Puf! Você está morto (Parte 2)
Saviñón e Uckermann saem da sala de interrogatório, Uckermann fecha a porta e caminham até a mesa de Saviñón.
Uckermann: Não sei como o Zalman fez aquilo. – Eles caminham olhando para o chão pensativos. – Ele deve ter pego alguma coisa do bolso de Jerome, um recibo de viagem. – Cita e Saviñón para de andar.
Saviñón: Como esse? – Saviñón ergue o celular de Uckermann e Uckermann para para olhar, ele abre aboca fingindo um espanto.
Uckermann: Você colocou a mão no meu bolso e eu nem senti? – Questiona. – Faz de novo. – Pede em quase que em tom de suplica e o celular de Uckermann toca, Saviñón vê o nome no visor, era Naty. Saviñón vira o telefone para mostrar a Uckermann que é Naty, quem estava ligando. – Ih... – Suspira. – Uckermann pega o telefone e rejeita a chamada. Saviñón olha para ele confuso. – Que, que é? – Questiona e ela devia o assunto.
Saviñón: E aí, Chávez. – Chávez que esta em sua mesa se vira sentado em sua cadeira giratória com uma pasta de arquivos, Saviñón e Uckermann se aproximam mais. – Alguma noticia sobre por onde o Zalman andou ontem? – Questiona.
Chávez: Uh, ainda não. – Diz a ela. – Mas eu chequei o álibi do Jerome de ontem à noite. – Avisa. – O gerente disse que ele ficou até fechar e até chamou um táxi para ele. – Revela.
Uckermann: Então, a única coisa que ele matou ontem foram os neurônios. – Comenta.
Chávez: E as únicas digitais encontradas pela perícia no tanque d'água foram mesmo as do Zalman. – Diz a ela.
Saviñón: Então, ou ele cometeu suicídio... – Comenta pensando.
Uckermann: Ou o assassino tava de luvas. – Comenta.
Herrera: Não o tempo todo. – Comenta se aproximando e todos os olham. – Os peritos acharam digitais, havia impressões digitais por todo bilhete de suicídio e não eram do Zalman, nem do Jerome. – Revela.
Saviñón: Já identificaram? – Questiona.
Herrera: Já, elas são Charles "Chuck" Russell. – Diz lendo um arquivo e o entrega a Saviñón. – Um mágico de rua com três prisões e duas condenações, uma por incêndio e uma outra por explosivos. – Revela.
Saviñón: Ele conhecia a vítima? – Questiona.
Herrera: É, tudo indica que o Zalman é muito influente na sociedade americana de mágicos. – Comenta. – Eles têm um código de conduta profissional e Chuck o quebrou. – Diz a ela. – Ele não tinha cuidado com o fogo nos shows e acabou ferindo a assistente e o Zalman explulsou ele, de uma vez por todas. – Comenta.
Saviñón: Onde achamos ele? – Questiona.
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Chuck está em cima de uma caixa, na rua fazendo uma apresentação de mágica para um pequeno grupo de pessoas na rua. Uma mulher entrega a ele um relógio.
Chuck: Eu estou com o relógio da Brenda aqui. – Mostra a todos ali, Saviñón e Uckermann se aproximam. – Ela quer que eu suma com o marido dela. – Comenta. – Mas isso é crime e eu não posso fazer isso. – Brinca. – Mas. - Posso fazer o relógio desaparecer. – Comenta e faz o relógio desaparecer, Saviñón e Uckermann se olham. – Aplausos. – Todos aplaudem inclusive Uckermann e Saviñón.
Homem: Esse cara é bom, hein? – Comenta.
Chuck: Obrigada, Brenda. – Agradece a ela e Uckermann põe um dólar dentro da cartola. – Ahh, um dólar. – Comenta. – Eu vou jantar um salgado com a água da biquen e pensar em você. – Saviñón e Uckermann se olham. – E você? – Questiona a Saviñón e ela o olha. – Tem uma coisinha ai pra sociedade do mágico solitário? – Questiona.
Saviñón: Na verdade, eu tenho, sim. – Comenta mostrando a ele o distintivo. – A gente tem que conversar sobre Zalman Drake. – Comenta.
Chuck: Abracadabra. – Chuck estala os dedos e sai fumaça da caixa em que ele estava em pé. Quando limpar, ele se foi, Uckermann fica confuso, Saviñón revira os olhos, caminha atrás da caixa, abre o alçapão e tira Chuck.
Saviñón: Alakazam seu pateta. – Diz a ele.
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Chuck esta em pé na sala de interrogatório virado de costas para a porta, quando Saviñón e Uckermann entram ele se vira.
Chuck: Por que que to aqui? – Questiona Saviñón caminha até a mesa e põe a carta de suicídio em cima da mesa em saco de evidencias na mesa.
Saviñón: Reconhece isso? – Questiona.
Chuck: É um saco com uma carta dentro. – Uckermann fecha a porta. – Próxima. – Pede.
Uckermann: Cuidado, Chucky. – Diz a ele. – A próximo pode ser uma acusação de assassinato. – Comenta e ele arregala o olho, Saviñón e Uckermann se sentam.
Saviñón: Suas digitais estão aí. – Comenta apontando para carta.
Chuck: E daí? – Questiona sem entender.
Saviñón: E aí que é estranho achar digitais de outra pessoa de um bilhete de suicídio de um cara. – Comenta aproximando a carta dele na mesa, porem ele ainda continuava em pé.
Chuck: De que você está falando? – Questiona se aproximando da messa.
Uckermann: Do seu velho amigo, Zalman Drake. – Comenta.
Chuck: O Zalman? – Questiona surpreso e Saviñón desliza uma foto de Zalman pela mesa. – É, é ele mesmo. – Confirma. – Ele se suicidou? – Questiona. – Cara. – Comenta.
Saviñón: Encontrado morto no truque do tanque d'água na loja dele. – Chuck finalmente se senta.
Uckermann: Você deve ter achado muito esperto, fazendo parecer um truque que deu errado. – Comenta.
Chuck: Olha, eu não encenei nada. – Diz a eles. – Não tive nada a com isso. – Comenta.
Saviñón: Então talvez você possa explica suas digitais no bilhete – Pede e Chuck hesita.
Saviñón: Vamos. – Diz a Uckermann fechando a pasta de arquivos e começa a se levantar.
Chuck: Não, espera. – Pede e Saviñón para e o olha. – Tá bem, escuta, eu que dei isso pra ele. – Revela.
Saviñón: Você deu a ele o bilhete de suicídio? – Questiona.
Chuck: O bilhete não, a outra coisa que tá no papel que não consegue ver. – Revela. – Põe contra uma luz negra. – Diz a ela.
Não aquele bilhete, o outro bilhete no papel, aquele que você não pode ver. Segure-o sob uma luz negra. – Saviñón pede uma e após algum tempo segura uma lanterna de luz negra sobre o papel, revelando letras em neon. - É uma fatura. – Revela. – Por serviços prestados. – Explica.
Saviñón: Que tipo de serviços? – Questiona.
Chuck: Ele queria que eu fizesse uma coisa. – Revela. – E era ilegal. – Saviñón passa a luz negra sobre o resto do papel.
Saviñón: "Me deve por lhe fornecer meio quilo de C4." – Revela.
Chuck: Irônico, né? – Questiona. – Ele quis explosivos de mim e eu fui expulso extamente por isso. – Comenta. – Mas ele me prometeu me readmitir na sociedade e eu precisava de dinheiro. – Diz a eles.
Saviñón: Quem escreveu esse bilhete, achou que estava usando uma folha em branco. – Revela.
Chuck: E esse alguém não fui eu. – Comenta.
Saviñón: Você forneceu a ele C4 suficiente para explodir mais meio quarteirão. – Comenta. – Pra que era? – Questiona.
Chuck: Devia ser pra algum truque. – Sugere.
Saviñón: Ah, que que há? – Questiona não acreditando.
Chuck: Não, porque o Zalman não tinha só a loja e fazia shows em empresas. – Diz a ela. – Ele também era um gênio da criação de truques. – Comenta. – Corre um boato aí que ele tava criando ilusões de truque pro bambambã da mágica. – Revela.
Saviñón: E quem é o "bambambã" da mágica? – Questiona.
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Saviñón e Uckermann saem da sala de interrogatório e Uckermann fecha a porta e começam a andar lado a lado.
Uckermann: Tobias Strange? – Questiona. – É o Johnny Depp da mágica. – Comenta. – Eu vi ele em Las Vegas. – Revela. – Fez uma Ferrari desaparecer. – Diz a ela.
Chávez: Por que alguém faria isso? – Questiona parando em frente a eles ao lado de Herrera.
Herrera: É, ele tá aqui. – Diz a eles. – Eu vi o show dele umas semanas atrás. – Revela. – Demais, sensacional. – Diz a eles. – A gente adorou o show. – Comenta.
Uckermann: A gente? – Questiona confuso e Herrera percebe o vacilo.
Herrera: É. – Concorda. – Eu e o meu amigo. – Mente. – Ray. – Mente.
Chávez: Você tem um amigo chamado Ray que foi com você a um show de mágica? – Questiona confuso e um pouco enciumado.
Herrera: É. – Confirma. – O que que tem? – Questiona, um silencio fica ali, todos ficam meio desconfiados e Saviñón tenta quebrar o gelo.
Saviñón: Tá bem, gente. – Diz a eles. – Enquadra o Chuck por tráfico de explosivos e vamos ver se o tal Johnny Depp da mágica sabe que truque o Zalman estava inventando e pra que ele queria tanto C4. – Comenta.
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Tobias rasga um tecido no meio usando uma faca.
Tobias: Voilà. – Diz pondo o tecido na mão de uma assistente uma caixa de mágica se abre a porta era cheia de facas, Saviñón e Uckermann entram pelo teatro indo até o palco. – Aperta bem. – Pede. – Tudo isso aqui. – Mostra. – Quero isso tudo bem trancado. – Avisa e entra na caixa. – Tá bem gente, trinta segundos. – Comenta. – Começando agora. – Pede.
Saviñón: Com licença! – Chama a assistente olha para Saviñón e deixa a corda escorregar por suas mãos. A porta das facas cai na porta do armário e facas ensanguentadas saem da tela frontal.
Uckermann: Ah, meu Deus! – Todos ficam desesperado
Assistentes: Abram logo! – Manda, Saviñón e Uckermann correm até o palco.
Mulher: Ele está bem? – Questiona e um assistente abre a porta, mas a porta está vazia. – Cadê ele? – Questiona.
Tobia: Aí! – Ele aparece atrás de Saviñón e Uckermann bravo, eles o olham. – Isso aqui é um ensaio fechado! – Diz a ela. – Quem deixou vocês entrem aqui? – Questiona e Saviñón mostra a ele seu distintivo.
Saviñón: Tenho acesso irrestrito. – Avisa.
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Saviñón e Uckermann ainda no teatro contam a Tobias.
Tobias: Zalman tem sido a alma da comunidade mágicos de Nova York desde que ele herdou a loja do seu pai. – Revela. – É uma perda enorme. – Comenta.
Saviñón: Acho que ele trabalhava pra você. – Diz a ele.
Tobias: Trabalhou. – Comenta. – Mas nos separamos no mês passado. – Revela.
Saviñón: Por quê? – Questiona.
Tobias: Eu soube que ele provavelmente tava trabalhando pra mais alguém. – Comenta. – Aí confrontei ele. – Revela. – Ele tava muito ocupado. – Diz a eles.
Saviñón: Sabe por quem? – Questiona.
Tobias: Ele não disse. – Diz a eles. – O Zalman tinha sido o meu criador e engenheiro exclusivo por quinze longos anos. – Revela. – Foi ele criou os meus truques mais famosos. – Diz a eles. – Se ele tivesse grande presença de palco, ele teria sido o mágico mais famoso do mundo. – Comenta.
Uckermann: Deve ter sido muito ruim ele ter saído depois de tantos anos. – Comenta. – Vem cá, isso não colocou os seus segredos em risco, não é? – Questiona desconfiado.
Tobias: Uma sutil acusação, senhor Uckermann. – Repara. – É claro que eu não gostei, mas nunca duvidei da discrição dele. – Comenta.
Saviñón: Senhor Strange, algum dos seus truques necessita do uso de qualquer explosivo? – Questiona.
Tobias: O termo "fumaça e espelhos" não é metafórico no nosso negócio. – Diz a ela. – Uma grande parte da ilusão depende dos fleches de luz. – Diz a ela.
Saviñón: E a C4? – Questiona.
Tobias: O maior segredo de uma boa ilusão é ter total controle sobre o resultado. – Diz a eles. – O C4 é volátil demais, imprevisível. – Comenta. – Ele mata. – Diz a eles.
Uckermann: E Zalman usaria o C4 pra que? – Questiona.
Tobias: Pra nenhum truque, isso eu garanto. – Comenta. – Já foram a oficina dele? – Questiona.
Saviñón: É que ainda não encontramos uma oficina. – Diz a ele.
Uckermann: É pra onde ele devia ir todo dias. – Comenta com Saviñón e o olha e em seguida olha Tobias.
Saviñón: Sabe onde fica? – Questiona.
Tobias: Ah, mágicos nunca revelam seus segredos. – Revela. – Mas o trabalho que ele tava fazendo vocês vão encontrar lá. – Comenta.
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Saviñón e Uckermann estão saindo do teatro andando lado a lado pelo corredor.
Uckermann: É aquela velha historinha. – Comenta e Saviñón o olha. – O mágico no auge do sucesso, acaba ficando furioso porque seu cridador de truques mudou de mágico e o mata pra que seus segredos não caiam nas mãos da concorrência. – Diz a ela.
Saviñón: É só mágica, Uckermann. – O lembra. – Isso não é a Guerra Fria. – Comenta.
Uckermann: Se não é a Guerra Fria, por que Zalman precisava de explosivos militares? – Uckermann para de andar a fazendo parar também ele se vira de frente pra ela.
Saviñón: Eu não sei, aliás a gente nem sabe se foi assassinato. – Comenta. – Pelo que sabemos... – O celular de Saviñón começa a tocar. - Pode muito bem ter sido suicídio. – Comenta e pega seu celular e vê o nome no visor. – É a Anahí. – Diz a ele e o olha.
Uckermann: Vou adivinhar. – Comenta. – Não foi suicídio. – Diz a ela e ela atende.
Saviñón: Saviñón. –Se identifica.
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