele está conseguindo viver bem e aos poucos está se recuperando do trauma.

— Isso é bom... — digo, andando ao lado dele e de Kyungsoo, enquanto Taehyung seguia na frente de olho nos meninos que levavam Yeontan na guia em uma animação contagiante.

— É sim, e para ajudar, eu e o Jack decidimos que era bom comprar uma cama própria para a idade dele. Jae disse que fazer um cantinho com as coisas dele e o que ele gosta pode ajudá-lo a se sentir mais em casa, e como estamos com o processo de adoção quase ganho é bom que ele tenha esse espaço para se sentir parte da família. Vou aproveitar para comprar o berço do Yugyeom também.

— Que bom que está dando tudo certo, fico feliz por vocês. — Kyungsoo o parabeniza e eu assinto, compartilhando do mesmo sentimento.

Não precisamos andar muito para chegarmos na primeira loja em que queríamos ir - no caso o Mark queria, mas essa parte a gente eleva - para comprarmos os móveis dos quartos dos meninos e também pesquisar os preços das mobílias.

Infelizmente ou felizmente, não dava para a gente colocar o bebê pra dormir dentro da mala onde no momento se encontravam as roupinhas dele, assim como Jungkook sugeriu. Então ter uma base de quanto custava um berço - mesmo sem ter um lugar para colocar um berço - era essencial.

Indo direto ao ponto, um atendente nos levou até a sessão de camas infantis e Mark reforçou a conversa que aparentemente já tinha tido com o filho sobre a escolha de uma cama nova para o seu quarto. E contagiado pelo entusiasmo de Jinyoung, Bambam via cama por cama do mostruário enquanto o mais velho tentava influenciar em sua escolha mostrando quais eram as camas "mais legais".

Mark ia logo atrás deles, provavelmente arrependido de ter dito para o ômega mais novo que podia escolher qualquer cama que ele quisesse.

Eu acompanhava a cena toda, e ria a cada argumento de Jinyoung sobre o porquê que a cama em formato de carro vermelho era melhor, enquanto Mark usava toda a sua "força pedagógica" para não gritar e pedir aos céus que o filho não escolhesse aquela cama caríssima. Mas o mais novo parecia totalmente certo de qual era a sua decisão.

Ao invés de escolher uma cama de algum desenho, personagem ou até mesmo a "cama de carro vermelho" sugerida por Jinyoung, Bambam parecia extremamente fascinado por uma cama simples azul marinho escuro, com vários desenhos pequeninos de planetas e estrelas, que tinha um gaveteiro espaçoso na parte de baixo.

Além de mais vantajosa do que a cama em formato de carro, ela acompanhava uma cômoda e um pequeno móvel de cabeceira que segundo a etiqueta vinha de "brinde" e Mark não podia estar mais satisfeito com a escolha do filho.

Enquanto eles conversavam para ter certeza de que era aquela que o pequeno queria, Jinyoung se deitava sobre uma pilha de tapetes fofinhos a venda e o atendente marcava o endereço de entrega indicado pelo Wang Tuan - e parcelava tudo em umas quinze vezes á pedido dele -, eu notei por um segundo a falta de Taehyung e de Kyungsoo.

Logo acabei encontrando o primeiro, entretido enquanto conversava com uma vendedora que trocava a roupa de cama de um dos mostruários, mas não encontrei Kyungsoo por ali, não até onde meus olhos alcançavam pelo menos.

Temendo por seu sumiço e buscando encontrá-lo, eu segui pelo corredor das camas até finalmente achá-lo na sessão de berços atrás de uma fileira de guarda-roupas e armários que dividiam o corredor, encarando um dos berços com um semblante tristonho.

— Soo?

— Oi Mochi...

— Tá tudo bem? Como estão os mini Jongins? — pergunto me aproximando e acariciando sua barrigona, tentando animá-lo mas sem muito sucesso, recebendo um sorriso triste em resposta. Olhando para o berço e imaginando o motivo de sua tristeza.

— Estão mais chatinhos com o passar do tempo, mas fazer o quê se eles estão crescendo tão rápido... — disse acariciando a própria barriga com um sorriso um pouco mais animador, mas rapidamente voltando a encarar o berço com tristeza. — Hoje faz quatro anos...

— Sinto muito Kyung, eu imagino que o dia de hoje esteja sendo difícil para você... Não pensei que fosse querer sair hoje. — lamento por sua perca. Faziam quatro anos que ele e Jongin haviam perdido o primeiro filho, e eu imaginava que assim como nos anos anteriores o Kim fosse querer visitar o túmulo do pequeno alfa, e não fazer compras como estávamos fazendo no momento.

Foi quando pela primeira vez no dia, ele me ofereceu um sorriso sincero e tranquilizador, de alguém que já estava conformado mas que se sentia pleno quanto a isso, me abraçando de lado e suspirando pesado.

— Não é tão difícil passar pelo dia de hoje quando estou com você e com os meninos. E eu estou bem, tenho certeza que Junhee também está...

— Sabe que você não precisa se preocupar em parecer forte. Está tudo bem sentir essa dor.

— Eu não estou preocupado com isso, acho que depois de tudo estou mais conformado de certa forma. Me dói demais, mas o Junhee não precisa mais de mim e do Jongin... — disse olhando para mim, e pude notar sua voz trêmula e seus olhos se enchendo d'água. — E-eu o amo muito e jamais irei esquecê-lo, mas ele não está mais aqui. Ele não precisa da minha proteção e cuidado, mas os irmãos dele precisam, e é isso que me mantém de pé.

— Que bom que está com esse pensamento hyung.

— Sim... Quero dar para os trigêmeos tudo que não pude dar para Junhee. — refletiu, sorrindo enquanto olhava melhor para o berço em questão. Era branco e simples, porém suas grades eram adaptáveis para que ele se transformasse em uma cama que serviria até os quatro, cinco anos.

— Esse é um bom modelo, está pensando em levar? — mudo de assunto, ainda abraçado a ele, trazendo-lhe conforto enquanto o via limpar a lágrima teimosa que insistia em escorrer pelo seu rosto, dando uma risadinha entre uma fungada e outra.

— É... Eu realmente estava pensando nisso, acho que é um bom momento para começar a aprontar o cantinho deles. Faltam só dois meses para eles chegarem.

— Vão induzir o parto aos oito meses?

— Se não houver complicações até lá, sim. Se acontecer algo, eles vão ter que ser tirados antes, aos sete meses, mas quanto mais tempo eles ficarem aqui dentro melhor.

— Vai dar tudo certo. Tenho certeza que mesmo se precisarem vir com essa diferença de mês, eles vão nascer fortes e saudáveis. Só não se preocupe muito com isso.

— Estou tentando... Mas você realmente tem razão, esses berços são ótimos. Será que eles fazem alguma promoção? Tipo compre dois e leve três? Porque tá foda esse preço.

Disse e eu ri, vendo Taehyung se aproximar com Bambam no colo e Jinyoung pendurado em suas costas, rindo como quem não se lembrava que estava grávido. Se não estivesse com Mark, Yeontan provavelmente estava perdido pela loja.

Após tirar as crianças de cima do Kim e dar uma pequena bronca nele, voltamos a nossa programação normal. Kyungsoo conseguiu trinta porcento de desconto nos berços e desistiu de comprar uma cômoda ou um armário, que segundo ele não bastariam para colocar as coisas das crianças. Então optou por um móvel planejado, que veria depois com Jongin.

Mark também escolheu um berço e uma cômoda para Yugyeom, com a ajuda de Bambam que como um ótimo irmão mais velho estava feliz com o berço - semelhante ao dos trigêmeos - e a cômoda com puxadores de nuvem. Jinyoung também adorou a escolha e não parava dr dizer que era perfeita para o "seu alfa", ganhando uma careta enciumada de Bambam que não queria dividir o irmão.

O Mark que lute.

Eu até dei uma olhada, e embora não fosse levar nada estava encantado com um berço oval azul claro com um belíssimo suporte para móbile. Era lindo mas nem dava para mim cogitar em levá-lo, o que me trazia uma puta de uma preocupação sobre meu apartamento e onde eu criaria meu filho.

Afinal era um apartamento até que bem grande comparado aos demais, uma sala de tamanho considerável que era ao lado da cozinha apertada, um banheiro pequeno e outro menor ainda no quarto, onde só cabia uma cama e uma poltrona. Também tinha um closet - que cá entre nós, era um armário embutido - e fora isso tudo tinha o terrível quartinho da bagunça, que era minúsculo, repleto de tralha e totalmente inabitável.

À essa altura do campeonato uma reforma seria impossível, mas uma faxina pesada era a opção certa para me livrar de boa parte das minhas coisas inúteis e ponderar a onde colocaríamos um berço ali dentro. Era isso e torcer pra dar certo.

Com as compras de móveis feitas, fomos em algumas lojas de roupas, Mark e eu precisávamos de algumas camisas e algumas calças que nos servissem, especialmente agora que teríamos algumas entrevistas à fazer. Mark tinha sido chamado por algumas escolas e amanhã já tinha uma entrevista em uma escola que ele tinha estagiado.

Ainda deu tempo de comprarmos sorvete antes de irmos para uma loja de roupas infantis. Kyungsoo tinha algumas coisas para comprar e Taehyung queria ver algumas peças para os bebês que lhe agradassem o suficiente para que ele ponderasse em comprar futuramente.

Mark aproveitou para comprar umas roupinhas para Bambam, os meninos tinham ficado no espaço de brinquedos da loja, o que foi bom para ele comprar sem precisar olhar de cinco em cinco minutos para conferir se Jinyoung não estava subindo em algo. E eu aproveitei para pegar algumas coisinhas úteis que estavam na promoção - e isso inclui o macacão de frio de ursinho e as meias de borboleta que me causaram um êxtase de fofura.

Assim que terminadas as compras nos reunimos para pagarmos e após Mark implorar para Jinyoung descer da casinha do escorregador nós fomos embora. Kyungsoo estava de carro então logo ofereceu carona para mim e Taehyung, já que Mark tinha que passar no Jae para devolver o monstrinho dele, e como carona de amigo não se nega nós logo aceitamos.

Ao invés de ir para casa dele, Taehyung desceu comigo no meu prédio com a desculpa de que depois Yoongi ou Hoseok o buscariam, já que não queria fazer com que Kyungsoo acabasse rodando mais que o necessário por ele. Então após nos despedirmos do Kim mais velho e cumprimentarmos o porteiro, subimos até o meu andar com Taehyung reclamando a falta do elevador ainda quebrado e da fome que ele tinha.

Entrando no apartamento a primeira coisa que fiz foi deixar as sacolas de compras no sofá junto com a minha bolsa e as compras de Taehyung, ao lado de Yeontan que dormia sereno dentro da bolsa dele. Já na cozinha eu me esforçava pra fazer alguma coisa para nós comermos e esperarmos pelos meninos que chegariam em pouco tempo.

Tae mais mexia no celular do que ajudava, mas era ótimo ter a companhia dele, me lembrava os velhos tempos. E eu também tinha tudo sobre controle, ajuda seria desnecessário.

— Isso não te lembra um pouco das aulas de teatro do ensino médio? — ele perguntou rindo, me mostrando um vídeo de dois adolescentes vestidos a caráter de uma peça. A diferença é que aquelas fantasias estavam bem melhores do que os figurinos fedidos e milenares que a gente era obrigado a usar.

— As aulas da professora de língua inglesa? Que você tentou fazer Romeu e Julieta ser interpretado por dois ômegas?

— Romeu e Julieta eram dois ômegas, e nada me convence do contrário. E eu só estava tentando quebrar tabus.

— Você queria era pegar a filha da professora, isso sim!

— E eu peguei de todo jeito...

Disse fazendo-me cair na gargalhada como sempre acontecia quando eu estava com ele, antes de eu desligar o fogão, levando a panela para a pia.

— Será que ela ficou sabendo? Ela era bem preconceituosa com casais de alfas e de ômegas. Vivia dizendo que era "contra a natureza divina", era uma nojenta.

— Não sei se ela ficou sabendo do meu rolê com a filha dela mas de outros com certeza ela sabe, a Myeon não gosta de alfas. Tá namorando com um menino lindo inclusive, mas nunca vi fotos com a mãe dela, se brincar estão brigadas até hoje.

— Ainda mantém contato com ela? — digo me aproximando enquanto secava as mãos, vendo realmente o feed da ômega no celular de Taehyung, onde uma foto dela com um rapaz, também ômega, me chamava a atenção.

— Eu sigo ela no meu Instagram público, só assim pra mim saber das fofocas.

— Você não presta...

— Mas você me ama mesmo assim. — ele diz fazendo graça, me puxando e me abraçando pela cintura, fazendo-me gargalhar, apoiando o rosto na minha barriga fazendo graça.

— Eu amo mesmo...

— O quê é isso aqui? — a pergunta de Jungkook que estava parado na entrada da cozinha assustou a nós dois. Para quem ouvisse, realmente parecia que o Jeon estava bravo, mas a expressão risonha que ele tinha no rosto ao adentrar o cômodo, deixando as sacolas do mercado sobre a mesa, era suficiente para nos convencer do contrário. — Traição assim e dentro de casa? Que isso Jimin?

— Não é nada do que você está pensando meu amor... — dramatizei entrando na brincadeira. Me desvinculando de Taehyung e indo até ele, o recebendo com um abraço e um beijo.

— É claro quê é! Eu e o Jimin íamos fugir para o México juntos e deixar você e os meninos chupando o dedo. — Taehyung provocou nos fazendo rir entre o beijo.

— Oi Taehyung... — Jungkook o cumprimentou, indo até as sacolas e tirando suas compras. — Veio para o jantar?

— Oi cunhadinho. Vim fazer uma visita para o meu melhor amigo, comprar umas coisinhas com ele para o meu sobrinho e também jantar.

— O Yoon e o Hobi também vêm?

— Já estão chegando...

— Então foi bom eu ter trago mais comida. — ele responde tirando algumas embalagens de dentro das sacolas com a ajuda de Taehyung, que entrou em uma discussão com ele sobre o molho do frango frito que meu alfa tinha comprado.

Eu ria a cada argumento e quase acabei queimando o arroz por isso, deixando que Jungkook cuidasse do fogão enquanto eu ia atrás do celular dele que tocava na sala, ainda ouvindo a discussão dos dois.

— Amor? O Chanyeol tá te ligando. — aviso assim que vejo o contato do mais velho no visor, estranhando a ligação repentina.

— Pode atender pra mim? — ele pede e logo eu assinto, me afastando um pouco deles, buscando silêncio. — Obrigado Jimin... E você pare de reclamar da minha escolha de molhos!

— Não reclamaria se o seu paladar não fosse infantil. Eles dão três molhos adicionais de graça! Pra que pegar tudo igual?

— Alô? — ignorei a discussão ao fundo, atendendo o alfa no telefone que parecia um pouco nervoso.

— É só você comprar da próxima vez!

— Eu vou comprar é agora, onde já se viu comer frango frito sem molho doce?

— Jungkook? — ele perguntou confuso, provavelmente também ouvindo a "briga" dos dois ao fundo.

— Não, é o Jimin. Está tudo bem? — pergunto, visto sua confusão, ele parecia afobado.

— A-ah sim eu estou bem, quer dizer mais ou menos... O Baek está com vocês?

— ... Sério Taehyung, como o Hoseok e o Yoongi te aguentam?

— É assim que você fala com o pai dos seus sobrinhos?

— É sério isso?

— Espera um segundo Chany... Vocês dois?! Querem calar a boca?! — gritei e finalmente os dois pararam de discutir, olhando bravo para eles que em fim ficaram quietos, possibilitando que eu falasse com o Park. — Me desculpe Chanyeol, você dizia?

— O-o Baek? Ele está com vocês?

— O Baek? Não, ele não está aqui. Aconteceu alguma coisa? — pergunto preocupado, assim como Taehyung e Jungkook que agora prestavam atenção à conversa, olhando para os dois buscando alguma informação sobre aquilo.

— E-eu não sei, ele não atende o celular e não está em lugar nenhum! O-o Baekhyun sumiu...

❤️🌈❤️

Eita, eita, eita...

Não se afobem, eu voltarei mais rápido do que imaginam. Especialmente agora que eu passei na prova teórica da autoescola 🥳

Como devem imaginar o próximo capítulo será um especial Chanbeak, um dos meus ships favoritos da vida. Mas como o capítulo é um pouco diferente e mais curto, tentarei trazer uma atualização dupla!

Em fim, espero que tenham gostado do capítulo, já entramos de vez na segunda fase da fanfic e daqui pra frente meus amores... Muitas emoções nos aguardam.

Desculpe pelos erros ortográficos, o capítulo ainda passará por segunda revisão, deixem uma estrelinha, bebam água e até breve!

💜