17. Jealous side

Noah Urrea • POV

Quando Ryan terminou de contar a nova merda a minha única reação foi pegar o vaso de planta que ficava ao lado da porta e arremessá-lo contra a parede, mas nem mesmo a sensação de ver a destruição causada por mim foi capaz de sequer começar a me acalmar, acho que a única coisa que me faria relaxar agora seria ter a cabeça decapitada de Josh em minhas mãos.

Ele estava jogando baixo e eu não toleraria isso. Era a primeira vez que eu tinha um ponto fraco e ele estava se aproveitando disso, atacando por todos os lados para tentar me enfraquecer. Essa porra de gostar de alguém era a maior cilada que eu já havia me metido.

- POR QUE DIABOS ELES TÊM QUE METER ELA NISSO? - gritei de súbito, chutando os cacos de vidro do vaso com minha mandíbula travada com toda a tensão que estava correndo meu corpo.

- Já falei que quebrar a casa inteira não vai nos ajudar em nada. - Chaz tentou me acalmar mas era só olhar para ele que era nítido que ele estava fervendo em ódio assim como eu, porém ele era um pouco mais contido. - Agora mais do que nunca temos que pensar com a merda da cabeça, a vida da minha irmã está em jogo aqui e nós precisamos bolar alguma coisa.

- Eu não consigo, Chaz, simplesmente não dá agora. Quero chutar essa merda toda para o espaço e matar Josh nesse exato momento, sem pensar nas merdas das consequências ou qualquer outro tipo de coisa. - meu peito subia e descia em uma respiração ofegante.

- Todos sabemos que ele está ultrapassando todos os limites da nossa paciência mas Chaz está certo, ao invés de ficarmos perdendo tempo declarando nosso ódio por ele nós temos que pensar em algo à fim de proteger a Any. - Chris opinou, ele de longe era o mais calmo e calculista entre nós. - Acabei de mudar de ideia sobre toda a história da Any voltar para a casa dos pais, eles não saberiam protegê-la de algo nesse nível, nós sim. Estou com o Urrea nessa agora.

- Não posso simplesmente falar aos meus pais que a Any não vai mais voltar amanhã, eu nem sei o que eu diria para convencê-los disso.

- Fala sério, Chaz. Você já cansou de dizer que o cuzão do seu pai raramente está em casa e sua mãe não é nem de longe a mais presente. - falei. - Eles não são os pais mais preocupados do mundo para você lançar uma dessa.

- Mas eu teria que ter alguma desculpa, não posso simplesmente chegar e dizer que a filha deles está sendo ameaçada de morte por bandidos da cidade. - Chaz foi irônico.

- E se fosse para ir à uma viagem? - Ryan se pronunciou, ele estava com a sua cara de quando sua mente estava formulando um plano rápido.

- Qual sua ideia? - perguntei.

- Las Vegas. - ele abriu um sorriso. - A maior parte das gangues de lá são aliadas nossa, eu diria que 80% dos criminosos de lá estão do nosso lado. Já está claro que temos que dar um tempo de Los Angeles já que a cabeça da Any está a prêmio aqui, não existe cidade mais favorável para irmos passar um tempo do que Vegas.

- Não é uma ideia ruim. - Chris disse, concordando com Ryan. - Na verdade é uma boa. Passar um tempo em Las Vegas pelo menos até a poeira baixar e nós conseguirmos nos armar contra Josh e Andrew.

- Eu adoraria uma temporada em Vegas. - Henry disse com um sorriso.

- E como eu falaria para os meus pais que a Any vai para Vegas? - Chaz pareceu pensativo. - Não é bem o lugar que eles gostariam de ver a filhinha deles.

Nós ficamos em silêncio quando ouvimos barulhos de porta no andar de cima, nos viramos para a escada e bem no topo dela estava Any em seu pijama e sua cara amassada de sono, ela franziu o cenho a medida que descia os degraus e via nossas expressões e o vaso quebrado que espalhou terra e planta.

- Acordei com os barulhos. - ela falou quando todos nós continuávamos a olhar para ela, com seus dentes mordiscando seus lábios como ela faz quando está nervosa ou curiosa. - O que aconteceu aqui? Por que estão com essas caras? - Any pareceu cheirar o ar e em seguida fez uma careta. - E que raio de cheiro é esse?

- Any, é melhor você voltar para o quarto. - falei sério. - Estamos resolvendo algumas coisas aqui.

Ela ignorou tudo o que eu disse e desceu os degraus que restavam com mais pressa, praticamente correndo até mim. Franzi o cenho quando ela segurou a minha mão mas eu entendi o que ela queria quando ela levantou minha mão na altura de seus olhos para analisá-las.

- O que houve? - perguntou ao ver os nós dos meus dedos feridos por eu estar socando a parede minutos antes.

Puxei minha mão de volta e neguei com a cabeça, no fundo ela sabia que aquela não era uma boa hora.

- Volta para o quarto, daqui a pouco eu subo para te explicar o que está acontecendo. - Any demorou um pouco mas assentiu com a cabeça, mesmo contrariada.

Any alternou o olhar entre todos nós antes de fazer o que foi pedido, subindo a escada de volta para o andar de cima.

- É melhor continuar essa conversa no escritório. - Chris disse e nós concordamos.

Fui o último a entrar no escritório e fechei a porta atrás de mim, ninguém nem mesmo se deu ao trabalho de se sentar.

- Chaz, você acha que consegue que seus pais autorizem a Any de ir para Vegas com a gente? - perguntei, Chaz fez uma careta antes de assentir.

- Se eu insistir acho que consigo.

- Beleza. - suspirei. - Chris, você está encarregado de arrumar um lugar para ficarmos lá. - ele assentiu com a cabeça. - Ryan, entre em contato com as nossas gangues aliadas de Vegas e avise que estamos indo para lá passar algum tempo. - ele concordou e esfregou as mãos uma na outra parecendo animado. - Henry, você vai arrumar o meu jatinho para irmos, quero o vôo para amanhã bem cedo. - ele respondeu em positivo. - E eu vou falar com a Any, explicar a situação.

- Nós combinamos de não falar para ela agora. - Chaz protestou.

- Não vou entrar em detalhes. - disse. - Só vou dizer o que vai acontecer agora.

Nós ficamos no escritório por mais algum tempo, os caras foram imediatamente fazer o que eu havia mandado visto que nós não tínhamos muito tempo para resolver tudo. Eu só fiquei até o final da ligação entre Chaz e seu pai para garantir que ele não empataria nossa viagem, e quando a resposta foi positiva eu saí do escritório para falar com a garota envolvida nisso tudo.

Abri a porta do quarto devagar e ela estava lá sentada na cama assistindo televisão. Ela já vestia roupas casuais agora, seu cabelo molhado e o cheiro de morango que vinha dela provava que ela devia ter acabado de sair do banho.

- Demorou. - disse quando deixou de olhar para a televisão para prestar atenção em mim, pousando o controle em suas pernas que estavam esticadas na cama. - Já está pronto para falar?

- Nós vamos para Las Vegas amanhã cedo.

- E quando vocês pretendem voltar? - juntou as sobrancelhas parecendo confusa.

- Você vai junto, Any. - e aí sua expressão confusa ficou mais evidente, além dos seus olhos ligeiramente arregalados.

- Eu? O quê? Por quê? Como? - ela fez todas as perguntas rápido demais, me fazendo questionar se ela tinha respirado nesse meio tempo.

Bufei só de lembrar dos acontecimentos das últimas horas e me aproximei da cama, me sentando ao lado do seu corpo.

- As coisas estão ficando mais sérias por aqui, achamos melhor passarmos um tempo em Vegas pelo menos até a poeira abaixar. - fui vago. - Chaz já ligou para seus pais, eles já estão sabendo sobre a viagem e deixaram você ir.

Sua boca entreabriu enquanto ela parecia processar todas as informações na sua mente.

- Bom... - ela umedeceu os lábios. - Não sei, não esperava por essa... Mas vai ser legal viajar com vocês, eu acho. - pigarreou. - Mas será que eu poderia saber o motivo de todos vocês estarem tão nervosos na sala quando eu cheguei?

Neguei com a cabeça, ela bufou mas no fundo acho que ela já sabia que eu não fosse entrar nesse assunto com ela.

- Não faça perguntas que você sabe que eu não vou te dar as respostas. - falei.

- Não custa nada tentar. - deu de ombros, se ajeitando na cama e abrindo os braços para mim, me fazendo olhá-la sem entender. - Algo me diz que você está precisando de carinho agora. - eu ri nasalado.

- Fala sério, Any. - neguei com a cabeça.

- Prometo que vai fazer você se sentir melhor e mais calmo, pelo menos um tiquinho. - insistiu. - Me deixe te dar carinho quando eu acho que você precisa.

- Preciso de mil coisas no momento e nenhuma delas é carinho.

Any revirou os olhos e ignorou todas as minhas palavras quando me puxou para uma espécie de abraço desajeitado, me fazendo apoiar a cabeça no seu ombro mesmo com todos os meus resmungos e me abraçou forte como se sua força fosse o suficiente para eu não escapar dali.

Soltei o ar que eu estava segurando e decidi fazer o que ela queria dessa vez, mas só um pouco. E ela estava certa, eu consegui relaxar em seus braços e tranquilizar minha mente de uma forma que tudo o que a ocupava era a garota que me abraçava e como eu seria capaz de fazer qualquer coisa para protegê-la de tudo e todos.

Any Gabrielly • POV

Noah não pareceu querer sair do meu abraço mais e essa era uma das melhores sensações que eu já tinha experimentado. Ele estava praticamente deitado em cima de mim agora enquanto eu acariciava suas costas com a ponta de meus dedos, minha única garantia de que ele não estava dormindo era que eu conseguia ver seus olhos vagos.

Eu sabia que tinha algo incomodando ele e não parecia ser qualquer bobeira. Quando eu cheguei na sala há horas atrás ele estava tão vermelho e sua veia do pescoço estava tão saltada que eu podia jurar que ele explodiria a qualquer momento de raiva, sem contar que eu sabia bem que ele tinha ganhado seus machucados nos dedos socando coisas e que aquele vaso quebrado no meio da sala tinha sido obra sua. Estava tentando controlar minha curiosidade mas eu realmente precisava saber o que estava acontecendo.

- Não me leve a mal - não consegui controlar minha curiosidade, mantive minha voz baixinha para não irritá-lo de alguma forma. - O que fez vocês decidirem ir para Las Vegas tão do nada assim?

Ele estava mais relaxado agora então levou a pergunta na boa dessa vez, acho que esse era o segredo para lidar com Noah e arrancar informações dele: nunca tentar quando ele estiver com raiva ou irritado.

- Muitas coisas estão acontecendo, Any.

- Você pode me contar as suas coisas, eu sou uma boa ouvinte. - dei um beijo em sua testa. - Nós combinamos que não haveria segredos entre nós, se lembra?

- Isso não se aplica quando se trata dos meus negócios, você não precisa saber dessas coisas. - sua voz se manteve calma.

- Mas acho que eu mereço saber sobre as coisas que estão acontecendo. - murmurei. - Me conta pelo menos uma?

Ele bufou em desistência.

- Tudo bem, apenas uma coisa e você não me faz mais perguntas. - se rendeu. - Josh matou a Jessica.

Paralisei quando as palavras deixaram a sua boca e arregalei os olhos enquanto a frase parecia ecoar na minha cabeça.

- C-Como assim? - gaguejei sentindo minha garganta secar.

- Eu disse sem mais perguntas. - ele resmungou.

Meus olhos lacrimejaram, eu não estava conseguindo processar aquela informação. Como assim Jessica havia sido assassinada? Eu convivi com ela por algum tempo quando ela namorava meu irmão, por mais que eu não soubesse quem ela de fato era depois de todo o incidente no racha há um tempo atrás eu não podia evitar sentir uma pontada de dor por saber que ela tinha morrido, ainda mais em pensar tudo o que Josh não devia ter feito ela passar antes de morrer, só isso já era o suficiente para me causar calafrios.

Noah pareceu perceber que aquilo tinha me afetado e se levantou do meu colo, e agora quem me puxou para seus braços foi ele. Ele parecia um pouco desajeitado na hora de me consolar mas só o seu esforcinho já me reconfortava.

Engoli em seco e fitei as marcas ainda presentes nos meus pulsos, marcas causadas por Josh. Só lembrar o que eu passei em suas mãos me fazia querer chorar, imaginar o que Jess deveria ter passado também só fazia meu horror à ele aumentar.

Noah estava observando cada gesto meu e foi rápido em acariciar meus pulsos, bem em cima das marcas.

- Não pense demais sobre isso. - ele sussurrou contra meu ouvido.

- Jess pode ter passado o mesmo que eu e... Eu podia ter morrido aquele dia também. - não consegui evitar a primeira lágrima de cair.

- Mas você não morreu, bebê, a gente te salvou antes de qualquer coisa acontecer. - ele tentou me consolar e me apertou mais contra seus braços mas apertou com tanta força que eu estava quase sendo sufocada, mesmo assim eu não reclamei, eu estava precisando de qualquer tipo de carinho no momento.

- Como Chaz está com isso? - questionei.

Ainda não sabia o motivo do término dos dois mas sabia que Chaz ainda tinha muitos sentimentos por ela, ele deve ter ficado arrasado com a notícia.

- Nós tivemos tantas coisas para resolver que eu acho que ele ainda nem teve tempo de parar para pensar nisso.

- Por que você acha que ele a matou? - tive que engolir em seco.

- Porque ela sabia demais, desconfiamos que ela estava do lado dele ou algo do tipo. - deu de ombros.

E então o dia do racha voltou para minha mente, onde Jessica me levou até Victoria. Talvez as duas estivessem do lado de Josh durante todo esse tempo, e só de pensar que eu guardei essa informação para mim fazia minha culpa crescer.

Me desvencilhei dos seus braços para conseguir olhar em seus olhos.

- Noah, tem uma coisa que eu preciso te contar... - disse baixo. - Na verdade já era para eu ter contado há um tempo.

- O quê? - sua expressão ganhou curiosidade.

- Naquela noite em que nós fomos todos à um racha, eu encontrei com Jessica. - engoli em seco. - E ela me levou até Victoria, as duas pareciam ter planejado aquilo. Não acho que ela realmente estivesse do nosso lado.

Noah juntou as sobrancelhas processando a informação que eu tinha acabado de lhe passar e em questão de segundos ele travou sua mandíbula me provando que seu momento de calma tinha passado.

- E por que você não me contou essa merda antes? - ele praticamente rosnou, revirando os olhos em seguida. - O que elas falaram para você?

- Jessica não disse nada demais, apenas me levou até Victoria. - contei. - Mas Victoria estava agressiva, sabe? E parecia querer me convencer a me afastar de você, na verdade ela disse isso com todas as letras. Ela chegou a me ameaçar e eu podia jurar que ela teria me agredido se Chris não tivesse chegado lá.

Noah ergue uma sobrancelha.

- Calma aí... Chris te ajudou?

- Sim, ele chegou lá no momento perfeito.

- Ele estava lá e eu não. - ele estreitou os olhos, parecendo de fato afetado com aquilo por mais que não houvesse motivos plausíveis.

- Ei... Não tem nada demais nisso. - murmurei. - Ele só estava passando por lá naquele momento.

- Na verdade eu não duvido que ele tenha te seguido até lá. - ele falou e daquela vez quem ergueu a sobrancelha fui eu. - Chris é a merda de um talarico, já faz um tempo que eu notei os olhares dele para você.

- Você está surtando? - estalei a língua no céu da boca. - Ele nunca tentou nada e sempre me tratou com muito respeito.

- Não quero você perto dele mais. - franzi o cenho assim que ele cuspiu as palavras para fora com certa raiva.

- Não tem motivos para eu não ficar perto dele, ele é uma ótima pessoa e acima de tudo é seu amigo e amigo do meu irmão. - cruzei os braços. - Essa cena que você está fazendo é ridícula e desnecessária.

- Fala sério, Any, ele nem mesmo deve ter boas intenções com você.

- Não é como se ele estivesse afim de mim. - revirei os olhos.

- Foda-se, Any, você só não está notando isso. - negou com a cabeça. - Eu não quero mais você perto dele. - repetiu, me fazendo rir sem nenhum humor.

- Você não manda em mim, Noah. - respondi irritada.

- Eu sou seu namorado agora. - elevou um pouco mais seu tom de voz, mostrando que essa conversa não estava irritando só a mim.

- Sim, você é meu namorado e não o meu dono. - fui séria e ele bufou irritado.

Ele levantou da cama quase em um pulo e todo o tempo que eu fiquei ali o acalmando foi em vão.

- Foda-se essa merda. - ele resmungou já a caminho da porta. - Vou terminar de resolver os assuntos da viagem, não tenho tempo para ficar nessa discussão com você.

E então ele saiu pela porta me deixando sozinha no quarto.

Puxei o travesseiro e escondi o meu rosto nele, gritando até sentir minha garganta doer para tentar extravasar um pouco o estresse que Noah tinha acabado de me dar. Como podia existir alguém tão cabeça dura quanto ele?

Coloquei o travesseiro de volta no seu lugar e me levantei da cama, fazendo meu caminho para fora do quarto também. Eu que não iria ficar lá sozinha, só se fosse para espetar um boneco vodu com a cara de Noah mas como eu não tinha me contentei em ir procurar meu irmão pela casa, o encontrando na sala sozinho com seu laptop no colo. Me sentei ao seu lado no sofá e o olhei com olhos curiosos, desejando ter o poder de ler mentes para saber tudo o que estava se passando pela dele.

- O que você quer perguntar? - ele disse ao deixar de olhar para a tela do computador para olhar para mim, o que me provava que eu era mesmo previsível.

- Como você está? - perguntei baixo.

- Ele te contou? - afirmei com a cabeça, ele suspirou. - Eu não sei, estou com tantas coisas na cabeça no momento que eu nem mesmo tenho certeza sobre como estou me sentindo.

- Eu sinto muito. - ergui minha mão para poder fazer um cafuné nele, procurando lhe confortar.

- Quem sabe assim não seja mais fácil de superá-la. - deu de ombros, mas eu sabia que aquilo tinha o afetado mais do que ele demonstrava.

- Tenho certeza que a vida está reservando coisas muito boas para você no amor, Chaz. - abri um pequeno sorriso para ele.

- Não é como se eu esteja procurando por isso agora. - ele riu pelo nariz.

- Mas é quando a gente não está procurando que o destino age.

- Você está se revelando uma grande romântica. - fez uma careta. - Do tipo água com açúcar. - dei risada.

Olhei para a tela do seu computador e vi que ele estava acessando um site para comprar uma mansão nova em Las Vegas. Analisei a casa que ele estava vendo no momento e fiz uma careta.

- Essa casa não é nada a cara de vocês. - opinei.

- Também não é minha favorita. - concordou comigo. - Eu gostei dessa... - e então ele trocou o website para me mostrar uma mansão lindíssima, ela era pintada de preto e seus detalhes eram em vidro.

- Essa é perfeita! - disse animada.

- Então será essa. - Chaz decidiu.

- Mas é meio cara... - falei ao checar o preço, me assustando com a quantidade de zeros no número.

- Dinheiro não é problema para nós, Any.

Acho que eu nunca me acostumaria de fato com tudo aquilo, com o jeito que eles faziam dinheiro. Eu não concordava e eles sabiam disso mas eu tinha jurado que daria suporte à eles.

- O que você falou para nossos pais me deixarem ir?

- Na verdade não foi muito difícil. - Chaz encolheu os ombros. - Só falei que eu iria viajar com uns amigos e que queria que você viesse junto, então eles apenas deixaram.

- Você sabe como estão as investigações de corrupção contra o papai? - perguntei.

- Estou acompanhando ela, mas até agora não chegou à lugar nenhum. - disse. - Ele sabe bem como tirar sua bunda da reta.

Suspirei e me encostei no sofá. Era assustador como as coisas estavam apertando para todos ao meu redor.

- Acho melhor eu ir para o escritório agora, ainda estamos agilizando as coisas para nossa viagem amanhã. - ele fechou seu laptop e se levantou, colocando o aparelho debaixo do braço para carregar com ele. - Te vejo depois, aproveita para preparar suas malas. - se inclinou e deixou um beijo em minha testa antes de seguir para o escritório.

Vegas estava nos esperando.

Notas finais:
Comentem bastante ❤️
Leiam OVERCOME.

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