Anatomia de um assassinato (Parte 1)
Em um funeral Judeu, um Rabino falava a frente.
Rabino: Ephraim Mankowski, ou simplesmente Mank, como gostava de ser chamado, teve uma vida produtiva. – Comenta enquanto seis pessoas andam até o caixão para levar. – Um pai orgulhoso dos seus dez filhos maravilhosos. – Diz a eles. – Mank era muito, muito abençoado. – Os carregadores lutam com o caixão que range até que ele se parte e dois corpos caem o de Ephraim e uma jovem loira.
Tova: Quem é a shiksa? – Questiona.
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Isabela e Marie escolhem esmaltes enquanto Uckermann lê na sala de estar.
Isabela: Eu pensei no rosa fantasia... – Diz mostrando a avó
Marie: Mm-hmm. – Concorda.
Isabela: Ou então... – Ela põe o esmalte que segurava no balcão da cozinha e pega outro. – Prateado. – Mostra.
Marie: Estou pensando em vermelho sangue. – Diz mostrando a ela. – É a minha cor preferida. – A campainha toca.
Marie: Oh. – Diz olhando a porta.
Uckermann: Estão esperando alguém? – Questiona confuso.
Isabela: A Naty ganhou cupons de desconto no novo salão e perguntou se a gente queríamos ir pé, mão e massagem. – Revela e ele olha para mãe.
Uckermann: E você vai? – Questiona surpreso, já que até onde se lembrava Marie não gostava das suas ex-mulheres.
Marie: Quando se trata de sua ex-mulher, querido, vantagens superam as opiniões pessoais. – Comenta e abre a porta.
Naty: Oi. – Diz animada.
Marie: Oi. – Diz a ela Uckermann se levanta.
Narty: Você tá ótima. – Comenta.
Marie: Obrigada. – Agradece e entra da um abraço em Isabela, enquanto Marie fecha a porta.
Uckermann: É, eu to convidado? – Questiona e ela se afasta de Isabela.
Naty: Aã não. – Nega. – É um programa de mulheres. – Diz a ele. – Quero passar um tempo com a Marie e Isabela. – Revela.
Uckermann: Ah, mas eu adoro uma massagem, e eu não quero vocês três conspirando. – Diz a elas.
Isabela: Não se preocupe, pai. – Pede. – Nós temos outros assuntos pra conversar. – Revela Naty põe o cabelo de Isabela atrás do ouvido a mesma.
Naty: E eu quero ouvir tudo sobre o namorado da Isabela e quero ouvir a versão dela. – Comenta e vai até ela. – Você sabia que eles têm uma música? – Questiona parando ao lado de Uckermann.
Uckermann: Vocês tem uma música? – Questiona.
Isabela: É. – Confirma. – "Mine", de Taylor Swift. – Revela. – Tava tocando na primeira vez que gente... – Uckermann a interrompe e cobre os ouvidos.
Uckermann: Lalalalala! – Ela para de falar. – Eu não quero ouvir isso, não. – Diz a ela.
Isabela: É por isso que eu queria tanto aqueles ingressos. – Revela ao pai. - A Taylor vai fazer um show acústico na terça-feira e eu queria ir com o Ashley, mas os ingressos esgotaram antes que pudéssemos comprar. – Revela.
Marie: Já chegou com o vendedor de ingressos do seu pai? – Questiona a ela.
Isabela: Os únicos disponíveis custariam seis anos da minha mesada e do Ash, cada uma... – Revela.
Marie: Ah. – Desanimada.
Naty: Você se lembra da nossa música? – Questiona o abraçando.
Uckermann: ACDC's "You Shook Me All Night Long". – Diz e Isabela e Uckermann tapam os ouvidos.
Isabela: Lalalalala! – Repete o que o pai fez. – Não quero ouvir isso! – Elas vão até a porta.
Uckermann: Tenham um bom dia, meninas. – Diz a elas. – Que não vai ser a mesma coisa sem mim. – Comenta e beija Naty, Marie e Isabela saem o celular de Uckermann toca. – E pega seu tele fone o olha no visor.
Naty: Hmm. – Naty também vê o nome. - Parece que já tem planos pra hoje. – Diz mais aliviada.
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Saviñón e Uckermann chegam no local onde o corpo foi achado, eles saem do carro.
Uckermann: Geralmente não encontramos à vítima antes do funeral? – Questiona confuso
Saviñón: O que nós temos? – Questiona ao se aproximar de Herrera.
Herrera: Encontraram um corpo no caixão. – Revela indo até a mulher foi achada.
Uckermann: E qual é o problema nisso? – Questiona.
Herrera: A família estava fazendo despedida carinhosa ao senhor Mank, quando descobriram que ele não estava partindo sozinho. – Comenta mostrando enquanto Anahí esta agachada examinando o corpo.
Uckermann: É impressão ou o Mank tá sorrindo? – Questiona e Saviñón agacha ao lado do corpo.
Anny: A passageira inesperada era a doutora Valerie Monroe, medica residente do hospital municipal. – Revela.
Saviñón: Uma médica. – Comenta confusa. – Alguma relação com o falecido? – Questiona.
Herrera: Chávez tá conversando com a família agora. – Avisa.
Saviñón: Causa da morte? – Questiona.
Tova: Insuficiência dos rins. – Diz a ela. – Ele bebia muito. – Comenta.
Anny: Nós podemos saber o que matou o senhor Mank, mas a doutira aqui parece um mistério. – Comenta. – Nenhuma marca de bala, facadas ou marcas de ligadura. – Revela e se levanta vai até uma certa parte do corpo. – Ela tem um hematoma perimortem na parte de trás do pescoço. – Mostra. – Mas não foi tão severo pra ser fatal. – Diz a eles. – A palidez indica que ela morreu entre sete e nove da noite ontem. – Revela. – Até que eu faça a autópsia, a causa da morte é desconhecida. – Avisa.
Saviñón: O que sabemos é que alguém estava tentando se livrar do corpo dela. – Comenta.
Anny: Junto com a bolsa e o celular. – Acrescenta mostrando a eles os dois próximos ao corpo.
Uckermann: Olha, é brilhante quando você pensar. – Comenta. –Colocar um corpo no caixão já ocupado. – Saviñón se levanta. – E como a tradição judaica exige que o corpo seja enterrado imediatamente, há menos chance de ser pego. – Comenta.
Herrera: E se não tivessem deixado o caixão cair, a doutora desapareceria para sempre. – Diz a eles.
Saviñón: Tá, fala com a agente da funerária. – Pede passando por Herrera. – Vê se alguém teve acesso a esse caixão nas últimas 24 horas. – Manda.
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Diretor do Funeral: Estou lhe dizendo, eu não a conheço. – Diz a ele. – Nunca a vi antes, e não tenho ideia de como o corpo foi parar naquele caixão. – Ele andava ao lado de Herrera. – Hoje de manhã, quando eu cheguei, eu encontrei uma das janelas dos fundos quebrada. – Revela.
Herrera: Então, está dizendo que alguém entrou aqui e guardou um corpo em um dos seus caixões? – Questiona sem acreditar.
Diretor do Funeral: Eu liguei pra polícia, mas como não havia sumido nada, vocês não se deram ao trabalho de aparecer. – Revela. – Talvez se tivessem, a senhora Manks não estaria furiosa comigo. – Comenta.
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Saviñón desliga o telefone. Uckermann mexe no telefone da vítima.
Saviñón: De acordo com o Hospital municipal, a doutora Monroe terminou seu turno às 18h de ontem... – Diz anotando na placa do crime na parte da linha do tempo. – Que é cerca de uma ou duas horas antes de ser assassinada. – Faz as contas. – Então eu espero que os colegas dela passam nos dizer onde ela estava indo. – Saviñón se vira e vê Uckermann mexendo no celular da vítima e o arranca da mão dele. – Uckermann, não brinca com o celular dela.
Uckermann: Não tava brincando. – Diz a ela, ela dá a ele um olhar duvidoso. – Não tava. – Reafirma. – As últimas buscas que ela fez na internet foram depois das 18h de ontem. – Diz a ela. – Ela tava procurando um hotel em Katonah, Nova York, isso não é relevante? – Questiona e Saviñón olha para o telefone e vê a pesquisa de Katonah na web.
Saviñón: Ah. – Saviñón devolve o telefone a Uckermann.
Uckermann: Ela tem aplicativo de slot card. – Revela. – Então, eu penseu que talvez ela tivesse família ou amigos em Katonah. – Comenta. – Ou talvez ela estivesse planejando uma escapada com o amante, o seu namorado descobriu e a matou num ataque de ciúmes. – Comenta.
Saviñón: É. – Concorda. – Sem marcas visíveis no corpo além de um pequeno hematoma na nuca, parece mesmo um ataque de ciúme. – Comenta irônica.
Policial: Uckermann. – Ele olha um policial entrega a ele um pacote. – Pra você. – Diz a ele.
Uckermann: Ah, tá. – Diz já sabendo do que se tratava. – Obrigado. – Agradece e o policial sai.
Saviñón: Está recebendo correspondência aqui? – Questiona, Uckermann abre o pacote.
Uckermann: Só quando não eu quero que minha filha veja. – Revela e Uckermann pega um par de ingressos. – La, Lá! – Cantarola mostrando a ela.
Saviñón: É fã da Taylor Swift? – Questiona confusa.
Uckermann: São para Isabela. – Diz como se aquilo fosse meio obvio.
Saviñón: Ah. – Concorda.
Uckermann: Me custou os olhos da cara, mas a Isabela vai. – Diz guardando os ingressos. – Parece que ela e Ashley têm uma música.
Saviñón: Nós também temos uma música. – Diz a ele.
Uckermann: Temos? – Questiona confuso.
Saviñón: Mm-hmm. " You Talk Too Much", da Clarence Carter. – Diz irônica e se vira para a placa do crime.
Chávez: Aí. – Chama e eles o olham. – A história diretor da funerária tava certa. – Diz a ela. – Alguém arrombou o local. – Confirma.
Saviñón: Achou outra digital no caixão ou na janela? – Questiona.
Chávez: Eu não achei nada. – Diz pondo a mão nos bolsos da calça.
Herrera: Mas talvez a gente ainda tenha uma chance. – Diz aparecendo ao lado de Uckermann e levantando uma pasta de arquivos – Histórico bancário da doutora encontrei uma coisa incomum. – Revela. – Quase toda a manhã, ela tomava café. – Diz lendo no arquivo.
Chávez: Uma doutora que tomava café, que incomum. – Comenta irônico e Herrera o olha.
Herrera: É incomum. – Diz a ele. – Se a café fica a vinte quarteirões do apartamento dela. – Comenta.
Uckermann: Talvez ficasse no caminho do trabalho. – Sugere.
Herrera: Não. – Nega. – Direção completamente oposta. – Revela.
Uckermann: Namorado no mesmo bairro? – Questiona.
Herrera: É isso que eu vou investigar. – Diz e dá uma olhada para Chávez antes de sair.
Chávez: Ah, ficou zangadinho comigo. – Comenta indo atrás do amigo. – O telefone na mesa de Saviñón toca e ela atente.
Saviñón: Saviñón. – Seidentifica.
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Anny: Encontrei isso na roupa da vítima e no cabelo. – Mostra em uma lupa para Saviñón. – É Náilon cinza. – Revela.
Saviñón: Fibra de carpete? – Questiona a olhando.
Anny: Eu mandei pro laboratório para ver se descobrem o fabricante. – Revela.
Saviñón: E quanto à causa da morte? – Questiona e Anahí se vira.
Anny: Bom, é aí que as coisas ficam um pouco interessantes. – Ela vai para uma outra região do local e Saviñón a segue Uckermann vê o que Saviñón via. – O hematoma na cabeça foi causado por um objeto arredondado. – Mostra na foto da câmera.
Saviñón: Mm-hmm. – Concorda.
Anny: Pode ter deixado ela inconsciente, mas, como eu disse, não foi o que a matou. – Diz a eles. – Eu encontrei a marca de uma agulha na lateral do pescoço. – Mostra no corpo. – Injetaram uma seringa nela. – Revela.
Saviñón: Foi envenenada? – Questiona.
Anny: Não exatamente. – Nega. – O assassino inseriu uma agulha de uma seringa vazia na carótida da doutora Monroe e ai empurrou o êmbolo, forçando o ar diretamente para o cérebro, causando uma... – Uckermann a interrompe.
Uckermann: Emolia aérea. – Revela.
Anny: Estrela dourada pra ele. – Diz a sobre Uckermann. – E a julgar pela habilidade da injeção, eu digo que foi aplicada por um profissional. – Revela.
Saviñón: Como um dos colegas do hospital municipal. – Sugere.
Uckermann: Parece que alguém deu a ela 20 CCs demorte. – Comenta.
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Saviñón e Uckermann saem do elevador do hospital e começam a andar por ele.
Saviñón: Sabe, com o sistema de saúde ruim e o nível de estresse que isso representa paras as famílias e pacientes, era de se esperar que mais profissionais dessa área fossem assassinados. – Comenta.
Uckermann: É. – Concorda. – Sem falar das traições, da luxúria, do troca, troca. – Cita e Saviñón o olha. – Já vi muito seriado médico pra saber que os médicos adoram transar uns com os outros. – Diz a ela. – E eu aposto que, enquanto conversamos, nesse hospital dois médicos estão na sala de descanso fazendo. – Diz a ela. – E por "fazendo" quero dizer.... – Saviñón o interrompe.
Saviñón: Eu sei o que "fazendo" quer dizer, Uckermann. – Avisa e param de andar e se viram de frente um pro outro. – E isso é fantasia das pessoas. – Revela. – Quatro entre cinco médicos preferem dormir com alguém fora de sua profissão. – Revela.
Uckermann: Quatro em cinco? - Questiona
Saviñón: Mm-hmm. – Confirma.
Uckermann: Quantos gostam de detetives? – Questiona.
Saviñón: Um, que eu saiba. – Ela volta a andar e ele vai atrás.
Uckermann: Puxa. – Comenta. – Quer dizer, que o garoto da motocicleta é médico? – Ela para de andar e olha
Saviñón: Homem, Uckermann. – Diz a ele e eles voltam a andar. – Homem da motocicleta. – Corrige.
Uckermann: Tá bom. – Questiona. – Mas ele é médico? – Questiona.
Saviñón: É, é sim. – Confirma.
Uckermann: Ah. – Diz a ela. – Que tipo de médico? – Questiona. – Urologista, proctologista? – Questiona. – Não dizer que ele é ginecologista. – Diz a ela.
Saviñón: Cirurgião cardíaco. – Revela.
Uckermann: Ah. – Comenta. – Cirurgião cardíaco. – Repete. – Puxa, isso é... – Ele para de falar procurando a palavra correta.
Saviñón: Impressionante? – Questiona. – É, é sim. – Confirma. – Na verdade, ele fez uma cirurgia de emergência hoje de manhã. – Revela. – Salvou a vida do paciente. – Diz a ele. – E você fez o que hoje? – Questiona.
Uckermann: Café da manhã. – Revela.
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