Capítulo 71 - Nossa História
Dedico este capítulo às minhas queridas leitoras
Júlia
Ainda lembro a primeira vez que o vi: lindo, sexy, apaixonado. Disse meu nome e, quando o olhei no saguão lotado daquele aeroporto, senti algo que nem sei explicar.
Meu corpo teve um leve tremor no momento em que seu olhar me varreu.
Caio
Eu já era louco por ela mesmo antes de conhecê-la; apenas das fotos que Ellen espalhou pela casa. Como explicar um sentimento assim?
Júlia
Estávamos dentro do carro, cercados por manifestantes com bandeiras do Brasil, com os rostos pintados, com coragem no peito e iniciativa na voz. Um deles me chamou pra manifestar.
"Vem pra rua! Vem!"
Eu ri, Caio ficou com ciúme. E, ali, confessou que me queria.
Caio
De uma pedrada que levei no confronto entre polícia e manifestantes ao primeiro beijo no chão de um restaurante onde nos refugiamos. Eu não sabia, mas já a amava.
Júlia
Pensei realmente em me deitar com ele assim que o conheci.
Quem sou eu? Por que deixei o desejo me dominar?
Mas não fiz porque descobriu que eu tinha um namorado e decretou distância.
Queria exclusividade na minha vida.
Caio
Frustração e raiva me assolaram por conta dela.
Refugiei-me nos braços de outra.
Júlia
Peguei minha mãe contando minha história triste com Gael, como ele foi morto num assalto na minha frente. Eu não queria ninguém com pena de mim, mas vi o olhar de Caio e perdi a cabeça.
Caio
Júlia discutiu com a mãe, enfrentou meu pai e jogou a verdade pra todo mundo ouvir. Ellen não era exatamente quem a gente pensava.
Levei-a para o cafezal, peguei em sua mão e demonstrei-lhe todo o amor que sentia por Santa Helena. Meus olhos brilharam para ela; os dela me admiraram.
Júlia
Franco percebeu nosso sentimento, me pressionou para ficar longe de Caio.
Eu cedi; ele, não.
Caio
Quando ouvi de meu pai que em algumas semanas ela voltaria para Portugal, deixei meu coração tomar conta da situação. Declarei minhas intenções: conquistar seu corpo, sua alma e seu coração.
Júlia
Deixei que ele me tocasse, me acariciasse e me tirasse de mim mesma. Tudo às margens do Black.
Caio
E, mais uma vez, não conseguimos ficar juntos.
A paixão era incandescente, mas os obstáculos...
Precisei ouvi-la cantar e encantar para criar coragem e entrar em seu quarto pela varanda.
"Me deixa entrar, Júlia!"
Júlia
Brinquei com ele.
Me despi, me acariciei e não dei permissão.
Ele estava por um fio... Virou as costas...
Cedi.
"Eu quero que você entre."
Ele voltou.
Caio
Seduziu-me e tomei-a como um bárbaro.
"Garota... Você é minha!"
Júlia
Terminei meu namoro com Diogo.
Caio deixou Safira.
Caio
Pulava toda noite para a varanda dela e nos amávamos como se o mundo fosse acabar a qualquer momento.
Júlia
Tínhamos inimigos e não sabíamos.
Perdi o casamento da minha mãe com Franco, mas dei uma lição na cadela que me causou todo o estresse. Um mata-leão longa duração para Celeste Martinez.
Caio
Vi-a despejando ódio contra meu pai. Era a segunda vez. Surtei e larguei-a sozinha depois do casamento.
Júlia
Ele voltou no dia seguinte e pediu: "Ajoelha e me faz feliz."
E eu fiz.
Caio
Amei-a em meio às suas velas aromáticas e achei que a domava.
Júlia
Eu queria Caio.
Eu queria voltar ao Brasil.
Queria perdoar meu país por não ser como eu gostaria que ele fosse.
Entendi que eu teria que participar para vê-lo se transformar.
Caio
Ela mudou minha vida.
Eu a amava, mas guardei segredo.
Júlia
Ele mudou minha vida.
Eu o amava, mas fiquei em silêncio.
Caio
Nossos inimigos atacaram com fúria.
Ela ganhou a culpa.
Meu pai sucumbiu e quase morreu no meio dessa guerra.
Júlia
Ele me acusou sem misericórdia.
Desfez do meu amor e me expulsou de Santa Helena.
Caio
Ela reencontrou a face do mal – Naja, o assassino de Gael.
Eu ia protegê-la dele!
Mas quem ia protegê-la de mim?
Júlia
Tomou-me com ferocidade em seus braços.
"Eu vou tirar tudo o que eu quiser de você e vou entrar na sua cabeça a ponto de Portugal ser um lugar não muito longe para que você possa me esquecer."
Caio
Levei-a ao aeroporto.
Ela pediu pra ficar. Eu a rechacei.
"Vai embora, Júlia!"
Eu não sabia, mas rechacei-a grávida, ferida em seu coração, humilhada.
Ganhei com isso quatro anos longe da mulher que amava e o desconhecimento de que tinha um filho.
Foi o que sofri por minhas escolhas, por minha cegueira.
Júlia
Nunca deixei de amá-lo.
Voltei e me rendi.
Caio
Nunca deixei de amá-la.
Voltou e me rendi.
Ele chegou cansado da lida. Só queria banho, comida e cama. Ela, definitivamente, não concordava com ele. Queria um chamego. Mais que isso!
Ele sentou na poltrona do quarto pra tirar as botas, as meias e esperar que ela fizesse o favor de liberar o chuveiro pra ele.
E ela saiu... Com os cabelos presos e uma lingerie pequena e provocativa. Passou por ele como se não estivesse ali de olhos fixos nela. Pegou o perfume e borrifou um pouco no pescoço. Deixou que algo sem importância caísse no chão – Tudo de propósito! Abaixou, deixando o traseiro lá pra cima, só pra pegar sabe-se lá o quê.
Ele ficou duro.
- Hum!...
Ouviu seu gemido, mas fingiu que não estava nem aí. Pegou um batom bordô intenso e passou bem devagar e, quando soltou os cabelos, ele entregou os pontos. Foi com tudo pra cima dela.
Júlia
De costas, eu o vi se aproximar pelo espelho.
Segurou-me firme pelos cotovelos e esfregou-se em minha bunda num tesão louco.
- Quer me dominar, garota? – Sussurrou em meu ouvido.
- Pensei que estivesse cansado. – Provoquei.
- Delícia, nenhum cansaço do mundo é páreo pra isso! Tô doido pra te comer!
Minhas pernas ficaram bambas, minha respiração acelerada... Esfregou a barba rala em meu pescoço e me fez revirar os olhos com tanta paixão. Joguei a cabeça em seu ombro e implorei por sua boca.
- Me beija...
Ele riu de mim e não me beijou. Não na boca...
Virou-me de frente, ajoelhou-se e arrancou minha calcinha. Jogou uma de minhas pernas em seu ombro e me provou.
- Molhada e quente.
- Caio...
Quando meu corpo deu sinais de não aguentaria mais tanta tortura, ele me levou pra cama. De bruços e empinada, esperei-o ansiosa. E ele veio. Veio por cima e me tomou, me tirou do eixo, se enfiou gostoso, enquanto beijava minhas costas e meu pescoço, menos a boca. Arrancou meu sutiã e segurou em meus seios, se metendo em mim com cada vez mais força.
Olhei-o de lado.
- Me beija...
- Ainda não. – Gemeu.
Me estocou num vai e vem alucinado e, quando eu estava quase gozando, encostou sua boca na minha.
- Vou te amar pra sempre.
Me beijou.
Perdi a consciência de tanto prazer.
****
Cheia de saudades desta história, mas já me preparando para outra
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