três

Herdar um castelo é incrível. Você está vivendo de boa quando recebe uma ligação e adivinha? O vovô que você nunca conheceu bateu as botas e deixou uma propriedade medieval no seu nome. Demais. Só que quando o castelo em questão pode estar a ponto de desabar sobre a sua cabeça e parece ser assombrado por fantasmas da época de Cristo, você começa a se perguntar se foi mesmo uma ideia inteligente deixar a vida que conhecia para trás para morar num lugar daqueles.

- Olha, pelo menos as descargas funcionam! - Vitória disse animada, deixando o banheiro de um dos quartos com um sorriso gigante. Ela estava testando todas as descargas e torneiras de cada ala do castelo. - Pelo menos os seus ancestrais se preocuparam em investir em encanamento moderno. Eu aposto que os chuveiros também têm água quente!

- Eu prefiro internet do que canos - Alonso comentou. Ele estava segurando o celular com os braços estendidos para o alto, tentando pegar sinal. Ele escalou a cama de dossel enorme do quarto onde estavam e começou a andar de um lado para o outro no colchão. - Eu disse para os meus amigos do Brasil que eu ia fazer uma live mostrando o castelo. Ô, Mari, quando você vai colocar Wi-fi?

Mariella não respondeu. Ela estava ocupada analisando as paredes, teto e olhando debaixo das camas. Queria estar ciente dos danos do castelo e saber se precisaria lidar com ratos.

O Sr. Cipolla tinha ido embora depois de um breve tour na propriedade. Ele passou o endereço do seu escritório em Bréscia e disse que mandaria por e-mail o contato de boas empresas que poderiam dar início às reformas. Mariella já podia imaginar as tardes que passaria tentando terminar o seu livro com o barulho de uma furadeira na cabeça.

- Mari, você não vai ser chutada para fora do castelo - Vitória disse, provavelmente notando a expressão preocupada no rosto dela.

A amiga não tinha ido para longe com Alonso mais cedo enquanto Mari conversava com o advogado. Ao invés disso, os dois se esconderam atrás de uma armadura medieval no fim do saguão e seu irmão traduziu toda a conversa aos sussurros.

Mari devia ter cuidado com aqueles dois. Quando decidiam se unir, eram mais perigosos que o diabo e suas legiões.

- Eu não vou, mesmo. Isso tá fora de questão. Para eu sair daqui, vão ter que me arrastar pelos cabelos! - Ela deixou o quarto e caminhou com eles por um corredor amplo e de lustres empoleirados. O Sr. Cipolla tinha contado que o castelo Cavalieri passou por amplas reformas no fim do século XIX, o que o transformou em um exemplo da arquitetura neogótica. Isso explicava os arcos enormes, os vitrais, lustres e até uma ou outra gárgula. Mari gostava do estilo, tinha que admitir. Dava a vibe vampiresca que a fazia querer pegar o notebook e continuar seu livro naquele instante. Ela só não sabia se continuaria achando a decoração tão encantadora quando quisesse fazer um lanchinho à meia-noite.

Eles ainda estavam explorando quando um barulho alto e esquisito a fez se virar para trás em um pulo. Ela quase se armou com o vaso decorativo em um pedestal do corredor.

- É só a minha barriga - Alonso disse. - Tô morto de fome.

Mari soltou a respiração aliviada e se aproximou do irmão.

- Que tal o seguinte: a gente escolhe nossos quartos agora para guardar nossas malas e vamos para a cidade fazer um lanchinho.

- Eu acho ótimo - Vitória disse. - Podem escolher qualquer quarto para mim. De preferência um que fique perto do de vocês. Eu vou para a cozinha checar o que a gente tem de panelas e eletrodomésticos. Vou precisar saber disso para fazer nossa lista de mercado.

- Perfeito. Valeu, Vi. Vem, Alonso. Vamos ver se têm quartos nas torres!

O irmão saiu correndo na sua frente, feliz da vida. Mari nunca tinha visto Alonso tão animado. Pelo menos não desde a morte da mãe. No início, ela achou que ele ficaria triste por ter que deixar os amigos do Brasil, mas ele parecia estar gostando muito da ideia de morar em um castelo italiano.

Depois de escolherem seus quartos - Mari ficou mesmo com a suíte da torre, Alonso escolheu um que ficava na base das escadas por que tinha papel de parede azul e uma sacada grande e Vitória, por sua vez, acabou com um quarto mais moderno com vista para os Alpes -, eles finalmente deixaram o castelo.

Os três seguiram pela estradinha de terra que levava até Montefiori. Alonso saltitava na frente e Vitória tirava fotos com sua câmera das paisagens ao redor. Mal tinham deixado os limites da propriedade quando a amiga apontou para um ponto a oeste.

- Quem será que mora ali?

Mari semicerrou os olhos para a mansão tão isolada quanto seu castelo. Era uma monstruosidade de casa, com fileiras intermináveis de janelas e sacadas amplas. Tinha um estilo que lembrava a arquitetura renascentista, mas era feita de pedras escuras e tinha uma áurea tão sombria que fazia seu castelo medieval parecer um refúgio das fadas.

- Não sei, mas é nosso vizinho mais próximo - Mari disse.

- Eu não bateria naquela porta para pedir uma xícara de açúcar.

As duas riram e Alonso entrou na conversa.

- Algum velho podre de rico deve morar lá.

- Ou talvez uma família simpática que tenha crianças da sua idade.

- Eu não sou criança - Alonso contestou, indignado. - E eu duvido. Olha lá, mais parece a casa do Drácula!

Vitória riu e implicou Alonso, perguntando se ele tinha medo do Drácula. Eles foram andando na frente, mas Mariella se viu parada no mesmo lugar, os olhos voltados para a mansão à distância.

Seu coração estava batendo acelerado, havia um zunido nos seus ouvidos.

Seja quem for que morasse ali, ela estava disposta a conhecê-lo.

Montefiori era uma cidade minúscula, com ruas de pedra estreitas e sinuosas que pareciam guardar algo encantador a cada esquina. As casinhas de varandas pequenas exibiam vasos de flores e tapetes coloridos pendurados nos parapeitos. Parecia que a maioria da população andava de bicicleta - de crianças a idosos - e as capelas históricas eram o maior charme.

A praça era o coração da cidade, onde as pessoas estavam reunidas ao redor da fonte de água e nos bancos perto dos canteiros de flores. Ao redor da praça, havia estabelecimentos como restaurantes, mercados, padarias e cafés. Foi só passar em frente a uma vitrine que exibia uma variedade enorme de pães e doces saborosos que Alonso nem esperou Mari e Vitória para entrar.

Elas o seguiram para dentro do café, sendo atingidas pelo aroma gostoso de pão quentinho e açúcar derretido. Havia sofás e poltronas dispostas em círculos de uma maneira aconchegante, e o carpete era tão fofo que mais parecia que Mari estava pisando nas nuvens. Quando ela viu a pequena estante na parede contendo uma coleção considerável de livros, já tinha decidido que aquele seria seu lugar favorito.

Mariella pegou pães e doces típicos para Alonso primeiro, assim como uma xícara de café com leite.

- Isso aqui chama Tiramisù - Mari contou para o irmão quando o fez se sentar em uma das poltronas e colocou o prato cheio no seu colo. - É uma sobremesa típica italiana. O papai costumava fazer para mim quando eu era criança.

- É mesmo? - Alonso perguntou interessado, como sempre acontecia quando Mari mencionava o pai. Ele pegou o doce com a ponta dos dedos e deu uma mordida, logo fechando os olhos e se derretendo na poltrona ao sentir o sabor. - É muito gostoso! Você sabe a receita? Pode fazer para mim no castelo?

Mari sorriu e afastou o cabelo do irmão da testa com carinho.

- Claro. Come tudo, tá? Se ainda estiver com fome quando acabar, pode pegar o que você quiser. Mas mastiga devagar, Alonso. Você tá parecendo um ogro. A comida não vai fugir do seu prato.

O irmão começou a comer com mais calma e Mari se juntou a Vitória. Elas pegaram um doce chamado Sfogliatelle, que era basicamente uma massa em formato de concha recheada com creme de ricota e frutas cristalizadas.

- Eu juro, Mari, se todo doce italiano for bom assim, eu não volto para o Brasil nunca mais - Vitória disse, deitando a cabeça no encosto do sofá e saboreando cada pedaço do Sfogliatelle. - Isso aqui é bom demais!

- Ti è piaciuto? - uma senhorinha com um xale de tricô e um sorriso gentil perguntou, olhando para as meninas no sofá. Vitória, que estava fazendo aulas de italiano on-line desde que tinha decidido deixar o Brasil, pareceu entender que a senhora estava perguntando se ela tinha gostado do doce, por que respondeu um tanto insegura:

- Sì, è delizioso!

Alonso levantou os polegares para ela com um sorrisão.

- Você tá indo muito bem, Vi!

Ela sorriu satisfeita e deu espaço para a senhora se sentar perto delas.

- Vocês não são daqui, são? - ela perguntou, apoiando as mãos no guarda-chuva de bolinas que trazia consigo.

- Não - Mari respondeu. - Nós somos do Brasil.

- Ah, Brasil! Que maravilhoso! Vocês estão vindo de Milão? Vieram conhecer as cidades históricas ao redor do Lago Di Garda?

- Na verdade, a gente acabou de se mudar. Meu nome é Mariella Cavalieri. Eu herdei o castelo que fica perto daqui.

Os olhos da senhora se arregalaram tanto que Mari temeu que não voltassem mais ao normal.

- Cavalieri? Você é parente do senhor Dante?

- Ele era meu avô - Mari explicou meio sem jeito. Ela não estava acostumada a ser reconhecida pelo seu lado paterno da família. Mas aquela era uma cidade pequena e antiga. E só havia um castelo nas redondezas. É claro que saberiam quem ela era. Ou, pelo menos, de quem era neta.

A senhora deu tapinhas no joelho de Mari com uma expressão grave.

- Eu sinto muito pela sua perda, querida.

- Não, tudo bem - Mari apressou-se a dizer para tranquilizá-la.

- É. A gente não gostava muito dele - Alonso completou com a boca cheia.

- Alonso!

A senhorinha pelo menos riu ao invés de ficar escandalizada. Nem a boca cheia de comida impedia a peste do seu irmão de ficar quieto e pelo menos parecer civilizado.

- O Dante era um tanto rabugento, para falar a verdade - ela disse. - Nós estudamos juntos há uma era atrás. Éramos amigos de infância. Bons tempos aqueles... - Ela pareceu perdida em pensamentos por um instante, sorrindo melancólica para o nada. Então teve um sobressalto que fez Mari dar um pulinho no sofá. - Ah, perdão, eu nem me apresentei. Meu nome é Ofélia. Eu moro bem aqui, na rua de trás.

- Eu sou a Mariella. Esse é o meu irmão mais novo, Afonso, e a minha amiga, Vitória.

- É um prazer conhecer vocês, crianças. O rapazinho se parece muito com o pai. Sim, eu me lembro do Paolo. Era um moço forte e bonito que se apaixonou por uma brasileira, acredito que a sua mãe, e foi embora para o Brasil. O velho Dante ficou ainda mais rabugento depois daquilo. Mas eu acho que era porque se sentia sozinho. Sabe, o Paolo era seu único filho.

Mari engoliu em seco, tentando processar todas aquelas informações. Aquela senhora, desconhecida até um segundo atrás, tinha conhecido seu pai e seu avô e falava deles com a maior naturalidade do mundo. Não era algo que ela estava acostumada. O avô não era mencionado nem na época em que o pai era vivo, muito menos depois. E o pai...

Bem, ela tinha se acostumado com a ideia de que, depois da morte da mãe, ela não teria mais ninguém no mundo com quem conversar a respeito dele. Não alguém que também o tivesse conhecido, pelo menos.

Mas ela estava errada. Muita gente de Montefiori devia se lembrar dele.

- Fico muito feliz que tenha decidido se mudar para o castelo, querida - Ofélia disse. - Depois que o Dante morreu, eu fiquei me perguntando se todos os Cavalieri tinham sumido da face da terra, ainda mais porque soube da morte do seu pai há alguns anos. Seu avô comentou com alguém e a notícia logo se espalhou pela cidade. Eu fiquei muito triste, principalmente porque não sabia se Paolo tinha tido filhos. Mas olha só vocês! São ruivinhos igual ele era.

Alonso e Mari trocaram um olhar divertido. Eles não eram ruivos ruivos. O tom exato puxava bem mais para o castanho do que para o vermelho.

- Se precisarem de qualquer coisa, é só perguntar por mim na cidade que vão saber te indicar o caminho para a minha casa - Ofélia disse. - Vai ser um prazer ajudar vocês a se instalarem.

- Obrigada. A senhora é muito gentil.

Elas trocaram mais algumas informações depois daquilo. Ofélia contou onde podiam achar o melhor mercado da cidade e outros estabelecimentos importantes. Ela explicou o caminho para a escola que Alonso começaria a frequentar na segunda-feira e falou sobre todo e qualquer habitante de Montefiori que ela achava importante eles conhecerem.

Mari aproveitou para fazer algumas perguntas, como se havia uma companhia de internet por ali, onde ela podia ir para comprar roupas de cama nova - ela estava disposta a se livrar de todas aquelas velharias do castelo - e também se Ofélia conhecia a pessoa que morava na mansão perto da sua nova casa.

Assim que fez a última pergunta, Mari notou que a senhora pareceu um tanto desconfortável. Ela se remexeu no sofá e bateu com o guarda-chuva no carpete.

- Um pintor famoso morava ali com a família - ela disse, encarando a rua lá fora pela vitrine de bolos. - Mas soube que ele se mudou para Milão. Hoje em dia, só o filho dele mora lá.

- Uma pessoa naquela casa enorme? Totalmente sozinha? - Mari perguntou, chocada. Aquilo parecia impossível.

- Nós somos três pessoas morando num castelo - Vitória disse em português, pegando parte da conversa. - Não é tão chocante assim.

Não, mas era estranho.

Muito estranho.

Mais estranho que isso só o modo como Ofélia se levantou numa velocidade que com certeza não era indicada para alguém da idade dela e começou a se despedir de todos, parecendo desesperada para fugir do assunto.

- Se precisarem de algo, já sabem. - Ela deu dois beijinhos em cada um, daquele jeito tipicamente italiano. - Espero que aproveitem Montefiori. Não se esqueçam de explorar por aí. Essa província é uma joia rara! Até mais, crianças.

Mari observou enquanto ela se despedia de alguns outros conhecidos do café e saia para a tarde fria lá fora.

- Isso foi meio estranho - Vitória disse, tomando um gole do seu café.

- Você também achou?

- Com certeza.

- Ela disse que eu sou parecido com o papai! - Alonso exclamou. Aparentemente, ele tinha parado de ouvir depois daquela parte. - Você acha mesmo, Mari?

- Acho - ela disse, tentando esquecer a última parte da conversa com Ofélia. - E vai se parecer ainda mais depois que a gente voltar para o castelo e você tomar um bom banho. Tá precisando depois de tantas horas de viagem.

Mariella pagou a conta do café e os três saíram para o fim de tarde gelado do lado de fora. Era meio de outubro e as temperaturas do outono na Lombardia já eram mais baixas que qualquer inverno que ela tinha experimentado no Brasil. Precisaria comprar roupas novas com urgência, antes que a temperatura caísse ainda mais e ela e o irmão morressem congelados.

Depois de passarem no mercado e comprarem ingredientes para o jantar, voltaram para o castelo e Mari constatou que nem tudo estava perdido: pelo menos os chuveiros forneciam água quente.

Eram quase onze da noite e Mariella estava sentada na escrivaninha do seu novo quarto, digitando furiosamente.

Ela não sabia de onde arranjara forças para escrever depois do dia de cão que tivera, mas ainda precisava terminar aquele livro antes do Natal. Agora, não era só pelo dinheiro e pelos problemas que uma quebra de contrato traria, mas por uma questão de honra.

Além do mais, ela estava inspirada.

Como não podia estar em um quarto daqueles? As paredes circulares, a janela em formato de arco e os móveis de mogno reluzentes e antigos a deixavam acessa e pronta para entrar no seu mundinho imaginado, em que uma garota descobre que é filha de um vampiro centenário e é convocada pelo pai para uma vila misteriosa no interior da Romênia.

A garota em questão só não imaginava que se veria dividida entre os deveres incumbidos pelo seu único parente vivo - ou no caso, morto - e a paixão por um vampiro mais jovem e bonito que, por acaso, também é o maior inimigo do pai dela.

Mari, que tinha mais experiência com comédias românticas, estava descobrindo que aquele livro seria com certeza o mais desafiador de sua ainda curta carreira. Ela tinha se inspirado em romances góticos antigos para a escrita daquele, mas também não abriu mão de elementos contemporâneos que davam certa leveza para uma história que não era necessariamente para ser de puro terror.

Mesmo assim, às vezes ela ficava toda arrepiada com a atmosfera do próprio livro e se assustava à toa enquanto estava escrevendo, o que, em sua opinião, indicava que pelo menos estava no caminho certo. Vampiros podiam ser bonitos e charmosos, mas eles também precisavam ser assustadores, se não, qual era a graça?

Foi no fim de uma cena envolvendo bastante sangue e alguns corpos espalhados que ela se espreguiçou e ficou olhando distraída pela janela.

A escrivaninha ficava bem de frente para a abertura na parede, proporcionando uma vista bonita dos jardins e da mansão solitária perto dali. A luz da lua refletia em todas aquelas janelas, provocando um brilho prateado fantasmagórico.

Mari estava pensando sobre o que Ofélia tinha dito a respeito da pessoa que morava ali quando avistou alguém sair pela porta da frente.

Ela se levantou no mesmo instante e abriu a janela, se inclinou sobre a escrivaninha e colocou a cabeça para fora.

O frio cortou suas bochechas e ela se encolheu, mas continuou tentando distinguir aquela sombra que se movia em meio às outras.

O homem - pelo menos parecia um homem - era iluminado pela lua e pelas luzes fracas que vinham do primeiro andar da mansão. Ele caminhava devagar e um tanto hesitante, se afastando cada vez mais da casa e indo em direção às árvores perto dali, na direção aposta à Montefiori.

Tinha alguma coisa com ele. Algo enorme de quatro patas.

Era tão grande que, por um segundo, Mari jurou para si mesma que só podia ser um lobo.

O homem misterioso saiu lentamente do seu campo de visão, junto com o que quer que fosse aquilo que ele comandava. Mari tentou virar tanto o pescoço para ver se conseguia segui-lo com o olhar que parecia mais ter saído de uma cena de O Exorcista. Com metade do corpo para fora da janela, ela vacilou um pouco e se puxou de volta para a segurança do quarto antes que acabasse se matando por pura curiosidade.

Mari fechou a janela e ficou batucando as unhas na tampa da escrivaninha.

Por que uma pessoa normal sairia àquela hora da noite e com aquele frio de matar? Ele era maluco?!

Ela ainda tentou continuar trabalhando no livro, mas sua atenção sempre se desviava para a janela e os pensamentos se perdiam nas possibilidades mais doidas que só a mente de uma escritora é capaz de produzir.

Já era quase meia-noite quando ela desistiu de vez da escrita e foi dormir, se jogando naquela cama enorme e confortável.

O sono veio depressa, mas, antes de mergulhar em sonhos e se deixar levar de vez, Mari tomou uma decisão: no dia seguinte, prestaria uma visita ao seu único e misterioso vizinho.

______________________❤️__________________

Oii, gente!!!

Capítulo três veio aí com mais desenvolvimento do vizinho misterioso da Mari... Vocês conseguem imaginar o que ele esconde?

O próximo capítulo é definitivamente o meu favorito até agora e eu não vejo a hora de compartilhar ele com vocês!

Temos um encontro marcado no domingo que vem?

Beijos e não esqueçam de deixar uma estrelinha,

Ceci.

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