Capítulo 12
Min Yoongi
Yoongi foi o primeiro a abrir os olhos na manhã seguinte. Bocejou alto e torceu o nariz em confusão ao sentir um aroma doce e pegajoso espalhado em sua volta. Depois que voltaram do museu na noite anterior, os dois dividiram a mesma cama, onde trocaram beijos e abraços até o sono tomar conta.
Tinha sido gostoso. Nunca se arrependeria por ter deixado o contrato de lado e aproveitar as caricias. Aquele ômega beijava fodidamente bem.
Mas, agora, com a luz do sol invadindo o cômodo, o alfa farejou o ar mais uma vez e se mexeu, sentindo o corpo de Hoseok em seus braços. Algo estava diferente. O cheiro de chocolate estava ainda mais delicioso e convidativo. Juntou as sobrancelhas. Aquilo só poderia significar uma coisa. O ômega estava entrando no cio.
"Não pode ser!"
Lutando com o seu lobo, Yoongi sentou no colchão com agilidade, mas o pescoço de Hoseok estava exposto à sua frente, fazendo-o mudar de ideia sem seguida. Era só afundar o rosto ali, naquela curva macia, não tinha erro.
— Por favor, Guinho, temos que sair daqui! — disse baixinho, prendendo o ar.
"Por quê? Ele vai precisar da gente. Ele quer a gente."
Usando toda a voz de vontade que tinha dentro de si, levantou da cama em um pulo e saiu quase correndo do quarto. Aparentemente Hoseok ainda não sabia de suas condições, pois continuava dormindo tranquilamente. Só não sabia até quando ele ficaria quieto daquele jeito.
Assim que passou pela porta do quarto, puxou a madeira e respirou com calma, segurando a maçaneta com força, mas ainda sim podia sentir o aroma saindo pelas frestas. Tinha que fazer alguma coisa antes que o ômega começasse a perder o controle e ele não conseguiria falar por si mesmo.
"Ou podemos ficar e ajudar. Não tem dó em vê-lo sentir dor?"
— Não, não fale comigo, Guinho!
Abriu a porta um pouquinho e enfiou a mão na parte de dentro em busca da chave. Era só pegar o objeto e trancar Hoseok ali, não tinha erro.
Deslizou os dedos na madeira e alcançou o que queria, desprendendo a chave da fechadura e levando em sua direção. Mas quando sua mão passou pela pequena abertura e ele tentou fechá-la, um pé bloqueou seu movimento.
Merda.
— O que está fazendo, Yoongi? — Hoseok perguntou e o alfa teve a impressão de que a voz dele saiu mais doce e provocativa. Mordeu os lábios.
O cheiro do cio o atingiu com mais intensidade e ele quase se entregou, mas foi rápido na ação. Com o pé livre, acertou os dedos do pé de Hoseok que bloqueava a entrada e puxou a porta, fechando-a e girando a chave na fechadura em seguida. Deu o máximo de volta que permitia e correu para o andar de baixo.
— Tudo bem, respira! — Desceu as escadas com pressa ao ouviu Hoseok bater na porta com força.
O ômega não iria demorar a implorar para soltá-lo e Yoongi não sabia se seria forte o suficiente para recusar aquele pedido. Provavelmente não iria resistir.
"Ele precisa da gente!" Guinho já estava pedindo para assumir seu lado selvagem e dominante. Se fosse contar, agora eram dois lobos pedindo para Yoongi não se controlar.
— Precisa, mas não vamos dar o que ele quer. Infelizmente ele vai ficar três dias sem a gente! — disse, caminhando para a cozinha.
Entrou no cômodo e fechou a porta, trancando-a em seguida. O cheiro de Hoseok ainda não havia descido para o andar debaixo e o alfa sentiu que ainda tinha um tempo antes da merda acontecer. Iria deixar as refeições prontas para o falso marido não passar fome nos próximos dias e depois caminharia até o quarto. Iria destrancar a porta e fugir para sua antiga residência. Não podia ficar naquela casa nos próximos dias.
Assim fez.
Depois de uma hora, com o café da manhã e almoço prontos, Yoongi deixou tudo tampado, subiu a escada com cautela e parou na frente da porta do quarto, tentando enxergar através do objeto. Até agora não tinha permitido nenhum ar entrar em seu pulmão, mas não podia comemorar.
Levou a orelha até a madeira e escutou gemidos abafados. O som era sofrido e necessitado, fazendo seu lobo arranhar seu estômago. Yoongi quase cedeu quando o ômega proferiu seu nome manhosamente, deixando seu corpo todo arrepiado e Guinho ainda mais desinquieto. Já havia percebido que ele estava ali.
— Yoon!
Puta que pariu.
Sua mão foi até a fechadura, girou a chave, destrancando a porta, e ficou plantado ali, segurando a maçaneta. Estava em dúvida.
— Yoongi, me ajude, por favor! — Hoseok implorou. — Preciso que você faça essa dor passar.
O lobo queria uivar e atender ao pedido, mas Yoongi era o mais sensato ali. Tinha que ser. Reprimiu todo aquele desejo e buscou controlar seus pensamentos.
"Preciso ajudá-lo." Guinho já estava se mostrando feroz.
— Não!
Decidido, Yoongi girou sobre os calcanhares e desceu para a sala o mais rápido que podia. Pulou os degraus da escada, alcançou a porta da frente e saiu para o ar livre. O raio de sol penetrou em sua pele e ele sentiu o cheiro da brisa, agora sem o aroma de Hoseok. Estava quase livre.
Louco para não ceder, foi até a garagem em passos rápidos. Entrou então em seu carro, deu partida e saiu, deixando Hoseok e a casa para trás. Acelerou tudo o que podia até passar pelo portão alto e cheio de grades, sentindo o gosto de a liberdade queimar em suas estranhas.
— Porra. Caralho! — resmungou em voz alta, parando o carro no acostamento da rua. — Puta que pariu.
Passou as mãos pelo rosto e descansou as costas no banco, tentando relaxar. Mas sua cabeça ainda estava em Hoseok e Guinho estava nervoso. Seu corpo estava arrepiado, sua boca seca e seu membro pulsando entre as pernas. Precisava fazer algo.
Em desespero, arqueou o corpo e puxou a própria calça para baixo, deixando-a descansar em seu joelho. Ainda sentado, levou as mãos até o membro e segurou-o com força, sentindo pulsar em sua mão.
— Fomos bem hoje, Guinho — murmurou. — Agora se acalma que eu vou dar o alívio que você necessita. Pode ser pouco comparado ao Hoseok, mas vai ajudar.
Em movimento rápido, deslizou a mão sobre o membro, estimulando-o, e gemeu baixo. Lembrou-se do ômega deixado para trás e sua mente trabalhou. Tinha tanta vontade de entrar e sair de dentro dele, deixando seu nó se formar enquanto cravava os dentes naquele pescoço macio, marcando-o. Por fim, aproveitaria para inalar o cheiro de chocolate que vinha mexendo com sua sanidade mental nos últimos dias.
Com esses pensamentos, gozou rapidamente em sua própria mão. Sentiu os pontos brilhantes invadirem sua visão e seu corpo estremecer contra o banco do carro. Mas não foi o suficiente. Precisou se tocar mais algumas vezes antes do desejo ser amenizado e só assim conseguiu dirigir para sua antiga casa. Iria esperar o cio de Hoseok passar e só depois procuraria por ele.
Era isso que manteve em mente quando voltou a ligar o veículo e com ele, deslizou sobre as ruas movimentadas e ensolaradas naquela manhã. Esperava que Hoseok entendesse o que havia feito era para o bem deles. Aquele afastamento não significava rejeição.
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