07. A procura de envolvidos
➼ Tava quase ficando doida por não conseguir escrever já que canso tanto a mente com a facul que quando sentava pra produzir não rolava, já não tinha neurônios, e trabalhando então já era eu ksks. Mas consegui voltaar!
➼ Boa leitura ❤️
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Capítulo 7 - A procura de envolvidos
Como combinado, Park Jimin, na pele de um Jungkook de cabelo roxo, estava sentado perante ao rei na enorme mesa de reuniões. Após formalidades, ele passou minutos ouvindo o humano tagarelar sobre as aventuras noturnas que um príncipe não podia ter com plebeus, o quão isso poderia lhe prejudicar a imagem, e que ele não imaginava o quão difícil foi abafar as fofocas perante suas irresponsabilidades e inventar uma mentira cabível.
A expressão do cecaelia era de puro desinteresse.
— Foi preciso soltarmos uma nota que tanto suas atitudes quanto seu novo cabelo faziam parte de um ensaio fotográfico temático: a rebeldia dos jovens. Para os súditos essa noite inconsequente e estúpida era importante para você, pois, vivendo tão longe dessa realidade, precisava absorver essa essência para fazer um ensaio digno desta mensagem.
O ouvinte não se conteve, jogou a cabeça para trás, gargalhando.
— Essa é a baboseira mais tola que eu já ouvi nas últimas horas.
— No entanto, é essa "baboseira tola" que irá salvar a sua reputação e afastar os burburinhos maldosos da mídia sempre pronta para arruinar a realeza. Você irá corrigir seus equívocos fazendo esse ensaio fotográfico e, para se redimir, encontrará com a princesa da Ilha de Esmeralda trazendo boatos positivos desta vez.
— Que princesa? — arqueou a sobrancelha.
— Não se faça de desentendido. Pelo o que pude perceber, incluindo suas proezas durante essa noite irresponsável, você está muito bem. Não há mais desculpas, como o seu grave acidente, para evitá-la. O rei de Esmeralda e eu já esperamos demais. Você vai até ela, cortejá-la educada e gentilmente, com toda sua classe, e honrar nosso tratado.
— Não vou enquanto não souber mais detalhes sobre isso. — afinal, o cecaelia estava no escuro sobre esse assunto.
— Pois Vossa Alteza não está em posição de exigir nada visto que nunca aceita o que lhe é proposto e só tem atitudes errôneas de um simples moleque mimado. Se não sabe portar-se como um verdadeiro príncipe, só cabe ao senhor que acate ordens. Assim eu garanto o seu futuro reinado. Quem sabe até lá possa amadurecer e aprender como é a vida adulta na realeza.
Park abriu um sorriso sombrio, maquiavélico.
— Você não me conhece. Acho melhor não me julgar desta maneira, Vossa Majestade.
— Como julgarei de outra maneira se você se comporta assim? Sempre se comportou. Sua mãe, que Deus a tenha, o mimou demais. Mas você precisa entender que as coisas não são como você quer, há coisas que precisam ser feitas e outras deixadas para trás para que obtenhamos sucesso.
— "As coisas não são como você quer" isso soa irônico vindo do senhor, não? — sua expressão prepotente começou a causar irritação no rei.
— Só cumpra sua agenda e se esforce para não estragar tudo. — disse sério.
— Claro, papai. — sorriu sarcástico. — Vossa Majestade deseja mais alguma coisa ou podemos falar de coisas de fato importantes? Como o fato de convocar pessoas para uma reunião sem a presença da maioria dos ministros e a minha, planejando um golpe?
— Esqueça isso.
— Impossível.
— Jungkook. — apertou os dentes. — Você já me custou muito nos últimos dias agindo de maneira inapropriada. Tive que diminuir meu cofre por sua causa para que meus amigos esquecessem do inconveniente.
— Então suborno faz seu estilo? Quem diria senhor rei. — provocou o vendo subir sangue para o rosto, deixando-o vermelho. — O que pretende com tudo isso?
— Não lhes diz respeito.
— Como príncipe da Ilha Encantada, seu filho, me diz respeito sim. É mais que justo que eu saiba sobre todas as coisas que envolvem meu reino. Inclusive, deveria ser avisado antecipadamente de cada passo, não acha? — encarou-o fixamente com seus olhos penetrantes. Queria poder lhe arrancar a verdade mas usar seu poder nele apenas alertaria, novamente, quem estava do outro lado.
— Não quando o príncipe, meu filho, se nega a aceitar os fatos e a colaborar. Acha que sou tolo de colocá-lo em meio aos meus negócios sabendo que não é capaz de entender nada nem que lhe desenhe?
— Eu aceitaria me converter para o grupinho do mau se você tivesse me incluído desde o início, contando tudo sobre seu plano secreto, papai. — sua voz era tão debochada chamando-o assim.
— Tenha santa paciência. Isso não é um grupo de crianças se preparando para brincar no parquinho. E desde aquela sua ceninha ficou claro que prefere idolatrar a cria do imperador do que ficar ao lado do seu próprio pai e cuidar do seu reino. Logo, sem informações para você. Apenas faça sua parte e não cruze meu caminho. — seus olhos brilharam em ameaça. — Agora saía.
— Eu não terminei. Quis fazer essa reunião por um motivo. — criou uma linha fina e transparente de sua própria magia, o envolvendo, como um laço da verdade. — Quem é a minha madrasta? — gostaria de sondá-la assim como aos demais para ver se descobria alguma informação útil.
Os olhos do rei tremelicaram assim como seus lábios.
— E-eu n-não sei... — sua voz estava com dificuldade de sair de seu corpo, com certeza por estar sendo controlado por magia forte.
— Mas sabe quem são as pessoas que estavam naquela reunião comprando suas falácias, não é?
— N-não consigo f-falar...
— Ao menos me diga um número exato de pessoas principais por trás desse plano.
— Não...
— Você é um inútil. — puxou sua linha de volta, de imediato o rei voltou ao seu normal lembrando somente de tê-lo expulsado. — Pois bem, papai. Como o jovem adulto responsável que sou, irei em busca de honrar meus compromissos. Ou não, dependerá do quanto estarei rebelde hoje. — sorriu prepotente. — Adeus.
Deu as costas, passando pela porta e deixando-o irritado para trás. Mas, diferente de Jungkook, aquele homem não era nada atraente expressando suas negatividades.
🐙🧜♂️
Jungkook despertou-se, meio atordoado, as lembranças foram surgindo aos poucos e aumentando o rubor sem seu rosto.
— Que porra foi essa? — questionou-se com os olhos arregalados, incrédulo com o que acontecera.
Pelos flashes em sua mente, sentiu uma imensa agonia causada por aquele maldito... No momento em que se aliviava foi rendido por uma espécie desconhecida por si, mesmo que a intenção dele fosse lhe matar, sentia vergonha de estar se punhetando justamente nessa hora! Mas o cecaelia o salvou e... Lhe tocou depois de Jungkook ter pedido por isso.
O maior problema era que, mesmo extremamente envergonhado, o príncipe não se arrependia. Pois foi quente e intenso, a satisfação que precisava naquele instante para ser liberto daquela tortura sem fim. Apesar de esquisito foi gostoso e... aliviante. Com certeza por causa do momento, não teria como sentir atração por aquele dêmonio naturalmente. Claro que não.
Engoliu em seco ao ver Park Jimin adentrando o castelo com seus tentáculos se movendo graciosamente. Perguntou-se porque caralho se arrepiou ao observá-los. Talvez porque, lá no fundo, gostou de senti-los lhe agarrando e acariciando. Não, não, não, isso era loucura!
— Venha. — ordenou ao passar por ele sem sequer olhá-lo. Jungkook queria dizer não só pra contrariar mas como ele tinha poder sobre si, viu seu corpo obedecer.
Os enguias estavam na porta da sala onde havia os tronos e a Esfera Mágica, já sabiam o que o cecaelia queria pois comunicou-se com eles através da mente.
— Vocês estão autorizados a entrar.
Sendo assim, os quatro foram para dentro do cômodo.
Jimin sentou em seu trono de ametista. Jungkook sentiu que ele parecia maior e mais poderoso - se é que fosse possível - lhe olhando dali. Seus olhos brancos pareciam absorver tudo e não devolver nada, era tão intenso. Ele lambeu os lábios com a língua bifurcada. Acompanhou esse movimento, engolindo em seco por pensar que não dava para negar que era atraente e gostaria de senti-la.
Atraente?
Sentir a língua?
Daquele maldito cecaelia enganador de pobres almas?
Não mesmo. Ele era um ser malvado e aproveitador de todas as circunstâncias possívei. Odiava aquele idiota!
— Pesquisem. — ordenou aos enguias sentados cada um de um lado seu e eles começaram a usar a espécie de bola de cristal.
— Está a procura de que?
Obviamente, Park se manteve em silêncio, estava a fim de provocá-lo para tirá-lo do sério e ver sua expressão irritada. Era adorável.
Adorável?
Que porra estava pensando?
Nunca achava nada adorável. Nunca definiu nada como adorável. Não gostava de adorável. Gostava de caos!
— Eu te fiz uma pergunta, oh demônio.
Ali estava a irritação que queria apreciar. Jeon ficava com o rosto rosado, as sobrancelhas quase juntas por franzi-las de raiva, e um leve biquinho tomava seus lábio bem desenhados. Expressão parecida como quando ia...
— Isso não significa que eu vá responder.
— Mas suponho que seja do meu interesse. Você está lá em cima graças a mim, eu mereço ter respostas!
— O papai está sob magia. Foi o que vim lhe contar ontem, mas você parecia interessado em outras coisas. — provocou, sorrindo malicioso deixando os dentes afiados aparentes.
Na verdade, antes queria era barganhar as novas informações que conseguiu mas o que ganhou foi bem melhor: ver Jungkook em um grande caos. De agonia, depois de prazer.
— A culpa foi sua, seu... Seu maldito aproveitador de inocentes!
— Eu lhe apliquei uma punição, foi o inocente tritãozinho que gostou dela mais do que deveria. — seu sorriso largo, maldoso, fez as presas afiadas brilharem. — Preciso lembrá-lo de como ficou desesperado por um toque meu e pedindo por favor? Que chegou a praticamente implorar para ser aliviado?
Jungkook corou com tais imagens em sua mente e a lembrança das sensações estonteantes... Diante disso ficou ainda mais irritado.
— Cala a boca, idiota. Eu odiei, ouviu bem? Odiei que me tocasse. — encarou-o cheio de raiva, ficando ainda mais ao perceber que o sorriso prepotente não deixou seu rosto.
— Percebi o quanto odiou ao gozar tão bem.
O principe ficou sem reação. E se odiou por isso. Inferno de cecaelia que tinha respostas na ponta daquela língua grande e repartida.
— Exijo saber do meu pai! — bufou, cruzando os braços sobre o peitoral cheio. Ao olhar para lá, Park inconscientemente passou a língua sobre os lábios.
— Há uma magia poderosa o manipulando e quando tentei usar meus poderes, quem está do outro lado percebeu que sou eu, e mandou uma espécie de viúva negra atrás de você. Creio que para tentar eliminá-lo, assim cortando nosso trato e não correndo riscos de que eu descubra seja lá o que for e acabe com tudo futuramente.
Jungkook estava de cabeça erguida, decidido a não permitir ser abalado por aquela criatura mística maligna caso o provocasse de novo. Não se comoveu ao saber do rei estar sendo controlado por magia pois já havia notado a diferença. Falava bastante sobre com Namjoon, que sempre usava a mesma desculpa que era por Jeon estar sentido devido a morte da rainha. Quando ela morreu, ele realmente ficou mal, de luto, agora dois anos depois estava estranho, um pai chato e um rei questionável. Claro que algo aconteceu. Algo que ele ainda não sabia. Mas agora as coisas estavam ficando claras.
— Imagino que tenha um plano, senhor dono da esperteza?
— Esse apelido combina comigo. — sorriu malicioso. Era difícil atingi-lo. Seu ego era muito alto. — Hoje tentei arrancar dele mais informações com meu laço da verdade, mas não deu em nada.
— Você falhou? Pensei que fosse o todo poderoso, que sua magia fosse bem mais que isso. — sorriu debochado. — Que fracot-
Antes de terminar foi agarrado pelos tentáculos e puxado até estar cara a cara com o cecaelia que lhe olhava profundamente com os olhos brancos.
— Eu deveria te mostrar o que é fracote. — o apertou, como uma cobra faz com sua presa, Jungkook sentiu os ossos das costelas doerem, seus olhos se arregalaram por um instante, assustado. — Talvez te dar outra punição.
Um dos tentáculos livres tocou seu rosto, erguendo seu queixo, enquanto ele lhe olhava como se fosse o devorar. Jungkook engoliu em seco tendo as lembranças nada agradáveis da agonia que sentiu.
Negou.
— Não? Então implora por isso. Quem sabe eu possa ser bonzinho com você. — sorriu maldoso, passando a língua bifurcada pelos dentes afiados.
— Eu não... — não queria. Mas aquela era uma ordem. Seu corpo o obedecia. Logo de viu dizendo, para sua indignação e para a satisfação alheia: — Por favor.
— Por favor o que? — perguntou, sorrindo ladino, adorando aquilo.
— Por favor, não me torture. Eu irei me comportar.
— Eu já ouvi isso antes. Duvido que o faça. — soltou-o bruscamente.
Jeon passou a mão na lateral do corpo sentindo-se dolorido e olhou para ele com cara feia.
— Por que precisa de Taehyung e Hoseok? — perguntou, olhando os dois concentrados.
— Para saber quem está envolvido nisso e os porquês. Quando descobrir quem são irei investigá-los para entender os motivos, causas e saber quais atitudes tomar.
— Isso pode demorar. — informou Taehyung.
— Por que? — perguntou Jungkook.
— Sem a data certa nós ficamos vagando em cenas aleatórias dentro do castelo e, acredite, são muitas. — respondeu Hoseok, concentrado.
— Meu pai precisa de controle de quem entra e sai de sua sala, na primeira gaveta há um tablet para isso. Você pode encontrar nomes, horários e motivos das reuniões. — disse a Jimin, imaginando que se ajudasse ele resolveria mais rápido e assim poderia ser liberto do contrato entre eles.
— Por que o tritãozinho decidiu colaborar? — o cecaelia lhe encarava diretamente.
Jungkook não desviou o olhar.
— A pergunta certa é por que você decidiu colaborar.
— Continuem a procurar informações relevantes. Eu irei atrás desse tablet. — levantou-se passando por Jungkook que fechou os punhos segurando-se pra não tocar em seus tentáculos... Mas foi mais forte que si.
Park voltou a envolvê-lo e praticamente rosnou em seu rosto.
— Sei que não gosta que te toquem, mas eu quero a minha resposta!
— Como disse anteriormente, não é porque faz uma pergunta que irei responder.
O príncipe percebeu algo ao seu favor em toda aquela situação de antes e agora. Iria testar. Logo seu olhar se tornou ainda maior, expressivo, e a voz meiga, completamente dócil.
— Por favor. — caprichou na carinha de cãozinho abandonado, esfregando o rosto em um dos tentáculos próximo a ele.
E ele estava próximo por gostar de acariciá-lo a bochecha. Agia por vontade própria sem Jimin perceber. Pois agora ele notou. Tentáculo filho da puta! Arqueou uma das sobrancelhas se perguntando que porra era essa. Não só o jeito que o príncipe lhe olhava bobo e... encantado? Mas a forma com que parte de si agia cheia de vontade de afagá-lo. Isso lhe deixou incomodado.
— Vamos, me diz. O que eu preciso fazer para que me conte? Talvez... — abriu a boca, expondo a língua, tocando o tentáculo. Estava a fim de seduzi-lo. Se isso funcionasse saberia como obter sempre as respostas que queria.
Jimin sentiu-se arrepiar. Geralmente ninguém era capaz de lhe causar sensações internas, era estranho e confuso. O soltou bruscamente tanto que o corpo dele foi para trás com uma correnteza. Lhe deu as costas.
— Precisava de ação nessa vida tediosa. Apenas isso.
E Jungkook sorriu, comemorando por dentro. Afinal, descobriu que não era só o cecaelia capaz de provocar ali.
Ao se virar notou que os enguias lhe observavam com uma expressão intrigada.
— Você está bem? — perguntou Taehyung.
— Por que não estaria? — colocou as mãos na cintura.
— Nenhum outro que esteve aqui ficou mentalmente são. Você parece estar flertando com o mestre, essa é uma forma de Síndrome de Esterco? Estoco? Algo assim que dá em humanos que são presos e apaixonam por quem prendeu.
— Estocolmo. E, não. Eu não estou caído pelo malvado de merda que me colocou nessa situação. Isso seria idiotice...
— Mas... — incentivou Hoseok para que ele continuasse.
— Mas descobri que posso ganhar as discussões com a minha carinha de cãozinho e pedindo com jeitinho. — deu de ombros. — Também gosto de saber que consigo provocá-lo. Isso de certa forma satisfaz meu ego. Afinal, ele não é tão inabalável? Pois comigo não. — sorriu, cheio de si. — Não sei exatamente o que acontece com ele, mas algo acontece.
— É realmente estranho. Tem certeza que está falando do mestre, não é delírio? — perguntou Taehyung.
— Vocês não viram? Ele ficou todo diferente quando lambi aquele tentáculo.
— Não acho que seja bom provocá-lo. O mestre pode... Fazer algo sobre isso. Você não irá gostar. — alertou Hoseok.
— Algo tipo como da outra vez? — o viu assentir. — Sendo honesto com vocês, somente vocês, eu... Meio que não me importaria. Se ele resolvesse no final, claro.
— Como é que é? — perguntou Taehyung, ainda mais surpreso. — Não sente nojo e repulsa dele?
— Você não o odeia? Estava revoltadíssimo antes. — disse o enguia de mechinha preta, confuso.
— Ele é... Diferente. É fato. Também é fato que eu não gosto que tenha me enganado. Nem da situação que me colocou. Eu na realidade odeio ele. É um demônio filho da puta. Mas o maldito sabe o que faz, principalmente com aqueles tentáculos. Uh, chego a arrepiar. Olha — apontou para o braço. — Isso não existe na terra, sabe? Estava tudo se arrastando pelo meu corpo, me tocando ao mesmo tempo, achei intenso, nunca gozei tanto. Mas também isso pode ser pela tortura, fiquei tanto tempo duro e sofrendo que quando me aliviei gostei mais do que deveria. — colocou o dedo na bochecha, pensativo. — É. Talvez você tenha razão e eu estou fora de mim.
Eles assentiram.
— Acho que continuarei fora de mim se ainda estiver aqui em baixo. Só quando voltar recuperarei a razão e verei o quanto isso é uma loucura. Vocês não querem me ajudar a ficar são outra vez me levando pra casa? — tentou, ainda oferecendo os olhinhos de cãozinho.
— Não podemos.
— Mas, Hobi, é pelo bem da minha sanidade mental.
— Jungkook, não seja um espertinho.
— Eu preciso ser, Tae. Pois se eu continuar sendo lerdo posso desgraçar ainda mais minha vida.
🐙🧜♂️
Namjoon deu um salto ao ouvir uma voz.
— O que ele está fazendo? — perguntou Yoongi, aproximando-se dele que estava ao redor de um Jungkook falso, pois já descobriram ser o cecaelia.
Ele estava parado, sentado, no meio do castelo, com os olhos totalmente brancos, paralisado, era bizarro. De acordo com Namjoon, sentia-se em um filme de terror onde o personagem está possuído.
— Eu não faço ideia. — respondeu, aflito, pois estava a minutos de guarda tentando não deixar que o vissem assim. — Eu disse que o rei conseguiu uma visita na Ilha Esmeralda e esperava que fosse para lá hoje a tarde tomar chá com a princesa então ele disse que antes disso tinha algo a fazer. Caminhou até o centro e está assim a meia hora.
— Uhm... — o moreno segurou seu braço quando Yoongi foi se aproximar. Arqueou a sobrancelha, questionando: — O que?
— Não acho que deveria se aproximar dele assim. Pode ser perigoso.
— Preocupado comigo, Kim? — sorriu debochado.
— Eu só...
— Calem a boca!
Namjoon soltou o albino ao que seus corpos saltaram, assustando com a voz rouca e maligna que claramente não era de Jungkook mas vinha de sua boca.
— Estão me atrapalhando escanear.
— Tipo uma impressora escaneando documentos e os passando para dentro do computador? — perguntou Yoongi, o vendo expressar desentendimento. — Esquece. O que está fazendo exatamente, senhor cecealia?
— Só irei responder devido ao seu tratamento bem feito. Estou analisando cada cômodo do castelo, posso ver os itens que estão ao alcance de suas visões como lustres, armários, com a diferença que posso vejo através deles caso haja algo escondido. Como o tablet que procuro e não encontrei nas gavetas da sala de reuniões.
— Esse tablet é importante? — perguntou Namjoon.
— Não me faça pergunta tola.
Yoongi conteve o riso com a resposta e ao ver o guarda costas fechar a expressão.
— O que? — exclamou ele, franzindo o cenho.
De repente deu um salto, se pondo de pé de volta com os olhos escuros de Jungkook.
— O que encontrou, senhor?
— Não sei ao certo. — começou a caminhar, depressa, a fim de descobrir.
Os dois foram correndo atrás de si pelos corredores, freando os passos para não trombar nas suas costas ao Jimin que parou em frente a enorme porta da biblioteca.
Yoongi e Namjoon se entreolharam. Afinal, o que havia ali? Já estiveram naquele lugar incontáveis vezes com o Jungkook verdadeiro e nunca viram nada. Mas, se o cecaelia via coisas que eles não conseguiam poderia existir algo. A pergunta era o que.
— Expulsem todos esses pirralhos. — disse, referindo-se aos filhos dos funcionários que estavam estudando e fazendo trabalhos ali.
— Mas eles têm permissão, o que vamos dizer? — perguntou o guarda costas.
— Pouco me interessa. Faça agora, antes que eu mesmo me encarregue disto. — pelo seu tom e expressão severa não dava para esperar pagar pra ver.
Antes que terminassem de afastar ordenou:
— E tranquem as portas.
Enquanto eles faziam, o cecaelia andava até o fundo da gigantesca biblioteca, trazendo seus olhos brancos novamente, procurando pela entrada secreta que achou anteriormente.
Na parte superior não havia nada nas paredes, além de imensas janelas, e livros postos nas prateleiras embutidas nelas. Ao seu redor em meio a mais prateleiras também não. Mas ao olhar para o chão, bem no cantinho, no último piso branco de mármore, encontrou.
Olhou para frente, conferindo se aqueles dois cumpriram o que lhes fora ordenado e se havia pessoas próximas. Os assistiu terminar de levar o grupo para fora, sutil e gentilmente de uma forma que ele nunca poderia fazer, então fechando as portas e trancando.
Para garantir que ninguém com chaves ou poderes superiores aos humanos abriria, Jimin ergueu a mão lançando uma chama azul mágica que se espatifou contra a porta a deixando completamente azul e selada. Os dois se assustaram, obviamente. Olharam em direção do cecaelia que vestia o corpo do príncipe amigo deles e o viu desaparecer. Logo começaram a correr em sua direção. Queriam saber o que estava acontecendo. O que ele encontrou?
Park levantou o piso, a camada quadrada de concreto que estava solta abaixo dele, e observou. Havia uma escada de pedra estilo medieval que levava para baixo, muito baixo. Se pôs a descer pela escuridão, conseguindo enxergar devido aos olhos brancos neon próprios para.
No meio da biblioteca deparou um o fim. Parede de pedras e nada mais. Para os olhos humanos. Colocou ambas as mãos sentindo a parede lhe sugar para dentro. Ele foi autorizado a entrar.
Então percebeu um corredor com várias velas durante o caminho que não se preocupou em acender. Parou no início do cômodo. Era escuro, frio, e velho. Com fortes paredes de pedras e móveis de madeira resistentes. Havia um piano antigo, um violino ainda mais, várias telas de pinturas com uma mesa cheia de tintas, potes com pincéis, uma máquina de fotografia antiga, espadas e até arco e flecha com alguns alvos ao longe. Uma mesa cheia de discos de vinil com toca discos e de papéis também antigos. Também tinha prateleiras com vários livros de capas marrons simples aparentemente feitas a mão com pedaços de couro. Outra cheia de potes com cristais mágicos, ervas, flores, plantas de vários tipos.
Um vulto passou por si. Levantou as mãos novamente liberando magia, mas desta vez eram chamas de fogo azuis que se chocaram contra as paredes, iluminando as luminárias antigas embutidas nelas e velas espalhadas pelo local.
Namjoon gritou, abraçando Yoongi de forma que o protegesse, ao que as chamas passaram por eles antes de acertarem as velas dentro dos vidros nas paredes. Já estavam estranhando todo aquele caminho escuro, assustados com a parede que os sugou, e agora mais isso. Para completar a tensão de repente apareceu em cima de uma pilha de livros uma chama laranja dourada...
— Uma fênix? — murmurou Yoongi, tirando os braços grandes de Namjoon de cima de si.
Para a surpresa deles o fogo não se materializou em um pássaro e sim uma espécie desconhecida de cachorro preto com todas as extremidades brilhando ainda nos tons de fogo, seus olhos eram da mesma cor com a pupila em formato vertical, sendo apenas uma linha, e o focinho preto*.
Ele abriu a boca, por ela não saiu latidos ou grunhidos e sim, para o espanto deles, palavras. Namjoon em especial quase perdeu os olhos de tanto que saltaram para fora.
— Não é você que eu aguardava. — olhava diretamente para o cecaelia.
Namjoon e Yoongi trocaram olhares. Eram muitos questionamentos. Quem era ele, a quem esperava? E, por Deus, por que o cachorro de fogo falava?
— Quem e o que você é? — afinal, Park nunca havia visto algo assim.
— Eu sou um ajudante. A rainha me criou especialmente para seu filho e somente com ele posso me abrir.
— Como diabos isso seria possível? — questionou Namjoon.
— Bruxa. — resumiu Jimin.
— Não existem só híbridos sereia e cecaelia? — perguntou Yoongi.
— Na terra existem bruxas. E parece que o rei é fã delas. Você tem mais algum proposito além de se abrir com aquele príncipe tolo?
— Não o chame assim. — o ser fez cara feia. — Eu sou responsável em auxiliá-lo a descobrir a verdade, lidar com ela e resolvê-la.
— E qual é a verdade? — o olhou diretamente nos olhos. — Me conte, pelo bem do destino.
— Boa tentativa, mas você não é Jeon Jungkook.
— Magia poderosa, uh? Posso ver que a rainha não era nada inocente. Realmente o rei parece ter um padrão terrível para esposas.
— Do que está falando?
— Ah, você não sabe, montanha? Ele está sobre efeito de magia, por isso suas atitudes de merda.
— Oh, não. Eles já começaram. — disse o cachorro.
— Eles quem? Começaram o que? — perguntaram Namjoon e Yoongi, respectivamente.
— Tragam-me Jungkook que todos saberão a verdade. Até lá eu só poderei dizer que ele corre perigo.
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➼ Estética de onde foram parar:
➼ O ser que parece um doguinho:
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