Aquela quarta-feira na visão de Jimin.
Oi pessoal! Tudo de bom?
Desde que rolou todo aquele lançe das fic Jikook saindo da plataforma estive reescrevendo algumas partes que eu particularmente não gosto (principalmente se tratando dessa fanfic cujo o plot eu montei a quatro bons anos atrás) e que não condiziam com o andamento da obra. Sejam palavras erradas, coisas desconexas ou confusas, tudo será revisado para que a fanfic seja concluída. Espero que gostem.
OBS.: o rumo da história não vai ser alterado ;) só algumas coisinhas...
(Os três hífen nas falas são pq o teclado do meu celular não tem travessão kkkkk)
(Mas quando conseguir eu coloco os travessão certinho)
❤🌈❤
Eu me chamo Park Jimin...
Acho que era assim que eu devia começar a contar isso, ou melhor, como tudo isso aconteceu...
Não é nada de tão complicado na realidade (tá, talvez seja um pouco) mas tudo começou quando eu, no auge dos meus vinte e três anos tinha o próprio universo contra mim.
Eu moro sozinho desde os meus dezoito anos em um pequeno apartamento aqui em Seul, não que eu esteja reclamando disso, na verdade acho que isso é a única coisa a qual eu não tenho quase nada a reclamar na minha vida, é ótimo morar sozinho e não ter nada para se preocupar além de você mesmo, e também eu gosto do meu apartamento.
Me virei para conseguir me mudar assim que fiquei de maior porque não aguentava mais minha mãe me enchendo o saco e com esse papo de "você é um ômega e tem que se portar como tal, desse jeito nenhum alfa vai te querer... Tem que conseguir logo um alfa... Você é um ômega tem que ser submisso à um alfa" entre outras lorotas de uma mãe que na realidade estava pouco se fodendo para o filho.
E depois que ela me enxotou de casa sem nem deixar eu me despedir do meu pai, eu não vi outra alternativa a não ser sumir dali.
O pior é que como eu era filho único, a obsessão da senhora Park era algo quase doentio enquanto eu morava sobre o mesmo teto que ela, sendo a pior de todas as suas paranóias a de que eu tinha de me casar com algum dos filhos idiotas das amigas dela; só que chegou a um ponto em que eu não aguentava mais, e quando completei quatorze anos a coisa que eu mais desejei na minha vida, era ser adulto. Grande bosta.
Voltando ao meu estado atual, eu ainda morava naquele apartamento e tinha acabado de começar o último ano da faculdade, onde eu fazia o curso integrado de contabilidade que tinha sua atenção dividida com meu trabalho de meio período como garçom na cafeteria de um amigo, trabalho esse que tinha me ajudado a sobreviver durante esses cinco anos que estou nessa cidade e como resultado, não tenho tempo pra quase nada.
Seja bem vindo a minha maravilhosa vida de adulto.
Sinceramente, é horrível não ter tempo e as vezes nem dinheiro para nada (especialmente dinheiro), quer dizer tirando alguns talvez não-tão-raros fins de semana em que saio com alguns amigos. Taehyung e Mark além de serem colegas da faculdade estão comigo desde o colegial e no caso de Taehyung, desde que a gente comia meleca e achava que girafas eram uma espécie de unicórnio.
Hoje é quarta-feira, um dia que eu particulamente odeio, não existe nada de bom em quartas-feiras, escreva o que eu digo. Como disse antes o meu curso da faculdade é integral, por tanto eu tenho algumas aulas do currículo comum, como filosofia por exemplo e se isso já não fosse ruim o suficiente, eu e mais algumas pobres almas tivemos o azar de ter tal aula com o professor mais chato dessa merda de faculdade, Min Yoongi (que parece me odiar por motivo nenhum).
Mas por um milagre divino o professor não foi dar as suas duas horas de tortura semanais. Entretanto tudo tem um preço e o desgraçado que eu costumo chamar de melhor amigo - também conhecido como Kim Taehyung - não veio, simplesmente deu um chá de sumiço, o que resultou na minha pessoa isolada na biblioteca estudando por duas aulas inteiras.
Vale acrescentar que esta estação é a que mais rende clientes na cafeteria e sendo quarta-feira, a tendência é trabalhar até depois do expediente.
Particularmente eu não me sentia muito bem, mas tinha tantos trabalhos da faculdade para concluir e estava tão focado no trabalho que nem me importei com isso, afinal nem deveria. Quentura corporal, enxaqueca e uma dorzinha ou outra na virilha devia ser febre, ou uma gripe forte. Nada demais pra ficar esquentando a cabeça com isso...
— Jimin, já está dando o horário, termine o que está fazendo e pode ir embora, eu termino e fecho tudo com o Chanyeol. — Seokjin falou enquanto entrava na cozinha para pegar alguma coisa a qual não prestei atenção.
Ele é o dono da cafeteria e me acolheu quando eu mais precisava, assim como Taehyung que acredito que já foi citado anteriormente - eles são irmãos, caso eu não tenha mencionado.
Nós três nos conhecemos à longa data, desde que éramos crianças para ser mais específico, já que nossos pais eram sócios em um negócio conjunto. Ele me contratou pouco tempo depois de que eu me mudei para Seul, "fugindo" de Busan. Estava precisando de funcionários nessa cafeteria que é a sua terceira na cidade, e eu precisava de um emprego então não demorei a aceitar.
— Claro Jin. — o respondi simples dando meu melhor sorriso, mas claro que o lúpus percebeu que aquele sorriso além de meio falso era o mais cansado e o mais forçado possível.
— Jimin? — Indagou preocupado. — Jimin? Você está bem? Seu cheio está mais forte, seu cio está perto?
— Não hyung, não se preocupe com isso. — Respondi calmo por mais que não tivesse ouvido a pergunta dele direito.
Ele tinha dito alguma coisa sobre cheiro, alguma coisa assim, mas a única coisa que rondava na minha mente era "termine e pode ir embora" e eu estava tão concentrado e feliz por finalmente poder ir para casa que não prestei atenção em mais nenhuma palavra que ele havia dito, só ia afirmando com a cabeça e murmurando para cada palavra que ele dizia. Ele saiu pouco tempo depois, talvez por perceber que eu não estava prestando atenção nele ou por ter terminado seu extenso discurso, mas não demorou muito para Mark entrar ali todo animado, saltitando por aquela cozinha.
Eu havia conseguido aquele emprego para ele quando ele veio para Seul há uns quatro anos junto do namorado - agora marido - da irmã e das mães. Com alguma coisa em mãos, meu amigo estava feliz demais e claro que isso eu notei, até um cego teria notado aquele sorriso e conheço ele bem demais pra saber quando ele está diferente.
— Nossa tá todo feliz em... O quê aconteceu? Ganhou na loteria? — Disse tentando concentrar o olhar no loiro acastanhado que negou sorrindo ainda mais para mim com aquele sorriso maravilhoso dele.
— Muito melhor que ganhar na loteria... — Falou se aproximando ainda mais da bancada da pia, finalmente ficando do meu lado. — Jimin, eu estou grávido!
Em surpresa eu arregalei os olhos quase incrédulo, tentando processar a informação enquanto lia o papel do exame de resultado positivo que ele me mostrava, vendo o sorriso no rosto dele indicava que aquela notícia era mais que esperada por ele.
Feliz por ele eu sorri, dando-lhe um abraço. Eu sabia que ele e o marido queriam ser pais um dia e que ambos resolveram começar a tentar engravidar, mas porra! Eles deviam ter conseguido de primeira praticamente, se é que isso era possível, já que não faz um mês que Mark me contou isso e já apareceu grávido, acho que foi até por isso até me assustei um pouco.
— Eu estou tão ansioso pra chegar em casa e contar para o Jackson!
— Meus parabéns Mark! — Sorri para ele enquanto o ouvia, sem parar por um minuto sequer de enxaguar os pratos, quando algo estranho aconteceu e eu começei a ficar zonzo, sentindo as mesmas coisas que estou sentindo desde cedo, me fazendo chegar a duas hipóteses: ou era a minha pressão abaixando, ou uma maldição desse dia fodido do caralho.
Pois bem, acabei não chegando em nenhuma conclusão, quando eu finalmente terminei de lavar tudo. Tirando o avental costumeiro eu coloquei meu moletom novamente, pois tinha sentido muito calor a tarde toda, mas agora estava esfriando e independente de eu estar com calor ou não, eu não queria acabar mais fodido do que eu já estava, então após me despedir de Jin, Mark, Chanyeol e dos outros funcionários eu fui embora rumando o prédio em que eu morava que ficava em um bairro de prédios residenciais, um pouco longe dali. Mas eu iria a pé, fazer o quê.
Pobreza é foda.
Eu já me encontrava perto de casa, faltando apenas seis quadras para chegar e enquanto andava eu estranhamente não estava conseguindo raciocinar direito de cansaço eu acreditava, mas não estava ligando muito para isto, ligava mais para os olhares nojentos nada discretos de alguns alfas sobre mim enquanto eu andava na rua, e por mais que odiasse esse tipo de assédio visual nojento eu não podia fazer nada e embora estivesse puto optei por não ligar, apenas continuei indo rumo a minha casa, a minha cama, a minha televisão, a minha internet, a minha... Merda. Não tem absolutamente nada em casa pra mim comer.
Não me leve a mal, eu estava ocupado e geralmente costumo almoçar fora e como ainda não recebi, não fiz compras, é isso que dá ter tanta coisa para fazer e não ter uma memória boa. Ou no mínimo decente, que é o meu caso.
Pegando minha carteira pra ver se tinha algum dinheiro, decidi ir no mercado comprar alguma coisa para não morrer de fome. Acontece que tem um que fica bem perto de casa e que é de um casal de amigos bem próximos meus e por mais que ficasse a umas três quadras de distância de casa eu não costumava ir lá com tanta frequência, já que quando precisava fazer compras eu ia no mercado perto do meu trabalho, pelo menos para mim era mais prático. Mas como já estava lá perto e não iria voltar atrás de jeito nenhum, decidi ir lá mesmo.
Chegando no mercado eu entrei e por distração nem vi quem estava no caixa me cumprimentar, apenas fui direto para o que me interessava: lámen. Uma comida não saudável que eu gosto, fácil de fazer e que cabia em meu orçamento precário.
Fui até o corredor, demorando um pouco para encontra-lo já que o lugar havia sofrido certas mudanças desde a última vez que vim, encontrando por fim e vendo que estava praticamente vazio, em exceção a única pessoa que estava ali e que de certa forma, chamara muito a minha atenção.
Era um funcionário do mercado, e este em questão era incrivelmente bonito ao meu ver. Era alguns centímetros mais alto e tinha olhos negros como a noite, profundos e encantadores, assim como seus cabelos que batiam a metade do rosto. Sua face era como a de um anjo, passava um ar quase inocente que era totalmente quebrado pelo maxilar marcado e eu não estou brincando quando digo que o moreno era um puta homão da porra.
Os de cabelos pretos era lindo e seu cheiro tentador o denunciava ser um alfa, um alfa que por algum motivo também não tirava o olhar de mim por nenhum segundo sequer, desde que entrei no corredor quase morrendo de cansaço pelo meu pequeno desespero para encontrar a sessão de macarrão, o quê me fez acabar corando por ter seu olhar sob mim e que fazia meu lobo ficar agitado. Não parava quieto e acho que foi até por isso que eu notei a presença do rapaz, pois me fazia lembrar da existência dele ali do lado a cada cinco segundos, o que acabou me fazendo esquecer da minha tontura e concentrar na vermelhidão do meu rosto. Será que eu tinha encarado demais? E por isso ele estava encarando de volta?
Tentando manter o foco, eu estava procurando o sabor que eu queria na sessão, mas como não o achava, eu estava praticamente destruindo a prateleira sem me importar com mais nada, só em achar o meu lámen de frango apimentado que parecia ter ido para a puta que pariu porque, porra! Não é possível que tenha acabado tudo.
E o cara ali nem para me ajudar... Ele só estava lá, repondo massa de macarrão nas prateleiras e me olhando de momento em momento quase babando literalmente.
Ah mas ele iria me ajudar sim.
— Ei? você?! Pode para de ficar babando pelo meu corpo e fazer o favor de me ajudar? Eu sei que eu sou gostoso, mas já tá fazendo uma poça de baba aí no chão... — Falei um tanto irritado, acredito que por não me sentir irritado com o olhar dele sob mim. Não era nojento como o dos alfas que eu encontrei na rua, era mais para curioso... É, curioso. Desde que nos vimos, nos encaravámos com essa curiosidade.
Surpreso com a minha fala logo ele riu e porra, que sorriso lindo. Meu lobo só faltou me matar pra assumir o comando do meu corpo e fazer algo que em consciência eu jamais faria nesse momento, especialmente quando nossos olhos se encontraram, o quê me fez corar na hora.
Neste momento não sabia de nada, minha consciência ia e voltava, como se o sorriso daquele cara tivesse dado um bug no meu cérebro e seus olhos em mim me davam uma sensação estranha, mas de forma boa, muito boa. Só retomei a mim mesmo depois que ele falou comigo, revelando sua voz que fazia jus à ele.
— E você é bem convencido, o quê está procurando baixinho? — Disse se aproximando, e como esse ser tem a audácia de me chamar de baixinho? Será que tem problema de visão ou algo assim? Eu nem sou baixo tenho um e setenta e quatro de altura, mais que porra! Ele também nem é tão alto assim.
— Lámen, de frango apimentado. — Disse ríspido, olhando-o com certa raiva e o mesmo arqueou a sobrancelha, ainda olhando pra mim rindo. Agora eu estava ficando irritado, e com motivo. — Qual é a graça? Tenho cara de palhaço agora?
Questionei e ele passou por trás de mim se agachando praticamente por cima de mim, erguendo minha cabeça a apontando para a pratileira de cima onde o meu precioso lámen estava.
— Olha, de palhaço você não tem cara, você está mais para um anjinho, um anjinho resmungão e cego. — Se levantou logo para o meu alívio, voltando para o lugar onde estava, rindo para si mesmo enquanto levava as caixas de macarrão, agora vazias, embora. Mas não sem antes olhar para trás uma última vez. — Se precisar de ajuda pra achar a saída me chame.
Revirando meus olhos irritado com o alfa, eu me levantei já com o meu precioso lámen sentindo a tontura me atingir e uma quentura percorrer pelo meu corpo me deixando febril e um tanto fora de mim. Voltando ao normal após esse pequeno episódio em que achei ue fosse desmaiar, vendo que ainda tinha um dinheiro decidi comprar algo para beber.
Quando finalmente achei a sessão, peguei uma bebida mais uns chocolates e fui para o caixa, sendo recebido por Kyungsoo que me olhou como se quisesse me matar, parecendo um pouco magoado.
— Oi, né Jimin...
— O que eu fiz desta vez? — Perguntei irônico na maior inocência, ganhando uma das encaradas mortais do ômega em questão como resposta. — É sério o que eu fiz?
— Você não falou comigo poxa, chegou como se não conhecesse ninguém. — Disse formando um biquinho magoado nos lábios, ainda com seu olhar assassino de sempre. Olha é incrível como um ser pode ser tão fofamente ameaçador. — Qual é Jimin! Você tem amigos aqui sabia? Nem vem aqui e quando vem ignora a gente?! Pensei que se importasse.
— Oh não fique bravo comigo Kyung, conversamos quase todo dia por mensagem e você sabe que eu te amo... — Disse com certa ironia e um sorrisinho que foram repreendidos por Jongin que simplesmente brotou atrás de mim me batendo na cabeça com um jornal. — Ai, porra!
— Bem feito, isso que dá não visitar os amigos. — Soo disse, agora sorrindo satisfeito enquanto terminava de passar minhas compras pelo scanner, recebendo carinhos do marido que deu um beijinho em sua testa. — Aqui está a notinha senhor Park, obrigada pela preferência... — Falou irônico para mim, me entregando o papel enquanto me via pegar as sacolas, porém sua expressão mudou rapidamente para uma séria, olhando para o esposo que me encarou da mesma forma. — Jimin? Você está bem? Seu cheiro ele...
— Ah eu tô be... — Parei ao sentir uma fisgada conhecida em minha virilha que quase me fez gemer de dor; fazendo-me perguntar como eu podia ser tão trouxa assim. Todos os sinais que estive recebendo durante o dia todo e que claramente mostravam que meu cio estava perto, mas que eu ignorei dizendo ser sinal de alguma gripe. Sério?! Como eu podia ter sido tão sonso? Também pra que essa porra de período foi chegar mais cedo, ou será não? Merda, devo ter esquecido a data de novo, devia ser isto que Jin havia dito e eu não prestei atenção... Tudo por conta dessas preocupações malditas e da minha memória de peixinho dourado. — O-olha hyung pensando bem, e-eu não estou muito bem não, é-é melhor eu ir para casa, vejo vocês por aí. — Digo tentando ser simpático já saindo as pressas pela porta.
Os efeitos estavam cada vez mais evidentes e desta vez eu podia sentir claramente enquanto me agradecia mentalmente pelo fato de ter remédios em casa pra controlar. Não passava meus cios com alguém há anos e tinha bons motivos pra isso, então minha solução foi estocar remédios para sempre que ocorresse o cio eu o amenizasse pelo menos. Já que o efeito do remédio não é lá cem por cento.
Eu corria o quanto podia como um louco há um bom tempo e já podia ver o prédio há uma quadra e meia de distância. Entretanto o cansaço, a tontura e a falta de ar me obrigaram a parar um pouco antes de prosseguir e de repente quando tentei voltar a andar, não consegui mexer minhas pernas, sentindo uma tontura intensa, acompanhada de uma dor insuportável.
Não notei quando minha visão embaçou, quando vi eu já estava caído ali na calçada, sentindo uma dor horrenda me contorcendo por ela, eu já podia sentir minha entrada se auto-lubrificar, esperando pelo que se era esperado em um cio por razões biológicas. Eu me sentia cada vez mais fora de mim e não havia ninguém na rua para me ajudar. O que era um alívio em parte mas preocupante em outra.
Não sei quantos minutos se passaram, mas creio que não foram muitos já que meu último resquício de sanidade mal consegui refletir sobre a situação fodida em que eu estava, pois na minha terceira pontada de dor pude ver ao longe a silhueta de alguém de bicicleta que assim que me viu largou esta lá mesmo, vindo ao meu encontro correndo em uma preocupação palpável.
— Você está bem?! — A voz conhecida disse e só então eu olhei para ele, forçando minha vista um tanto embaçada para ver quem era. Mas só quando senti o cheiro forte e um tanto doce que me encantara mais cedo, vi que se tratava de ninguém menos que o alfa do mercado de agora à pouco. — Calma, me passe o número do seu alfa para mim ligar para ele e...
— E-eu não tenho um alfa. — Disse tentando voltar a mim, me sentindo mais calmo ao que inalava o cheiro dele que estava bem mais forte agora que ele estava ao meu lado, me ajudando a me sentar, pegando minha sacola caida um pouco atrás de mim e sem querer deixando nossos rostos extremamente próximos.
Achei estranho pois ele não impediu que eu chegasse mais perto do que já estávamos. Seu cheiro ao mesmo tempo que me deixava calmo, estava a um passo de me deixar louco, o que aconteceu de fato pois bastou um momento fora de controle para que eu acabasse o beijando, praticamente implorando por aquilo de tão necessitado. Selei meus lábios nos seus uma, duas, três vezes lentamente e logo ele cedeu ao que eu procurava entrelaçando nossas bocas ao que minha língua ia pedindo passagem, explorando sua boca com maestria ouvindo-o suspirar em satisfação. Eu só podia estar ficando louco... Ele só podia estar louco!
Retomei a mim depois de um tempo ainda extasiado por aquele beijo, sentindo-me cada vez mais molhado e cada vez mais em desespero. Abrindo lentamente meus olhos eu o via um tanto corado enquanto separava nossos lábios, morrendo de vergonha por te-lo beijado e agradecendo pela aquela rua não estar movimentada naquele horário. Quando o olhei novamente ele estava com um pequeno sorriso tímido, que se eu não estivesse quase totalmente fora de mim diria que era porque ele havia gostado.
Era certo que aquele beijo, embora não esperado e totalmente desesperado havia sido bom e que teria sido ainda melhor em outras circunstâncias, mas eu precisava de ajuda para chegar em casa e aquele alfa implicante, fofo e gostoso que eu conheci a meia hora, era minha única opção.
— M-me desculpe! S-sinto muito e-eu não sou assim de verdade eu... Você pode me levar pra casa? P-por favor... — Praticamente implorei e seu sorriso virou uma expressão séria e preocupada.
— C-claro, a-a onde você mora? — Perguntou se ajustando e eu apenas apontei para o prédio algumas ruas abaixo.
Eu expliquei e então, ele me ajudou a me levantar embora eu mal conseguisse me manter de pé, o que ele percebeu pedindo para mim subir em suas costas para que ele me levasse, eu relutei mas já sentia minha entrada sendo tomada de lubrificação natural então, sem orgulho algum eu fui. Até porque eu estava morrendo de dor, não podia deixa o meu orgulho me dominar, não agora pelo menos. Ele então pegou minhas compras e as colocou no guidão da bicicleta, a segurando com uma mão, enquanto flexionáva seu outro braço para manter-me em suas costas.
Nós íamos indo e eu vi o quanto realmente estava esgotado porque para mim se passaram segundos e já estávamos na porta do prédio.
Passando pela portaria, ele me deixou próximo ao balcão do porteiro, para quem eu explicava parte da situação e enquanto eu me apoiava ali, explicando tudo ele foi até a bicicleta na porta para pegar minhas compras e a acorrenta-la em algum lugar. Quando ele voltou eu já tinha mandado à merda esse negócio de orgulho enquanto retirava minhas chaves do bolso da calça e mostrava para ele o número no chaveirinho.
— V-você pode me ajudar a subir? P-por favor. — Implorei novamente e lá se ia o restante do meu orgulho. Isso não era nada normal se tratando de mim, na verdade, todo esse sentimentalismo era culpa do cio e do meu lobo. Apenas isso.
Ele sorriu de lado compreensivo, parecendo anuir enquanto olhava para mim, todo acabado parecendo um pedaço de lixo. Cada segundo que passava parecia que a dor aumentava me deixando ainda mais necessitado e fazendo com que eu quase caisse de novo mas, o bonitão ali me segurou desta vez.
— Você está parecendo um gatinho indefeso, nem parece o cara resmungão que eu conheci no mercado. — Disse rindo me pegando no colo desta vez enquanto ia rumo a escada, já que a merda do elevador estava quebrada fazia uns três anos.
Por mais que ele tivesse claramente ferido meu orgulho (isso mais de uma vez) não me importei, joguei meu orgulho fora lá atrás, quando ele me achou caído na rua. Agora eu parecia o ômega frágil e indefeso, que a minha mãe queria que eu fosse e isso me deixava irritado, mas estranhamente era apenas isso que me irritava. O fato de eu estar sendo carregado por um alfa a qual eu não sabia o nome, que claramente havia me afetado e ferido meu orgulho não me incomodava, pelo menos não tanto quanto eu achei que iria. E indo escadas acima rumo ao meu apartamento, eu pensava nisso enquanto tentava não me contorcer de dor nos braços dele, tentando focar apenas em seu cheiro.
Era tão bom que me acalmava como se fosse um dopante, até melhor que os meus remédios para cio, era algo como chocolate amargo, era forte e até meio doce mas não chegava a ser irritante ou enjoativo, pelo menos não pra mim.
Chegando no meu apartamento, ele cuidadosamente abriu a porta sem nem menos me tirar de seu colo, deu uma olhada no lugar e eu logo indiquei a porta do meu quarto. Não estava mais aguentando e a esse ponto já estava insuportável tentar manter o controle. Meu lobo insistia em controlar minhas ações de forma que eu nunca vi em toda minha vida e eu praticamente estava a ponto de gritar para ser fodido e acabar com essa dor maldita. Mas tentaria manter o controle.
Ele delicadamente me colocou na minha cama e foi em algum lugar da casa, mas logo voltou novamente perguntando se eu estava bem. Eu entretanto não o respondi, não consegui o responder pois isso já fugia do meu estado totalmente racional.
Ele então se aproximou receoso, agora perguntando onde estavam os meus remédios para ele buscar, mas novamente não respondi, apenas me levantei ao que ele se aproximou, vendo-o engolir seco e se assustar em seguida quando eu o puxei para outro beijo o levando a ficar em cima de mim, mas desta vez para um beijo feroz, intenso e nessecitado como se minha vida dependesse daquilo.
Continuei o beijando intensamente e ele me correspondia na mesma intensidade e necessidade, desde o primeiro instante, dando passagem para nossas linguas conhecerem a boca um do outro com mais avidez, de modo quase tão desesperado quanto eu. Entreabrindo os olhos novamente desta vez eu nem ousei parar o beijo, sentia meu lobo tomar conta do meu ser por completo e em total dominância, mas antes de sair de minha consciência, pude ver os olhos do alfa, agora em um tom avermelhado tornando-se cada vez mais intenso e vivo como sangue.
Não era mais eu que estava no controle e muito menos ele... Fodeu.
❤🌈❤
(Espero que os comentários não tenham sumido kkkk)
Quando eu comprar um celular novo eu mudo tds os hífen por travessões de vdd kkkk
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