21. Let her go
Noah Urrea • POV
Senti uma mão me cutucar com força mas apenas resmunguei e torci mentalmente para que quem quer que fosse se tocasse que eu não estava afim de acordar agora e parasse, mas assim que eu ouvi a voz da Any próxima do meu ouvido eu acordei no susto e já procurei por ela com os olhos meio estreitos por causa da claridade, a encontrando do meu lado na cama, sentada segurando o lençol para cobrir seu corpo nu.
- Algum problema? - murmurei, relaxando os ombros ao ver que ela aparentava estar bem.
- Dormimos demais e ainda temos nosso encontro para hoje. - ela mordeu o lábio inferior parecendo ansiosa. - Pensei que poderíamos... Sei lá... Tomarmos um banho juntos e irmos para o lugar que você disse.
Ri nasalado antes de me inclinar para capturar seus lábios em um beijo, senti sua mão em minha nuca quando eu aprofundei o beijo procurando sua língua com a minha. Tivemos que nos afastar quando o ar pareceu faltar.
Nós fomos juntos para o banheiro, o fato de já estarmos sem nenhuma roupa facilitou na hora de entrarmos no box, comigo ligando o chuveiro quando nos encontrávamos dentro. Any tentou molhar seu corpo sem que seu cabelo molhasse também mas isso não funcionou quando eu a empurrei para baixo do chuveiro, com a água molhando-a da cabeça aos pés. Ela deu um tapa estalado em meu braço e eu ri antes de puxar seu corpo para perto do meu e ficar debaixo do chuveiro junto com ela. Nós até tentamos nos beijar ali mesmo mas vimos que de fato não dava certo quando ficamos com água demais dentro da boca. Any me pediu para passar sabonete nas partes do seu corpo que ela não alcançava com suas mãos e é claro que eu o fiz, me aproveitando um pouco para passar a mão pelas suas curvas. Eu agradeci à mim mesmo por ter feito isso pois foi o suficiente para que ela quisesse transar mais uma vez, e é óbvio que eu fiz tudo o que ela queria que eu fizesse, o que nos levou a transar no chuveiro.
Terminei meu banho e saí do chuveiro enquanto Any continuou lá para terminar de lavar seu cabelo, me enrolei na toalha e fui para o closet me trocar. Vesti minha cueca boxer e logo depois minha calça preta, colocando uma camisa branca em seguida. Depois que eu calcei meu Yeezy voltei para o quarto, o barulho do chuveiro confirmava que Any ainda estava no banho então peguei meu celular para checar as mensagens que eu havia recebido.
De: Chaz
Reunião hoje à tarde.
Digitei rapidamente uma resposta antes de pular para a próxima mensagem.
De: Número Desconhecido
Noah, aqui é a Victoria. Por favor, eu preciso MUITO falar com você. Me ligue para marcarmos um encontro. xo
Rolei os olhos e bloqueei o número antes de excluir a mensagem. Victoria era realmente uma vadia insistente quando queria.
- Vamos? - tive que disfarçar o susto que eu levei ao ouvir a voz de Any atrás de mim, quando me virei ela já estava completamente vestida e com seu cabelo úmido.
- Vamos. - bloqueei meu celular e guardei no bolso da calça, puxando a chave do carro que eu tinha largado em cima da mesa de cabeceira.
Não encontramos nenhum dos caras no caminho que fizemos até a garagem da casa. Entramos no meu carro e Any já foi direto ligar o rádio do carro alegando que precisávamos de uma música.
- O que acha de me ensinar a dirigir? - ela perguntou enquanto eu dirigia para o lugar que iríamos.
- Não tenho essa paciência toda. - disse sem desviar os olhos da pista.
- Fala sério, nem vai ser tão ruim assim. - a vi encolher os ombros com a minha visão periférica. - E vai ser até legal, sabe? Ninguém precisando me levar nos lugares ou algo do tipo... Eu posso até ter meu próprio carro.
- Por que seu pai nunca te ensinou?
- Ele é muito ocupado para essas coisas, Noah. - suspirou.
- É, deve estar muito ocupado roubando dinheiro da população de Los Angeles. - resmunguei e no segundo seguinte estava recebendo um tapa, o que me fez olhar Any com meu pior olhar antes de voltar a prestar atenção no caminho.
- Não é como se você fosse muito diferente. - resmungou de volta.
Preferi deixar aquela discussão para lá, não queria prolongar aquilo.
Nós fizemos alguns passeios curtos por algumas partes de Vegas, Any queria ter um dia normal com o namorado dela - palavras que ela mesma usou - e achou que andar pelas ruas de mãos dadas enquanto dávamos uma de turistas pela cidade era perfeito.
- Vem, quero te dar uma coisa. - eu a puxei pela mão enquanto ela me olhava desconfiada.
- O que é? - perguntou sem aguentar sua curiosidade.
- Estava pensando em algo para você ter sempre com você. - dei de ombros e olhei para ela enquanto andávamos pelas calçadas da cidade. - O que acha?
- Hum... Isso seria bom. - ela abriu um sorriso.
Any ficou de boca aberta quando eu puxei ela para dentro de uma joalheria, talvez a mais cara daquela cidade. Eu podia jurar que seus olhos estavam até brilhando quando ela olhou para mim sem acreditar, como se eu não fosse o tipo de cara que dava presentes desse tipo... E eu de fato não era, até ela surgir.
- Pode escolher o colar que quiser, bebê. - sussurrei contra seu ouvido, dando um beijo na sua testa quando afastei meu rosto.
Any sorriu simpática para a vendedora antes de entortar a boca e olhar todas as opções de colares que haviam ali.
- Assim não tem graça, Noah. - negou com a cabeça, voltando a olhar para mim. - Você que tem que escolher algo, sabe... Qual desses você acha que eu gostaria de receber? Qual te lembra de mim?
Rolei os olhos.
- Qual é, Gabrielly...
- Você consegue fazer isso, nem é tão difícil assim. - me interrompeu e eu bufei.
- Senta ali e fecha os olhos então. - apontei para a poltrona de veludo preta.
Any sorriu animada antes de fazer o que eu havia mandado e eu me virei irritado para a vitrine de colares. A vendedora falava baixo comigo tentando me dar dicas sem que Any ouvisse e eu queria esganar ela por estar me forçando a fazer isso. Aquela merda era mais difícil do que eu esperava e eu demorei mais do que o estimado para escolher um colar que achei que combinasse com ela.
Peguei a bolsa da loja extremamente irritado antes de voltar até Any, que se mantinha de olhos fechados.
- Pode abrir. - e ela não esperou mais nenhum segundo para abrir os olhos, rindo ao ver a bolsa da loja na minha mão.
- Deixe-me ver. - tentou pegar a bolsa de mim mas eu afastei a mão, impedindo-a.
- Agora você só terá depois do nosso almoço. - sua boca abriu em choque, como se eu tivesse acabado de dizer um absurdo.
- Como? - ela negou com a cabeça. - Não acredito que você vai manter minha curiosidade por mais tempo.
- Pois eu vou. - disse. - Agora vamos porque estou começando a ter fome.
Durante toda a viagem de carro até o restaurante Any ficou resmungando no meu ouvido sobre como não é bom deixá-la curiosa porque isso atiça sua enxaqueca, eu ignorei tudo o que ela disse e me recusei a mostrar o colar que eu tinha escolhido antes de hora.
Felizmente ela parou de reclamar quando viu a Torre Eiffel de Vegas e ficou com aquela sua expressão boquiaberta quando nós começamos a nos dirigir para o interior da torre já que o restaurante ficava no décimo primeiro andar dela.
A vista do restaurante era impecável e eu me aplaudi mentalmente por ter me lembrado daquele lugar e ter pensado o quanto a Any iria adorar aquilo, confirmando isso ao ver como ela olhava tudo com olhos admirados.
- Reserva em nome de Noah Urrea . - falei para a recepcionista, ganhando um beliscão de Any como se ela me repreendesse pelo meu tom de voz.
- Sejam bem-vindos senhor e senhora Urrea, irei acompanhá-los até sua mesa. - ela falou educada antes de caminhar em direção à mesa, tinha deixado bem claro no telefone que queria uma mesa próxima à parede de vidro e era bom que eles tivessem acolhido minha ordem. - Fiquem à vontade!
Não deu nem tempo da mulher sair e um garçom já chegou na mesa com a mesma educação ensaiada quando nos entregou o menu, com Any sendo simpática por nós dois.
- Sabe, não é tão ruim assim falar palavras de educação de vez em quando. - ela disse ao abrir seu menu.
- Me gasta muito tempo. - resmunguei, colocando a bolsa com o presente de Any no canto da mesa.
Na hora de fazermos nossos pedidos eu quis lagosta e Any salmão grelhado, e para acompanhar eu pedi o vinho mais caro que tinha no restaurante.
- É ótimo estar aqui com você. - Any disse assim que o garçom se afastou e aproveitou que minha mão estava apoiada na mesa para segurá-la. - São raros esses momentos em que estamos sozinhos fazendo esse tipo de coisa que casais normais fazem e eu realmente gosto disso.
- Posso fazer o sacrifício de te proporcionar mais momentos como esses. - dei um beijo em sua mão.
- Tenho certeza que consegue ser mais romântico que isso. - estreitou os olhos para mim com um sorriso implicante nos lábios.
- Mas é sério, bebê. - umedeci os lábios com a língua. - Eu posso regredir à minha adolescência e te trazer a mais encontros se você gosta disso.
- Eu sei que pode. - agora seu sorriso era sincero. - E sabe, para termos essa experiência mais completa você podia me falar mais sobre você e o seu passado... Você sabe.
- Mas eu já te contei sobre meu passado. - juntei as sobrancelhas em confusão.
- Não, você me contou sobre seu passado com Victoria. - sua mão acariciava a minha. - Eu quero saber mais, sabe? Quero saber sobre tudo, desde as suas raízes. É como se você soubesse absolutamente tudo sobre mim e eu soubesse apenas um pouco sobre você. Tipo, e os seus pais? E sua família? Sua antiga cidade? O que te fez ir para Los Angeles?
Any tinha a boca aberta em choque quando eu terminei de contar a história, talvez não passasse na sua cabeça que algumas pessoas tinham problemas maiores com os pais do que a ausência parental.
- E o seu pai? - ela pigarreou. - Como ele está agora?
- Ele é o maior traficante do Canadá agora pelo que eu fiquei sabendo mas nós não temos contato algum. - dei de ombros mais uma vez. - Ele lá e eu aqui, é melhor assim.
- E sua mãe? Vocês estão bem, não é?
- Nos afastamos bastante quando eu me mudei e decidi levar a vida que levo hoje, é difícil eu ter tempo para falar com ela hoje em dia mas às vezes acontece. - disse simples. - Temos uma boa relação no geral, nos damos bem. Só estamos distantes agora.
E antes que ela pudesse continuar com suas perguntas o garçom voltou com nosso pedido como se soubesse que esse era o momento perfeito para atrapalhar a conversa.
Eu definitivamente não gostava de falar sobre a minha família.
Any entendeu que eu não queria continuar com aquele assunto e nós ficamos em um silêncio leve enquanto comíamos, só aproveitando a companhia um do outro sem precisar falar para isso.
Depois do almoço eu peguei a bolsa da joalheria e seus olhos curiosos subiram para mim.
- Acho que está na hora disso. - disse e vi um sorriso crescer em seu rosto.
- Finalmente! - disse animada e faltou pouco arrancar a bolsa azul da minha mão.
Observei cada detalhe das suas reações desde o momento em que ela lutava para abrir a bolsa até o momento em que ela abriu a caixa do colar. Sua boca entreabriu pela milésima vez hoje e ela subiu seu olhar para mim como se estivesse incrédula, aquilo estava me deixando nervoso por não saber se sua reação estava sendo boa ou não.
- E aí? - perguntei, vendo um sorriso ocupar seus lábios quando pegou o colar com a mão.
- Noah, ele é... - ela pareceu suspirar e subiu seu olhar para mim. - Perfeito... Ele é perfeito!
O colar era de ouro branco e tinha um pequeno pingente de diamante em forma de coração.
Ela me pediu ajuda para colocá-lo e eu nem mesmo reclamei ao me levantar do meu lugar para ir para trás dela prender o colar no seu pescoço, até porque ele parecia ter sido feito exclusivamente para ela. Quando eu voltei para o meu lugar Any tinha um sorriso tão grande nos lábios que parecia que ele queria mais espaço em seu rosto do que tinha.
- Que bom que você gostou porque foi trabalhoso pra caralho. - ela riu enquanto assentia com a cabeça.
- Definitivamente nosso primeiro encontro foi perfeito. - sua mão procurou pela minha em cima da mesa e ela entrelaçou nossos dedos.
- Eu te amo, bebê. - falei baixo para ela, que jogou um beijo no ar para mim. - E eu juro que poderia ficar com você aqui para sempre mas tenho uma reunião com os caras e não posso deixar de ir.
- Vou te liberar dessa vez. - brincou.
Paguei a conta do restaurante e dirigi como um louco para casa por saber que eu já estava atrasado para a reunião, Any reclamou do excesso de velocidade até entrarmos na mansão.
Eu a acompanhei até a porta do quarto.
- Não demora. - pediu e me deu um selinho.
- Vou tentar, bebê.
Esperei até ela entrar e fechar a porta para então ir até o nosso escritório improvisado. Os caras já estavam todos lá e para minha surpresa Riley estava também, e tudo indicava que a reunião já havia começado sem mim.
- Finalmente, Urrea. - Chris falou em tom de reprovação pelo meu atraso.
- E aí? Alguma coisa? - perguntei querendo novidades.
- Descobri quem era o cara que mexeu com a Any ontem no cassino. - Riley informou. - Alex Sucre. Ele fazia parte de uma gangue rival aqui de Vegas e adivinhe só? Era uma gangue aliada à Josh.
- Uma coisa me deixa curioso, sua gangue não se importa em você estar nos ajudando mais do que à eles não, Riley? - Henry questionou e eu revirei os olhos.
- Foco no que é importante aqui, Tindel. - resmunguei.
- Urrea, eu entrei em contato com nossos aliados em Los Angeles e nossos capangas para saber como os negócios andam. - Chaz disse. - Josh está incrivelmente calmo e não tentou nada contra nós por lá, nem mesmo se aproveitou da nossa ausência. E nossos aliados disseram que o prazo para entregarem a cabeça de Any se esgotou.
- Alguém por acaso tem uma notícia boa aí? - questionei e recebi o silêncio como resposta, o que me fez bufar.
- Eu tenho mais uma ruim caso você queira ouvir. - Ryan disse e eu revirei os olhos antes de mandá-lo prosseguir. - Os caras que colocamos na cola de Josh para nos dar informações disseram que ele está próximo de uma mulher chamada Amanda Bones.
- E quem é essa?
- Segundo às minhas pesquisas, ela é uma mulher da polícia. - informou. - A teoria é de que ele esteja planejando algo grande e esteja mantendo ela perto para que tenha alguém para livrar a bunda dele da reta da polícia.
- Ela é influente na polícia?
- Não tanto. - deu de ombros. - Mas o suficiente para mexer os pauzinhos lá dentro.
Bufei com raiva.
- O filho da puta do Josh está realmente juntando uma puta equipe contra nós. - esbravejei. - Precisamos descobrir logo o que essa porra está bolando.
- Eu estava conversando com eles antes de você chegar e... Está muito arriscado mantermos a Any do nosso lado. - Henry disse. - Nós trouxemos ela para cá porque achamos que seria seguro mas nem aqui ela está à salvo, lembra do que aconteceu antes? O melhor que podemos fazer para protegê-la é nos afastar dela, fazer o que Chris havia falado antes.
- E antes que você comece a surtar, seja um pouco racional. - Chris pediu. - Chaz vai conseguir que seu pai dobre a segurança com ela e Any vai estar mais segura sem ter tudo o que nos ronda por perto e só então eles vão focar em nos atacar e não em atacar ela.
Engoli em seco tentando absorver tudo o que eles estavam falando ali.
Deixar a Any ir.
E por um segundo eu achei que fosse realmente uma boa ideia, talvez a única no momento. Eu precisava deixar ela ir, precisava mantê-la longe de mim.
Chris tinha razão, ela só vai estar segura quando estiver longe de tudo isso nos rondando. A verdade era que nunca estaremos seguros em lugar nenhum e isso faz parte da vida que levamos mas era egoísta demais eu mantê-la por perto por não querer que ela vá embora mesmo sabendo que era perigoso para ela estar ao nosso lado. No fundo eu sabia que ela estaria muito mais segura na fortaleza que era a casa dos seu pais e não fugindo pelo país comigo das merdas que eu arrumei, até porque eu não poderia viver fugindo então toda essa tentativa seria inútil.
Eu precisava deixar ela ir.
Pela primeira vez não estava pensando como um filho da puta egoísta e estava colocando em primeiro lugar, eu seria capaz de aguentar viver sem ela se eu soubesse que ela estava bem e segura, o que ela nunca estaria se continuasse comigo. Any merecia mais do que ficar fugindo pelo país se escondendo com medo de que um filho da puta tente fazer alguma coisa contra ela só por saber que ela está comigo.
Eu precisava ser sincero aqui, eu não sabia se poderia protegê-la disso. Josh já conseguiu fazer mal à ela uma vez e ontem outro cara iria fazer o mesmo, e eu não cumpri meu papel de protegê-la nenhuma dessas vezes.
Eu amava aquela garota e eu faria qualquer coisa para vê-la segura, mesmo que isso custe a minha sanidade.
- Chaz? - busquei pelo irmão da minha garota na sala como se pedisse por sua opinião já que minha mente mal estava funcionando direito, quando eu vi seus olhos baixos e a maneira como ele entortou a boca eu já sabia o que estava por vir.
- Eu não consigo pensar em uma solução melhor no momento, Noah.- seu tom de voz era baixo e eu podia apostar que isso estava sendo tão difícil para ele quanto para mim.
Respirei fundo e passei a mão no rosto, amaldiçoando o maldito momento em que me apaixonei por alguém. Essa porra só complicava.
- Tudo bem. - suspirei. - Vamos agilizar tudo para que ela volte à Los Angeles amanhã cedo.
- Pretende conversar com ela? - Ryan pergunta com cautela. - Você sabe... Ela ir embora significa que vocês terão que terminar, sem contar que ainda vai levar algum tempo para voltarmos para Los Angeles também.
- Não, só vou mandar ela arrumar as malas e ir embora. - disse.
Despedidas não eram o meu forte, principalmente esse tipo de despedida.
- Não é assim que as coisas funcionam. - Chaz falou incrédulo. - Você vai ter que falar com ela direito e sem ser um babaca do caralho, ela já vai sofrer por estar indo então não precisa ter mais o peso de ter um ex-namorado filho da puta.
Ex-namorado. Eu teria que me acostumar com isso.
- Beleza. - revirei os olhos. - Comecem a ajeitar as coisas para que ela possa voltar para Los Angeles em segurança.
Eu não falei mais nada antes de sair do escritório e ninguém me impediu, eles sabiam que bater de frente comigo quando estava com esse humor lixo não era uma boa ideia.
Quando eu abri a porta do quarto encontrei Any saindo do closet, agora vestindo roupas casuais. Ela abriu seu maior sorriso quando me viu ali e eu poderia jurar que ela estava fazendo de propósito se ela soubesse o que estava acontecendo. Suspirei antes de fechar a porta atrás de mim e ela caminhou em passos tranquilos para se aproximar, sua expressão logo se tornando preocupada.
- Está tudo bem?
Eu sabia que era o momento perfeito para eu dizer de uma vez o que tinha sido decidido no escritório mas eu não consegui formular palavras.
Bufei antes de puxá-la pela cintura e beijá-la com urgência, um beijo com gosto de última vez. Any nem mesmo contestou, era como se ela soubesse que eu precisava daquilo naquele momento e então apenas me puxou para mais perto. Eu não estava com pressa daquela vez, só queria aproveitar cada parte dela com calma, queria gravar cada coisa.
Trouxe ela para cima e a peguei no colo, caminhando até a cama sem atrapalhar nosso beijo quando a coloquei delicadamente sobre o colchão, ficando por cima dela.
Eu precisava de uma despedida.
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