Um Amor Em Marte Parte 7
Com um grupo de guerreiros marcianos que haviam permanecido leais ao regente e resistido à invasão, Ethan formou um plano. O ataque dos humanos havia começado na capital marciana, e o palácio de Sharaak, outrora impenetrável, agora era cercado. Ethan, liderando os últimos marcianos, sabia que o único jeito de vencer era surpreender os terráqueos com uma manobra arriscada.
— Os humanos não entendem completamente a gravidade e o ambiente hostil de Marte… - explicou Ethan para o pequeno grupo de guerreiros. — …Podemos usar isso a nosso favor. Precisamos atraí-los para as cavernas subterrâneas, onde suas tecnologias terão menos eficiência e nossa resistência ao ar marciano nos dará uma vantagem!
Meera, ao seu lado, complementou:
— Eu conheço esses túneis. São antigos e reverenciados por nosso povo, mas os humanos nunca os alcançarão sem que isso se torne uma armadilha mortal para eles! - Trocou olhares com Ethan e o grupo, e sorriu malicioso.
[...]
Seguindo o plano, Ethan e seus guerreiros começaram uma série de ataques rápidos, usando sua agilidade e conhecimento do terreno para desviar as tropas humanas, atraindo-os para os túneis. O terreno instável e a poeira fina dificultavam a visibilidade dos humanos, enquanto os marcianos, habituados ao ambiente, se moviam com precisão.
Os túneis da caverna subterrânea
estreitos e claustrofóbicos, com
paredes escuras, feitas de uma rocha
porosa e instável. A luz dos capacetes
dos soldados refletia fracamente nas
superfícies úmidas, criando sombras
longas e sinuosas que pareciam se
mover por conta própria. O ar ali era
rarefeito e quente, com um cheiro
sulfuroso que tornava a respiração
difícil e pesada. Ao longe, o som de
gotejamentos ecoava, criando um
ambiente de constante tensãấo.
A medida que avançavam, o calor se
intensificava de forma assustadora.
Começou com uma brisa quente, mas
logo escalou para um sufoco abrasador,
como se o núcleo da Terra estivesse se
aproximando deles. O solo sob seus pés
Começou a vibrar levemente,
aumentando de intensidade, e uma onda
de calor vinda de baixo fez o chão
brilhar de vermelho.
Os soldados terrestres tentaram recuar,
mas era tarde demais. O calor crescia
exponencialmente, torrando os
equipamentos metálicos e
transformando o oxigênio em um gás
sufocante. Suas armaduras, projetadas
para proteger de impactos, derreteram
contra a pele, enquanto eles gritavam,
tentando desesperadamente escapar.
Alguns caíram imediatamente, enquanto
outros ainda tentavam se arrastar pelos
túneis, mas suas forças foram drenadas
rapidamente.
A caverna, agora um forno mortal,
enchia-se de um brilho alaranjado, eo
cheiro de queimado e carne carbonizadatomou o ambiente. Por fim, o silêncioreinou, com os corpos dos soldados
derretidos no solo, enquanto o calor
continuava a subir.
A vitória foi impressionante. Ethan e Meera, lado a lado, venceram as forças humanas e, ao final da batalha, libertaram o Regente Sharaak, que havia sido capturado e mantido prisioneiro pelos invasores.
[...]
No grande salão do palácio marciano, Ethan e Meera estavam diante de Sharaak. O Regente, que sempre fora implacável e duro, agora tinha o olhar suavizado pela dor e pela gratidão. Ele havia testemunhado algo que jamais esperava: um humano lutando para salvar seu povo, sua filha e, acima de tudo, a própria vida do Regente.
— Ethan... - Sharaak disse, com sua voz grave ecoando no salão silencioso. —...Você provou que é mais do que um simples terrestre. Você lutou não apenas por minha filha, mas pelo futuro de Marte. Eu fui cego em meu julgamento!
Ethan, exausto, mas aliviado, assentiu.
— Eu só fiz o que era certo. Marte é mais do que um planeta para mim agora.
Sharaak caminhou lentamente até eles, seus olhos fixos em Meera.
— Minha filha... - ele disse com uma suavidade que ela nunca havia ouvido antes. — Eu tentei protegê-la do que eu achava ser uma ameaça. Mas agora vejo que o amor de vocês é mais forte do que qualquer preconceito que eu tinha. Se esse é o seu desejo, eu aceito!
Meera sorriu com lágrimas nos olhos, abraçando o pai por um breve momento antes de olhar para Ethan.
— Você fez isso. Nós fizemos isso!
O regente, com um gesto solene, virou-se para Ethan.
— Eu dou a minha bênção. O casamento de vocês será o símbolo de uma nova era para Marte e para a Terra!
O palácio se encheu de celebrações quando o casamento foi marcado. Ethan e Meera, enfim, estavam juntos, unidos pelo amor que superou barreiras de planetas e raças.
Mas, enquanto a cerimônia se aproximava, Ethan começou a notar algo estranho. Suas mãos tremiam mais do que o normal, e, por vezes, ele sentia uma fraqueza crescente. No dia do casamento, ele não conseguia ignorar o desconforto. Seu corpo estava falhando.
No final da cerimônia, Ethan, de pé ao lado de Meera, sentiu sua visão escurecer por um momento. Ele se apoiou nela, tentando se manter firme. Meera olhou para ele preocupada, seus grandes olhos agora estavam cheios de medo.
— Ethan... o que está acontecendo? - ela perguntou, segurando sua mão com força.
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