Fatia da morte (Parte 5 última)
Monica está sentada na cama com uma toalha na cabeça sangrando.
Mônica: Não mentiu antes sobre o Gordon. – Revela. – Nós namoramos anos atrás e eu achei que fosse real, mas ele só saiu comigo pra se aproximar do cavalo. – Comenta. – Eu nunca imaginei que... – Ela tira a toalha da cabeça e para de falar.
Uckermann: O que uma corretora de imóveis tá fazendo andando com traficantes de heroína? – Questiona.
Mônica: Os laboratórios são móveis. – Diz a ele. – Eles precisam de novos lugares para os centros de processamento todo mês e eu tinha acesso as informações de que eles precisavam. – Revela. – Eu não dou assim. – Diz a eles. – Eu nunca quis nada disso. – Comenta.
Saviñón: Como começou? – Questiona.
Mônica: Eu, eu tive problemas há alguns anos. – Diz a ela. – Devia dinheiro a algumas pessoas. – Comenta. – Um homem se aproximou e disse que poderia melhorar as coisas pra mim. – Revela. – Eu só tinha que fazer uns favores pra ele. – Diz a ela. – E naquela época, isso pareceu inofensivo. – Comenta. – Mas ele sabia coisas sobre mim. – Revela. – Coisas que ninguém poderia saber. – Comenta. – E eu queria sair, mas... – Ela engole seco. – Depois do que aconteceu com a filha do Gordon eu... – Suspira. – Gordon me encontrou alguns dias atrás. – Diz a ela. – E queria a minha ajuda. – Revela. –
Ele disse que eu podia acabar com isso e que ficaríamos livres. – Comenta. – Eu só tinha que levá-lo até lá. – Revela. – Agora o Gordon está morto e eu serei a próxima. – Comenta.
Saviñón: O cavalo, quem é ele? – Questiona.
Mônica: Eu nunca o vi. – Diz a ela.
Uckermann: Mas ele não tentou te matar? – Questiona.
Mônica: Se eu soubesse quem era cavalo, eu teria contado ao Gordon, né? – Questiona. – Eu tive contatos com o braço direito dele. – Revela. – Foi ele quem teve aqui tentando me matar. – Comenta.
Uckermann: E quem é esse homem? – Questiona.
Mônica: O nome dele é Harley. – Revela e Saviñón pega uma foto de Harley.
Saviñón: Esse? – Questiona.
Uckermann: Harley é o Cavalo. – Comenta e Mônica coloca o pano no ferimento novamente. – Então, Cavalo se escondendo bem na frente de todo mundo. – Comenta.
Saviñón: Como o encontro? – Questiona.
Mônica: Ele me encontra. – Comenta.
Saviñón: Monica, Gordon estava certo. – Diz a ela. – Podemos acabar com isso. – Comenta. – Mas você tem que ajudar. – Avisa. – Acreditamos que o cavalo esteja traficando drogas através de uma pizzaria, mas precisamos saber qual é. – Diz a ela.
Mônica: Sinto muito, eu não sei qual é. – Diz a eles e Herrera e Chávez voltam
Herrera: Pronto. – Diz a Saviñón. – Checamos toda a área. – Avisa e Saviñón levanta.
Chávez: Desapareceu completamente. – Avisa.
Saviñón: Porque não levam a Mônica pro hospital pra ser examinada? – Questiona. – E depois a levam pra narcóticos, peça pra eles falarem com ela. – Pede.
Uckermann: Uma última pergunta. – Diz olhando para Mônica. – Johnny Farrell e Swede Andreson. – Diz a ela.
Mônica: Foi como Gordon entrou nessa história toda. – Revela. – Ele ouviu alguém numa das pizzarias usando esses nomes e sabia que era o código do cavalo. – Comenta. – Foram os nomes da semana passada. – Revela.
Saviñón: Sabe os desta semana? – Questiona.
Mônica: Não, mas o Gordon disse que eram de seu filme favorito, O Falcão Maltês. – Revela e Saviñón e Uckermann se olham.
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Na delegacia os dos das pizzaria Autêntico Nick e O Incrível e Autêntico Nick discutiam, Chávez tentava se parar e acalmar a briga enquanto Herrera estava no telefone com Saviñón.
Ralph: Você é um escroto! – Diz a ele.
Sal: Eu sou um o quê?! – Questiona.
Chávez: Calma gente. – Pede
Herrera: Eu não quero saber se eles iam reconhecer você. – Diz a ela. – Se você os segurarmos eles mais tempo, vão se matar aqui dentro. – Comenta.
Saviñón: Relaxe, estamos terminando. – Avisa enquanto atravessa a rua indo até o Incrível e Autêntico Nick. – Já fomos à dois Nicks, falta mais dois. – Diz a ele. – Eu já te ligo. – Avisa e Saviñón desliga.
Uckermann: Me pergunto deveria ter usado o personagem de Sydney Greenstreet, Kasper Gutman. – Diz a ela. – Ele adorava pizza. – Comenta.
Saviñón: Nós já escolhemos o personagem do Bogey, então vamos adiante. – Eles chegam na janela, um atendente estava ali.
Atendente: Fatia? – Questiona.
Uckermann: Ah não. – Diz a ela. – É uma entrega para Spade. – Diz a ele. – Sam Spade. – Pede.
Atendente: Claro, senhor Spade. – Diz e ele se vira para pegar a pizza. Saviñón e Uckermann se olham e ele volta com a caixa de pizza. – Está aqui senhor Spade. – Diz pondo a caixa em cima do balcão na janela. – Colocamos na conta. – Avisa.
Uckermann: Valeu. – Agradece e Uckermann pega a caixa de pizza, se vira e a abre enquanto o caixa entra na loja. Está cheio de pacotes de heroína. – Ína, Ína, achamos heroína. – Brinca e sorriem irónico um para o outro.
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Saviñón e Uckermann estão na sala de interrogatorio com Sal Malavolta dono do Incrível e Autêntico Nick. Uckermann estava em pé encostado na porta. Saviñón levanta a tampa da caixa de pizza com sacos de heroína.
Saviñón: Posse, tráfico, conspiração pra distribuir. – Comenta. – Só isso dá trinta anos fácil, Sal. – Comenta. – Trinta incríveis e autênticos anos. – Diz ironicamente.
Uckermann: Perpétua se tiver participado da morte do Burns. – Avisa e ele o olha.
Sal: Não tive nada a ver com isso, eu juro. – Diz a eles.
Saviñón: Jura? – Questiona irónico. – Tá querendo dizer o que? – Questiona – Tá querendo me dizer que Harley teve a ideia de colocar o corpo no forno do seu rival? – Questiona pondo a foto do Harley na mesa na sua frente.
Uckermann: Você é o pizzaiolo. – Diz a ele. – Um corpo no forno parece mais ideia sua. – Comenta.
Sal: Não, não, não, não. – Nega. – Foi ideia dele. – Diz a ele e olha para Saviñón. – Foi ele sim. – Garante.
Saviñón: Foi o que? – Questiona. – Você é a vítima? – Questiona.
Sal: Olha, meu negócio estava mal. – Comenta. – Ele me procurou e disse que o cara pra quem ele trabalhava ia me ajudar. – Comenta. – O que eu tinha que fazer era deixá-lo usar minha loja por alguns meses. – Revela. – Ele... – Suspira. – Realizaria meus sonhos.
Uckermann: Sonhos? – Questiona e se aproxima da mesa
Sal: É, ele disse que, quando acabasse, o homem para quem ele trabalhava iria, uh, incendiar o Autêntico Nick. – Revela e Saviñón e Uckermann se olha. – Não fui eu. – Diz a ela. – Eu nunca fumei um baseado. – Avisa. – São os outros Nicks, o que eles estavam fazendo, me deixavam louco. – Comenta.
Saviñón: Como o Burns foi parar no forno? – Questiona.
Saviñón: O Harley ligou pra mim. – Comenta. – Disse que precisava jogar alguma coisa no forno durante a noite. – Revela. – Não disse o que era. – Comenta.
Uckermann: É, mas não era uma bandeja de lasanha. – Comenta.
Sal: E eu disse: "Eu disse que não, nem pensar." – Comenta. – Nunca gostei desse papo de cremação. – Eu nunca pensei que o que recusei fosse acabar no forno de Ralph Carbone. – Comenta e abaixa a cabeça.
Saviñón: Quer a nossa ajuda, Sal? – Questiona. – Quer uma recomendação pro promotor? – Questiona e ele a olha.
Sal: Sim. – Confirma.
Saviñón Então me ajude a encontrá-lo. – Pede. – Me ajuda a encontrar o cavalo. – Sal suspira.
Sal: Não pode encontrá-lo. – Comenta. – Ele encontra você. – Avisa.
Saviñón: Isso não está me ajudando, Sal. – Comenta.
Sal: Você não entende. – Diz a ela. – Quando o produto acaba, eu ligo para ele. – Revela. – Ele entrega. – Revela.
Saviñón: Liga pra ele. – Manda.
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Um carro para na frente do Incrível e Autêntico Nick. Harley chega em um carro e traz uma caixa para a janela de pedidos. Saviñón entra na frente com uma arma apontada para sua cabeça e mostrando a ele o distintivo, ela engatilha a arma. Ele e vira para sua direita Chávez surge apontando sua arma para ele, Herrera surge a esquerda, também apontando a arma para ele. Sem dizer nada Harley levanta as mãos e coloca as mãos atrás da cabeça.
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Saviñón, Uckermann e Montes estão na sala de observação vendo Harley Romero na sala de interrogatorio.
Uckermann: Harley Romero, vulgo o lendário cavalo. – Comenta.
Saviñón: Ele não vai falar sem advogado. – Avisa se virando
Montes: Com o vídeo do caixa eletrônico e o depoimento do Sal, ele vai precisar de um. – Comenta.
Uckermann: É brilhante quando você para pra pensar. – Comenta. – O despretensioso intermediário faz todo o trabalho sujo enquanto todo mundo fica ocupado procurando o ameaçador chefão... – Comenta.
Saviñón: Que ninguém nunca vê, porque ele não é real. – Comenta..
Montes: Real ou não, ele vai ser preso por um bom tempo. – Comenta. – Bom trabalho. – Parabeniza eles.
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Saviñón e Uckermann saem da sala de observação e começam a andar até a mesa de Saviñón, mas Chávez aparece.
Chávez: Oi. – Diz, eles param o olham e esperam ele chegar pra continuarem andando. – A narcóticos encerrou com Monica Wyatt. – Avisa enquanto ambos andam juntos. – Ela aceitou cooperar. – Revela e param perto de Montes.
Saviñón: Tá, libera ela. – Diz a ele.
Montes: Coloca uma patrulha do lado de fora da casa dela, pro caso de cavalo ter amigos. – Pede e Montes e Chávez saem, cada um vão pra um lado e Saviñón vê o rosto pensativo de Uckermann.
Saviñón: O que foi? – Questiona.
Uckermann: Tava pensando sobre o Burns. – Comenta. – Ele chegou tao perto de pegar o cara que matou a filha dele, mas não conseguiu. – Diz a ela.
Saviñón: Bom, se servir de consolo, foi feita a justiça. – Comenta.
Uckermann: É. – Concorda. – Sabe o que tá me incomodando? – Questiona e eles param na frente da placa do crime
Saviñón: Hum. – Espera que ele continue.
Uckermann: O cara que tava tentando escapar. – Diz a ela. – Porque ele largaria o celular? – Questiona.
Saviñón: Provavelmente ele saberia que seria morto e queria que alguém soubesse a verdade. – Comenta.
Uckermann: Que verdade? – Questiona. – Não havia uma foto do cavalo no celular. – Comenta.
Saviñón: Pera aí, você está certo. – Comenta. – A única pessoa quem.... – Saviñón percebe algo. – A única pessoa de quem ele tinha a foto era... – Saviñón não completa, mas saem correndo atrás de Mônica, que desfila pelo corredor da delegacia até o elevador e sorri. Saviñón enfia a mão nas portas pouco antes de elas fecharem.
Saviñón: Mais uma pergunta, senhorita Wyatt. – Diz a ela.
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Mônica esperava na sala de interrogatorio quando Saviñón entra.
Mônica: Eu esperei por mais de uma hora. – Diz a ela, Saviñón põe a pasta de arquivos em cima da mesa e começa a abrir ainda em pé, Uckermann fecha a porta..
Saviñón: Um a coisa engraçado nesse caso é que ninguém é quem diz ser, nem mesmo você. – Comenta e Uckermann vai até a mesa.
Uckermann: Mônica Wyatt. – Diz o nome dela. – Se mudou para Nova York em 2002 vinda de Los Angeles. – Comenta.
Mônica: É, e daí? – Questiona e Saviñón começa a andar em volta da mesa.
Saviñón: E daí, que fizemos uma pesquisa e a única Monica Wyatt que encontramos foi uma viciada em heroína.... – Diz passando atrás de Mônica. – Que levou um tiro de perto e foi jogada no rio de Los Angeles. – Comenta.
Uckermann: Seis meses depois, o rumor de que havia um novo e chefão começou a se espalhar pelas ruas. – Comenta.
Mônica: Você está dizendo que sou eu? – Questiona e ri e olha para Saviñón. – Sou uma corretora de imóveis. – Diz dando de ombros. – Já viu meu apartamento? – Questiona.
Saviñón: Nós vimos, sim. – Confirma. – Mas todos os outros só podem ser vistos online. – Comenta.
Mônica: Do que está falando? – Questiona.
Saviñón: Os compradores Walter Neff, Frank Chambers, Richard Harlan, são todos personagens de filmes noir. – Revela. – Não são verdadeiros. – Diz a ela. – Você fez milhões vendendo heroína e transformou esses milhões em propriedades, tudo legal. – Comenta.
Uckermann: Enquanto isso perpetuava o mito do cavalo. – Revela.
Mônica: Gordon não morreu perseguindo um mito. – Comenta.
Saviñón: Ah, sim. – Comenta e se senta. – O Gordon. – Diz a algo. – Tem uma coisa sobre a qual você não mentiu totalmente. – Comenta. – Relammente o conheceu há alguns anos. – Diz a ela. – Mas não como namorados. – Comenta. – Ele era um repórter irritante que estava chegando perto demais... – Diz a ela.
Uckermann: Até que um carro sair do nada e matar a filha dele. – Comenta.
Saviñón: Isso o tirou ele do seu pé por alguns anos, mas aí ele ouviu falar de você novamente no Nick's Pizza. – Revela.
Uckermann: Isso a forçou a se livrar dele de uma vez por todas. – Comenta. – Aí você nos falou Harley, o body expiratório, pra nos tirar do caminho certo. – Diz a ela.
Mônica: O Harley me atacou. – Comenta.
Saviñón: Ah, é, e depois conseguiu correr fugir pela escada de incêndio com uma velocidade tão grande que dois dos melhores detetives de Nova York foram incapazes de vê-lo, muito menos pegá-lo. – Comenta.
Uckermann: E se agredir, foi o toque especial. – Comenta irónico e sorrindo, mas para e olha para Saviñón. – Mas sabe o que eu percebi agora? – Questiona. – Todos esses filmes que o cavalo tira os nomes, todos tem uma coisa em comum sabia? – Questiona e olha para Mônica. – Uma Female Fatalle. – Comenta irónico e Mônica sorri para ele.
Mônica: Quero o meu advogado agora. – Pede.
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Uckermann entra com uma caixa pizza enquanto Isabela lê no sofá da sala.
Uckermann: Ahh. – Ele se vira para fechar a porta. – Coisa boa. – Comenta animado se virando. – Ainda tá acordada. – Comenta.
Isabela: Não dormiria nem se quisesse. – Comenta.
Uckermann: Então somos dois. – Comenta.
Isabela: Isso é do Stefano? – Questiona e Uckermann se senta ao lado dela.
Uckermann: Mm-hmm. – Confirma e põe a pizza em cima da mesa de centro.
Izabela: Você atravessou a ponte pra comprar uma pizza? – Questiona.
Uckermann: Não para qualquer pizza. – Uckermann levanta a tampa. – É de manjericão e linguiçinha. – Diz animado e Isabela ri. – Alguma novidade? – Questiona tocando no rosto machucado de Isabela.
Isabela: Ah, hum... – Respira fundo. – Hoje eu pedi uma reunião de mediação com a concelheiro da escola e parece que a Lauren só tava com ciúmes do tempo que eu tava passando com Ashley. – Diz a ele. – Achou que tivesse traído nossa amizade. – Comenta.
Uckermann: E aí... fez o que? – Questiona.
Isabela: Nós nos abraçamos. – Revela.
Uckermann: Amiguinhas de novo? – Questiona.
Isabela: Tá cedo para dizer. – Comenta e Uckermann coloca o braço em volta de Isabela e eles se abraçam.
Uckermann: Magoas como essa demoram a sarar. – Comenta.
Isabela: Só o tempo. – Comenta. – E pizza. – Completa animada. Eles pegam uma fatia cada um, tontos de antecipação.
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