Capítulo 30
Alex Narrando
Estávamos no avião a caminho de Paris. Iria ser engraçado quando Samantha descobrisse que eu a enganei o tempo todo já que os planos eram ir para a Itália. Mas como faltavam ainda quatro dias para seu desfile, por quê não aproveitar um pouco na cidade do amor?
Olhei para Sam dormindo ao meu lado no acento ao lado da janela, sua cabeça estava em meu ombro.
Tirei uma mecha de cabelo do seu rosto e nesse exato momento, uma aeromoça surgiu com uma manta e sussurrou:
- Aqui, para o casal. - Me deu a manta e ainda me ajudou a cobrir Sam.
Algo no meu bolso me incomodou.
Tirei uma caixinha preta pequena dali.
- Isso é o que estou.. ? - Ela sussurrou.
- Uhum. - Sussurrei devolta.
Ela sorriu.
- Boa sorte então. E felicidades aos dois.
- Obrigado.
Assim que ela nos deixou, eu olhei para Sam mais uma vez e abri a caixinha.
A luz do dia vinda da janela iluminou a pedra branca rodiada por várias outras pequenas envolta verdes no centro da circunferência.
Suspirei e fechei a caixinha, peguei a mão de minha namorada e fechei os olhos me entregando ao sono.
- Finalmente! - Sam disse toda feliz quando desembarcamos. - Estou com fome !
- Vamos, no hotel pedimos alguma coisa pra comer no quarto.
- Mas não íamos ficar em uma das casas da sua família?
Opa!
- Ah, é que a casa está muito suja de teias e poeira
- Okay.
Saindo do aeroporto, encontramos alguns táxis parados e logo entramos em um.
Minha sorte é que Samantha não notou o taxista perguntando onde íamos em francês porque estava distraída escutando música em seus fones de ouvidos.
Quando chegamos ao hotel, ela tirou um dos fones e o deixou pendurado.
Mordi o lábio com certo medo. Na recepção, o recepcionista me perguntou em francês se eu já tinha reservado um quarto. Eu disse que sim e o numero, lhe informei meus dados comprovando minha identidade e peguei a chave.
- O recepcionista tava falando francês mesmo ou eu escutei coisa?- Sam perguntou.
Eu ri enquanto clicava no botão para escolher o andar assim que chegamos no elevador.
- Esperem ! - Alguém gritou.
Era um homem com uniforme.
- Esqueceram de deixar as malas para que eu as levasse..
- Ah.. não tem problema.. - Falei. Nós levamos.
- Mas..
- Não tem problema. - Sam disse a ele.
- Tudo bem então.. - O homem disse se afastando.
- Oush ! Ele também é francês? - Sam perguntou.
Foi aí que notei q ela tinha respondido ao homem em francês e entendido toda a conversa.
- Pois é..
- Por acaso estamos naquelas cidades que têm tipo colônias estrangeiras vivendo ?
- Acho que sim.. - E ri.
- Isso aqui tá muito bom ! - Ela disse na última garfada de uma bisteca ao molho cítrico.
- Que bom que gostou.. mas temos que ir logo, já está de noite e eu quero te levar a um lugar..
- Okay, okay ! - Disse limpando a boca com um guardanapo.
Assim que paguei a conta, nós deixamos o restaurante e entramos num táxi.
- Torre Eiffel, por favor. - Falei ao taxista.
- Torre Eiffel ? - Sam perguntou surpresa. - Como assim?
- Já explico..
Quando o carro finalmente parou e nós saímos, Sam encarou a Torre a alguns não muitos metros a nossa frente.
- Comece a explicar antes que aqui vire uma cena de crime, porque eu vou te matar.
Eita !
- Então.. estamos em Paris..
- Paris?! POR QUE é que estamos em Paris? - Gritou.
Mordi o lábio inferior.
- É que eu achei que a cidade mais romântica do mundo seria o lugar perfeito..
- Prefeito pra quê? - E pos as mãos na cintura.
Respirei fundo e me ajoelhei.
Ela uniu as sombrancelhas.
Peguei a caixinha preta do meu bolso e a abri mostrando lhe o anel.
- Céus! - Ela disse baixinho pondo a mão na boca.
- Eu sei que nos conhecemos só a meses, e que talvez seja um pouco cedo pra isso, mas você, Samantha Price, é meu primeiro amor e o único que quero ter nessa vida. Te conhecer foi incrível e conviver com você me fez alguém melhor, se eu sei o que é amar alguém hoje é porque você me mostrou esse sentimento. Eu não quero mais nada nesse mundo e nem preciso, porque tudo que desejo e o que necessito.. é você. Você quer casar comigo, Samantha Price ?
Sam me olhou com os olhos arregalados, mas não disse nada.
- Você vai ficar em silêncio ?
Ela abriu a boca mas não disse nada, apenas assentiu com a cabeça várias vezes.
Eu sorri.
- S-sim.. - Sussurrou. E em seguida gritou: Sim !
Eu sorri aliviado, tirei o anel da caixinha e a pus no bolso, peguei sua mão que tremia e pus o anel no dedo anelar.
Dei lhe um beijo terno e a peguei no colo a girando para todo o lado.
Fogos de artifício começaram a estourar envolta da parte de cima da torre.
Eu a pus no chão.
- Isso não fui eu.. - Falei. - Se bem que seria legal ter pensado nisso..
Sam riu.
- Não importa ! De algum modo isso tornou tudo perfeito..
Meu celular tocou.
- Espera aí.
Na tela do celular tinha uma mensagem. De Alice.
Fiquei sabendo que alguém ia pedir alguém em casamento em uma certa torre e decidi tornar o momento mais especial..
De nada!
Sorri.
- O que foi? - Sam perguntou.
Eu guardei o celular e a encarei com um sorriso no rosto.
- Nada.. ou melhor, é algo sim.
- O quê? Algo grave.
Peguei suas duas mãos e as segurei enquanto encarava seus olhos azuis.
- É que eu te amo, futura senhora Samers !
Ela sorriu.
- Realmente.. isso parece um conto de fadas..
Neguei com a cabeça.
- Pode parecer, mas é melhor.. pois isso é real.
Com seu sorriso no rosto, Samantha pegou minha mão e juntos, nós assistimos os fogos iluminarem o céu daquela noite que ambos nos lembrariamos como a que juramos nosso amor eterno um pelo outro.
Fim
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