Capítulo 61 - Bolo de Pamonha

Suzi entrou na cozinha já com água na boca por conta do cheiro do bolo de pamonha.

- Que tal um pedacinho de bolo? – Morena ofereceu.

- Hum... Quero! Foi o cheiro do bolo que me trouxe aqui.

Neste momento, Franco entrou na cozinha acompanhado da vizinha.

- Morena, você fez o bolo de pamonha? Adriana está louca pra experimentar.

Ele não viu Suzi, mas ouviu sua voz.

- Pelo visto, esse bolo é famoso.

Ele e Adriana se viraram em sua direção. Era a primeira vez que Franco trazia Adriana à fazenda, depois da discussão que tiveram. Suzi lembrou ter ameaçado ir embora se ele trouxesse aquela mulher à Santa Helena. Com certeza, ele estava pagando pra ver o que ia acontecer.

Franco olhou-a da cabeça aos pés. Involuntariamente, mordeu o lábio inferior.

Mulherzinha dos infernos!

Desviou o olhar de Suzi.

- Tem bolo ou não tem?

- Calma, Franco! Tem sim! Estava até oferecendo pra Suzi.

- Tudo bem, Adriana? - Suzi cumprimentou com educação exagerada.

- Tudo. - Adriana respondeu sem nem olhar em sua direção.

Morena serviu o bolo aos três. Achou graça da situação. Comiam em silêncio, quase se entalando de constrangimento.

Depois do bolo, Franco pegou na mão da vizinha e olhou para Suzi. Isso só pra constatar se ela tinha visto aquela intimidade, pra ter certeza que incomodou e para imprimir em sua mente mais uma vez o quão linda ela era.

- Morena, não precisa colocar nosso lugar à mesa porque vou jantar fora com Adriana. – Ele falou.

Suzi viu as mãos se entrelaçando? Sim.

Ficou incomodada com o toque entre os dois? Muito.

O ciúme dela ficou claro para ele? Nítido.

Odeio esse homem!

Ele saiu da cozinha satisfeito e puxando Adriana pela mão.


***

Suzi desceu a escada de forma silenciosa.

Todos já deviam estar dormindo.

Menos Franco, que devia estar com a vizinha.

Argh!

Foi direto à cozinha, atrás do bolo de pamonha. Lá estava ele, em cima da bancada, ainda cheiroso e bonito. Cortou um bom pedaço e se encostou na bancada pra saborear aquela delícia.

Hum!

Com a boca cheia e os olhos entreabertos, viu Franco entrar na cozinha. Ele chegou bem próximo, pegou a mão que segurava o bolo e levou aos lábios. Lambeu seus dedos antes de morder um pedaço do seu bolo.

Ah!

Mais um pedaço pra ela; outro, pra ele. Encostaram-se. Como ela amava quando ele fazia aquilo.

Franco a beijou com o gosto doce do bolo.

Começaram a dançar pela cozinha com ele cantarolando baixinho algo.

- Cede. – Sussurrou.

As mãos dela entrelaçaram-se em sua nuca.

- Por que devo ceder? – Ela perguntou num fio de voz.

- Porque você não tem opção. Porque você quer se entregar tanto quanto eu quero te tomar. Você quer correr o risco.

Ele a virou de costas, mas continuou colado a seu corpo.

- Porque você é louca por mim assim como eu sou louco por você.

Ela virou a cabeça para o lado e alcançou sua boca.

- Franco...

- Música para os meus ouvidos.

Puxou o laço do robe branco que ela usava e viu-o deslizar.

Ele a encostou na mesa da cozinha, até que os seios entrassem em contato com a madeira fria através do tecido da camisola de seda. A bunda ficou pra cima, convidativa. Descobriu-a e deu-lhe um tapa, enquanto abria sua própria calça.

- Ai...

Gemido ou queixa?

Afastou a calcinha para o lado e tomou-a, cheio de tesão.

Sentia-se poderoso.

Dono dela, dentro dela.

- Franco...

Enrolar a mão naquela cabeleira e comandar o entra e sai estava tirando Franco do sério. Suzi começou a se perder com aquele tirano e suas táticas de guerra.

Ele a virou de frente e encostou-a na bancada da pia.

Levantou uma de suas pernas e voltou com tudo.

- Franco...

- Vai gozar, doce Suzi?

- Hum...

- Me beija pra ninguém te ouvir gritar meu nome.

Ela obedeceu.

Ele intensificou.

Ela se contorceu.

Ele se apropriou.

Ela chamou por ele,

Se esticou e gozou.

Ele foi à loucura.

Beijou-a com paixão mais uma vez, ajeitou sua camisola, deu boa noite e foi saindo.

- Franco!...

- Só vamos conversar, quando você me assumir.

Afastou-se feliz por estar ganhando terreno. Em breve, venceria a teimosa.


****

Cede, por favor...

...Mas ela não cede

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