Caso da cabeça (Parte 1)

Uckermann entra em sua casa com uma revista e uma carta nas mãos, enquanto sua mãe tomava café sentada no balcão da cozinha, lendo jornal.

Uckermann: Isso. – Diz animado, enquanto olha a revista.

Marie: Porque está animado? – Questiona enquanto lê o jornal.

Uckermann: É o último exemplar da Sky Wall, jóia. – Diz mostrando a ela e ao chegar perto dela joga a revista em cima do balcão.

Marie: Ah, sério, querido? – Questiona. – Quem assina Sky Wall? – Questiona sem acreditar. – Ler aquelas bobagens no avião não chega? – Questiona  a ele levando seu copo de café a boca.

Uckermann: Bobagens? – Questiona revoltado. – Mãe, eu tenho que dizer que esse é o ingresso para as invenções mais sensacionais do mundo. – Diz a ela. – A onde mais se encontra um controle com um abridor de garrafa. – Ele para de falar na hora que vê algo no outro papel que trazia.

Marie: O que foi? – Questiona.

Uckermann: Acho que é a carta de aprovação da Isabela pra Stamford. – Diz a mãe se sentando em uma cadeira ao seu lado.

Marie: Ah filho. – Diz pondo a mão nas costas do filho, enquanto ele olhava fixamente pra carta. – Está bem? – Questiona.

Uckermann: É que torna tudo mais real. – Comenta. – Ela cresceu tão rápido, né? – Questiona.

Marie: Esperava o que? – Questiona. – Que morasse aqui pra sempre? – Sugere.

Uckermann: Bom, ela sim, você.... – Diz baixo, mas a mãe ouve e ambos brincam. Isabela desce as escadas e vê uma carta na mão do pai.

Isabela: É o correio? – Questiona ao pé da escada.

Uckermann: Ah, é. – Confirma se levantando. – É uma cartinha aqui do senhor Stanford. – Revela e Isabela vem correndo animada e pega a carta da mão de Uckermann. – É alguém que você conhece. – Isabela abre a carta com pressa, Marie e Uckermann sorriem vendo a animação dela. Ela começa a ler a carta e uma expressão de surpresa surge em seu rosto.

Marie: E aí, querida? – Questiona curiosa.

Isabela: Eu não passei. – Revela.

Uckermann: O que? – Questiona sem acreditar.

Marie: Ah meu amor, mas eu sinto muito. – Diz a ela.

Isabela: Mas eu já escolhi as matérias. – Comenta. – Eu comprei as camisetas. – Diz sem acreditar. – Já tinha planejado. – Comenta desanimada.
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Saviñón e Uckermann andam lado a lado enquanto caminham até a cena do crime.

Uckermann: Como podem achar que ela não tem valor? – Questiona. – Ela é perfeita. – Comenta.

Saviñón: Na semana passada não queria que ela fosse. – O lembra

Uckermann: É mas eu não torci pra ela não ser aceita. – Contesta. – Eu tinha certeza de que seria. – Comenta. – Você entrou? – Questiona a olhando.

Saviñón: Bom, eu não entraria agora. – Revela. – Ainda sim, coloca o seu ego ferido de lado. – Pede. – Ela deve estar arrasada. –  Deduz.

Uckermann: Na verdade, ela não tá aceitando. – Diz a ela. – Quando eu saí, ela tava no telefone com a universidade, explicando que haviam cometido um erro. – Revela, eles dobram a esquina onde Anahí analisava uma poça de sangue no chão, eles atravessam a fita de isolamento da polícia.

Saviñón: Onde está o corpo? – Questiona.

Anahí: Esta é uma ótima pergunta. – Diz a olhando.

Saviñón: Quer dizer que não há corpo? – Questiona.

Anahí: Não, só muito sangue. – Revela. – Seja quem for, não tem como ter sobrevivido. – Revela.

Uckermann: Pra onde ele foi? – Questiona.

Anahí: Você é quem tem essas teorias malucas, Uckermann. – O lembra.

Uckermann: É um zumbi. – Diz a ela e Saviñón o olha incrédula.

Anahí: Há indícios de que o corpo foi removido. – Diz a eles e Chávez se junta a eles.

Chávez: Eu já sei quem removeu. – Avisa. – Testemunhas viram uma van branca saindo da cena do crime, depois das sete da manhã. – Revela.

Saviñón: Viram quem estava dirigindo? – Questiona.

Chávez: Não. – Nega. – Mas tem uma equipe procurando testemunhas e checando câmeras num raio de cinco quarteirões. – Avisa.

Saviñón: Marcas de pneu. – Comenta ao ver uma marca de pneu ali. – Recuperem com gesso as marcas e os peritos conseguem o fabricante e o modelo. – Comenta e Uckermann está curvado olhando algo.

Uckermann: Dois tamanhos diferentes de pegada. – Revela. – Duas pessoas. – Comenta e Saviñón se agacha.

Saviñón: É, nas não há uma trilha delas. – Comenta.

Anahí: Deviam estar usando botas. – Sugere.

Uckermann: Corpo desaparecido, assassinos que cobrem suas pistas. – Cita. – Alguém acha que foi um esquadrão assassino de ataque rápido? – Questiona.

Chávez: Uckermann, você tá querendo dizer que foi uma operação clandestina? – Questiona.

Uckermann: Eu não quero dizer, a evidência tá dizendo. – Diz a ele mostrando tudo em volta. – Aposto que o cara já foi até jogado no mar. – Diz a ele.

Saviñón: Anahí, há uma marca no sangue. – Diz mostrando a ela.

Anahí: É, parece de uma caixa ou de uma maleta. – Comenta.

Saviñón: Deve ser da vítima. – Deduz.

Uckermann: Códigos de lançamento nucleares. – Sugere.

Saviñón: Chávez, há um padrão vamos ver se os peritos podem identificar. – Diz a ele.

Chávez: Aí. – Diz irritado anotando em seu bloco de notas.

Saviñón: Que foi, algum problema? – Questiona.

Chavez: Ah, não, me desculpa, é essa palavra "padrão". – Diz a eles e olha para seu bloco de notas. – A Jenny tá fazendo a lista de presente louça, prataria, taças, lençóis. – Cita e olha para Saviñón. – Sem falar.... – Saviñón o olha com uma cara de quem não está interessada e ele olha para Uckermann que também o olha com a mesma cara e ele apenas concorda com a cabeça entendendo. – Peritos. – Diz fazendo jóia com a mão. – Entendi. – Ele sai e Herrera chega.

Herrera: Oi. – Diz a eles. – Acho que sei a causa da morte. – Revela.

Uckermann: Além, da grande perda de sangue? – Questiona apontando apara a poça de sangue.

Herrera: Foram tiros. – Diz a eles. – Os vizinhos ouviram disparos às seis e quarenta da manhã. – Revela.

Saviñón: Seis e quarenta? – Questiona se levantando. – Tem certeza? – Questiona.

Herrera: Isso, por que? – Questiona.

Saviñón: Porque as testemunhas do Chávez viram uma van saindo daqui às sete. – Revela.

Herrera: Quem mataria alguém esperaria a pessoa sangrar e levaria o corpo? – Questiona.

Uckermann: É, não é um esquadrão assassino de ataque rápido. – Concluí desanimado e Saviñón o olha.
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Saviñón e Perroni andam lado a lado no corredor da delegacia enquanto Uckermann vem atrás delas.

Perroni: Uma marca no sangue é a melhor pista? – Questiona.

Saviñón: Mas é do meu tipo de costume, os peritos determinaram que a maleta é uma Under Wood, bastante cara e somente duas lojas a revendem na cidade. – Revela e eles dobram o corredor entrando no bullpen. – Vão nos dar informações sobre os clientes. – Diz a ela.

Perroni: Tá parecendo um tiro no escuro. – Comenta.

Saviñón: Estamos esperando a análise dos pneus. – Avisa e eles param na mesa de Saviñón. – E o detetive Chávez supervisiona as imagens de mais de cinquenta câmeras de segurança atrás de imagens da van. – Revela.

Perroni: E quanto a vítima? – Questiona. – Alguma chance de identificá-la? – Questiona.

Saviñón: Baseada no sangue, a doutora Portilla determinou que a vítima é um homem. – Revela. – Então procuramos homens que tenham desaparecido na área. – Diz a ele.

Perroni: Homens? – Questiona. – Restringiu as buscas ao sexo masculino? – Questiona.

Saviñón: Bom... – Ela fica sem palavras.

Uckermann: É, em Nova York, se elimina mais de quatro milhões de mulheres, então... – Comenta e Uckermann para ao ver o jeito que Perroni o olha.

Perroni: Senhor Uckermann, não sei o que o prefeito vê no senhor, mas vou dizer uma coisa, tudo tem limite. – Avisa e sai indo para seu escritório.

Uckermann: Talvez se eu mandasse umas flores....  – Sugere.

Saviñón: Não. – Diz de imediato. – Não. – Nega, ela a volta em sua mesa indo até a placa do crime, põe uma pasta em cima de sua mesa.

Uckermann: Então, é uma investigação sem um corpo. – Comenta e se senta em cima da mesa de Saviñón.

Saviñón: Ah. – Ela agarra seus cabelos atrás da cabeça. – Já houve investigações de assassinato onde as autoridades não encontraram o corpo. – Revela.

Uckermann: É, mas nesses casos eles sabiam quem era a vítima. – Diz a ela e ela percebe que isso era verdade. – Pai de quatro desaparece numa viagem de pesca, sangue encontrado na garagem da família. – Cita e Saviñón põe as mãos na cintura. – Por onde começa quando não sabe quem é a vítima? – Questiona.

Saviñón: Você.... – Ela para pensativa. – Você pode.... – Diz e ela solta um suspiro desistindo.

Uckermann: Temos que encontrar um corpo, né? – Questiona.

Saviñón: É, com certeza. – Confirma e Chávez aparece atrás de Saviñón.

Chávez: Acho que eu posso ajudar. – Diz a eles Saviñón o olha. – A câmera do beco registrou três vans que batem com a descrição da testemunha duas astro e uma econoline. – Revela e Herrera se aproxima.

Herrera: É a ecolonine. – Revela parando ao lado de Uckermann e ele o olha. – A análise dos pneus acabou de chegar. – Avisa.

Saviñón: Conseguiu as placas? – Questiona.

Chávez: Sim, a econoline tá em nome de P. W. Storyt. – Revela. – Fica perto da cena do crime. – Comenta.

Saviñón: Tá. – Diz a ele. – Vamos lá. – Diz aos companheiros e todos saem apressados.
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Herrera e Chávez chegam em um carro, estacionado atrás do carro que retirou o corpo do local do crime, atrás em seguida, Saviñón e Uckermann vinham em outro carro e estacionam atrás deles.

Chávez: As placas batem. – Comenta e junto com Herrera descem do carro com arma em punhos, assim como Saviñón, Uckermann era o único sem arma ali.

Chávez para do lado esquerdo da van e Herrera do lado esquerdo e olham pela janela de trás e vão para o lado olhando para a porta do passageiro, não havia ninguém dentro do carro, eles encostam na van. – Saviñón. – Ele lhe mostra algo no chão e eles vêem uma porta perto da onde Herrera estava. Saviñón passa por Chávez na parte da frente da van, onde entram e logo a tem acesso a uma porta com dois lados e uma parte de vidro em ambos os lados. Eles entram, primeiro Herrera, depois Chávez, Saviñón e por último, Uckermann. Eles andam por um corredor de aço. Herrera, Saviñón e Uckermann estavam encostado na parede do lado esquerdo, Chávez toma a frente dobrando um corredor com cuidado, apontando a arma, não havia ninguém, apenas outra porta, os outros também entram ali, Herrera põe a mão na porta e olha para Saviñón.

Herrera: Pronto? – Questiona e Herrera abre a porta, Herrera e Saviñón aponta suas armas, mas naquele local não havia ninguém apenas cápsulas de aço enormes com vidro embaçado.

Uckermann: Que isso? – Questiona confuso. Saviñón entra no local, em seguida Herrera e Chávez. Herrera dobra um corredor ali, pra ver se não tem mais ninguém.

Chávez: O que que tem nisso aí? – Questiona se referindo as cápsulas.

Uckermann: Não sei. – Comenta. – Sei lá, pelo tamanho delas... – Uckermann se aproxima de uma das cápsulase esfrega o vidro embaçado, Herrera volta. – A gente espera que seja... – Uckermann vê uma cabeça ali e se assusta. – PESSOAS! – Grita levando um susto. – São pessoas. – Diz assustado. – Tem pessoas ali, pessoas. – Revela e Chávez e Herrera fazem o mesmo entre duas cápsulas onde revelam mais duas cabeças.

Chávez: Estão congeladas. – Comenta, Saviñón passa a mão em outra cápsula e revela mais uma cabeça.

Saviñón: Que tipo de lugar é esse? – Questiona quase que num sussurro. – Eu vou chamar os peritos. – Diz pegando o celular e discando um número.

Chávez: Quem são as pessoas? – Questiona.

Uckermann: Alguém tá sentindo vontade de sair correndo daqui gritando socorro? – Questiona claramente com medo.

Saviñón: Alô, é a detetive Saviñón, preciso de peritos no local.... – Herrera a interrompe.

Herrera: Movimento. – Saviñón fica em silêncio na mesma hora e guarda o celular. – Movimento a esquerda. – Diz e Saviñón aponta sua arma para a esquerda passando na frente de Herrera, ele vai logo atrás, em seguida Chávez e Uckermann. Eles entram numa sala onde homens vestidos com roupas médicas guardam corpos dentro de gavetas enormes. – É a polícia. – Grita.

Saviñón: Polícia de Nova York. – Grita junto com Herrera e os dois homens levantam as mãos.

Herrera: Ninguém se mexe. – Manda.

Chávez: Se não eu atiro. – Avisa.

Herrera: Encosta. – Manda. – Os dois. – Manda e eles obedecem e Herrera começa a revistar eles.

Homem 1: Só estamos fazendo o nosso trabalho. – Revela.

Saviñón: Matar e congelar pessoas é o seu trabalho? – Questiona.

Homem 2: Não, ele já tava morto quando nós chegamos pra buscá-lo. – Revela. – Nós trabalhamos pra Passageway, uma empresa de criogenia. – Revela.

Uckermann: Criogenia. – Repete entendendo tudo.

Herrera: Podem viram. – Manda e se afasta.

Uckermann: Isso explica a sala cheia de picolés humanos. – Comenta com Chávez.

Homem 1: Eles tem contratos com a empresa, nós os preservamos. – Revela.

Uckermann: Pra serem trazidos de volta à vida no futuro de ficção científica, onde a morte terá cura – Explica.

Chávez: Depois de eu casar vai ter isso? – Questiona a Uckermann.

Saviñón: Como soube que ele estava morto antes de nós? – Questiona.

Homem 1: Ele está usando um bio-relógio com monitor de pulso e GPS. – Revela. – Somos notificados quando o pulso do cliente para. – Explica. – Aparecemos em 15 minutos. – Revela.

Herrera: Isso explica a linha do tempo. – Comenta.

Saviñón: Mesmo sendo verdade, o que estava pensando ao remover uma vítima de assassinato? – Questiona. – Por que não ligou pra emergência? – Questiona.

Homem 1: Não podemos esperar, em criogenia todo minuto conta. – Diz a ela. – Temos que congelá los o mais rápido possível para manter o cérebro vivo. – Revela.

Saviñón: O cérebro dele não está vivo, está morto, ele está morto. – Contesta, nesse momento Ari Weiss, o diretor da Passageway, entra ali acompanhado de seu advogado.

Weiss: É questão de opinião. – Todos o olham. – Doutor Ari Weiss, diretor da Passageway. – Se apresenta. – Esse é o meu advogado Johnny Rosen. – Eu imagino que tenha muitas perguntas. – Deduz.

Saviñón: E a primeira é, quem é a vítima de homicídio que voce tirou da cena do crime? – Questiona a eles.

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