Assassinato da maioria das aves (Parte 2)

Herrera: Caixa do Lenie. – Diz ao Saviñón e Uckermann contar o que descobriram na estação de metrô. – Então, o cara era um inventor. – Comenta olhando para a placa do crime junto de Uckermann, ambos estavam sentados em cima da mesa de Saviñón.

Uckermann: Aparentemente... – Olha para Herrera e Herrera o encara de volta. – Um homem anônimo e sábio. – Saviñón que estava de sentada atrás dele vendo uma pasta de arquivos, olha de canto de olho para Uckermann. – Na sua área. – Ela vira o rosto para encarar Uckermann melhor com uma cara de "É sério?".

Herrera: Isso explica os eletrônicos. – Comenta voltando a encarar a placa do crime.

Uckermann: E o contador no apartamento. – Herrera volta a encarar Uckermann. – Todas as lâmpadas que ele trocou. – Explica.

Herrera: É sério? – Questiona surpreso. – Esse cara trocou mais de um milhão de lâmpadas? – Questiona abismado.

Uckermann: O cara era um herói anônimo, tá? – Questiona. – Silenciado pelas forças da grande lâmpada. – Comenta.

Herrera: Grande lâmpada? – Questiona confuso.

Uckermann: O complexo industrial de filamentos. – Comenta e encara a placa do crime Herrera ainda encara Uckermann sem entender.

Saviñón: O amigo de Lenie está louco se acha que ele foi morto por uma conspiração de lâmpadas elétricas. – Comenta olhando uns arquivos na mesa, Chávez vai até eles e passa atrás de Herrera.

Chávez: Não descarta o nosso amigo subterrâneo ainda, não. – Pede. – Eu chequei as ligações do Len e uma chamou a atenção. – Diz entregando um arquivo a Saviñón.

Saviñón: Uma ligação pro disk denúncias de funcionários da prefeitura? – Questiona confusa ao ler o papel.

Chávez: É pra lá que os ratos ligam pra denunciar. – Comenta.

Uckermann: Rato tem que ser sempre usado de forma pejorativa? – Questiona. – No horoscopo chinês o rato... – Saviñón o interrompe.

Saviñón: Qual era a denúncia? – Questiona a Chávez fazendo Uckeramann não terminar o que ia dizer.

Chávez: Sabe as lâmpadas que estavam sendo substituídas? – Questiona e Herrera olha para Chávez. – O Left disse que o supervisor dele tava roubando e depois revendendo no mercado negro. – Revela.

Saviñón: Quer dizer o Mario Rivera? – Questiona.

Chávez: Ele mesmo. – Confirma. – O Mario pode perder o emprego e a aposentadoria. – Diz a eles. – Ah... – Se lembra de algo. – E tem mais. – Avisa. – Antes do departamento o Mario passou oito anos na marinha onde ganhou medalhas por tiro certeiro. – Revela. – E Uckermann fica boquiaberto.
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Saviñón e Uckermann estavam sentados na sala de interrogatório em frente a Mario Rivera enquanto o interrogam.

Saviñón: Onde estava ontem entre 5h e 7h da noite? – Questiona.

Mario: Trabalhando. – Diz a eles.

Saviñón: Checamos, bateu às 16:34. – Diz a ele.

Uckermann: Você pegou a linha B ou o D até a rua 59th. – Diz lendo em um papel. – O trajeto leva o que? – Questiona pensativo. – Uns 10 minutinhos? – Questiona olhando para Saviñón que o encara de volta. – Dá pra chegar no parque, matar Lenie. – Comenta.

Mario: Por que mataria o Lenie? – Questiona e Saviñón e Uckermann o olham.

Uckermann: Porque ele fez um relatório contra você no departamento de trânsito quando soube de Costa Rica. – Comenta.

Mario: Vocês tão falando do que, hein? – Questiona sem entender.

Saviñón: Há e-mails que foram enviados por você.... – Diz pegando os e-mails e pondo na frente dele. - Para seu contato na Costa Rica. – Diz a eles, ele pega para ler e ergue uma folha.

Mario: São e-mails particulares. – Comenta a olhando.

Saviñón: Enviados de um computador do trabalho, significa que podemos checar. – Comenta.

Mario: E daí? – Questiona. – Eu tava pensando em tirar férias e ir pra lá. – Diz a ela.

Uckermann: É? – Questiona.

Mario: É. – Confirma.

Uckermann: Tomar umas cervejas, comer um sanduichinho natural na praia, vender umas lâmpadas pro pessoal de lá. – Comenta irônico.

Saviñón: A cidade tem um deposito de lâmpadas incandescentes antigas e você pensou que ninguém se daria conta. – Comenta. – Então, as vendeu para um atacadista da Costa Rica por vinte centavos cada. – Comenta. – Isso dá cem mil. – Diz a ele.

Uckermann: Só uma pessoa se deu conta. – Comenta. – Uma pessoa com a palavra "lâmpada" no nome. – Diz a ele. – Quando você descobriu que Lenie estava por dentro, viu que podia perder o emprego e a aposentadoria. – Revela. – Você não podia deixá-lo ir até o departamento contar o que ele sabia. – Comenta.

Mari: Eu não matei ninguém. – Diz a ele.

Saviñón: Então, por que você não conta logo o que fez ontem, entre cinco e sete da noite? – Questiona mas ele fica mudo. – O problema com os assassinos, Mario, é que eles não costumam ter álibis confiáveis. – Comenta.

Uckermann: Geralmente porque estão matando alguém. – Comenta apoiando o rosto em sua mão com uma cara irônica.

Mario: Olha, aquelas lâmpadas antigas iam acabar sendo destruídas e acabariam em um aterro sanitário. – Diz a eles. – Eu fiz um favor pra cidade. – Comenta. – E assim, eu ganhei uma grana a mais, não prejudiquei ninguém. – Diz a eles.

Uckermann: É... – Levanta a mão pedindo a fala. – Esqueceu do Lenie. – Comenta irônico.

Saviñón: Última chance, Mario. – Diz a ele.

Mario: Depois do trabalho, fui até o Grand Concourse pra empacotar um carregamento de lâmpadas. – Diz por fim. – Elas seguiram pra a Costa Rica ontem à noite. – Revela. – Pode checar. – Diz a eles. – Eu tava lá. – Garante.
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Saviñón estava sentada em cima da sua mesa, Uckermann sentado na cadeira ao lado da mesa dela ambos pensativos encaravam a placa do crime. Herrera vai até eles enquanto falava ao telefone.

Herrera: Obrigado. – Agradece e desliga ao chegar perto de Saviñón e Uckermann. – Ele falou a verdade. – Diz a eles. –Sabe a ligação da denúncia? – Questiona. – Acontece que os policiais do departamento tavam de olho nele a semana toda. – Revela. – Disseram que o Mario tava no Bronx, como ele disse. – Avisa.

Saviñón: Liga pro departamento e diz que o caso tá encerrado. – Pede.

Herrera: Tá bem. – Concorda e sai.

Uckermann: Então, se as lâmpadas não causaram a morte do Lenie, o que causou? – Questiona.

Saviñón: Não pode ser coincidência ele ter sido morto bem ali, mais ou menos na mesma hora que ele havia anotado. – Comenta.

Uckermann: O que BHS significa? – Questiona pensativo. – Bronx Hotel Sul? – Se questiona.

Saviñón: Hm. – Zomba.

Uckermann: Bronx Hotel dos Sarados? – Questiona em um sussurro e Saviñón o olha confusa. – Belos heróis sexys? – Sugere olhando para Saviñón Chávez para ao lado de Uckermann.

Chávez: Tenta Byron H. Singer. – Diz a ele. – Achei um adesivo de um fornecedor no microfone parabólico que achamos no apartamento. – Avisa. – Liguei pro vendedor pra saber por que o Lenie comprou o equipamento. – Diz a eles. – Só que o Lenie não comprou nada. – Comenta. – Foi comprado há dois meses por um agente de seguros chamado Byron H. Singer. – Revela, Uckermann pega o equipamento põe no ouvido

Saviñón: BHS! – Sai no microfone e Uckermann se assusta. – Desculpa. – Pede.
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Saviñón e Uckermann entram na sala de interrogatório para falar com Byron H. Singer.

Saviñón: Senhor Singer, obrigado por ter vindo. – Diz se sentando na mesa, Uckermann fecha a porta.

Byron: Me disseram que era importante. – Comenta.

Saviñón: Conhece um homem chamado Lenie Levitt? – Questiona.

Byron: O que aquele idiota te falou? – Questiona.

Saviñón: Ele não disse nada. – Diz a ele.

Byron: Ótimo. – Comenta. – Porque ele é um mentiroso. – Diz a eles. – Ele achou que soubesse melhor do que eu. – Comenta. - Achou que soubesse melhor do que qualquer um. – Diz a eles.

Saviñón: Senhor Singer... – Byron a interrompe.

Byron: Não me importa se ele não acreditou em mim. – Comenta. – Não me importa se isso o machucou. – Diz a eles. – Eu sei o que eu vi. – Comenta.

Saviñón: E o que o senhor viu? – Questiona.

Byron: Eu vi os dois juntos no parque, como um casal de pombinhos. – Diz a eles. – Mas ele me acusou de inventar a história toda. – Revela. – Poxa, por que que eu inventaria uma coisa dessas? – Questiona. – Por que alguém inventaria? – Questiona.

Saviñón: Senhor Singer, o que exatamente viu no parque? – Questiona.

Byron: Vi o suficiente. – Diz a eles. – E, pode acreditar, fiquei muito chocado ao vê-los juntos. – Revela. – Eu sabia que tinha que contar ao Lenie antes que alguém contasse. – Comenta.

Uckermann: Lenie deve ter ficado muito furioso quando contou pra ele. – Sugere.

Byron: Muito furioso e ciumento. – Revela. – Mas eu os segui e encontrei o lugar secreto e disse a ele onde e quando encontrá-los. – Revela. – Até emprestei o meu equipamento para que ele pudesse observá-los. – Comenta.

Uckermann: Então, Lenie foi atéo parque e viu com os próprios olhos. – Começa a teorizar.

Saviñón: E aí ele os confrontou com um ataque de ciúmes, e o matam. – Deduz.

Byron: Eles fizeram o que? – Questiona.

Uckermann: O matam. – Repete. – A namorada infiel e o amante dela. – Diz a ele.

Byron: Do que vocês estão falando? – Questiona.

Vondy: Do que você está falando? – Saviñón e Uckermann questionam ao mesmo tempo e se olham rapidamente.

Saviñón: Quem você viu no parque naquela noite? – Questiona.

Byron: Falcões de cauda vermelha. – Diz a eles. – Não se via um casal construindo um ninho há quarenta anos. – Revela.

Saviñón: Ah, estava falando de pássaros? – Questiona.

Byron: Não só de pássaros, de falcões de cauda vermelha. – Diz a ela. – O Lenie supervisiona o tronco ancoradouro do Central Park, onde todas as aparições são oficialmente registradas, mas ele se recusou a reconhecer a minha observação. – Revela. – Então eu disse a ele, que se não acreditava em mim, ele deveria ir ao parque e ver por si mesmo, eles gostam do entardecer. – Comenta.

Saviñón: Senhor Singer, o senhor esteva no parque ontem entre 5 e 7 da noite? – Questiona.

Byron: Normalmente estou, só ontem eu estava trabalhando no meu escritório. – Revela.

Saviñón: E algum de seus colegas pode confirmar isso? – Questiona.

Byron: Com certeza que podem. – Confirma. – Mas quanto aos falcões, e eu quero isso no registro oficialmente, eu nunca exageraria ou inventaria qualquer visão de um pássaro. – Saviñón põe as mãos atrás da cabeça. – Aborrecida com aquela conversa. – É impensável! – Comenta. – Eles estão lá, e fui eu que os vi primeiro. – Diz olhando para Uckermann.

Uckermann: Vou colocar isso no relatório oficial. – Diz pegando a pasta de arquivos pra anotar.
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Saviñón e Uckermann estão sentados em volta da mesa de Saviñón.

Saviñón: Então, o equipamento, o parque, a pena e o BHS. – Cita. – Parece que explicamos tudo. – Comenta.

Uckermann: É, exceto a razão pra ele ser morto. – Comenta.
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Uckermann sai de seu quarto e vê Marie em pé a mesa de centro, lendo o jornal e vê Isabela agachada procurando algo ao redor da lata de lixo.

Uckermann: Bom dia, mãe. – Diz e se agacha ao lado de Isabela.

Marie: Bom dia.

Uckermann: Por que sua vovó tá em cima da mesa e você tá no chão? – Questiona.

Isabela: Pai, ele sumiu. – Diz a ele.

Uckermann: O Theodor? – Questiona.

Isabela: Quando dei a ele a salada Kimo com grãos de trigo... – Eles se levantam. – Eu não devo ter fechado a gaiola direito e agora ele sumiu e o Ashley vai me odiar. – Comenta.

Uckermann: Ah, ele não vai te odiar. – Comenta. – Ele vai entender. – Diz a ela.

Isabela: Não, ele não vai! – Diz a ele. – Ele confiou em mim e eu o decepcionei. – Diz a ele.

Uckermann: Não, ainda não decepcionou. – Diz a ela. – Vamos acha-lo. – Garante. – Procurou no seu quarto? – Questiona.

Isabela: E na vovó também. – Comenta.

Marie: Se aquela criatura entrou pro meu quarto, quero uma cama nova. – Diz a ele. – E um guarda-roupa. – Avisa.

Isabela: Pai, e se ele saiu daqui? – Questiona. – Pra fora mesmo? – Questiona.

Uckermann: Tá, ele é um rato urbano e descolado. – Comenta. – Ele tá em algum lugar. – Diz a ela. – Pra achar um roedor, você tem que pensar como um roedor. – Comenta e começa um exercício de respiração meditativa e Isabela se junta a ele. – Você é o Theodor. – Comenta. – O que você quer? – Questiona.

Isabela: Comida. – Comenta abrindo os olhos.

Uckermann: Não, tem uma cozinheira, não tá com fome. – Comenta e respira fundo com os olhos fechados.

Isabela: Calor. – Cita. – E ia querer ficar aquecido e segura. – Comenta e Uckermann abre os olhos.

Uckermann: É, um lugar aconchegante, quieto e fora do caminho onde ninguém vai te pisar. – Cita.

Isabela: O closet. – Diz a ele.

Uckermann: Boa. – Comenta e Isabela verifica o armário. – Achou. – Questiona.

Isabela: Não. – Nega e se vira. – Ele não tá aqui. – Comenta.

Uckermann: Não tá aqui. – Uckermann vê uma câmera fotográfica pendurada no armário.

Isabela: Que? – Questiona confusa. – Tem que ir? – Comenta.

Uckermann: E deixar você desratada? – Questiona.

Isabela: A responsabilidade é minha, pai, não sua. – Diz a ele. – Eu vou achá-lo. – Garante.

Uckermann: Tem certeza? – Questiona pondo a mão no ombro da filha.

Isabela: Tenho. – Confirma.

Uckermann: Beijo me liga se precisar de alguma coisa. – Avisa, Uckermann pega seu casaco, as chaves abre a porta.

Isabela: Tá. – Concorda.

Marie: Só para vocêsaber, vou pro Plaza e você vai pagar. – Avisa, Uckermann apenas concorda e sai.

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