Capítulo 29


Samantha Narrando

Dois meses mais tarde..

Nossa, realmente aqueles meses passaram devagar pois muita coisa aconteceu.
George ficou preso, pegou uma pena de seis anos por ter ficado em silêncio diante da descoberta da morte dos meus pais e ainda por não pagar quase um ano pensão dos três filhos que tinha praticamente abandonado com a mãe deles em uma cidade do outro lado do país.
Lucinda também ficou presa e pegou uma pena de oito anos que seria reduzida a quatro se ela prestasse dois anos de trabalhos a comunidades depois de sair.
Lembro me do dia que seu julgamento aconteceu e de quando o veredito foi declarado.
Ela estava sendo algemada para voltar a cela, mas antes disso, eu me aproximei e lhe encarei.
Lucinda me encarou devolta por um momento e depois desviou o olhar.
- Eu irei lhe visitar. - Sussurrei.
Ela me fitou surpresa.
- Sempre que eu puder, eu irei vir lhe ver.. - E pus as mãos nos bolsos da frente da calça enquanto lhe olhava.
Ela assentiu e começou a caminhar para longe, mas antes de eu perdê la de vista, eu corri e fiquei a sua frente novamente.
- O que foi agora?
Mordi o lábio inferior.
- Só queria dizer que.. eu te amo, apesar de tudo, eu te amo e sempre vou te amar. E eu te perdoo.
Vi seus olhos ficarem vermelhos e um pequeno sorriso aparecer em seu rosto.
- Obrigada. Eu também te amo.
Depois disso, toda vez que eu fechava os olhos, eu me lembrava de suas palavras.
O dinheiro que antes era dos mes pais, depois dos pais de Lucinda e dela, agora tinham chegado as minhas mãos.
Uma semana e meia depois da prisão de Lucinda, eu recebi a transferência do dinheiro e levei um susto ao chegar.
Lembro me de ter rido de mim mesma por pensar que alguém que cresceu enfrentando tantos problemas na vida por causa de dinheiro agora tinha o suficiente para gerações..
Usei uma parte daquela fortuna toda com algo que eu sempre tive em mente, ajudar a quem era esquecido pelo resto da sociedade.
Quantias foram doadas para abrigos, orfanatos, centros comunitários e outros lugares mais onde as pessoas precisassem e ainda assim, não foi dado nem a metade de tudo aquilo.
Depois de muito pensar, eu decidi fazer faculdade de moda, pois eu sempre gostei de costurar e combinar roupas, fundar um pequeno centro de artes onde crianças, jovens, adultos e pessoas na melhor fase pudessem descobrir se em um mundo cheio de cor e..
- O que está fazendo? - Alex me perguntou ao entrar em sua sala de estar e me ver escrevendo em um bloco de notas.
- Estou só verificando minha lista de coisas que quero fazer..
- Hum.. - E se sentou ao meu lado olhando para o bloco. - E o que é isso escrito aí embaixo ?
Eu sorri.
- Não é da sua conta !
Ele fingiu estar chateado.
- Nossa! É assim?
Ri.
Do nada, Alex se jogou em mim e tentou pegar o bloco, mas eu consegui livrar o objeto dele estendendo o braço para longe.
- Não! Pare de ser enxerido ! - Gritei.
A pessoa praticamente ficou em cima de mim e pegou o bloco da minha mão, depois ainda saiu correndo pela escada lendo em voz alta o que encontrasse ali.
- Olha só! - Falou sorrindo enquanto lia mais um item. - Número seis: fazer uma viagem a Europa. Número sete: Fazer algo muito louco. - E se virou pra mim do nada. - Como assim "algo muito louco" ?
Eu me aproximei dele e peguei o objeto devolta.
- Já disse que não é da sua conta!
- Você é muito grossa ! - Reclamou cruzando os braços. - Mas diz, o que quis dizer com isso?
Eu o encarei e sorri.
- Algo que jamais fiz na vida, algo incrível!
- Não sabia que você fazia o estilo aventureira..
Ri.
Alguém tocou a campainha.
- Eu atendo. - Alex disse já correndo para a porta.
Encarei minha lista a lendo novamente e suspirei. Ele não tinha chegado ao décimo item..

...
Oito: Aprender coreano
Nove: Ir a Coreia do Sul
Dez: Ficar com Alex.

- Pai? - Escutei Alex dizer.
Eu desci as escadas e olhei em direção a entrada onde vi o senhor Samers na porta.
- Não vai me convidar para entrar?- Ele perguntou ao filho.
- Entre senhor Samers. - Eu falei alto o suficiente para que ele ouvisse.
O homem me olhou parecendo supreso mas entrou mesmo assim.
Muita coisa veio a minha mente naquele momento, mas a pergunta que mais me incomodava era: o que eu devia fazer?
- Vocês estão morando juntos ? - Ele perguntou ao notar que eu usava roupa de dormir.
- Sim. E nós vamos fazer uma viagem juntos logo logo.. - O filho respondeu lhe.
- Por que não se senta, senhor Samers ? - Pedi.
Ele me olhou com a expressão de nada, sabe ? Seja lá o que ele estivesse pensando, ele não deixava aparente. Logo ele se sentou.
- Mais alguma coisa que eu devia saber? - Perguntou.
Vi Alex suspirar e depois caminhar até ficar ao meu lado.
- Antes que o senhor venha me falar algo quando estivermos sozinho sobre meu relacionamento com Samantha, ela gostaria de lhe dizer algo..
Vi surpresa nos olhos do mais velho novamente ao me encarar.
- O motivo da nossa viagem, pelo menos o principal, é que eu fui contratada por uma grande agência na Itália de moda para desfile. Serei uma das modelos de um novo estilista que está fazendo sucesso por lá e que quis contratar modelos de vários lugares no mundo na tentativa de mostrar que sua tendência combina com todo tipo de mulher..
Eu não sabia, com todo o respeito, que dava para alguém de olhos puxados abri los tanto quanto os do senhor Samers abriram se.
- E tem mais. - Alex disse. - Depois de alguns problemas que já foram resovidos, Samantha recebeu uma fortuna deixada pelos seus pais que rendeu bastante no banco por todos esses anos...
- Uma fortuna?
- É, pai.. mas são só alguns vários milhões.. - O filho lhe disse pondo o braço envolta de mim.
Silêncio.
- Ah, com tanta notícia, esqueci de lhe perguntar: por quê veio ?
- Ah. - O pai lhe deu um pequeno sorriso sem graça. - Nada não.. eu lembrei que tenho um compromisso..
E se levantou.
- Mas já? - Perguntei lhe.
Ele sorriu mais uma vez.
- Pois é.. fiquem bem.. - E foi em direção a saída.
- Calma, eu te acompanho.. - Alex falou correndo até o pai.
Assim que ficamos sozinhos novamente, ele veio sorrindo para mim.
- E acabou ! - Ele disse sorrindo.
- Hm? - Eu sorri.
- Ele não vai mais interferir entre nós dois depois disso!
E veio me abraçar e me girar.
- Espera ! - Gritei.
Alex me pos no chão e me ecarou curioso.
- O que foi?
- Pra que será que ele veio?
- Ah.. eu sei pra quê.
Levantei uma sombrancelha.
- Alice me contou que ele iria vir falar de um encontro as cegas com alguma moça de família rica.. mas agora..
Ele pos suas mãos na minha cintura e me puxou pra si.
- Agora?
- Agora podemos começar a viver a melhor parte dos contos de fadas.. O final feliz.
Suspirei feliz.
- E como quer começar isso?

-------

O último cap já vai virrrrr!
Como já falei, cap não revisado por enquanto.

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top