CAPÍTULO 15

    Em um caso de emergência, o socorrista tem 10 segundos para avaliar o local e a vítima. É primordial que em um cenário caótico a providência seja imediata. 

Algo parecia errado enquanto a esperava e olhava à minha volta. Não pelo fato de não vê-la de início, mas por uma sensação estranha e agoniante que formigam no peito. Dez minutos se passaram e estranhei o fato da minha namorada não estar circulando pelo salão. Também não a avistei no grupo da senhora Kaan. 

Decidi circular pelo local para encontrá-la, mas não a vi em lugar nenhum. 

Aproximei-me de um trio de senhoras e com um sorriso no rosto, as cumprimentei antes de falar:

— Vocês não viram a modelo que estava comigo?

— Eu não a vi. — A do meio respondeu.

— Eu e Susa, vimos. Ela foi ao banheiro faz alguns minutos.

— Muito obrigado. — assenti sutil sentindo o alívio preencher o meu corpo. A tensão que afligia-me dissipou-se ao ouvi-la. 

Fiquei ao lado do corredor que levava para a ala do banheiro feminino e observei as pessoas enquanto esperava. Três minutos se passaram e comecei a estranhar a sua demora. Será que ela estava passando mal? A pergunta veio trazendo novamente a carga de preocupação. 

Interceptei umas das modelos que desfilou, que iria em direção ao banheiro. 

— Com licença... — ela olhou-me e soltou um sorriso sensual. — Poderia ver se a minha namorada está no banheiro? Já faz um tempinho que ela entrou e estou preocupado. 

— Claro. — disse um pouco mais séria. 

Suspirei sentindo meu corpo relaxar um pouco. A modelo voltou segundos depois e sua expressão estava séria. 

— A encontrou? — perguntei. 

— Não há ninguém no banheiro. — respondeu confusa. — Está completamente vazio.

A encarei como se ela possuísse um olho no centro da testa. Kristal não se encontrava em mais nenhum lugar e a última localização vista foi entrando no banheiro. Passei por ela e marchei a passos apressados em direção ao banheiro, precisava comprovar com meus próprios olhos a informação.

Tentei afastar a sensação que me devorava de forma voraz. 

Abri a porta do banheiro em um rompante até abrir as portas das cabines e encontrei mais uma vez o vazio. Tentei ligar para o seu celular obti apenas a chamada não atendida. Sair da ala em que estava e voltei para o salão, procurando como um louco por ela, lembrando-me instantaneamente da ameaça escrita em um papel. Até onde sabia minha identidade estava guardada e não corria risco algum de ser revelada  e por mais meticulosa que a organização fosse, eu não era tão confiante. Afinal, eu não caçava animais.

Eu mato pessoas que imperam no mundo obscuro do crime organizado. 

Eu sou o pesadelo deles.

Sai do prédio onde acontecia a festa e senti o vento bater no meu rosto,  atento ao meu redor buscando encontrá-la. Nem um sinal dela. Tão pouco os seguranças a viram. Nervoso, esfreguei meu rosto buscando o controle da minha mente. Eu precisava agir friamente.

Busquei mais uma vez  meu celular no bolso e liguei para Ian. 

— Ian... você pode hackear o sistema de segurança e ver se a Kristal saiu? Eu não a estou encontrando. —  disparei preocupado. 

— Só um minuto, Dominic. 

Senti meu coração se espremer feito uma uva sendo esmagada em um lagar. Senti um peso sobre meus ombros e a sensação que a qualquer momento uma bomba explodiria correr por minhas veias. 

— Porra, Ian. Pode adiantar? — resmunguei nervoso. 

A falta de notícias atormentava  o meu juízo.

— Serei direto. Os detalhes que preenche esse quadro informo depois. — disse e vacila um pouco. — Ela foi sequestrada. 

Vi meu mundo desabar em um estalar de dedos. Suas palavras me estilhaçaram como se eu naquele momento fosse feito de vidros. O turbilhão percorrendo cada célula do meu corpo faz meus pensamentos acelerarem buscando um sinal de que havia algo errado, mas não encontro nada. 

— Temos um dos nossos por perto. Ele já está a caminho. — Ian volta a falar depois de um tempo.

— Como ela foi tirada daqui sem ninguém ver, Ian? Sabe me dizer? 

— Usaram uma saída bloqueada que há ao lado do banheiro. Não tinha como alguém vê-los a tirando. 

— Maldição! Maldição! Maldição! — praguejo andando de um lado para o outro bagunçando os cabelos, inconformado com a minha imprudência. 

O farol de uma ducati diavel rompe a noite atraindo a minha atenção para si. O piloto freia a moto de forma abrupta chamando a atenção dos seguranças. 

Assim que o capacete é tirado, reconheço quem é o piloto. 

— Obrigado, Johnny. — Agradeci e peguei o capacete que me foi oferecido. 

— Toma, vai precisar ficar em comunicação com o Ian. Boa sorte. Se precisar de ajuda pode me chamar. — agradeci e aceitei também arma que sutilmente me foi dada.

Coloquei o ponto de comunicação e montei na moto, pus o capacete com agilidade e acelerei antes de fazer a curva e romper a escuridão da noite indo atrás da minha namorada. 

*

— Ian, conseguiu identificar o carro?

— Sim. É uma (Van) cinza com um adesivo de antena. Estão presos no tráfego. — enquanto Ian falava o modo fórmula 1 ao pilotar estava ativado.

Podia sentir as pontadas frias do vento frio da noite, mas isso não me impedia de continuar. No momento estava frio feito um polo ártico para lidar com a situação e totalmente sangue-frio para que meus pensamentos pensassem com clareza.

Nada mais me importava a não ser a segurança de kristal. Se a emoção dominasse minha razão o caos explodiria como uma (dinamite).

— Ian, tem como rastrear o GPS do carro? — falei, feito uma vespa costurando os carros em alta velocidade. — Irei embosca-los.

— Só um momento. — pude ouvir a rapidez com que teclava em busca de respostas.

Com uma visão afiada consegui visualizar o carro descrito por Ian. O sinal havia aberto e o mesmo havia continuado o seu caminho. Apesar do tempo que havia se passado a circulação de veículos estava intensa. Ocasionando um congestionamento na movimentação.

— Consegui! — disparou altamente. — O ponto de encontro é um porto abandonado…

Escuto atentamente a localização. Sabia perfeitamente que o caminho que eles pegariam estaria fora das vistas dos policiais que fazem patrulha.

— Já acionei a polícia. Enviei a localização, mas você precisará segurar as pontas até que cheguem. — Ian revelou.

Estava totalmente atento tanto ao carro para não perdê-lo de vista quanto a minha volta, apesar da alta velocidade que arrancava buzinas de alguns carros, continuei.

Ian me direcionou a cortar o caminho pegando um atalho que me levaria diretamente para a toca do lobo. Adrenalina pulsava pelo meu corpo, podia sentir as garras caçador, gélidas do vento tentando tomar todo o espaço. Deixei que a besta se libertasse da jaula e assumisse o controle total do lugar.

O caçador estava sedento para derramar sangue e eliminar aqueles que ousaram tocar na minha princesa.

Não seria um príncipe a resgata-la. Eu estava longe de pertencer à realeza e tão pouco ser o príncipe descritos nos contos de fadas.

Kristal é o meu sol. Sua chegada iluminou as sombras do meu coração rompendo as lutas internas, ela ganhou o meu coração no momento que eu fugia do amor. Toda a minha vida foi cercada por uma escuridão e além do amor da minha família que me apoiou nos momentos mais íngremes, sua presença trouxe a beleza do sentir, a sensação de ser roubado lentamente até não ter mais a escolha de não a escolher.

Porque a deixaria escapar? No momento em que pensei estar melhor sozinho ela conquistou o meu coração. Eu me vi indo em sua direção, atravessando os pensamentos que era contra a decisão de tê-la em minha vida, devido ao mundo obscuro que faço parte.

Eu e ela estávamos sintonizados na mesma linha. Não precisava das palavras para saber que o meu amor era correspondida na mesma proporção. Ele estava lá sendo revelado através do seu olhar, carinho até mesmo nas suas palavras.

E se fosse preciso eu daria a minha vida para la mente-la protegida e salva. Sendo um caçador levaria comigo a morte dos meus inimigos e a certeza que fui amado do crepúsculo até a alvorada.

*

  Estacionei a moto na frente do túnel, a deixando ligada com o farol iluminando a entrada deserta. A guarita estava vazia e escura, a luz que provinha do farol da moto não chegava até onde eu estava. A arma possuía um silenciador e em posição de ataque esperei o carro chegar.

— Há alguma informação de quantos estão no porto? — perguntei em um sussurro.

— Uns treze. Apenas subordinados, não há ninguém da lista negra.

— Certo. Irei deter apenas o da (Van). Os do porto ficará por conta da polícia. — informei, afinal eu não estava preparado para um confronto desse.

E tão pouco colocaria a vida da minha mulher em risco.

Esse é o meu destino não o dela.

A escuridão ocultava a minha presença quando o carro se aproximou. Vi a velocidade diminuir e logo em seguida o carro parar. Analisei o movimento no carro e pude concluir que havia dois sujeitos dentro da (Van). O do lado do motorista desceu do carro segundos depois e saiu segurando uma arma de porte grande em mãos.

Silenciosamente sai do meu esconderijo e andei em direção a Van. O fogo da adrenalina serpenteava o meu coração, atmosfera estava densa e sombria conectando-se com a noite escura. Assim que me aproximei da janela da (Van) que estava aberta, pegando o sujeito de surpresa: atirei sem pestanejar.

Eles cavaram o seu destino com suas escolhas. A bala atravessou o crânio deixando apenas o espaço por onde passou. O corpo desfalecido pendeu para cair para o lado, mas rapidamente o ajeitei. Deixando-o sentado. Dei a volta pela (Van) e esperei o outro voltar. Após retirar a moto do lugar e olhar ao redor com desconfiança, voltou ainda usando a posição de alerta. Assim que se aproximava do carro, abaixou a arma. Mirei em seus joelhos e disparei. Seus gritos romperam a noite como um trovão que rimbomba em alto céu.

Em passos acelerados me aproximei, chutei a sua arma para longe e dei uma ajoelhada no seu queixo. O forçando a cair no chão. Mirando o cano da arma na sua testa, pisei no seu pescoço de modo ameaçador. Meu olhar vibrava um ódio descomunal diante da situação. Constatei o símbolo da máfia dragão sangrento tatuada no seu pulso.

— O que vocês querem com ela? — indaguei.

— Eu não sei de nada. — disse entre resmungo de dores. Apertei ainda mais o aperto do meu pé no seu pescoço e apontei a arma para o seu ombro.

— Eu juro, cara, seguimos apenas ordens. As meninas estão desacordadas na (Van) pode conferir.

— Meninas? — indaguei ao me deparar com um cenário diferente.

— Sim. A última pegamos apenas para completar o lote. A deportação das garotas seria feita em localizações diferentes. Nada pessoal. — respondeu com dificuldade.

— Dominic, falta dez minutos para a polícia chegar ao local. — escuto a voz de Ian.

Arrasto o cano da arma novamente para a testa do homem e aperto o gatilho. O sangue escuro escorre pelo chão como se fosse literalmente vinho derramado. Afastei-me do cadáver, usei o lenço para abrir a porta do carro e pegar a chave. Abrir a porta dos fundos da (Van) usando o lenço para não deixar digitais, me deparei com mais cinco meninas apagadas e jogadas em cima da outra. Kristal estava no canto esquerdo sendo esmagada por outra garota.

Após travar a arma e guardá-la no cós da calça, com cuidado a retirei daquele meio e a levei segurando em meus braços em direção a moto.

Seus olhos abriram-se lentamente e um pequeno sorriso apareceu quando ela me reconheceu.

— Está tudo bem agora meu amor. Não há nada a temer. — sussurrei, para tranquilizar-lá.

— Eu sabia que você viria me salvar. — disse rouca.

— Sempre. Não importa a circunstância daria a minha vida se necessário. — acariciei a sua bochecha carinhosamente.

Ela parecia ainda desnorteada sua mente parecia lentamente despertar. Coloquei-a sentada na moto enquanto analisava suas feições voltar ao normal gradualmente. Retirei meu blazer e a ajudei a colocar deixando-a aquecida da noite gélida. Coloquei o capacete em sua cabeça e mais uma vez me certifiquei se ela estava bem o suficiente para podermos sair daqui. Deixei a camisa social para fora para que escondesse a arma.

O brilho do olhar voltando, trazia um alívio ao meu coração. Não conseguiria suportar se algo lhe acontecesse.

Não consigo nem imaginar na hipótese de perdê-la. Dói em camadas tão profundas que nunca imaginei existir.

— Dominic, falta apenas cinco minutos. — A voz de Ian surge como um alerta.

Montei na moto e esperei minha morena se ajeitar, seus braços circularam a minha cintura apertando com firmeza ao aproximar seu corpo do meu. A moto saiu sem fazer ruídos. Pelo retrovisor vi que algumas meninas estavam acordando e se encontravam desorientada. Assim que peguei o caminho diferente, não demorou muito para ver a polícia invadir o local. As sirenes e os faróis iluminava a escuridão da noite sombria.

Acelerei, seguindo estrada adentro para longe do horror que foi essa noite.

*


  Parei a ducati diavel em frente ao hotel em que estávamos hospedados. Vê-la ao meu lado em segurança aquietava a besta sedenta dentro de mim.

Kristal ao dar um passo quase desaba. Ligeiramente a amparei em meus braços e ajudei a ficar em pé novamente.

— Eu estou bem. — tentou me tranquilizar. — Acredito que tenha sido um efeito do medo que experimentei. A noite foi angustiante…

Antes que ela terminasse de falar a peguei no colo e em surpresa ela gritou.

— Dominic, eu posso andar!

— Eu sei que pode. Mas no momento estou cuidado do meu bem mais precioso.

Não me importei com os olhares em nossa direção. Apenas continuei andando em direção ao elevador.

— Estão nos olhando. — disse receosa.

— Não vejo problema e não me importo. Estou com a minha namorada no colo. — falei e olhei em seus olhos. — Só você é importante para mim, anjo. O resto é apenas detalhes.

Seu braço descansou em volta do meu pescoço ela havia relaxado. Em seguida seu rosto encostou no meu ombro e pude sentir que seus pensamentos estavam longe. O silêncio podia tecer para fora o que não era dito e naquele momento ela estava pensando no sequestro.

Eu sabia que precisaria conversar com ela e saber se eles falaram o motivo ou se realmente não havia nada de pessoal. Porque acreditar que em um evento com figuras importantes e com objetivos nobres trabalha para algo tão sujo acontecer não se encaixava nesse quadro. Não nesse momento.

Imaginei que provavelmente havia algum sujeito criminoso que procurou uma vítima que pudesse estar desacompanhada e por infelicidade do momento aproveitou a hora que Kristal foi ao banheiro.

O elevador parou no nosso andar. A levei até a frente da sua suíte e delicadamente a coloquei em pé no chão.

— Você vai ficar bem? — indaguei, tom de voz baixo, trazendo uma tranquilidade que estava longe do meu corpo.

A verdade é que meus pensamentos estavam buscando uma linha para solucionar o que aconteceu essa noite. Algo que parecesse suspeito.

— Eu estou bem. — garantiu.

— Eu sei que você quer falar sobre essa noite, mas pode ser em outro momento? — pedi.

A verdade estava longe de ser dita. Os meus demônios pertencem a mim e esse lado obscuro continuaria escondidos, longe desse olhar angelical.

— Eu quero conversar sim sobre o que aconteceu. Mas não agora. No momento não quero lembrar do momento de terror que passei naquele banheiro. Só quero esquecer um pouco.

Deslizei meus dedos suavemente pela palma da sua mão até entrelaçar.

— Eu sinto muito por não ter estado ao seu lado.

— Ei, não foi sua culpa. — disse tentando tirar a carga de culpa que estava nos meus ombros invisivelmente. — No final você esteve. Você me salvou.

Sua mão tocou o rosto e seu olhar penetrante pousou sobre o meu. Essa luz que irradia do seu olhar consegue afastar a escuridão de mim.

Suspirei profundamente.

— Então quando digo que estou bem, não é mentira.

— Você deve estar cansada. — disse por fim, retirei suas mãos do meu rosto cuidadosamente para não parecer rude. Eu tinha algo a fazer essa noite e definitivamente ela terminaria ainda mais sombria. — tente tomar um banho e dormir um pouco.

Ela balançou a cabeça concordando. Após abrir a porta da suíte ela virou-se para mim com aqueles majestosos olhos cobaltos brilhando e sorriu curtamente.

— Até mais.

— Até. — respondi.

Ela entrou e fechou a porta em seguida. Encarei o vazio onde pouco segundos ela esteve e fiquei tentado a bater na porta ao ponto de erguer a mão para bater. Mas o pensamento de dar espaço para ela venceu. Abaixei a mão e deixando um suspiro profundo seguir para a minha suíte.

*

   Antes de apagar naquele banheiro meu último pensamento foi que nunca mais veria as pessoas que amava. O desespero de não poder fazer nada enquanto tinha uma arma na minha direção anulava qualquer brecha para escapar, decidir acreditar que seria salva pelo homem que me salvou, mantendo a esperança permaneceu intacta.

Quando abrir meus olhos e vi Dominic, por um instante achei estar em uma espécie de sonho. Era inacreditável que a sua imagem naquele momento fosse real.

Não vi sinal dos homens maus presentes, mas estava ainda dominada pela sensação atordoante que não pensei em olhar a minha volta.

Apenas aceitei o seu cuidado comigo naquele momento. Dominic sem dúvidas era uma caixinha de surpresa. Ele é um homem fora dos padrões. Só o conhecendo verdadeiramente verá quem é o CEO que estampa capas de revistas e programas de TV.

Sentei-me no sofá e retirei meus saltos. Voltei a fitar a porta com os pensamentos enrolados no que sentia e queria. Os batimentos cardíacos acelerados ansiavam por um decisão. Havia uma chama que pulsava no meu peito e tentava tomar o controle da razão. O receio fazia eu pensar se realmente eu queria tomar aquela decisão.

Não precisei levar meus pensamentos muito longe para saber o que de fato eu queria. Eu o queria. Rapidamente levantei-me do sofá e caminhei em direção a porta. Peguei o cartão chave para abrir a porta e voltei a trancar antes de marchar em direção a suíte que ficava ao lado da minha.

Duas batidas na porta e o espero abrir, passo a mão sobre o meu cabelo que ainda está no coque, porém um pouco mais folgado. A porta é aberta e a expressão de Dominic ao me ver é de surpresa. As linhas da sua testa se franze e seus belos olhos se fecham um pouco. Notei que sua roupa estava toda no preto ele havia mudado de roupa.

— Está tudo bem? — indagou preocupado.

Não respondi apenas avancei em sua direção e o beijei. Suas mãos imediatamente correm por minha cintura nos colando ainda mais. Dominic me arrasta para dentro da suíte e volta a fechar a porta, apenas a empurrando sem olhar. Suas mãos desceram em direção ao meu quadril atiçando as borboletas no meu estômago.

Sentir seu calor era muito bom.

Enlacei as pernas na sua cintura e senti seu domínio sobre o meu corpo em cada toque. Um fogo se alastrava por minha pele por onde seu toque intenso passava.

Sua boca trilhou o meu pescoço com beijos quentes e desceu para o meu ombro. Sua respiração densa se encontrava com a minha em uma espiral de desejo, paixão e amor.

Havia uma rebelião de sentimentos que se encontravam em cada toque. Minha mão desalinhou seus cabelos enquanto era imprensada na parede. Destreza e sutileza foram usados por Dominic ao tirar os grampos do meu cabelo sem que notasse de imediato. Quando percebi meus cabelos estavam soltos e caiam para os lados.

Fitei seus lábios inchados e o brilho majestoso no seu olhar. Admiração continha neles ao me fitar com tamanha cumplicidade e carinho.

— Você tem certeza? — perguntou, certificando-se. — Daqui para frente desejo apenas lhe entregar tudo que lhe pertence minha aurora boreal.

Balancei a cabeça em concordância. Seu olhar escureceu possuído de um desejo lascivo que faiscava com intensidade. Acariciei sua nuca carinhosamente e plantei um beijo no canto da sua boca mordiscando no final.

— Anjo... — soltou, percebo o desejo começar a incendiar as camadas mais profundas do seu corpo.

Dominic me conduziu até o sofá enquanto o explorava com carícias quentes. Sentada no seu colo vi que ele havia dado a frente para mim, nossos olhares se encontraram e eu vi apenas a mais pura paixão que dois corpos podem sentir. Suas mãos deslizaram por meus braços e subiram ao encontro do meu rosto em uma fascinação sublime. Inclinei-me para frente e beijei os seus lábios com doçura. Uma das suas mãos enroscou no meu cabelo e a  outra apertou a minha cintura.

O toque era sensual e selvagem em simultâneo, e sem nenhuma pressa explorei a sua boca com a minha língua. Beija-lo era tão bom, provar da sua macia boca já era um vício da minha alma.

— Você é o pecado da minha alma. E vai me queimar no meu próprio inferno. — sussurro roucamente em meu ouvido.

Minhas mãos começaram a levantar a camisa de malha de mangas cumpridas. Arfei quando sua mão tocou a minha coxa e lentamente acariciava, um toque diabólico que trazia ondas prazerosas para o meu corpo. Sua camisa joguei para o lado e fascinada com a tatuagem em seu corpo as toquei. Soltei um gritinho  quando fui levantada sem nenhum aviso. Acabamos rindo da situação.

Ao chegar no quarto fui colocada em pé perto da cama. Girei ficando de costas dando a acesso total para que o homem que eu amasse pudesse me despir. Meu vestido foi ao chão sendo descartado sem pressa. Beijos molhados foram deixados na minha clavícula e nuca. Ofeguei ao sentir sua mão acariciar a pele da minha barriga e subir até os meus seios. Mesmo com o protetor colante de seio a carga de excitação não tinha um bloqueio, ao contrário, o seu toque firme, dominante e primitiva me incendiava.

Eu estava rendida e entregue aos seus braços. Dominic deitou em cima do meu corpo e beijou os meus lábios ardentemente. Os protetores foram retirados e sua boca se aproximou do meu seio e abocanhou com força.

Encontramos um ritmo apenas nosso. Entre a fome do precisar um do outro, a entrega parecia rasga de dentro para fora de forma voraz. Sua mão agarrou a minha coxa lascivamente e sua boca procurou pela minha mais uma vez. Pude ver as chamas da paixão em seu olhar, antes de falar, Dominic fez um lento carinho na minha bochecha com o seu nariz.

— Você é meu mundo, Kristal. — sussurrou sua voz rouca causou arrepios pelo meu corpo.

Nos olhamos desbravando a imensidão dos nossos sentimentos e por fim revelamos o que sempre esteve ali em uma linguagem silenciosa, antes de falar:

— Eu amo você. — falamos juntos.

3821 palavras...

Um hora caçador
      Um hora CEO
             Não importa o momento ele sempre irá salvar a sua princesa. ❤

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