A culpa é... dos lobos.

❤🌈❤

Pov's narradora

O beijo se tornava cada vez mais intenso conforme os seus lobos assumiam cada vez mais o controle, dominando-os por inteiro e tornando-se os únicos totalmente cientes do que faziam.

Controlado totalmente pelos desejos de seu lobo e ainda focado no beijo desesperado que trocava com o alfa, Jimin tocava o corpo alheio de forma afoita, levantando a blusa que o outro usava, juntamente com sua camisa. Atitude essa que não foi reprimida e sim incentivada por Jungkook que ajudou a retira-la, ouvindo os gemidos necessitados do ômega que insistia para que ele o fodesse. Pedido esse que o lobo do alfa estava mais do que disposto a atender, arrancando fora o moletom e camisa que o ômega usava em seguida, podendo sentir ainda mais intensamente os ferônimos que emanavam dele enquanto apreciava a pele alheia.

Curioso como era, mesmo em domínio do lobo, Jimin ia tateando e mapeando toda as costas e abdômen do alfa como se fosse a melhor coisa do mundo, acariciando e apreciando cada detalhe e definição do corpo alheio, sentindo-se no céu cada vez que ele gemia. Explorava toda a extensão do corpo bonito, até chegar nos cabelos dele, puxando-os entre o beijo na intensão de descontar seu prazer no moreno que terminando seu beijo ali, castigava seu pescoço e clavícula.

— Me fode alfa... Por favor... Eu preciso te sentir. — Pediu sofrego embora manhoso, entre arfadas de ar que já lhe faltava, impulsionando seu quadril sobre o outro de um modo totalmente vicioso, buscando algum alívio. Foi quando saindo de cima dele levou seus olhos perolados até as calças que o alfa usava. Não foi difícil desabotoa-las, já que este estava totalmente rendido e permissivo aos seus toques, logo de cara já podia ver a box preta marcada pelo membro semi ereto que aos olhos do ômega, estava tão necessitado quanto ele.

Sem deixar de olhar para os olhos vermelhos e vivos do alfa ele apalpava sua ereção com gosto ouvindo-o grunir em satisfação, antes de abaixar o tecido que o prendia sem desviar quando pênis do alfa praticamente saltou dali, batendo de leve em seu rosto. Ele analisava o membro desperto do alfa que estava cada vez mais rendido, gemendo por seus toques que agora, iam e vinham em sua ereção que expelia cada vez mais pré gozo, o que facilitava a mão do ômega a deslizar pela extensão do alfa, ambos sentindo cada vez mais vontade de acabar com todo aquele desejo de uma vez por todas.

Com o ar já recuperado, Jimin beijava com gosto os lábios do moreno, largando o pau dele e montando novamente sobre em seu colo, voltando a se movimentar e desta vez sobre o membro rígido do alfa, tentando desesperadamente terminar de arrancar a peça de roupa que o prendia. Desesperado para senti-lo e descendo seus beijos até chegar ao pau pulsante dele, Jimin fez questão de retirar ambas as peças, se dando ao luxo de apreciar o corpo do alfa inteiramente nu, mordiscando a parte inferior das coxas dele, subindo até sua virilha, lambendo as marcas deixadas por seus dentes, enquanto o envolvia em uma masturbação frenética fazendo Jungkook gemer, querendo que ele descontasse todo aquele prazer em si.

Voltando novamente sua atenção ao pênis do alfa, os gemidos se tornavam mais altos confome o Park acolhia a cabeça inchada e molhada em sua boca lambendo-a de maneira lenta que fez Jungkook arfar, fazendo questão que mantessem o contato visual enquanto o fazia. Enquanto sua boca e sua destra se ocupavam, Jimin se livrava como podia do restante de suas roupas, sentindo sua entrada cada vez mais encharcada, desesperada pela atenção do alfa, assim como seu pau que batia em sua barriga, contraindo de tão duro.

Se posicionando como pode, disposto a aliviar todo o tesão que sentia, Jimin passou a se tocar, empinando enquanto buscava mais contato, desejando que no lugar de seus dedos fosse o pau do outro fodendo sua entrada, gemendo com sua propria ambição enquanto o chupava e o Jungkook podia jurar nunca ter visto algo tão belo quanto o ômega que gemia de forma tão obscena e desesperada, se tocando e o olhando como se quisesse devora-lo.

O pau de Jungkook latejava e soltando-o em um estalo e um gemido, o lobo do ômega não podia estar mais satisfeito com a visão do outro, que recuperado-se de todas aquelas sensações tomou o controle dos beijos, aconchegando-se na cabeceira da cama com Jimin por cima, beijando-o e gemendo conforme sentia as ereções se roçarem e o alfa cada vez mais ansioso para fode-lo.

— Deixe eu te foder ômega... Deixe eu te tornar meu. — Disse o lobo em total domínio de Jungkook, desesperado para ter o ômega que gemia pelos seus beijos e toques, só separando o beijo para buscar alguma confirmação do loiro que assentiu em um gemido, masturbando ambas as ereções enquanto rebolava com afinco sob aquele alfa que estava mais que disposto a possuir. — Isso... Vamos... Rebole pra mim, rebole para o seu alfa.

Disse sem tirar os olhos da feição sensual que o ômega possuia, olhando diretamente para os olhos perolados e para a boca vermelha e inchada, contrastando com os fios loiros bagunçados. Motivado pela fala do alfa, Jimin rebolava sobre o membro ereto dele com cada vez mais força, desejando-o dentro de si, gemendo tão alto a ponto dos vizinhos poderem escuta-lo.

E Jungkook estava na mesma situação, arfando de modo intenso, não contendo os grunhidos e gemidos presos em sua garganta enquanto o ômega rebolava em seu colo, simulando estocadas que ele desejava que fossem reais. E buscando descontar aquele desapontamento, Jungkook passou a mordiscar o pescoço do ômega, chupando e marcando a pele alheia enquanto encarava as orbes lilás.

Suas mãos percoriam seu corpo parando em suas nádegas, apreciando a parte do corpo do ômega, as apertando e ganhando aprovações deste que delirava em prazer, também descendo os beijos e mordidas pelo pescoço e clavícula do alfa com posse.

E Jimin anseava por mais, queria sentir o alfa por completo antes que chegassem ao ápse e tentava verbalizar sua vontade enquanto Jungkook chupava seus mamilos lhe excitando de uma forma que ele tremia, não conseguindo então expor suas vontades.

No entanto era demais, o trato que o alfa lhe dava o levava aos poucos a loucura, enquanto seu pau era prensado no abdômen dele inchado, se contraindo cada vez mais enquanto ele se movia sobre o colo alheio; e não aguentando toda a junção de sensações acabou que o ômega chegou em seu ápice, gozando no abdômen de Jungkook e no seu próprio, enquanto suas mãos continuavam cravadas em suas costas, lhe arranhando com intensão de descontar todo prazer e sensações que sentia.

Entretanto por conta do cio e de outros fatores, só foi preciso outro beijo para que Jimin ficasse novamente acesso e desta vez, ele queria e teria o pênis do alfa em si. Separando as bocas famintas uma pela outra e sob uma falta de ar ofegante, ele se possicionara entre o falo do Jeon, roçando a cabecinha vermelha e molhada na entrada necessitada do ômega de onde escorria lubrificação, ganhando gemidos do ômega quando indicava que colocaria.

— A-alfa, eu não quero assim... E-eu quero dentro... P-por favor...

— Então senta, ômega. — Jungkook praticamente ordenou sussurrando no ouvido alheio sentindo o ômega arrepiar-se por completo, em êxtase.

Se estivessem em si, mas naquela situação talvez fosse diferente, mas como ali não tratava-se de Jimin e sim de um lobo desesperado por ser preenchido por aquele alfa, o pedido dele foi logo atendido pelo ômega que aos poucos encaixava sua entrada no pau ereto do outro, gemendo pela leve dor que aquilo o causou, mas que sequer poderia ser comparada ao prazer que sentia por ter o alfa dentro de si.

Para Jungkook também não estava sendo fácil, o membro inchado próximo ao ápse invadia o ômega lentamente e embora Jimin tivesse se preparado ele ainda estava apertado para o pau do alfa que o preenchia. Quando o menor soltou um gemido sôfrego e satisfeito ao ter todo o membro do alfa em si, Jungkook também gemeu, enlouquecido pela visão do ômega em seu colo, o pau bonito do menor gotejando enquanto apontava para si de forma tentadora.

Tão grande... — Disse o ômega em um gemido olhando para o alfa que passou a tocar em seu pau com curiosidade, o masturbando na intensão de que ele se aliviasse e se acostumasse com seu pau, sentindo a entrada do ômega o acomodar e o molhar aos poucos, enquanto ele se deleitava entre gemidos. — Me fode... M-me foda meu alfa... — Pediu ao que sentia prazer, movendo-se no colo do alfa com ele dentro de si, prendendo as mãos em sua cintura, gemendo de prazer enquanto sua entrada engolia o pau alheio com fome.

Os movimentos que começaram leves se tornavam cada vez mais intensos e querendo cada vez mais o alfa impulsionando o quadril o estocava com força, tornando os únicos sons audíveis no ambiente os sons dos quadris se chocando e os gemidos obscenos de ambos que vinham em conjunto e que tornavam-se mais intensos conforme eles buscavam mais.

O pau do alfa ia cada vez mais afundo na entrada do ômega inchando cada vez mais dentro dele prestes a gozar. As cores predominantes em seus olhos tornavam-se cada vez mais vivas e seus lobos estavam cada vez mais certos de que se pertenciam, mesmo que Jimin ou Jungkook discordassem.

Foi quando aconteceu.

Jungkook sentiu os espasmos percorrerem por seu corpo o levando ao êxtase, acabando por gozar dentro do ômega; nenhum dos dois se importando com as circunstâncias ou com as consequências que isso poderia lhes trazer; até porque para os lobos, tais circunstâncias não existiam. Só existiam eles, alfa e ômega e eles se pertenciam.

Independente do que acontecesse assim que Jimin e Jungkook voltassem a si.

Então eles sorriram, satisfeitos e doloridos - especialmente o ômega - ao sentirem o nó entrelaça-los, tornando visíveis as presas do alfa que buscava marca-lo como seu, mas não o fez. Além de ambas as consciências estarem voltando aos poucos para um devido descanso daquele round; ambos os lobos sentiram-se atados a algo ainda mais forte e profundo do que a marca física que o alfa buscava fazer; e olhando no fundo dos olhos perolados do lobo ômega, ele viu que não precisariam de uma marca para dizerem que se pertenciam.

O mesmo pensamento rondava a cabeça do ômega que mesmo cansado e dolorido sorriu, buscando um beijo nos lábios de seu alfa. Ambas as línguas lutavam por espaço naquele beijo calmo e preguiçoso, até que aos poucos as presas do alfa iam sumindo, assim como o nó que aos poucos se desfazia, conforme o efeito do ato passava.

Lentamente Jungkook saiu de dentro de seu ômega, aprofundando o beijo juntando ainda mais os corpos suados, com o ômega deitado sobre si, ambos os lobos totalmente acostumados com a presença um do outro, mesmo em tão pouco tempo. Se beijavam como se conhecessem a uma vida ou mais, como se suas almas estivessem ligadas e estivessem fadados a se encontrarem. Eles não tinham certeza disso, mas sabiam que nasceram para serem um só.

Entretanto conforme se beijavam, o alfa sentia algo molhado tocar sua barriga, o que o fez lembrar que o ômega ainda não tinha gozado e necessitava de atenção. Sentindo-se cada vez menos no controle e vendo que os beijos do ômega cada vez mais diminuiam o ritmo - indicando que ele estava na mesma situação - ele inverteu as posições, deixando as costas do ômega sob a cama.

Tomando posse dos movimentos ele descia os beijos de sua boca pelo seu pescoço, peitos e abdômen, até enfim chegar em seu pênis que logo foi tomado pela língua habilidosa do alfa, circulando a cabeça antes de chupar toda a extensão com afinco, colocando-o por inteiro na boca em um vicioso vai e vem, fazendo Jimin novamente arfar enquanto segurava os cabelos do mais novo o auxiliando.

Com os cuidados da boca do alfa em seu pau, não demorou para Jimin gozar novamente, desta vez na boca do maior que fez questão de engolir tudo, o retirando de sua boca lambendo os lábios em um sorriso malicioso que também ocupava o rosto do ômega. Subindo até ficar novamente face a face com ele ele selou seus lábios novamente, desta vez, apenas um pequeno selar, isso antes de ver a coloração lilás aos poucos deixar os olhos de seu ômega e ele adormecer.

Não demorou nem uma hora para que os lobos assumissem novamente, fodendo para acalentar a febre do cio que os tomava, o que aconteceu por mais algumas vezes naquela noite. E após vários rounds imunes de qualquer contracepção ou consciência que não fosse a dos lobos, seus olhos novamente tinham a coloração castanha normal em predomínio; e o cio, que era comum durar dias, não dava sinal que voltaria com uma outra febre. Mas ambos não faziam ideia do que havia acontecido, por culpa dos lobos, acabaram dormindo agarrados um ao outro, até que algo os acordasse.

~A few moments later~

Pov's Jimin

A felicidade que eu sentia era estranha; eu me sentia estranho, quase como se estivesse fora de mim. Eu sentia a dor que sentia no meu cio, entretanto ela estava fraca, como se a maldita febre estivesse acabando, era tão fraca que estava quase nula para ser sincero e antes que eu pudesse pensar que era por conta dos remédios eu me lembrei que não havia tomado remédio algum, era outra sensação. Eu então tentei deixar quieta a questão e apenas me concentrar no meu sono, por mais que estranho eu me sentia bem como nunca, era como se eu estivesse mais leve e ao mesmo tempo preenchido.

Isso até eu sentir um braço desconhecido me abraçar.

Vendo que havia mais alguém ali comigo, de supetão abri os olhos, esquecendo o sono e acordando de vez, me virando de bruscos sem a menor intenção de ser delicado para ver de quem se tratava, só não esperava que a tal "pessoa" me apertasse mais forte.

Eu já começava a pensar o pior quando senti o nariz desta pessoa roçando no meu pescoço e se acomodando ali, me fazendo arrepiar por inteiro, quando me veio a ideia de tentar reconhecê-lo ou reconhecê-la pelo cheiro; mas o quarto inteiro estava uma bagunça, não só de roupas e outras coisas mais de cheiros que estavam totalmente impregnados e misturados. O cômodo todo cheirava sexo e eu não conseguia nem me preocupar direito com a situação.

Afinal eu tinha entrado no cio? Quantos dias tinham se passado para que a febre tivesse passado? Por que eu não me lembrava de nada e inclusive, quem tinha me ajudado?

O fato de eu não me lembrar de quase nada era o que mais me preocupava e o que me fez forçar ainda mais a minha falha memória para tentar lembrar. Eu me recordava aos poucos de algumas coisas absurdas demais para serem lembranças, quando senti que o abraço que me prendia estava mais frouxo, me possibilitando virar e ver de quem se trata. Mas olhando para a pessoa a minha frente, várias memórias bagunçadas me vem a tona quando noto que se tratava de ninguém menos do que o cara do mercado.

Foi então que me veio o que gostei de chamar de o "grande baque". Não consegui lembrar de tudo, era como se parte da minha memória estivesse bloqueada, mas a parte de quando eu fiquei fora de mim e o meu lobo me controlou eu pude lembrar, pude me lembrar quase tão perfeitamente como se estivesse vivendo-a naquele exato momento.

Foi quando minha memória foi desbloqueada e fui me lembrando da noite inteira, não tão detalhadamente mas lembrei.

Disposto a sair dali e tentar ao menos organizar meus pensamentos eu tentei me levantar com dificuldade, por conta da dor que sentia em todas minhas partes baixas - especialmente na bunda - tentando a todo custo não acordar o alfa que estava ali, nu debaixo das cobertas.

E se ele fosse um daqueles babacas que se achavam donos do mundo? E se fosse um marginal? Um drogado? Um traficante ou um gângster? Ou sei lá, simplesmente um escroto? Eu sabia que ele era irritante pelo que pude ver no mercado mas não queria nem pensar nas hipóteses.

Embora elas fossem até que bem prováveis se eu fosse rever o meu histórico de "caras com quem fiquei ou namorei".

Mas voltando a minha situação onde eu tentava me levantar e sumir dali - e quem sabe ligar para a polícia - eu falhei, e falhei de forma miserável ao literalmente cair no chão, fazendo um som incrivelmente alto - fora o meu grito - e acabar acordando o cara no susto, tão assustado quanto eu, me olhando surpreso como se eu fosse um alienígena, corando dos pés à cabeça tentando a todo custo se cobrir. Era sério?

Eu não devia estar muito diferente, mas tentando achar algum sentido na situação - e olha só, não tinha - eu acabei rindo um tanto sem jeito, me levantando e sentando ali na cama, olhando de canto para ele sem muita coragem de encara-lo. Ele não disse nada, apenas continuou me olhando tímido, aparentemente tentando se lembrar do que aconteceu, passando as mãos no rosto onde aos poucos surgia um sorriso lateral. Ele se lembrava de algo, que belo filho da puta.

— Bom... — Ele tentou puxar algum assunto logo que parei de rir olhando para o nada perplexo. — Acho que você está melhor agora. — Continuou, se sentando na cama, abraçando os próprios joelhos. — Eu esperava pelo menos poder te chamar para sair e comer algo com você, antes de estarmos nesta forma.

Passou os olhos por todo meu corpo, provavelmente vendo os estragos que haviam na minha pele, que eu já havia notado e que levariam uma eternidade para cobrir.

Ele também parecia tentar se lembrar de ter feito aquelas marcas e eu não estava diferente, apreciava o corpo lindo dele olhando para cada um dos arranhões, mordidas, chupões e outros espalhados pelo corpo definido; especialmente no pescoço onde as marcas ocupavam dali até sua clavícula. Parecia até que eu estava desesperado para tê-lo.

Mas novamente nem liguei para o que ele havia dito e que provavelmente havia ferido meu orgulho, porque pelo que deu para mim entender é só isso que esse homem sabe fazer.

A situação era toda estranha e confusa, especialmente pelo fato de eu não me sentir incomodado de ter transado com um cara que eu nem ao menos sabia o nome. Não que eu me incomodasse em transas deste tipo, mas eu costumava ao menos saber o nome de quem eu transava. E eu nem sabia se isso seria um incomodo para ele, pelo menos não parecia.

Não que eu estivesse incomodado por ele ter me ajudado com o cio, porque eu não estava incomodado, não mesmo! Fazia tempo que eu não tinha uma noite de sexo, especialmente onde eu passava o cio com alguém, só estava meio envergonhado por ele ser um completo desconhecido e eu não me lembrar de quase nada, o quê causava o meu déficit de atenção naquele momento. Mas ele também parecia não se lembrar e parecia não se importar com o fato de eu ser um estranho. Pelo menos eu esperava.

— Bom seja o que for não importa. Me desculpa por ter saído do controle, eu espero que não haja problemas para você quanto a isso, e... Obrigado, por ter me ajudado, não só àquela hora na rua mas depois também. Mesmo que eu tenha sido totalmente dominado pelo meu lobo e acho que você também.

Disse me levantando e quase caindo de novo, pegando as roupas que estavam no chão, me virando para trás e o vendo quietinho, processando a informação: — Ah! É mesmo, antes que eu me esqueça e acabe transando com um total estranho, qual é o seu nome? — perguntei fingindo desinteresse e um sorriso surgiu em seus lábios. Aquele maldito e lindo sorriso.

— Jungkook... Jeon Jungkook. E o seu, lindo ômega? — devolveu a pergunta adoravelmente e revirei os olhos, quase socando a cara dele por ser tão fofo em uma situação como aquela.

— Park Jimin, o prazer é todo meu... Ah, toma isso é seu. — Disse entregando sua calça e camisa, me abaixando novamente para pegar ambas as roupas íntimas sujas, colocando-as no cesto de roupa e pegando duas limpas, entregando uma para ele.

Eu não era nenhum monstro e devia ser tarde então acredito que se ele não faltasse iria direto para o serviço ou para sei lá onde que ele precisasse ir.

— Obrigado. E eu também sinto muito... N-não pela noite mas por ter saído d-do controle, isso nunca tinha acontecido antes, mas fico feliz por você não surtar e levar numa boa... Você mora sozinho aqui? — ah pronto, uma foda de uma noite, com um cara que eu nunca vi e agora ele quer saber da minha vida.

— Sim eu moro, por quê? — questionei, buscando o quê ele queria com a informação, enquanto procurava meu celular.

— Achei bonito, é de muito bom gosto. — Ele disse distraído e eu finalmente achei meu celular e vendo, para minha surpresa que estava cedo, mais do que imaginava. E eu estava com fome. — Que horas são? — Perguntou e logo respondi para ele que ouvindo minha resposta se deitou novamente na cama, agora pelo menos vestido.

— Ah faça-me o favor! Pelo menos coloca as roupas de cama no cesto pra lavar né! Vai ficar jogado aí em cima enquanto eu faço tudo? — Disse irritado com ele, mais que cara folgado.

— Tá bom, tá bom, calma! — Dizia se levantando com as mãos para cima, rindo enquanto eu o olhava já com minha toalha em mãos. — Ontem quando te conheci você estava nervoso, daí quando te achei na rua tava todo cheio de manha, ontem a noite nem me fale e agora tá assim.

Lembra quando eu disse que ele era irritante? Então acho que vou mudar isso para fofo e irritante, porque ao mesmo tempo que eu estava odiando não poder ouvir o som do silêncio na minha propria casa, achei muito fofo o modo que ele falava e... O que eu estou pensando?

Parei de olhar para ele ao que percebi que eu estava o encarando por tempo de mais, vendo que agora ele tinha um monte de roupa de cama nas mãos e entrei no banheiro pra tomar um banho, voltando a minha total sã consciência. Ou quase isso.

— Hei onde fica o cesto? — me perguntou e eu apontei para o que ele procurava, perto do closet.

Entrando no banheiro tomei um banho merecido e demorado e sim, eu sou um idiota por ter deixado um estranho dentro da minha casa sozinho. Mas qualquer coisa, eu sei onde ele trabalha e sei exatamente com quem reclamar. Sai depois de um bom tempo, disposto a oferecer para que ele tomasse banho também, mas passando meus olhos pelo quarto vi que ele não estava mais lá.

Entretanto a cama estava trocada e bem arrumada com lençóis limpos e sobre ela havia uma camisa branca, um moletom amarelo pastel e uma calça jeans azul clara, dobradas com um bilhete em cima.

" Achei que você ficaria fofo com essa roupa então peguei no seu closet, espero que não se importe, não mexi em nada além disso "

Ass. Jungkook

Me liga se quiser ;) ****-****

Revirei os olhos mas logo sorri. Por que eu sorri? Tendo meus olhos direcionados novamente a roupa que ele tinha separado vi que estava boa, era simples e pelo menos não gastaria tempo procurando o que vestir.

Me vestindo rápido, logo peguei minha mochila, indo para a cozinha pegar algo pra comer antes de ir para o infer... Digo faculdade. Espero que pelo menos Taehyung apareça por lá, mas enquanto xingava Tae por me deixar na mão mais do que deveria ultimamente, me dei conta de que algumas coisas ainda não se encaixavam.

Primeira, se eu entrei no cio ontem e hoje ainda era quinta, vindo de mim era para ele durar pelo menos cinco dias, mas a dor que eu sentia de leve hoje quando acordei praticamente havia desaparecido, indicando que a febre havia passado. Segundo, por que caralhos sempre que o professor Min faltava, Taehyung faltava também? E terceira e mais importante, como eu iria esconder essas marcas no meu pescoço?

Indo até o espelho do closet, eu tive a resposta para minha última pergunta pois como estava de moletom o tecido tapava uma boa parte então, fodasse. E além do mais, não era como se eu quisesse esconder. Não estava arrependido, foi a primeira transa que tive depois de quase três anos na seca e embora eu não lembrasse de tudo eu sentia que tinha sido muito boa, mesmo que tudo o quê aconteceu foi por culpa dos lobos.

❤️🌈❤️

Pov's Jungkook

Depois que deixei o bilhete sobre a roupa separada, decidi não incomoda-lo mais e ir embora então, pegando minha jaqueta e minhas coisas, eu sai do apartamento dele com um sorriso bobo nos lábios.

Aquilo tinha sido muito estranho, nunca tinha acontecido algo do gênero comigo antes e eu suspeitava que sequer era algo comum de se acontecer. Afinal, eu sempre consegui manter o controle independente da situação ou da pessoa mas aquele ômega, ou melhor Park Jimin, tinha conseguido quebrar todas as barreiras do meu auto controle, fazendo-me ser tomado totalmente pelo meu lobo, de uma forma que eu nunca tinha sentido e isso à primeira vista.

Descendo as escadas eu refletia sobre tudo que acontecera durante aquela noite, tentando me lembrar dos detalhes que pareciam ter fugido totalmente da memória, até o porteiro me cumprimentar me assustando e me tirando de meus pensamentos. Pegando minha bicicleta outra coisa tomou prioridade em minha mente quando senti minha barriga roncar. Não comia desde o almoço de ontem, estava faminto e não era à toa, dali a pouco sofreria um desmaio.

Subindo a rua eu segui caminho até a cafeteria que gostava tanto e que costumava pedir meus cafés da manhã para viagem. Foram dez minutos pedalando para chegar na cafeteria, me deparando com Seokjin que acabara de abrir a loja.

— Bom dia hyung! — O cuprimentei assim que ia parando a bicicleta frente a cafeteria, descendo dela.

— Bom dia Jungkoo- Por Deus! O quê houve?! — Virou-se sorrindo ao reconhecer minha voz mas assim que me viu, seu sorriso foi substituído por uma feição de espanto. — Misericórdia Jungkook! O que aconteceu com você?!

Disse chegando mais perto totalmente preocupado, colocando as mãos em meu pescoço virando minha cabeça para examinar as marcas que tinham sido deixadas ali por Jimin.

Ah... Jimin...

— A-ah não foi nada hyung, isso foi outra coisa... — Disse meio envergonhado, ganhando um olhar duvidoso que me fez rir de sua preocupação, me lembrando do ômega adorável e irritadiço com quem havia passado a noite. Jimin realmente me lembrava muito o Kyungsoo. — Você poderia me ver um café? E dois donuts de chocolate e morango, por favor? É pra viagem.

— Está bem, mas olhe se você foi agredido ou algo assim eu...

— Não foi nada disso Seok, eu juro. — Disse rindo e ele suspirou colocando a mão sobre os olhos, finalmente relacionando as marcas com chupões, entrando no estabelecimento.

— Ok então, não quer esperar aqui dentro?

— Não se preocupe, eu espero aqui. — Disse e assim fiz, me apoiando na bicicleta para espera-lo ao que ele foi preparar meu pedido, tempo que aproveitei para cumprimentar Chanyeol que retribuiu com seus comentários desnecessários sobre meu pescoço.

Assim que ele retornou peguei o café e os donuts, me despedi e saí correndo com a desculpa de que estava atrasado antes que eles pudessem fazer qualquer outra pergunta. Não que eu não tivesse gostado da noite, mesmo não me lembrando de tudo eu sabia de alguma forma que havia sido incrível.

Eu apenas não queria expor o Jimin, afinal a sociedade tende a ser bem crítica com ômegas e eu e ele nem nos conhecíamos direito então achei melhor deixar tudo o que aconteceu em sigilo. Embora minha camisa e jaqueta não ajudassem e não tapassem nada do meu pescoço quase totalmente visível, assim como os chupões, arranhões e mordidas que ele tinha deixado.

Inconscientemente passei a mão em meu pescoço ainda dolorido, enquanto pedalava e sorri, me lembrando dele e da noite que tivemos e me perguntando se ele estava bem. Ele ainda estava no cio certo? Devia ter tomado os remédios depois que acordou.

A presença dele me instigava de uma forma estranha, mas não um estranho ruim e sim um estranho tão bom que chegava a ser inacreditável. Nunca tinha me sentido assim com ninguém. Ainda com a mão no pescoço eu imaginava a dor de cabeça e a enxurrada de perguntas que viriam assim que pisasse no mercado. Talvez eu devesse pedir algum corretivo para o Baek ou para o Kyung, mas qualquer coisa, também não tinha problema. Afinal, foi tudo culpa dos lobos...

❤🌈❤

Espero que vcs tenham gostando das pequenas mudanças (esse capítulo foi totalmente reescrito). E deixem uma ⭐ estrelinha ⭐ para a tia ficar feliz.
😜

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