17: Em publico é sempre melhor.

Isa Stones

Após deixar Lucas boquiaberto na minha cama, despedi do meu irmão e me segui para a garagem, retiro todos os meus pertences do carro do meu pai e coloquei na minha bolsa.

- Vai deixar o peguete aqui em casa? - Davis apareceu na soleira da porta.

- Ontem vocês pareciam bem entrosados - passei por ele, indo em direção a sala principal - Agora ele é problema seu, tenho que sair.

Dei um beijo estalado na sua bochecha e saí pela porta da frente. O sol reflete na minha pele, esquentando a minha pele. O pouco tempo que passei na casa dos Calvin consegui pegar um bronzeado.

- Bom dia! - a garçonete me cumprimenta na entrada do Coffeebreak.

- Bom dia! - entrei e fui direto para o balcão.

- Isa, o mesmo da última vez - Félix se aproximou com um iPad na mão.

- Um cappuccino com avelã e uma Cheesecake de mirtilo - retirei os meus olhos escuros e pendurei na gola da minha blusa.

- Não vai querer o nosso Brownie, hoje? - seus olhos azuis me observam atentamente.

- Quem sabe!

- Você gostaria de sair comigo? - ele começou a preparar o meu pedido, mas não tirou o olhar de mim - Eu aceito não como resposta.

- Garanto que aceita - ele colocou o copo de papel em cima do balcão - É só falar o dia e a hora.

- Amanhã às oito, assim que o meu expediente acabar.

No impulso quase aceitei, mas me lembre que estou em um relacionamento sério depois das sete da noite e só volto a ser solteira às sete da manhã.

- Não vai dar, tenho compromisso depois das sete - peguei um guardanapo e anotei o meu número - Se caso estiver livre depois das treze, me ligue.

Ele me entregou as sacolas de papel e eu o entreguei o guardanapo. O sol está no topo da cidade, iluminando cada parte de Chazelle. O parque no centro é o maior da cidade e considerado o segundo mais bonito do estado, pessoas caminham despreocupadas com a vida, eu sempre quis saber como era essa sensação e agora aqui estou eu.

Sento-me em uma mesa de piquenique e retiro o Cheesecake da sacola, coloco em cima da mesa e deixo os Brownie para comer depois. Um garoto de moletom verde e calça jeans envelhecida vem em minha direção, segurando um pequeno vaso de planta. Seus cabelos longos estão bagunçados e sua pele bronzeada, o observo bem e me lembro de ter o visto andando com o Lucas.

- Oi, Isa - ele se sentou na minha frente - Prazer, Logan.

- Isa, mas parece que você já sabe.

- Não me senti seguro em te chamar de "garota do Lucas".

- Então você é o fofo do grupo? - pego um brownie na sacola e o entrego.

- Obrigado - ele retirou o moletom verde, mostrando todas as cicatrizes esbranquiçadas em seus braços - Eu sou o que sofreu, minha infância foi meio conturbada.

- Somos dois então, a vida conseguiu me destruir de forma súbita e avassaladora.

- Você pode acreditar que as coisas são que aparenta ser - ele secou a lágrima rapidamente - Mas temos que batalhar para encontrar aqueles que ligam para nós.

Fique conversando com Logan até o sol começar a se pôr, as nuvens no horizonte ganhará uma tonalidade alaranjada e rosada. As grandes árvores do parque protegem os ninhos das pequenas aves, que pulam de galho em galho, cantando e mostrando toda a sua beleza estonteante.

- Tenho que ir. Nos vemos no bar?

- Que bar?

- O Matteo disse que o Lucas ia acompanhado e algo me diz ser você.

- Eu não falei com o Lucas desde hoje na hora do almoço.

- Então te aconselho a ir para casa e arrumar para ir a um bar rústico, onde só o Lucas tem dinheiro para pagar.

- Então é só beber e falar mal das pessoas até amanhecer?

- Por aí, tem karaoke e uma mesa de bilhar, posso garantir que ninguém transou em cima dela.

- Tudo tem uma primeira vez - Logan arregalou os olhos e chacoalhou a cabeça.

- Ainda bem que o bar fica sempre lotado.

- Não duvide de uma mulher determinada - me levantei do banco de madeira e Logan me seguiu.

- Vou me certificar que o Lucas use uma cueca e uma das mais apertadas para não correr risco de vocês transarem em público.

- Não passarei essa vergonha - colo a bolsa no meu ombro - Te vejo no bar.

Volto para casa e encontro David preparando algum tipo de comida típica italiana, seus cabelos escuros estão bagunçados e o rosto sereno, enquanto canta a música Me Gusta.

Subo as escadas rapidamente, indo para o meu quarto. Deixo a minha bolsa com os meus pertences em cima da cama e vou para o banheiro, término regular a temperatura da água do chuveiro, no painel e entro no box, ativando os sensores.

A água quente começa a escorrer pelo meu corpo, causando leves arrepios. Deslizo a minha mão pela lateral do meu corpo, por onde as mãos calejadas de Lucas me deram prazer.

******

- Você é o Lucas, parecem amigos de infância - disse assim que terminei de comer - Ele te conheceu ontem e já está sendo bajulado.

- O mundo é dos mais espertos.

A campainha tocou e eu saí correndo, deixando David para trás com um sorriso bobo no rosto. Abro a porta e não tenho tempo para raciocinar direito antes que Lucas me segurasse pela cintura e me puxasse para perto dele, selando os lábios em um beijo agressivo e carinhoso em simultâneo. Suas mãos apertam a minha bunda, me pressionando com o seu membro ereto.

- Tenho um presente para você - ele pegou uma caixinha de veludo no bolso e me entregou uma aliança de prata, com detalhes em ouro amarelo e pedras de diamante - Para você usar durante a noite.

- São muito caras para apenas um caso?

- Fica para você de presente, depois que nosso caso - a palavra sair da sua boca como se ele estivesse tomando o suco de limão puro - Acabar, você faz o que quiser com ela.

- Vem, o David está na cozinha. Acabando de jantar - puxei para dentro e fechei a porta.

- E você, maçãzinha - ele me pegou no colo e me conduziu para a cozinha - Já comeu algo?

- Sim, não estou acostumado a beber, então prefiro me prevenir.

- Está pronto? - Lucas olhou para David que colocava a sua jaqueta de couro.

- Sempre pronto para beber.

Meu irmão saiu da cozinha e quando eu ia seguir, Lucas me segurou pela cintura me fazendo sentir todo o seu comprimento e grossura.

- Um passarinho me disse que você está querendo trepar em cima da mesa de bilhar - ele começou a espalhar beijos pela curva do meu pescoço - É melhor você saber jogar, porque vou apenas fingir que estou te ajudando.

- Vocês vão transar, ou podemos ir?

- Não vamos transar aqui, mas talvez vou ter que mandar um dos meus amigos te trazer.

Ergui a minha cabeça para cima e aquele sorriso maldito está ali, prometendo me dar aos orgasmos mais intensos e sem me dar tempo de pensar. Me solto dos braços de Lucas e pulo nas costas do meu irmão, que me levou para fora da mansão.

- Você não é mais criança para eu te carregar nas costas.

- Mas você é o meu irmão.

Pulo das suas costas e me desequilíbrio quando o meu salto entra em um buraco, antes que eu caísse, Lucas me segurou.

- Devia olhar onde pula.

David entrou na parte de trás da BMW 320i e Lucas abriu a porta da frente para mim. Me sentei no banco de couro, pelo retrovisor vi meu irmão balançando a cabeça de forma negativa e depois mostrando o seu dedo anelar onde está um anel de prata, que substitui a sua aliança.

- Não vem, não estou à procura de relacionamento.

- Que bom, assim podemos aproveitar mais - disse Lucas entrando no carro.

Sinto o meu rosto ficar quente e meu irmão dá uma risada abafada. Calvin sai com o carro e repousa a sua mão na minha coxa. O percurso até o bar mais badalado da cidade, foi rápido.

- David, pode ficar com o meu cartão do quarto privativo, não vou usar.

Lucas entregou um cartão preto para o meu irmão, o manobrista abriu a porta para nós. Assim que desci, agradeci o moço e entrei no bar sem esperar por nenhum dos dois homens que vieram comigo.

- Olha quem está aqui! - eu reconhecia aquela voz, não tinha como não reconhecer.

- Matteo - me joguei em seus braços e ele me rodopiou no ar.

- O que faz aqui garota? - seu hálito quente tem cheiro de nicotina.

- Ela está comigo - Lucas me tirou dos braços do amigo e o cheirou como um cão farejador - Você usou nargile novamente?

- Não enche cara, vamos curtir - Matteo empurrou o ombro de Lucas.

- Não chegue perto - Lucas se silenciou com o meu olhar.

- Quando começará a briga dos cachorros? - um garoto de cabelos claros e olhos verdes se aproximou com o meu irmão.

- Não terá briga, Dylan. Viemos para curtir, então vamos beber.

Lucas foi em direção ao bar, o Dylan e o Logan que até agora não tinha visto, apareceu no meio da multidão. David segura meu braço impedindo de ir para perto deles.

- Espera um pouco, as coisas vão ficar mais tensas.

- Como sabe disso? - ele me repreendeu pelo olhar - Ok, vou andar por aí.

- Melhor não comer bolo de chocolate - ele deu um sorriso brincalhão - Ou vai acabar deixando sem roupa no meio de todos.

Meu irmão foi para um grupo de garotas alguns anos mais velhas que eu, ele chegou perto delas e cada uma se derreteu como sorvete no verão. Comecei a andar pelo bar, vendo alguns bêbados cantando no karaokê e alguns jogando sinuca.

- Oi gatinha? - um homem se aproximou de mim e no canto do olho vi Lucas ingerindo uma dose grande de uísque.

- Acho melhor não se aproximar, se não quiser ter o maquicilar deslocado.

- Você vai me bater - ele segurou o meu pulso - Só um beijinho.

- Conta comigo - ele estreitou os olhos - quatro, três, dois e um. Boa noite!

- Não encosta na minha namorada - Lucas deu um soco na mandíbula do homem o fazendo cair no chão inconsciente.

- Durma com os anjos - dei a volta no corpo desmaiado e Lucas laçou a minha cintura com o seu braço.

- Ele te machucou? - ele começou a analisar o meu corpo.

- Não, eu disse que sei me cuidar.

- Você não disse isso.

- Não disse? Então estou dizendo agora - selei nossos lábios por um instante e me sentei em uma das banquetas.

- Prazer, Dylan Valenti - ele me empurrou um drink azul - Ouvi falar muito de você Isa.

- Espero que coisas boas - bebi um pouco do drink, que desceu queimando.

- Acho que o meu amigo teria que ir fundo para achar algum defeito em tanta beleza - sinto o meu rosto começar a esquentar.

- Ele está falando de mim e não do pau dele.

- Boa noite a todos - uma voz feminina soou por todo o bar - Para a primeira música, quero chamar Dylan, que irá cantar Feel It.

- Você só escolhe música de sexo? - disse Logan para o amigo que vira todo o drink e balança a cabeça dando um grito alto.

- É o que eu mais faço, então tenho que cantar.

Dylan seguiu para o palco e fumaça começaram a preencher o local, luzes cenográficas deixam o ambiente mais nostálgico. Lucas me puxa para um beijo onde ele deixa uma bala passar da sua boca para a minha.

- Vem, vamos jogar.

- Vocês vão mesmo fazer isso? - Logan arregalou os olhos com a confirmação silenciosa de Lucas.

Passamos entre as pessoas e seguimos para a mesa de bilhar, a voz grave de Dylan preencheu todo o local. Passo o meu olhar pelo bar procurando o meu irmão, mas não o encontro.

- Ele deve estar no quarto privativo.

Um homem tinha acabado de perder a partida e Lucas pegou o taco da sua mão, me entregando. O homem do outro lado da mesma colocou duas notas de duzentos em cima da mesa.

- Aposto quatrocentos - anunciou o homem em tom de voz alta, para sobressair a voz de Dylan.

- Aposto mil. E se ela ganhar, quero a mesa vazia - falou Lucas colando cinco notas de duzentos na mesa.

- Fechado - um garçom recolhe o dinheiro e libera as bolas.

Esse não era o plano do Lucas, mas se eu quisesse transar com ele em cima dessa mesa, teria que ganhar do brutamontes na minha frente.

- Eu espalho - anuncie, tomando o lugar do barbudo.

Me debruço em cima da mesa e Lucas chama alguém, que não demora para o cheiro de nicotina com perfume amadeirado aparecer atrás de mim. O barbudo olhou para o meu decote e Lucas deu um tapa na sua nuca. Fiz a minha tacada, acertando a bola dois, seis e doze cair nas caçapas.

- Essa é minha namorada - o barbudo encara Lucas, que o encara novamente.

Dou a volta na mesa e entro na frente de Lucas, empinado a minha bunda na direção do seu pau rígido. Do outro lado da mesa, Matteo encara o homem com um olhar mortal. Faço a minha tacada, acertando a bola quatro, que cai na caçapa do meio.

- Bola dez, caçapa superior direita - o homem olhou para mim como se eu não fosse conseguir.

Posicionei-me e fiz a minha tacada, acertando onde falei, o barbudo passa a mão pelo cabelo. Volto para frente de Lucas e faço outra tacada, acertando a quatorze na caçapa inferior esquerda.

- Você pode voltar daqui uma hora, que já vou ter acabado de usar a mesa - Lucas provoca o homem.

Miro no bolo número oito e faço a minha tacada, que sai errada e faz a bola parar na boca da caçapa. O barbudo ficou feliz, mas sua felicidade durou pouco, foi apenas o período da bola branca bater na de número um, que derrubou a minha última.

- Ganhamos! - pulei nos braços de Lucas e dei um beijo.

O barbudo deixou o taco de lado e foi embora, Matteo pegou o dinheiro que o garçom trazia e foi embora. Lucas me colocou sentada em cima da mesa, ficando no meio das minhas pernas, ele pressiona sua ereção contra mim.

- Merda, eu esqueci a camisinha. Espero que esteja pronta.

Lucas encalhou a cabeça na volta do meu pescoço e começou a mordiscar a minha pele. Seus dedos roçaram o tecido de renda da minha lingerie, me fazendo estremecer. Ele entrou em mim me fazendo gemer de prazer, seus movimentos são ágeis e precisos, encostando no meu clitóris e ponto G ao mesmo tempo.

- Caralho, você está encharcada.

- Me fode, Lucas.

Ele abriu o zíper da calça, liberando o seu pau longo e grosso. A fumaça está mais densa e as luzes cenográficas piscam sem parar, enquanto Matteo e Dylan cantam Earned.

Lucas deslizou para dentro de mim, pelo canto da calcinha e começou a estocar com força. Com uma mão ele me segurava pela cintura, enquanto a outra segurava firme o meu cabelo, sua língua dançava com a minha.

Contrai a musculatura da minha vagina, fazendo Lucas soltar um gemido dentro da minha boca. Enfio a mão por baixo de sua blusa, arranhando suas costas. Não me importava com as outras pessoas ao redor, estava completamente focada nas estocadas profundas e másculas de Lucas.

As mãos dele desceram para minha bunda, onde ele me deu um tapa, me arrancando um gemido mais profundo de prazer. Lucas continuava indo fundo, cada vez mais fundo, enterrando completamente o seu pau em mim.

- Goza para mim, maçãzinha. Mostra para esses curiosos o quanto de prazer faço você sentir.

Lucas voltou a beijar o meu pescoço e as ondas de prazer começaram a correr pelo meu corpo. Apertei mais a minha musculatura pélvica, fazendo ele chegar ao ápice junto comigo, engolimos os gemidos um do outro.

- Você sabe deixar um homem louco! - Ele me deu mais três estocadas antes de sair de dentro de mim.

Abro os meus olhos e a fumaça está mais intensa e mal dá para ver as pessoas. No palco estava Matteo cantando com uma garota. Lucas ajeita a calça e voltamos para o bar.

- Um brinde a Isa - Dylan levantou o copo e fizemos nosso brinde.

- Posso beijar o Dylan? - sussurrei no ouvido de Lucas.

- Fica a vontade, mas você terá que dormir lá em casa.

Puxei Dylan pela gola da camisa, o trazendo para o meio das minhas pernas. Juntei os meus lábios com os dele em um beijo intenso, sua mão enfiou nos fios lisos do meu cabelo, puxando e dando mais acesso a minha boca.

Sua língua massageava os meus lábios e se juntava com a minha, arrancando gemidos de ambos. Sinto seu pau ficando rígido no meio das minhas pernas, seguro seus bíceps com força intensificando mais o beijo. Minha calcinha já estava encharcada, e meu clitóris pulsava no ritmo do meu coração.

- Uau! - Dylan separou nossos lábios, mas se manteve perto de mim - Meu amigo está querendo afundar em você, bem agora - ele disse de forma que Lucas não escutasse.

- Quem sabe um dia.

- Chega, deixe a minha namorada em paz.

Dylan se afastou e tomou um gole longo da sua bebida, bebi um pouco da minha bebida e puxei o Lucas para dançar comigo. Uma garota começou a cantar Photograph e Lucas colou seu corpo ao meu, suas mãos repousaram na minha cintura e eu passei os braços em torno do seu pescoço.

- Vamos para casa, já cansei de te dividir por essa noite - a língua de Lucas passeia pelo meu pescoço.

- Vamos.

Ele foi até Logan e falou alguma coisa em seu ouvido, ele se virou para mim e acenou com a mão, se despedindo. Lucas voltou para perto de mim e nos guiou em meio a multidão.

- O Logan vai levar o seu irmão para casa. Mas acredito que ele esteja aproveitando bem a suíte.

- Esperto é ele.

O resto do caminho Lucas ficou acariciando a minha perna, enquanto escutavam Two Feet. Carros passam em alta velocidade ao nosso lado, Lucas se mantém concentrado na avenida, enquanto eu tento entender que bala era a que ele me deu.

- Que bala era aquela?

- Apenas uma bala. Pode ficar despreocupada, eu não te droguei.

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