CAPÍTULO 4
Sou apenas humano
Cometo erros
(…)
Sou apenas humano
Faço o que posso
— Human, Rag'n'Bone Man.
A apresentação já havia terminado e uma parte do grupo se retirou, restando apenas algumas garotas que geram entretenimento para as pessoas. A hora estava passando, só tinha aceitado uma bebida para não desfazer da recepção do meu irmão Lauro, ficando só nos aperitivos.
Mas a inquietude dos meus olhos fazia-me varrer o local a procura dela.
— E a sua garota, Lauro, onde está ela? — perguntei tentando me distrair.
— A Morgana está ali... — Apontou para o lado esquerdo onde ficava a área de som.
Ele acenou para ela e a mesma sorriu docemente para ele. Antes de falar, olhei para ele que mantinha um sorriso radiante no rosto.
Realmente ele estava apaixonado.
— Ela parece ser uma ótima garota... — toquei no seu ombro firmemente. — Como diria o meu pai: Mantenha os olhos atentos no amor.
— Essa dica é valiosa. — Soltamos um risinho fraco. — E serve pra você também.
Estreito meus olhos em sua direção sabendo que a sua intenção era alfinetar a minha decisão.
— Serve também. Mas se você olhar bem quem foi flechado pelo cupido foi você. Rá! — ele riu jogando a cabeça para trás.
— Meu Deus, Dominic. O amor parece ser a sétima praga do egito para você. — deu dois tapas no meu ombro e rindo, continuou:
— A mulher que conquistar seu coração terá a oportunidade de conseguir um beijo meu. — brincou, rindo ainda mais de mim.
— Nem fodendo! Minha garota é minha garota.
— Olha, Ian. A mocinha corou.
Ambos gargalharam.
— Vocês são uns cuzões. — respondi fingindo estar irritado.
— Dio! — Ian falou na sua língua nativa. — Isso é carência afetiva.
— Ou só falta de sexo mesmo. — disse Lauro.
— Não fode! — disparei razinzo com eles.
Através dos vidros olhei para o balcão e encontrei a feiticeira trabalhando. Soltei um riso alto ao ver que ela também já estava vestida de betty boop, os dois figurinos só provam o quão natural era o seu lado sexy.
— Se me dão licença, tenho algo a fazer. — levantei-me e fechei o botão do terno.
— E a descrição? — Lauro indagou confuso.
Parei na entrada da sala VIP e o olhei de viés.
— Era só pra lhe dar mais trabalho com essa questão. Ah, a questão dos figurinos foi uma ótima ideia, cara.
— Vá se foder, Dominic. — disparou indignado.
Balancei a cabeça negativamente enquanto ria. Desço as escadas olhando para os degraus, o local está lotado. Desvio das pessoas que balançam os corpos com a música pop que tocava, passo pelas mesas e sigo em direção ao balcão.
Sento-me na seção dela e a vejo guardar as bebidas no seu devido lugar, olhei rapidamente para o seu corpo naquele figurino. Suas curvas, ainda mais realçadas, causava uma agitação no meu sangue.
Belíssima demais.
— Um copo de vodka, por favor. — falei, vi o seu corpo tensionar e ficar por alguns minutos paralisado naquela mesma posição.
Ainda de costas a vejo preparar a minha bebida, e girando nos calcanhares ela se aproxima do balcão. Havia algo estranho na sua ação, a mão apertava o copo com força e seu olhar podia jurar que desejava me fulminar.
Sua mão se estende em minha direção, e a bebida é derramada no meu terno enquanto ela diz:
— Nunca, senhor Ford, faça uma mulher se sentir insegura em uma entrevista. — a bebida despejada e sua rispidez em falar, me deixaram paralisado. — Eu não gosto de pessoas arrogantes e prepotentes.
Seus olhos azuis cobalto me fuzilaram, ao encarar nos seus olhos pude quase ter um vislumbre de um mar em plena tempestade.
— Mas eu te pedi perdão! — consigo finalmente encontrar a minha voz. — Eu fui sincero!
— Foi sim, mas fiquei irritada com a situação que você criou. — cruzou os braços, e levantou os ombros fazendo com que os seus seios ficassem ainda mais volumosos.
Ela pigarreou, e rapidamente levantei a minha cabeça para encará-la nos olhos. Essa mulher está tirando minha lucidez por completo!
— Ok, justo. — estendi a minha mão em sua direção a vendo ficar confusa. — Eu, Dominic Ford peço perdão por te fazer ficar insegura e por ter agido igual a um babaca.
Sua sobrancelha se arqueou e seus olhos descem para minha mão e depois sobe novamente para os meus olhos. Acho que ficarei no vácuo...
— Está perdoado! — diz, fazendo com que o meu coração suspiro aliviado quando ela aceita o meu aperto de mão.
— Ainda vai querer a bebida, essa fica por conta da casa. — sorriu largamente e sinto meu coração quase arriar.
Confuso, com toda essa bola de neve de sensações estranhas, balanço a cabeça negativamente.
— Boa noite, senhorita Hernandez. — engulo em seco ao ser alvo do seu olhar felino. — Foi bom lhe rever.
— Boa noite, senhor Ford.
Afasto-me com pressa do balcão e passo pelas pessoas que estão dançando, subo as escadas novamente e encontro Lauro e Ian em uma conversa animada.
— Cara, você é ruim de paquera! — disse Ian.
— Quem é que usa a palavra paquera hoje em dia? Flerte é mais moderno! — os encarei incrédulo. — E não, eu não estava paquerando a Kristal.
— Eu! — ambos falam em uníssono.
— Como não? Vimos ela derramando a bebida em seu terno.
— Foi uma vingança feminina. — revirei os olhos ao explicar.
— Como assim? Conta essa. — disse Ian curioso.
— Fui um pouco arrogante com ela pela manhã.
— Espera... — Lauro se manifesta. — Não me diga que a entrevista que ela fez, foi na sua empresa?
— Pois, é. Mundo pequeno esse. — dou de ombros.
— Ainda não consigo entender o porquê de você ter sido arrogante com ela? Estamos falando da Kristal, a garota que chega atrasada e quebra alguns copos, não de uma garota estilo cruela. — Lauro chacoalhou a cabeça sem entender.
— E você não age assim Dominic. — apontou Ian.
— O problema estava em mim. Não nela. — fui sincero. — Eu agi feito um babaca.
— É, agiu. — falaram juntos novamente.
— Qual é? Vocês estão em um complô contra mim?
— Não! — soltaram juntos.
Ambos voltaram a rir de mim, desde quando eu havia me tornado um comediante?
— Bom, hora de ir. Obrigado pelo presente de aniversário, irmão. — nos abraçamos.
Despeço-me do Lauro, e antes de ir embora olhei para Kristal uma última vez. Simplesmente uma deusa da beleza e da sedução.
Na minha adolescência, meu pai me deu um conselho: Filho, se uma garota cruza o seu caminho duas vezes no mesmo dia, fique atento, pode ser o destino lhe indicando a mulher da sua vida.
Seu conselho foi em base da sua história com a minha mãe, mas pra mim o destino teria que ser mais insistente com essas aparições. Essa garota estava sendo uma caixinha de surpresas ambulante, que atraia: como um imã que puxa o metal em sua direção.
Eu precisava manter-me bem longe. Não estava aberto para o amor no momento. Eu tinha outros planos em mente e nenhum deles envolvia ter meu coração abduzido pela paixão.
*
Como combinado encontrei com a minha equipe e depois que nos equipamos, repassamos o plano e as informações que o Ian descodificou foi passada para todos, sabíamos qual era a mercadoria negociada, quantos homens estariam no local e infelizmente só sabíamos os nomes que faziam parte da máfia italiana. E tomamos a precaução de não colocar os drones no céu já que os mesmos seriam captados rapidamente. Como eu havia previsto, eles haviam preparado o terreno com detectores de tecnologia voadores.
E seguindo o plano à risca, deixamos a van encostada perto do mercado de peixe abandonado e seguimos para o local dos galpão de contêiner a pé, nos camuflando nas sombras da noite e através do óculos de visão noturna seguimos atentos no caminho. O perigo serpenteava o meu sangue com luxúria, enviando cargas de alerta para todo o corpo.
Cada um do grupo era altamente treinado para matar, e como uma serpente que se prepara para dar o bote na presa no momento certo da caça, assim agíamos.
Enfraquecer o poder das alianças, para tornar o alvo vulnerável.
Sendo um caçador que não brinca em serviço, foco em eliminar cada rato que sente prazer em ferir inocentes. Usando a sombra da noite ao nosso favor, verifico os pontos dos prédios abandonados antes de acenar positivamente para atravessar.
Chegando no último prédio, falo através do ponto de comunicação:
— Morris e Stewart, vocês nos darão cobertura e se possível saiam antes de nós. — Morris teria que fazer um reconhecimento de campo antes de adentrarmos e a Stewart tiraria foto dos criminosos que estariam presentes e seria a nossa cobertura junto do Morris.
Faço sinal para eles subirem a escada que os levariam para a cobertura do prédio, e sigo com a equipe para o final do beco. Tínhamos que ser silenciosos com os passos dados, a bota pisava nas poças sujas de água e junto da fina chuva a adrenalina corria solta pelo meu corpo. Parei no fim do beco e ficamos na espera do sinal que iríamos receber.
Dois minutos se passaram quando Morris nos comunica:
— Movimento ao lado norte. O lado sul está limpo.
Assim que recebemos o aviso, seguimos para o lado sul. Abeiramos as grades enferrujadas e na primeira abertura entramos, a tensão perigosa do momento corria solta pela atmosfera da noite.
— Homens sendo enviados para o lado sul, na área c e d. — A voz de Ian cortou o silêncio. — Hoje, eu sou o olho que tudo vê. — Comemorou, pois o senhor Bennett havia dado a autorização.
— Então se concentra no que está fazendo.— Kenzie o corta e foi inevitável a equipe não rir.
— É por isso que eu te amo Kenzie, sua alma tem sabor de limão. — George brincou e arrancou um riso baixo de kenzie e dos demais.
Soltei um riso baixinho e balancei a cabeça negativamente, com as armas em punhos e todas com silenciadores anunciei a divisão da equipe como já estava previsto.
— Equipe B, cobre área c. — Segui para área D, e como a área era grande cada um seguiu com sua dupla e eu sozinho.
— Curtindo bem o momento sozinho? — escuto kenzie falar usando a linha particular.
— Super bem. — falei mas atento à minha volta. — E você?
— Esse momento é meu desde que eu nasci.— falou.
Antes de passar entre os contêineres, verifiquei o corredor e vi um dos homens tragando o cigarro de costas pra mim. Balancei a cabeça e mirei em seu pescoço para o eliminar, a chuva havia se intensificado um pouco mais. Pegá-los desprevenidos era uma carta surpresa que sempre que era possível usávamos a nosso favor.
Esse foi fácil!
Andei em direção ao corpo para esconder, a ideia era não deixar rastros e fazer o Buuuh surpresa. Depois de esconder o corpo, sigo o caminho que o GPS mostrava no relógio de pulso.
— Área C, limpa. — Kenzie anunciou.
Continuei em silêncio, estava chegando na entrada e supostamente o lugar deveria estar mais vigiado.
Havia caminhões e contêineres o que de certa forma ajudava os dois lados. Escuto passos vindo na minha direção e sem pensar duas vezes me escondo embaixo do caminhão, reprimo uma careta ao sentir o chão molhado pela chuva. Não demora muito e mais dois chegam ao local conversando alguma coisa.
— O que estão fazendo fora do posto?
— Calma, não precisamos nos preocupar. Quem ousaria entrar aqui? O lugar está cercado. — riu — Sabe o que acabamos de ver? — esperou a resposta do outro, incitando a curiosidade. Parecia um marica fofoqueiro. — A filha do chefe aos amassos com o líder da máfia, estamos indo agora contar para o chefe...
— A Lí...
— Essa mesma, a que só entra em confusão. — o terceiro cortou.
Da forma mais silenciosa sai, ainda escutando a conversa dei a volta pela frente do caminhão os mirando, o primeiro a ser eliminado foi o que segurava a arma. O segundo foi o careca que fez a fofoca e o terceiro tentou correr, mas morreu tentando.
Respirei fundo, e andei em direção aos corpos escondendo embaixo dos caminhões. Com o passe livre segui até o ponto de encontro e ao avistar minha equipe, vejo que faltavam dois da minha equipe. Observei todo o perímetro, apesar de saber que todos eram treinados, era o meu pessoal e eu me preocupava com cada um deles.
Fecho os olhos prestes a tomar uma decisão, quando ouço Otto se pronunciar:
— Senhor, eu posso ir atrás deles!
— Se estiverem feridos entre em contato. — aceno afirmativamente com a cabeça e assim ele sai, se camuflando como um fantasma na sombra do seu inimigo.
— Perímetro limpo! — Ian avisa.
Adentramos no perímetro, o fogo da adrenalina incendiava-me por baixo da pele. O calor do momento era quente e viciante, o desconhecido era o mistério que cercava a todos nós naquele breu da noite. Estavam todos na frente do galpão, as luzes dos carros estavam acesas e os líderes estavam um de frente para o outro, provavelmente conversando os termos dos negócios.
Eu e a minha equipe estávamos na última linha de bloqueio, se ultrapassarmos essa barreira só nos restará os barril de metal, o que seria suicídio se avançasse para aquele ponto. Fazendo a conta de quantos homens tinham para enfrentar no total geral, eram dezoito homens. Com o binóculo noturno miro no líder da máfia russa e assim que foco a lente no seu rosto, vejo que não era ele. Concluo que se trata do seu braço direito por estar o representando.
— Não é ele. — Falei. — Ele não está aqui. Morris e Stewart? Vocês têm autorização para agir!
Aguardamos o primeiro tiro e assim que o outro líder foi derrubado, iniciamos a troca de tiros.
— Kenzie, cobre a minha retaguarda! — gritei.
A voz de Otto surgiu abafada no meu ouvido.
— Senhor, o agente Simmons está gravemente ferido! — encostei-me atrás do caminhão, otto usou a linha particular ao entrar em contato. — Os italianos o cercaram!
— Droga! Quantos? — Minha voz saiu autoritária, não ouve resposta — OTTO, QUANTOS PORRA? — gritei, eu tentava achar uma brecha para disparar de volta mas os tiros não deram trégua. — De olho na retaguarda estamos sendo cercados. — Avisei para todos.
— Seis deles estão atrás de vocês, dividiram-se em três. — Ian passou a localização e assim ninguém foi pego de surpresa.
E os tiros vieram pelas nossas costas.
— Otto?— Chamei.
— Consegui derrubá-los! Estou levando o Simmons para a van, lá tem a maleta de primeiros socorros. — Comunicou.
— E o George? — Perguntei.
— Infelizmente não sobreviveu.
Fechei os olhos, e com raiva bati a cabeça na lata do caminhão, George era o mais velho do grupo e querido por todos. Era pai de uma menininha e um ótimo marido para Elba.
Kenzie atirava sem cessar o disparo, não dava espaço para o inimigo prosseguir. Voltei a disparar, a raiva e a sede de vingança que me envenenou a muito tempo rugiu com força nas entranhas da alma.
— Otto, onde está o corpo do George? — perguntei.
Se fosse pra recuar eu não deixaria o corpo do meu amigo.
— Terceiro bloco da área D. — disse. Me concentrei em atirar e eliminar aqueles ratos, eu fazia parte de uma rede que fora criada para aniquilar esses malditos mafiosos.
— Kenzie, me passa a sua granada! — gritei.
Seus olhos esverdeados me encararam, e sem falar nada ela me deu a Granada.
— Me cobre!
— O quê? Você ficou louco! Isso é suicídio! — Falou, descrente.
Assim que vi uma brecha, atravessei, ficando atrás dos barril de metal. Dei um tiro em dos barris para comprovar se a minha suspeita estava certa, encolhi-me um pouco mais, pousei a arma no chão ao meu lado e peguei a granada.
— Um da máfia Dragão sangrento entrou no carro! — Ian falou.
— Kenzie, Morris cobre a minha retaguarda! Agora!
Assim que tirei o pino da Granada, e recebi cobertura, joguei a Granada para perto do carro. Não demorou muito e a explosão aconteceu.
Abaixei-me novamente e agarrei a minha arma, e antes de voltar para o meu posto peguei a minha granada, tirei o pino e a deixei ali no meio dos barril. Saí correndo, indo para trás dos contêineres. Da mesma forma que o carro explodiu o barril também, dentro do barril havia pólvora que provavelmente seriam usados no acordo.
— Seu filho da Puta desgraçado! — Kenzie soltou raivosa.
Os tiros do outro lado cessaram.
— Um desgraçado inteligente. — pisquei um olho para ela e a vi grunhir.
Com a explosão, metade morreram e outros fugiram. Não restava mais nada para fazer ali, fizemos a vistoria no lugar e quando fui verificar o que havia restado do carro, não havia nenhum cadáver presente só manchas de sangue no chão. A polícia foi acionada para que a mercadoria ilegal fosse apreendida.
Dei ordens para todos voltarem na frente, eu tinha que buscar o corpo de um amigo.
— Ford — viro-me e vejo kenzie vindo na minha direção.
A expressão dura e o olhar furioso me fizeram franzir o cenho sem entender nada. Assim que se aproximou seus lábios foram de encontros ao meu, ferozmente. Seu corpo me prensou no contêiner e suas mãos agarraram o meu cabelo. Eu correspondi por um momento, sedento. O fogo da adrenalina estava queimando em minhas veias e naquele pequeno momento não pensei com clareza.
Afastei ela com cuidado ao recobrar a consciência, em parte eu sabia do sentimento dela por mim e não a queria com os sentimentos magoados.
— Kenzie, volta com os outros. — pedi.
— Eu escutei você falando com o Otto. Como você trará o corpo do George sozinho? — perguntou, eu dei ombros.
Andamos em silêncio até o local.
— O que o Simmons disse? — A voz de Kenzie saiu cortante, enquanto me ajudava a levar o corpo.
— Ainda não falei com ele.
— É um ferimento de faca mortal. — Seus olhos encararam o local do ferimento, abaixo da axila, um único golpe. — isso precisa ser investigado, não ouvimos troca de tiros. Não faz sentido!
Fiquei em silêncio, Kenzie tinha razão. Nossas armas possuem silenciadores e essa lacuna nos fazia ficar em alerta. Mas para termos um julgamento justo precisávamos que Simmons contasse a sua versão.
Assim que chegamos na van, o silêncio pesou e assim como a escuridão da noite nosso coração estava mergulhado na escuridão da dor.
2885 palavras
Ps: capítulo reescrito.
Beijinhos e não esqueçam de clicar na estrelinha ☆
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